1 Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo,àqueles que, mediante a justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, receberam conosco uma fé igualmente valiosa: 2 Graça e paz lhes sejam multiplicadas, pelo pleno conhecimento de Deus e de Jesus, o nosso Senhor. 3 Seu divino poder nos deu tudo de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. 4 Dessa maneira, ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça. 5 Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; 6 ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; 7 à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor. 8 Porque, se essas qualidades existirem e estiverem crescendo em sua vida, elas impedirão que vocês, no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos. 9 Todavia, se alguém não as tem, está cego, só vê o que está perto, esquecendo-se da purificação dos seus antigos pecados. 10 Portanto, irmãos, empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois, se agirem dessa forma, jamais tropeçarão 11 e assim vocês estarão ricamente providos quando entrarem no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 12 Por isso, sempre terei o cuidado de lembrá-los destas coisas, se bem que vocês já as sabem e estão solidamente firmados na verdade que receberam. 13 Considero importante, enquanto estiver no tabernáculo deste corpo, despertar a memória de vocês, 14 porque sei que em breve deixarei este tabernáculo, como o nosso Senhor Jesus Cristo já me revelou. 15 Eu me empenharei para que, também depois da minha partida, vocês sejam sempre capazes de lembrar-se destas coisas. 16 De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando falamos a vocês a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; ao contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 17 Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida a voz que disse: “Este é o meu filho amado, de quem me agrado”. 18 Nós mesmos ouvimos essa voz vinda dos céus, quando estávamos com ele no monte santo. 19 Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês. 20 Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, 21 pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo.
1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo,à igreja de Deus que está em Corinto, com todos os santos de toda a Acaia: 2 A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. 3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, 4 que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações. 5 Pois assim como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, também por meio de Cristo transborda a nossa consolação. 6 Se somos atribulados, é para consolação e salvação de vocês; se somos consolados, é para consolação de vocês, a qual dá paciência para suportarem os mesmos sofrimentos que nós estamos padecendo. 7 E a nossa esperança em relação a vocês está firme, porque sabemos que, da mesma forma que vocês participam dos nossos sofrimentos, participam também da nossa consolação. 8 Irmãos, não queremos que vocês desconheçam as tribulações que sofremos na província da Ásia, as quais foram muito além da nossa capacidade de suportar, a ponto de perdermos a esperança da própria vida. 9 De fato, já tínhamos sobre nós a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, mas em Deus, que ressuscita os mortos. 10 Ele nos livrou e continuará nos livrando de tal perigo de morte. Nele temos depositado a nossa esperança de que continuará a livrar-nos, 11 enquanto vocês nos ajudam com as suas orações. Assim muitos darão graças por nossa causa, pelo favor a nós concedido em resposta às orações de muitos. 12 Este é o nosso orgulho: A nossa consciência dá testemunho de que nos temos conduzido no mundo, especialmente em nosso relacionamento com vocês, com santidade e sinceridade provenientes de Deus, não de acordo com a sabedoria do mundo, mas de acordo com a graça de Deus. 13 Pois nada escrevemos que vocês não sejam capazes de ler ou entender. E espero que, 14 assim como vocês nos entenderam em parte, venham a entender plenamente que podem orgulhar-se de nós, assim como nos orgulharemos de vocês no dia do Senhor Jesus. 15 Confiando nisso e para que vocês fossem duplamente beneficiados, eu planejava primeiro visitá-los 16 em minha ida à Macedônia e voltar a vocês vindo de lá, para que me ajudassem em minha viagem para a Judeia. 17 Quando planejei isso, será que o fiz levianamente? Ou será que faço meus planos de modo mundano, dizendo ao mesmo tempo “sim” e “não”? 18 Todavia, como Deus é fiel, nossa mensagem a vocês não é “sim” e “não”, 19 pois o Filho de Deus, Jesus Cristo, pregado entre vocês por mim e também por Silvano e Timóteo, não foi “sim” e “não”, mas nele sempre houve “sim”; 20 pois quantas forem as promessas feitas por Deus, tantas têm em Cristo o “sim”. Por isso, por meio dele, o “Amém” é pronunciado por nós para a glória de Deus. 21 Ora, é Deus que faz que nós e vocês permaneçamos firmes em Cristo. Ele nos ungiu, 22 nos selou como sua propriedade e pôs o seu Espírito em nossos corações como garantia do que está por vir. 23 Invoco a Deus como testemunha de que foi a fim de poupá-los que não voltei a Corinto. 24 Não que tenhamos domínio sobre a sua fé, mas cooperamos com vocês para que tenham alegria, pois é pela fé que vocês permanecem firmes.
1 Um homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, também vendeu uma propriedade. 2 Ele reteve parte do dinheiro para si, sabendo disso também sua mulher; e o restante levou e colocou aos pés dos apóstolos. 3 Então perguntou Pedro: “Ananias, como você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, a ponto de você mentir ao Espírito Santo e guardar para você uma parte do dinheiro que recebeu pela propriedade? 4 Ela não pertencia a você? E, depois de vendida, o dinheiro não estava em seu poder? O que o levou a pensar em fazer tal coisa? Você não mentiu aos homens, mas sim a Deus”. 5 Ouvindo isso, Ananias caiu morto. Grande temor apoderou-se de todos os que ouviram o que tinha acontecido. 6 Então os moços vieram, envolveram seu corpo, levaram-no para fora e o sepultaram. 7 Cerca de três horas mais tarde, entrou sua mulher, sem saber o que havia acontecido. 8 Pedro lhe perguntou: “Diga-me, foi esse o preço que vocês conseguiram pela propriedade?”Respondeu ela: “Sim, foi esse mesmo”. 9 Pedro lhe disse: “Por que vocês entraram em acordo para tentar o Espírito do Senhor? Veja! Estão à porta os pés dos que sepultaram seu marido, e eles a levarão também”. 10 Naquele mesmo instante, ela caiu morta aos pés dele. Então os moços entraram e, encontrando-a morta, levaram-na e a sepultaram ao lado de seu marido. 11 E grande temor apoderou-se de toda a igreja e de todos os que ouviram falar desses acontecimentos. 12 Os apóstolos realizavam muitos sinais e maravilhas no meio do povo. Todos os que creram costumavam reunir-se no Pórtico de Salomão. 13 Dos demais, ninguém ousava juntar-se a eles, embora o povo os tivesse em alto conceito. 14 Em número cada vez maior, homens e mulheres criam no Senhor e lhes eram acrescentados, 15 de modo que o povo também levava os doentes às ruas e os colocava em camas e macas, para que pelo menos a sombra de Pedro se projetasse sobre alguns, enquanto ele passava. 16 Afluíam também multidões das cidades próximas a Jerusalém, trazendo seus doentes e os que eram atormentados por espíritos imundos; e todos eram curados. 17 Então o sumo sacerdote e todos os seus companheiros, membros do partido dos saduceus, ficaram cheios de inveja. 18 Por isso, mandaram prender os apóstolos, colocando-os numa prisão pública. 19 Mas durante a noite um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere, levou-os para fora e 20 disse: “Dirijam-se ao templo e relatem ao povo toda a mensagem desta Vida”. 21 Ao amanhecer, eles entraram no pátio do templo, como haviam sido instruídos, e começaram a ensinar o povo.Quando chegaram o sumo sacerdote e os seus companheiros, convocaram o Sinédrio—toda a assembleia dos líderes religiosos de Israel—e mandaram buscar os apóstolos na prisão. 22 Todavia, ao chegarem à prisão, os guardas não os encontraram ali. Então, voltaram e relataram: 23 “Encontramos a prisão trancada com toda a segurança, com os guardas diante das portas; mas, quando as abrimos não havia ninguém”. 24 Diante desse relato, o capitão da guarda do templo e os chefes dos sacerdotes ficaram perplexos, imaginando o que teria acontecido. 25 Nesse momento chegou alguém e disse: “Os homens que os senhores puseram na prisão estão no pátio do templo, ensinando o povo”. 26 Então, indo para lá com os guardas, o capitão trouxe os apóstolos, mas sem o uso de força, pois temiam que o povo os apedrejasse. 27 Tendo levado os apóstolos, apresentaram-nos ao Sinédrio para serem interrogados pelo sumo sacerdote, 28 que lhes disse: “Demos ordens expressas a vocês para que não ensinassem neste nome. Todavia, vocês encheram Jerusalém com sua doutrina e nos querem tornar culpados do sangue desse homem”. 29 Pedro e os outros apóstolos responderam: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens! 30 O Deus dos nossos antepassados ressuscitou Jesus, a quem os senhores mataram, suspendendo-o num madeiro. 31 Deus o exaltou, elevando-o à sua direita como Príncipe e Salvador, para dar a Israel arrependimento e perdão de pecados. 32 Nós somos testemunhas destas coisas, bem como o Espírito Santo, que Deus concedeu aos que lhe obedecem”. 33 Ouvindo isso, eles ficaram furiosos e queriam matá-los. 34 Mas um fariseu chamado Gamaliel, mestre da lei, respeitado por todo o povo, levantou-se no Sinédrio e pediu que os homens fossem retirados por um momento. 35 Então lhes disse: “Israelitas, considerem cuidadosamente o que pretendem fazer a esses homens. 36 Há algum tempo, apareceu Teudas, reivindicando ser alguém, e cerca de quatrocentos homens se juntaram a ele. Ele foi morto, todos os seus seguidores se dispersaram e acabaram em nada. 37 Depois dele, nos dias do recenseamento, apareceu Judas, o galileu, que liderou um grupo em rebelião. Ele também foi morto, e todos os seus seguidores foram dispersos. 38 Portanto, neste caso eu os aconselho: deixem esses homens em paz e soltem-nos. Se o propósito ou atividade deles for de origem humana, fracassará; 39 se proceder de Deus, vocês não serão capazes de impedi-los, pois se acharão lutando contra Deus”. 40 Eles foram convencidos pelo discurso de Gamaliel. Chamaram os apóstolos e mandaram açoitá-los. Depois, ordenaram-lhes que não falassem no nome de Jesus e os deixaram sair em liberdade. 41 Os apóstolos saíram do Sinédrio, alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome. 42 Todos os dias, no templo e de casa em casa, não deixavam de ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo.
1 Quando Jacó olhou e viu que Esaú estava se aproximando com quatrocentos homens, dividiu as crianças entre Lia, Raquel e as duas servas. 2 Colocou as servas e os seus filhos à frente; Lia e seus filhos, depois; e Raquel com José, por último. 3 Ele mesmo passou à frente e, ao aproximar-se do seu irmão, curvou-se até o chão sete vezes. 4 Mas Esaú correu ao encontro de Jacó e abraçou-se ao seu pescoço, e o beijou. E eles choraram. 5 Então Esaú ergueu o olhar e viu as mulheres e as crianças. E perguntou: “Quem são estes?”Jacó respondeu: “São os filhos que Deus concedeu ao teu servo”. 6 Então as servas e os seus filhos se aproximaram e se curvaram. 7 Depois, Lia e os seus filhos vieram e se curvaram. Por último, chegaram José e Raquel, e também se curvaram. 8 Esaú perguntou: “O que você pretende com todos os rebanhos que encontrei pelo caminho?”“Ser bem recebido por ti, meu senhor”, respondeu Jacó. 9 Disse, porém, Esaú: “Eu já tenho muito, meu irmão. Guarde para você o que é seu”. 10 Mas Jacó insistiu: “Não! Se te agradaste de mim, aceita este presente de minha parte, porque ver a tua face é como contemplar a face de Deus; além disso, tu me recebeste tão bem! 11 Aceita, pois, o presente que te foi trazido, pois Deus tem sido favorável para comigo, e eu já tenho tudo o que necessito”. Jacó tanto insistiu que Esaú acabou aceitando. 12 Então disse Esaú: “Vamos seguir em frente. Eu o acompanharei”. 13 Jacó, porém, lhe disse: “Meu senhor sabe que as crianças são frágeis e que estão sob os meus cuidados ovelhas e vacas que amamentam suas crias. Se forçá-las demais na caminhada, um só dia que seja, todo o rebanho morrerá. 14 Por isso, meu senhor, vai à frente do teu servo, e eu sigo atrás, devagar, no passo dos rebanhos e das crianças, até que eu chegue ao meu senhor em Seir”. 15 Esaú sugeriu: “Permita-me, então, deixar alguns homens com você”.Jacó perguntou: “Mas para quê, meu senhor? Ter sido bem recebido já me foi suficiente!” 16 Naquele dia, Esaú voltou para Seir. 17 Jacó, todavia, foi para Sucote, onde construiu uma casa para si e abrigos para o seu gado. Foi por isso que o lugar recebeu o nome de Sucote. 18 Tendo voltado de Padã-Arã, Jacó chegou a salvo à. cidade de Siquém, em Canaã, e acampou próximo da cidade. 19 Por cem peças de prata comprou dos filhos de Hamor, pai de Siquém, a parte do campo onde tinha armado acampamento. 20 Ali edificou um altar e lhe chamou El Elohe Israel
1 Ai de você, destruidor,que ainda não foi destruído!Ai de você, traidor,que não foi traído!Quando você acabar de destruir,será destruído;quando acabar de trair, será traído. 2 SENHOR, tem misericórdia de nós;pois em ti esperamos!Sê tu a nossa força cada manhã,nossa salvação na hora do perigo. 3 Diante do trovão da tua voz, os povos fogem;quando te levantas, dispersam-se as nações. 4 Como gafanhotos novos os homens saquearão vocês, ó nações;tomarão posse do despojo como gafanhotos em nuvem. 5 O SENHOR é exaltado, pois habita no alto;ele encherá Sião de retidão e justiça. 6 Ele será o firme fundamento nos tempos a que você pertence,uma grande riqueza de salvação, sabedoria e conhecimento;o temor do SENHOR é a chave desse tesouro. 7 Vejam! Os seus heróis gritam nas ruas;os embaixadores da paz choram amargamente. 8 As estradas estão abandonadas,ninguém viaja por elas.Rompeu-se o acordo,suas testemunhas são desprezadas,não se respeita ninguém. 9 A terra pranteia e fraqueja,o Líbano murcha, envergonhado;Sarom é como a Arabá,e Basã e o Carmelo perdem sua folhagem. 10 “Agora me levantarei”, diz o SENHOR.“Agora eu me erguerei;agora serei exaltado. 11 Vocês concebem palhae dão à luz restolho;seu sopro é um fogo que o consome. 12 Os povos serão queimados como se faz com a cal;como espinheiros cortados, serão postos no fogo. 13 “Vocês, que estão longe, atentem para o que eu fiz!Vocês, que estão perto, reconheçam o meu poder!” 14 Em Sião os pecadores estão aterrorizados;o tremor se apodera dos ímpios:“Quem de nós pode conviver com o fogo consumidor?Quem de nós pode conviver com a chama eterna?” 15 Aquele que anda corretamentee fala o que é reto,que recusa o lucro injusto,cuja mão não aceita suborno,que tapa os ouvidos para as tramas de assassinatose fecha os olhos para não contemplar o mal, 16 é esse o homem que habitará nas alturas;seu refúgio será a fortaleza das rochas;terá suprimento de pãoe água não lhe faltará. 17 Seus olhos verão o rei em seu esplendore vislumbrarão o território em toda a sua extensão. 18 Em seus pensamentos você lembrará terrores passados:“Onde está o oficial maior?Onde está o que recebia tributos?Onde o encarregado das torres?” 19 Você não tornará a ver aquele povo arrogante,aquele povo de fala obscura,com sua língua estranha, incompreensível. 20 Olhe para Sião, a cidade das nossas festas;seus olhos verão Jerusalém,morada pacífica, tenda que não será removida;suas estacas jamais serão arrancadas,nem se romperá nenhuma de suas cordas. 21 Ali o SENHOR será o Poderoso para nós.Será como uma região de rios e canais largos,mas nenhum navio a remo os percorrerá,e nenhuma nau poderosa velejará neles. 22 Pois o SENHOR é o nosso juiz,o SENHOR é o nosso legislador,o SENHOR é o nosso rei;é ele que nos vai salvar. 23 Suas cordas se afrouxam:o mastro não está firme,as velas não estão estendidas.Então será dividida grande quantidade de despojos,e até o aleijado levará sua presa. 24 Nenhum morador de Sião dirá: “Estou doente!”E os pecados dos que ali habitam serão perdoados.
1 Abimeleque, filho de Jerubaal, foi aos irmãos de sua mãe em Siquém e disse a eles e a todo o clã da família de sua mãe: 2 “Perguntem a todos os cidadãos de Siquém o que é melhor para eles, ter todos os setenta filhos de Jerubaal governando sobre eles, ou somente um homem? Lembrem-se de que eu sou sangue do seu sangue”. 3 Os irmãos de sua mãe repetiram tudo aos cidadãos de Siquém, e estes se mostraram propensos a seguir Abimeleque, pois disseram: “Ele é nosso irmão”. 4 Deram-lhe setenta peças de prata tiradas do templo de Baal-Berite, as quais Abimeleque usou para contratar alguns desocupados e vadios, que se tornaram seus seguidores. 5 Foi à casa de seu pai em Ofra e matou seus setenta irmãos, filhos de Jerubaal, sobre uma rocha. Mas Jotão, o filho mais novo de Jerubaal, escondeu-se e escapou. 6 Então todos os cidadãos de Siquém e de Bete-Milo reuniram-se ao lado do Carvalho, junto à coluna de Siquém, para coroar Abimeleque rei. 7 Quando Jotão soube disso, subiu ao topo do monte Gerizim e gritou para eles: “Ouçam-me, cidadãos de Siquém, para que Deus os ouça. 8 Certo dia as árvores saíram para ungir um rei para si. Disseram à oliveira: ‘Seja o nosso rei!’ 9 “A oliveira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu azeite, com o qual se presta honra aos deuses e aos homens, para dominar sobre as árvores?’ 10 “Então as árvores disseram à figueira: ‘Venha ser o nosso rei!’ 11 “A figueira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu fruto saboroso e doce, para dominar sobre as árvores?’ 12 “Depois as árvores disseram à videira: ‘Venha ser o nosso rei!’ 13 “A videira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu vinho, que alegra os deuses e os homens, para ter domínio sobre as árvores?’ 14 “Finalmente todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Venha ser o nosso rei!’ 15 “O espinheiro disse às árvores: ‘Se querem realmente ungir-me rei sobre vocês, venham abrigar-se à minha sombra; do contrário, sairá fogo do espinheiro e consumirá até os cedros do Líbano!’ 16 “Será que vocês agiram de fato com sinceridade quando fizeram Abimeleque rei? Foram justos com Jerubaal e sua família, como ele merecia? 17 Meu pai lutou por vocês e arriscou a vida para livrá-los das mãos de Midiã. 18 Hoje, porém, vocês se revoltaram contra a família de meu pai, mataram seus setenta filhos sobre a mesma rocha e proclamaram Abimeleque, o filho de sua escrava, rei sobre os cidadãos de Siquém pelo fato de ser irmão de vocês. 19 Se hoje vocês de fato agiram com sinceridade para com Jerubaal e sua família, alegrem-se com Abimeleque, e alegre-se ele com vocês! 20 Entretanto, se não foi assim, que saia fogo de Abimeleque e consuma os cidadãos de Siquém e de Bete-Milo, e que saia fogo dos cidadãos de Siquém e de Bete-Milo, e consuma Abimeleque!” 21 Depois Jotão fugiu para Beer, onde ficou morando, longe de seu irmão Abimeleque. 22 Fazia três anos que Abimeleque governava Israel, 23 quando Deus enviou um espírito maligno entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém, e estes agiram traiçoeiramente contra Abimeleque. 24 Isso aconteceu para que o crime contra os setenta filhos de Jerubaal, o derramamento do sangue deles, fosse vingado em seu irmão Abimeleque e nos cidadãos de Siquém que o ajudaram a assassinar os seus irmãos. 25 Os cidadãos de Siquém enviaram homens para o alto das colinas para emboscarem os que passassem por ali, e Abimeleque foi informado disso. 26 Nesse meio tempo, Gaal, filho de Ebede, mudou-se com seus parentes para Siquém, cujos cidadãos confiavam nele. 27 Sucedeu que foram ao campo, colheram uvas, pisaram-nas e fizeram uma festa no templo do seu deus. Comendo e bebendo, amaldiçoaram Abimeleque. 28 Então Gaal, filho de Ebede, disse: “Quem é Abimeleque para que o sirvamos? E quem é Siquém? Não é ele o filho de Jerubaal, e não é Zebul o seu representante? Sirvam aos homens de Hamor, o pai de Siquém! Por que servir a Abimeleque? 29 Ah! Se eu tivesse esse povo sob o meu comando! Eu me livraria de Abimeleque e lhe diria: Mobilize o seu exército e venha!” 30 Quando Zebul, o governante da cidade, ouviu o que dizia Gaal, filho de Ebede, ficou indignado. 31 Secretamente enviou mensageiros a Abimeleque dizendo: “Gaal, filho de Ebede, e seus parentes vieram a Siquém e estão agitando a cidade contra você. 32 Venha de noite, você e seus homens, e fiquem à espera no campo. 33 De manhã, ao nascer do sol, avance contra a cidade. Quando Gaal e sua tropa atacarem, faça com eles o que achar melhor”. 34 E assim Abimeleque e todas as suas tropas partiram de noite e prepararam emboscadas perto de Siquém, em quatro companhias. 35 Ora, Gaal, filho de Ebede, tinha saído e estava à porta da cidade quando Abimeleque e seus homens saíram da sua emboscada. 36 Quando Gaal os viu, disse a Zebul: “Veja, vem gente descendo do alto das colinas!”Zebul, porém, respondeu: “Você está confundindo as sombras dos montes com homens”. 37 Mas Gaal tornou a falar: “Veja, vem gente descendo da parte central do território, e uma companhia está vindo pelo caminho do carvalho dos Adivinhadores”. 38 Disse-lhe Zebul: “Onde está toda aquela sua conversa? Você dizia: ‘Quem é Abimeleque, para que o sirvamos?’ Não são estes os homens que você ridicularizou? Saia e lute contra eles!” 39 Então Gaal conduziu para fora os cidadãos de Siquém e lutou contra Abimeleque. 40 Abimeleque o perseguiu, e ele fugiu. Muitos dos homens de Siquém caíram mortos ao longo de todo o caminho, até a porta da cidade. 41 Abimeleque permaneceu em Arumá, e Zebul expulsou Gaal e os seus parentes de Siquém. 42 No dia seguinte, o povo de Siquém saiu aos campos, e Abimeleque ficou sabendo disso. 43 Então dividiu os seus homens em três companhias e armou emboscadas no campo. Quando viu o povo saindo da cidade, levantou-se contra ele e atacou-o. 44 Abimeleque e as tropas que estavam com ele avançaram até a porta da cidade. Então duas companhias avançaram sobre os que estavam nos campos e os mataram. 45 E Abimeleque atacou a cidade o dia todo, até conquistá-la e matar o seu povo. Depois destruiu a cidade e espalhou sal sobre ela. 46 Ao saberem disso, os cidadãos que estavam na torre de Siquém entraram na fortaleza do templo de El-Berite. 47 Quando Abimeleque soube que se haviam reunido lá, 48 ele e todos os seus homens subiram o monte Zalmom. Ele apanhou um machado, cortou um galho de árvore e o pôs nos ombros. Então deu esta ordem aos homens que estavam com ele: “Rápido! Façam o que eu estou fazendo!” 49 Todos os homens cortaram galhos e seguiram Abimeleque. Empilharam os galhos junto à fortaleza e a incendiaram. Assim morreu também o povo que estava na torre de Siquém, cerca de mil homens e mulheres. 50 A seguir, Abimeleque foi a Tebes, sitiou-a e conquistou-a. 51 Mas dentro da cidade havia uma torre bastante forte, para a qual fugiram todos os homens e mulheres, todo o povo da cidade. Trancaram-se por dentro e subiram para o telhado da torre. 52 Abimeleque foi para a torre e atacou-a. E, quando se aproximava da entrada da torre para incendiá-la, 53 uma mulher jogou uma pedra de moinho na cabeça dele, e lhe rachou o crânio. 54 Imediatamente ele chamou seu escudeiro e lhe ordenou: “Tire a espada e mate-me, para que não digam que uma mulher me matou”. Então o jovem o atravessou, e ele morreu. 55 Quando os israelitas viram que Abimeleque estava morto, voltaram para casa. 56 Assim Deus retribuiu a maldade que Abimeleque praticara contra o seu pai, matando os seus setenta irmãos. 57 Deus fez também os homens de Siquém pagarem por toda a sua maldade. A maldição de Jotão, filho de Jerubaal, caiu sobre eles.
1 Eles atravessaram o mar e foram para a região dos gerasenos. 2 Quando Jesus desembarcou, um homem com um espírito imundo veio dos sepulcros ao seu encontro. 3 Esse homem vivia nos sepulcros, e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com correntes; 4 pois muitas vezes lhe haviam sido acorrentados pés e mãos, mas ele arrebentara as correntes e quebrara os ferros de seus pés. Ninguém era suficientemente forte para dominá-lo. 5 Noite e dia ele andava gritando e cortando-se com pedras entre os sepulcros e nas colinas. 6 Quando ele viu Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele 7 e gritou em alta voz: “Que queres comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te por Deus que não me atormentes!” 8 Pois Jesus lhe tinha dito: “Saia deste homem, espírito imundo!” 9 Então Jesus lhe perguntou: “Qual é o seu nome?”“Meu nome é Legião”, respondeu ele, “porque somos muitos”. 10 E implorava a Jesus, com insistência, que não os mandasse sair daquela região. 11 Uma grande manada de porcos estava pastando numa colina próxima. 12 Os demônios imploraram a Jesus: “Manda-nos para os porcos, para que entremos neles”. 13 Ele lhes deu permissão, e os espíritos imundos saíram e entraram nos porcos. A manada de cerca de dois mil porcos atirou-se precipício abaixo, em direção ao mar, e nele se afogou. 14 Os que cuidavam dos porcos fugiram e contaram esses fatos na cidade e nos campos, e o povo foi ver o que havia acontecido. 15 Quando se aproximaram de Jesus, viram ali o homem que fora possesso da legião de demônios, assentado, vestido e em perfeito juízo; e ficaram com medo. 16 Os que estavam presentes contaram ao povo o que acontecera ao endemoninhado e falaram também sobre os porcos. 17 Então o povo começou a suplicar a Jesus que saísse do território deles. 18 Quando Jesus estava entrando no barco, o homem que estivera endemoninhado suplicava-lhe que o deixasse ir com ele. 19 Jesus não o permitiu, mas disse: “Vá para casa, para a sua família e anuncie-lhes quanto o Senhor fez por você e como teve misericórdia de você”. 20 Então, aquele homem se foi e começou a anunciar em Decápolis o quanto Jesus tinha feito por ele. Todos ficavam admirados. 21 Tendo Jesus voltado de barco para a outra margem, uma grande multidão se reuniu ao seu redor, enquanto ele estava à beira do mar. 22 Então chegou ali um dos dirigentes da sinagoga, chamado Jairo. Vendo Jesus, prostrou-se aos seus pés 23 e lhe implorou insistentemente: “Minha filhinha está morrendo! Vem, por favor, e impõe as mãos sobre ela, para que seja curada e que viva”. 24 Jesus foi com ele.Uma grande multidão o seguia e o comprimia. 25 E estava ali certa mulher que havia doze anos vinha sofrendo de hemorragia. 26 Ela padecera muito sob o cuidado de vários médicos e gastara tudo o que tinha, mas, em vez de melhorar, piorava. 27 Quando ouviu falar de Jesus, chegou por trás dele, no meio da multidão, e tocou em seu manto, 28 porque pensava: “Se eu tão somente tocar em seu manto, ficarei curada”. 29 Imediatamente cessou sua hemorragia e ela sentiu em seu corpo que estava livre do seu sofrimento. 30 No mesmo instante, Jesus percebeu que dele havia saído poder, virou-se para a multidão e perguntou: “Quem tocou em meu manto?” 31 Responderam os seus discípulos: “Vês a multidão aglomerada ao teu redor e ainda perguntas: ‘Quem tocou em mim?’ ” 32 Mas Jesus continuou olhando ao seu redor para ver quem tinha feito aquilo. 33 Então a mulher, sabendo o que lhe tinha acontecido, aproximou-se, prostrou-se aos seus pés e, tremendo de medo, contou-lhe toda a verdade. 34 Então ele lhe disse: “Filha, a sua fé a curou! Vá em paz e fique livre do seu sofrimento”. 35 Enquanto Jesus ainda estava falando, chegaram algumas pessoas da casa de Jairo, o dirigente da sinagoga. “Sua filha morreu”, disseram eles. “Não precisa mais incomodar o mestre!” 36 Não fazendo caso do que eles disseram, Jesus disse ao dirigente da sinagoga: “Não tenha medo; tão somente creia”. 37 E não deixou ninguém segui-lo, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. 38 Quando chegaram à casa do dirigente da sinagoga, Jesus viu um alvoroço, com gente chorando e se lamentando em alta voz. 39 Então entrou e lhes disse: “Por que todo este alvoroço e lamento? A criança não está morta, mas dorme”. 40 Mas todos começaram a rir de Jesus. Ele, porém, ordenou que eles saíssem, tomou consigo o pai e a mãe da criança e os discípulos que estavam com ele e entrou onde se encontrava a criança. 41 Tomou-a pela mão e lhe disse: “Talita cumi!”, que significa “menina, eu ordeno a você, levante-se!”. 42 Imediatamente a menina, que tinha doze anos de idade, levantou-se e começou a andar. Isso os deixou atônitos. 43 Ele deu ordens expressas para que não dissessem nada a ninguém e mandou que dessem a ela alguma coisa para comer.
1 Meu filho, se você aceitar as minhas palavrase guardar no coração os meus mandamentos; 2 se der ouvidos à sabedoriae inclinar o coração para o discernimento; 3 se clamar por entendimentoe por discernimento gritar bem alto; 4 se procurar a sabedoria como se procura a pratae buscá-la como quem busca um tesouro escondido, 5 então você entenderá o que é temer oe achará o conhecimento de Deus. 6 Pois o SENHOR é quem dá sabedoria;de sua boca procedem o conhecimento e o discernimento. 7 Ele reserva a sensatez para o justo;como um escudo protege quem anda com integridade, 8 pois guarda a vereda do justoe protege o caminho de seus fiéis. 9 Então você entenderá o que é justo, direito e certoe aprenderá os caminhos do bem. 10 Pois a sabedoria entrará em seu coração,e o conhecimento será agradável à sua alma. 11 O bom senso o guardará,e o discernimento o protegerá. 12 A sabedoria o livrará do caminho dos maus,dos homens de palavras perversas— 13 que abandonam as veredas retaspara andarem por caminhos de trevas—, 14 têm prazer em fazer o mal,exultam com a maldade dos perversos, 15 andam por veredas tortuosase no caminho se extraviam. 16 Ela também o livrará da mulher imoral,da pervertida que seduz com suas palavras, 17 que abandona aquele que desde a juventude foi seu companheiroe ignora a aliança que fez diante de Deus. 18 A mulher imoral se dirige para a morte, que é a sua casa,e os seus caminhos levam às sombras. 19 Os que a procuram jamais voltarão,nem tornarão a encontrar as veredas da vida. 20 A sabedoria o fará andar nos caminhos dos homens de beme manter-se nas veredas dos justos. 21 Pois os justos habitarão na terra,e os íntegros nela permanecerão; 22 mas os ímpios serão eliminados da terra,e dela os infiéis serão arrancados.
1 Cantem de alegria ao SENHOR, vocês que são justos;aos que são retos fica bem louvá-lo. 2 Louvem o SENHOR com harpa;ofereçam-lhe música com lira de dez cordas. 3 Cantem-lhe uma nova canção;toquem com habilidade ao aclamá-lo. 4 Pois a palavra do SENHOR é verdadeira;ele é fiel em tudo o que faz. 5 Ele ama a justiça e a retidão;a terra está cheia da bondade do SENHOR. 6 Mediante a palavra do SENHOR foram feitos os céus,e os corpos celestes, pelo sopro de sua boca. 7 Ele ajunta as águas do mar num só lugar;das profundezas faz reservatórios. 8 Toda a terra tema o SENHOR;tremam diante dele todos os habitantes do mundo. 9 Pois ele falou, e tudo se fez;ele ordenou, e tudo surgiu. 10 O SENHOR desfaz os planos das naçõese frustra os propósitos dos povos. 11 Mas os planos do SENHOR permanecem para sempre,os propósitos do seu coração, por todas as gerações. 12 Como é feliz a nação que tem o SENHOR como Deus,o povo que ele escolheu para lhe pertencer! 13 Dos céus olha oe vê toda a humanidade; 14 do seu trono ele observatodos os habitantes da terra; 15 ele, que forma o coração de todos,que conhece tudo o que fazem. 16 Nenhum rei se salva pelo tamanho do seu exército;nenhum guerreiro escapa por sua grande força. 17 O cavalo é vã esperança de vitória;apesar da sua grande força, é incapaz de salvar. 18 Mas o SENHOR protege aqueles que o temem,aqueles que firmam a esperança no seu amor, 19 para livrá-los da morte e garantir-lhes vida,mesmo em tempos de fome. 20 Nossa esperança está no SENHOR;ele é o nosso auxílio e a nossa proteção. 21 Nele se alegra o nosso coração,pois confiamos no seu santo nome. 22 Esteja sobre nós o teu amor, SENHOR,como está em ti a nossa esperança.