1 Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos por sua manifestação e por seu Reino, eu o exorto solenemente: 2 Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. 3 Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo os seus próprios desejos. 4 Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. 5 Você, porém, seja moderado em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério. 6 Eu já estou sendo derramado como oferta de bebida. Está próximo o tempo da minha partida. 7 Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. 8 Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda. 9 Procure vir logo ao meu encontro, 10 pois Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalônica. Crescente foi para a Galácia e Tito para a Dalmácia. 11 Só Lucas está comigo. Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o ministério. 12 Enviei Tíquico a Éfeso. 13 Quando você vier, traga a capa que deixei na casa de Carpo, em Trôade, e os meus livros, especialmente os pergaminhos. 14 Alexandre, o ferreiro, causou-me muitos males. O Senhor lhe dará a retribuição pelo que fez. 15 Previna-se contra ele, porque se opôs fortemente às nossas palavras. 16 Na minha primeira defesa, ninguém apareceu para me apoiar; todos me abandonaram. Que isso não lhes seja cobrado. 17 Mas o Senhor permaneceu ao meu lado e me deu forças, para que por mim a mensagem fosse plenamente proclamada e todos os gentios a ouvissem. E eu fui libertado da boca do leão. 18 O Senhor me livrará de toda obra maligna e me levará a salvo para o seu Reino celestial. A ele seja a glória para todo o sempre. Amém. 19 Saudações a Priscila e Áquila, e à casa de Onesíforo. 20 Erasto permaneceu em Corinto, mas deixei Trófimo doente em Mileto. 21 Procure vir antes do inverno. Êubulo, Prudente, Lino, Cláudia e todos os irmãos enviam saudações. 22 O Senhor seja com o seu espírito. A graça seja com vocês.
1 A guerra entre as famílias de Saul e de Davi durou muito tempo. Davi tornava-se cada vez mais forte, enquanto a família de Saul se enfraquecia. 2 Estes foram os filhos de Davi nascidos em Hebrom:O seu filho mais velho era Amnom, filho de Ainoã, de Jezreel; 3 o segundo, Quileabe, de Abigail, viúva de Nabal, de Carmelo;o terceiro, Absalão, de Maaca, filha de Talmai, rei de Gesur; 4 o quarto, Adonias, de Hagite;o quinto, Sefatias, de Abital; 5 e o sexto, Itreão, de sua mulher Eglá.Esses foram os filhos de Davi que lhe nasceram em Hebrom. 6 Enquanto transcorria a guerra entre as famílias de Saul e de Davi, Abner foi ficando poderoso na família de Saul. 7 Saul tivera uma concubina chamada Rispa, filha de Aiá. Certa vez Is-Bosete perguntou a Abner: “Por que você se deitou com a concubina de meu pai?” 8 Abner ficou furioso com a pergunta de Is-Bosete e exclamou: “Por acaso eu sou um cão a serviço de Judá? Até agora tenho sido leal à família de Saul, seu pai, e aos parentes e amigos dele, e não deixei que você caísse nas mãos de Davi; agora você me acusa de um delito envolvendo essa mulher! 9 Que Deus me castigue com todo o rigor, se eu não fizer por Davi o que o SENHOR lhe prometeu sob juramento: 10 tirar o reino da família de Saul e estabelecer o trono de Davi sobre Israel e Judá, de Dã a Berseba”. 11 Is-Bosete não respondeu nada a Abner, pois tinha medo dele. 12 Então Abner enviou mensageiros a Davi com esta proposta: “A quem pertence esta terra? Faze um acordo comigo e eu te ajudarei a conseguir o apoio de todo o Israel”. 13 “Está bem”, disse Davi. “Farei um acordo com você, mas com uma condição: não compareça à minha presença, quando vier me ver, sem trazer-me Mical, filha de Saul”. 14 E Davi enviou mensageiros a Is-Bosete, filho de Saul, exigindo: “Entregue-me minha mulher Mical, com quem me casei pelo preço de cem prepúcios de filisteus”. 15 Diante disso, Is-Bosete mandou que a tirassem do seu marido Paltiel, filho de Laís. 16 Mas Paltiel foi atrás dela, e a seguiu chorando até Baurim. Então Abner ordenou-lhe que voltasse para casa, e ele voltou. 17 Nesse meio-tempo, Abner enviou esta mensagem às autoridades de Israel: “Já faz algum tempo que vocês querem Davi como rei. 18 Agora é o momento de agir! Porque o SENHOR prometeu a Davi: ‘Por meio de Davi, meu servo, livrarei Israel do poder dos filisteus e de todos os seus inimigos’.” 19 Abner também falou pessoalmente com os benjamitas. Depois foi a Hebrom dizer a Davi tudo o que Israel e a tribo de Benjamim haviam aprovado. 20 Quando Abner, acompanhado de vinte homens, apresentou-se a Davi em Hebrom, este ofereceu um banquete para ele e para os homens que o acompanhavam. 21 Disse então Abner a Davi: “Deixa que eu me vá e reúna todo o Israel, meu senhor, para que façam um acordo contigo, ó rei, e reines sobre tudo o que desejares”. Davi o deixou ir, e ele se foi em paz. 22 Naquele momento os soldados de Davi e Joabe voltavam de um ataque, trazendo muitos bens. Abner, porém, já não estava com Davi em Hebrom, porque Davi o tinha deixado partir em paz. 23 Quando Joabe chegou com todo o seu exército, contaram-lhe que Abner, filho de Ner, se apresentara ao rei, que o tinha deixado ir em paz. 24 Então Joabe foi falar com o rei e lhe disse: “Que foi que fizeste? Abner veio à tua presença e o deixaste ir? 25 Conheces Abner, filho de Ner; ele veio para enganar-te, observar os teus movimentos e descobrir tudo o que estás fazendo”. 26 Saindo da presença de Davi, Joabe enviou mensageiros atrás de Abner, e eles o trouxeram de volta, desde a cisterna de Sirá. Mas Davi não ficou sabendo disso. 27 Quando Abner retornou a Hebrom, Joabe o chamou à parte, na porta da cidade, sob o pretexto de falar-lhe em particular, e ali mesmo o feriu no estômago. E Abner morreu por ter derramado o sangue de Asael, irmão de Joabe. 28 Mais tarde, quando Davi soube o que tinha acontecido, disse: “Eu e o meu reino, perante o SENHOR, somos para sempre inocentes do sangue de Abner, filho de Ner. 29 Caia a responsabilidade pela morte dele sobre a cabeça de Joabe e de toda a sua família! Jamais falte entre os seus descendentes quem sofra fluxo ou lepra, quem use muletas, quem morra à espada, ou quem passe fome”. 30 Assim, Joabe e seu irmão Abisai mataram Abner, porque ele havia matado Asael, irmão deles, na batalha de Gibeom. 31 Então Davi disse a Joabe e a todo o exército que o acompanhava: “Rasguem suas vestes, vistam roupas de luto e vão chorando à frente de Abner”. E o rei Davi seguiu atrás da maca que levava o corpo. 32 Enterraram-no em Hebrom, e o rei chorou em alta voz junto ao túmulo de Abner, como também todo o povo. 33 Então o rei cantou este lamento por Abner:“Por que morreu Abner como morrem os insensatos? 34 Suas mãos não estavam algemadasnem seus pés acorrentados.Você caiu como quem cai perante homens perversos”.E todo o povo chorou ainda mais por ele. 35 Depois, quando o povo insistiu com Davi que comesse alguma coisa enquanto ainda era dia, Davi fez este juramento: “Deus me castigue com todo o rigor, caso eu prove pão ou qualquer outra coisa antes do pôr do sol!” 36 Todo o povo ouviu isso e o aprovou; de fato, tudo o que o rei fazia o povo aprovava. 37 Assim, naquele dia, todo o povo e todo o Israel reconheceram que o rei não tivera participação no assassinato de Abner, filho de Ner. 38 Então o rei disse aos seus conselheiros: “Não percebem que caiu hoje em Israel um líder, um grande homem? 39 Embora rei ungido, ainda sou fraco, e esses filhos de Zeruia são mais fortes do que eu. Que o SENHOR retribua ao malfeitor de acordo com as suas más obras!”
1 Quando ficou decidido que navegaríamos para a Itália, Paulo e alguns outros presos foram entregues a um centurião chamado Júlio, que pertencia ao Regimento Imperial. 2 Embarcamos num navio de Adramítio, que estava de partida para alguns lugares da província da Ásia, e saímos ao mar, estando conosco Aristarco, um macedônio de Tessalônica. 3 No dia seguinte, ancoramos em Sidom; e Júlio, num gesto de bondade para com Paulo, permitiu-lhe que fosse ao encontro dos seus amigos, para que estes suprissem as suas necessidades. 4 Quando partimos de lá, passamos ao norte de Chipre, porque os ventos nos eram contrários. 5 Tendo atravessado o mar aberto ao longo da Cilícia e da Panfília, ancoramos em Mirra, na Lícia. 6 Ali, o centurião encontrou um navio alexandrino que estava de partida para a Itália e nele nos fez embarcar. 7 Navegamos vagarosamente por muitos dias e tivemos dificuldade para chegar a Cnido. Não sendo possível prosseguir em nossa rota, devido aos ventos contrários, navegamos ao sul de Creta, defronte de Salmona. 8 Costeamos a ilha com dificuldade e chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto da cidade de Laseia. 9 Tínhamos perdido muito tempo, e agora a navegação se tornara perigosa, pois já havia passado o Jejum. Por isso Paulo os advertiu: 10 “Senhores, vejo que a nossa viagem será desastrosa e acarretará grande prejuízo para o navio, para a carga e também para a nossa vida”. 11 Mas o centurião, em vez de ouvir o que Paulo falava, seguiu o conselho do piloto e do dono do navio. 12 Visto que o porto não era próprio para passar o inverno, a maioria decidiu que deveríamos continuar navegando, com a esperança de alcançar Fenice e ali passar o inverno. Este era um porto de Creta, que dava para sudoeste e noroeste. 13 Começando a soprar suavemente o vento sul, eles pensaram que haviam obtido o que desejavam; por isso levantaram âncoras e foram navegando ao longo da costa de Creta. 14 Pouco tempo depois, desencadeou-se da ilha um vento muito forte, chamado Nordeste. 15 O navio foi arrastado pela tempestade, sem poder resistir ao vento; assim, cessamos as manobras e ficamos à deriva. 16 Passando ao sul de uma pequena ilha chamada Clauda, foi com dificuldade que conseguimos recolher o barco salva-vidas. 17 Levantando-o, lançaram mão de todos os meios para reforçar o navio com cordas; e, temendo que ele encalhasse nos bancos de areia de Sirte, baixaram as velas e deixaram o navio à deriva. 18 No dia seguinte, sendo violentamente castigados pela tempestade, começaram a lançar fora a carga. 19 No terceiro dia, lançaram fora, com as próprias mãos, a armação do navio. 20 Não aparecendo nem sol nem estrelas por muitos dias e continuando a abater-se sobre nós grande tempestade, finalmente perdemos toda a esperança de salvamento. 21 Visto que os homens tinham passado muito tempo sem comer, Paulo levantou-se diante deles e disse: “Os senhores deviam ter aceitado o meu conselho de não partir de Creta, pois assim teriam evitado este dano e prejuízo. 22 Mas agora recomendo que tenham coragem, pois nenhum de vocês perderá a vida; apenas o navio será destruído. 23 Pois ontem à noite apareceu-me um anjo do Deus a quem pertenço e a quem adoro, dizendo-me: 24 ‘Paulo, não tenha medo. É preciso que você compareça perante César; Deus, por sua graça, deu-lhe a vida de todos os que estão navegando com você’. 25 Assim, tenham ânimo, senhores! Creio em Deus que acontecerá conforme me foi dito. 26 Devemos ser arrastados para alguma ilha”. 27 Na décima quarta noite, ainda estávamos sendo levados de um lado para outro no mar Adriático, quando, por volta da meia-noite, os marinheiros imaginaram que estávamos próximos da terra. 28 Lançando a sonda, verificaram que a profundidade era de trinta e sete metros; pouco tempo depois, lançaram novamente a sonda e encontraram vinte e sete metros. 29 Temendo que fôssemos jogados contra as pedras, lançaram quatro âncoras da popa e faziam preces para que amanhecesse o dia. 30 Tentando escapar do navio, os marinheiros baixaram o barco salva-vidas ao mar, a pretexto de lançar âncoras da proa. 31 Então Paulo disse ao centurião e aos soldados: “Se estes homens não ficarem no navio, vocês não poderão salvar-se”. 32 Com isso os soldados cortaram as cordas que prendiam o barco salva-vidas e o deixaram cair. 33 Pouco antes do amanhecer, Paulo insistia que todos se alimentassem, dizendo: “Hoje faz catorze dias que vocês têm estado em vigília constante, sem nada comer. 34 Agora eu os aconselho a comer algo, pois só assim poderão sobreviver. Nenhum de vocês perderá um fio de cabelo sequer”. 35 Tendo dito isso, tomou pão e deu graças a Deus diante de todos. Então o partiu e começou a comer. 36 Todos se reanimaram e também comeram algo. 37 Estavam a bordo duzentas e setenta e seis pessoas. 38 Depois de terem comido até ficarem satisfeitos, aliviaram o peso do navio, atirando todo o trigo ao mar. 39 Quando amanheceu não reconheceram a terra, mas viram uma enseada com uma praia, para onde decidiram conduzir o navio, se fosse possível. 40 Cortando as âncoras, deixaram-nas no mar, desatando ao mesmo tempo as cordas que prendiam os lemes. Então, alçando a vela da proa ao vento, dirigiram-se para a praia. 41 Mas o navio encalhou num banco de areia, onde tocou o fundo. A proa encravou-se e ficou imóvel, e a popa foi quebrada pela violência das ondas. 42 Os soldados resolveram matar os presos para impedir que algum deles fugisse, jogando-se ao mar. 43 Mas o centurião queria poupar a vida de Paulo e os impediu de executar o plano. Então ordenou aos que sabiam nadar que se lançassem primeiro ao mar em direção à terra. 44 Os outros teriam que salvar-se em tábuas ou em pedaços do navio. Dessa forma, todos chegaram a salvo em terra.
1 “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2 Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda. 3 Vocês já estão limpos, pela palavra que tenho falado. 4 Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto se não permanecerem em mim. 5 “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. 6 Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. 7 Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e será concedido. 8 Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos. 9 “Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor. 10 Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. 11 Tenho dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa. 12 O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei. 13 Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. 14 Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu ordeno. 15 Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu tornei conhecido a vocês. 16 Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai conceda a vocês o que pedirem em meu nome. 17 Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros. 18 “Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes me odiou. 19 Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia. 20 Lembrem-se das palavras que eu disse: Nenhum escravo é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também perseguirão vocês. Se obedeceram à minha palavra, também obedecerão à de vocês. 21 Tratarão assim vocês por causa do meu nome, pois não conhecem aquele que me enviou. 22 Se eu não tivesse vindo e falado a vocês, não seriam culpados de pecado. Agora, contudo, eles não têm desculpa para o seu pecado. 23 Aquele que me odeia, também odeia o meu Pai. 24 Se eu não tivesse realizado no meio deles obras que ninguém mais fez, eles não seriam culpados de pecado. Mas agora eles as viram e odiaram a mim e a meu Pai. 25 Mas isto aconteceu para se cumprir o que está escrito na Lei deles: ‘Odiaram-me sem razão’ 26 “Quando vier o Conselheiro, que eu enviarei a vocês da parte do Pai, o Espírito da verdade que provém do Pai, ele testemunhará a meu respeito. 27 E vocês também testemunharão, pois estão comigo desde o princípio.
1 Depois ordenou o SENHOR a Moisés: “Saia deste lugar, com o povo que você tirou do Egito, e vá para a terra que prometi com juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó, dizendo: ‘Eu a darei a seus descendentes’. 2 Mandarei à sua frente um anjo e expulsarei os cananeus, os amorreus, os hititas, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. 3 Vão para a terra onde há leite e mel com fartura. Mas eu não irei com vocês, pois vocês são um povo obstinado, e eu poderia destruí-los no caminho”. 4 Quando o povo ouviu essas palavras terríveis, começou a chorar, e ninguém usou enfeite algum. 5 Isso porque o SENHOR ordenara que Moisés dissesse aos israelitas: “Vocês são um povo obstinado. Se eu fosse com vocês, ainda que por um só momento, eu os destruiria. Agora tirem os seus enfeites, e eu decidirei o que fazer com vocês”. 6 Por isso, do monte Horebe em diante, os israelitas não usaram mais nenhum enfeite. 7 Moisés costumava montar uma tenda do lado de fora do acampamento; ele a chamava Tenda do Encontro. Quem quisesse consultar o SENHOR ia à tenda, fora do acampamento. 8 Sempre que Moisés ia até lá, todo o povo se levantava e ficava em pé à entrada de suas tendas, observando-o, até que ele entrasse na tenda. 9 Assim que Moisés entrava, a coluna de nuvem descia e ficava à entrada da tenda, enquanto o SENHOR falava com Moisés. 10 Quando o povo via a coluna de nuvem parada à entrada da tenda, todos prestavam adoração em pé, cada qual na entrada de sua própria tenda. 11 O SENHOR falava com Moisés face a face, como quem fala com seu amigo. Depois Moisés voltava ao acampamento; mas Josué, filho de Num, que lhe servia como auxiliar, não se afastava da tenda. 12 Disse Moisés ao SENHOR: “Tu me ordenaste: ‘Conduza este povo’, mas não me permites saber quem enviarás comigo. Disseste: ‘Eu o conheço pelo nome e de você tenho me agradado’. 13 Se me vês com agrado, revela-me os teus propósitos, para que eu te conheça e continue sendo aceito por ti. Lembra-te de que esta nação é o teu povo”. 14 Respondeu o SENHOR: “Eu mesmo o acompanharei e lhe darei descanso”. 15 Então Moisés lhe declarou: “Se não fores conosco, não nos envies. 16 Como se saberá que eu e o teu povo podemos contar com o teu favor, se não nos acompanhares? Que mais poderá distinguir a mim e a teu povo de todos os demais povos da face da terra?” 17 O SENHOR disse a Moisés: “Farei o que me pede, porque tenho me agradado de você e o conheço pelo nome”. 18 Então disse Moisés: “Peço-te que me mostres a tua glória”. 19 E Deus respondeu: “Diante de você farei passar toda a minha bondade e diante de você proclamarei o meu nome: o SENHOR. Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão”. 20 E acrescentou: “Você não poderá ver a minha face, porque ninguém poderá ver-me e continuar vivo”. 21 E prosseguiu o SENHOR: “Há aqui um lugar perto de mim, onde você ficará, em cima de uma rocha. 22 Quando a minha glória passar, eu o colocarei numa fenda da rocha e o cobrirei com a minha mão até que eu tenha acabado de passar. 23 Então tirarei a minha mão e você verá as minhas costas; mas a minha face ninguém poderá ver”.
1 “O pecado de Judá está escrito com estilete de ferro,gravado com ponta de diamantenas tábuas dos seus coraçõese nas pontas dos seus altares. 2 Os seus filhos se lembramdos seus altares e dos postes sagrados,ao lado das árvores verdejantes,sobre os montes altos 3 e sobre as montanhas do campo.As riquezas de vocês e todos os seus tesouros,eu os darei como despojo, como preço por todosos seus pecados nos altares idólatras,em toda a sua terra. 4 Você mesmo perdeu a posse da herançaque eu tinha dado a você.Eu o farei escravo de seus inimigosnuma terra que você não conhece,pois acendeu-se a minha ira,que arderá para sempre”. 5 Assim diz o SENHOR:“Maldito é o homem que confia nos homens,que faz da humanidade mortal a sua força,mas cujo coração se afasta do SENHOR. 6 Ele será como um arbusto no deserto;não verá quando vier algum bem.Habitará nos lugares áridos do deserto,numa terra salgada onde não vive ninguém. 7 “Mas bendito é o homem cuja confiança está no SENHOR,cuja confiança nele está. 8 Ele será como uma árvore plantada junto às águase que estende as suas raízes para o ribeiro.Ela não temerá quando chegar o calor,porque as suas folhas estão sempre verdes;não ficará ansiosa no ano da secanem deixará de dar fruto”. 9 O coração é mais enganoso que qualquer outra coisae sua doença é incurável.Quem é capaz de compreendê-lo? 10 “Eu sou o SENHOR que sonda o coraçãoe examina a mente,para recompensar a cada um de acordo com a sua conduta,de acordo com as suas obras”. 11 O homem que obtém riquezas por meios injustosé como a perdiz que choca ovos que não pôs.Quando a metade da sua vida tiver passado, elas o abandonarão,e, no final, ele se revelará um tolo. 12 Um trono glorioso, exaltado desde o início,é o lugar de nosso santuário. 13 Ó SENHOR, Esperança de Israel,todos os que te abandonarem sofrerão vergonha;aqueles que se desviarem de ti terão os seus nomes escritos no pó,pois abandonaram o SENHOR,a fonte de água viva. 14 Cura-me, SENHOR, e serei curado;salva-me, e serei salvo,pois tu és aquele a quem eu louvo. 15 Há os que vivem me dizendo:“Onde está a palavra do SENHOR?Que ela se cumpra!” 16 Mas não insisti eu contigo para que afastasses a desgraça?Tu sabes que não desejei o dia do desespero.Sabes o que saiu de meus lábios, pois está diante de ti. 17 Não sejas motivo de pavor para mim;tu és o meu refúgio no dia da desgraça. 18 Que os meus perseguidores sejam humilhados,mas não eu;que eles sejam aterrorizados,mas não eu.Traze sobre eles o dia da desgraça;destrói-os com destruição dobrada. 19 Assim me disse o SENHOR: “Vá colocar-se à porta do Povo, por onde entram e saem os reis de Judá; faça o mesmo junto a todas as portas de Jerusalém. 20 Diga-lhes: Ouçam a palavra do SENHOR, reis de Judá, todo o Judá e todos os habitantes de Jerusalém, vocês que passam por estas portas”. 21 Assim diz o SENHOR: “Por amor à vida de vocês, tenham o cuidado de não levar cargas nem de fazê-las passar pelas portas de Jerusalém no dia de sábado. 22 Não levem carga alguma para fora de casa nem façam nenhum trabalho no sábado, mas guardem o dia de sábado como dia consagrado, como ordenei aos seus antepassados. 23 Contudo, eles não me ouviram nem me deram atenção; foram obstinados e não quiseram ouvir nem aceitar a disciplina. 24 Mas, se vocês tiverem o cuidado de obedecer-me”, diz o SENHOR, “e não fizerem passar carga alguma pelas portas desta cidade no sábado, mas guardarem o dia de sábado como dia consagrado, deixando de realizar nele todo e qualquer trabalho, 25 então os reis que se assentarem no trono de Davi entrarão pelas portas desta cidade em companhia de seus conselheiros. Eles e os seus conselheiros virão em carruagens e cavalos, acompanhados dos homens de Judá e dos habitantes de Jerusalém; e esta cidade será habitada para sempre. 26 Virá gente das cidades de Judá e dos povoados ao redor de Jerusalém, do território de Benjamim e da Sefelá, das montanhas e do Neguebe, trazendo holocaustos e sacrifícios, ofertas de cereal, incenso e ofertas de ação de graças ao templo do SENHOR. 27 Mas, se vocês não me obedecerem e deixarem de guardar o sábado como dia consagrado, fazendo passar cargas pelas portas de Jerusalém no dia de sábado, porei fogo nas suas portas, que consumirá os seus palácios”.
1 O coração do rei é como um rio controlado pelo SENHOR;ele o dirige para onde quer. 2 Todos os caminhos do homem lhe parecem justos,mas o SENHOR pesa o coração. 3 Fazer o que é justo e certoé mais aceitável ao SENHOR do que oferecer sacrifícios. 4 A vida de pecado dos ímpiosse vê no olhar orgulhoso e no coração arrogante. 5 Os planos bem elaborados levam à fartura;mas o apressado sempre acaba na miséria. 6 A fortuna obtida com língua mentirosaé ilusão fugidia e armadilha mortal. 7 A violência dos ímpios os arrastará,pois se recusam a agir corretamente. 8 O caminho do culpado é tortuoso,mas a conduta do inocente é reta. 9 Melhor é viver num canto sob o telhadodo que repartir a casa com uma mulher briguenta. 10 O desejo do perverso é fazer o mal;ele não tem dó do próximo. 11 Quando o zombador é castigado, o inexperiente obtém sabedoria;quando o sábio recebe instrução, obtém conhecimento. 12 O justo observa a casa dos ímpiose os faz cair na desgraça. 13 Quem fecha os ouvidos ao clamor dos pobrestambém clamará e não terá resposta. 14 O presente que se faz em segredo acalma a ira,e o suborno oferecido às ocultas apazigua a maior fúria. 15 Quando se faz justiça, o justo se alegra,mas os malfeitores se apavoram. 16 Quem se afasta do caminho da sensatezrepousará na companhia dos mortos. 17 Quem se entrega aos prazeres passará necessidade;quem se apega ao vinho e ao azeite jamais será rico. 18 O ímpio serve de resgate para o justo,e o infiel, para o homem íntegro. 19 Melhor é viver no desertodo que com uma mulher briguenta e amargurada. 20 Na casa do sábio há comida e azeite armazenados,mas o tolo devora tudo o que pode. 21 Quem segue a justiça e a lealdadeencontra vida, justiça e honra. 22 O sábio conquista a cidade dos valentese derruba a fortaleza em que eles confiam. 23 Quem é cuidadoso no que falaevita muito sofrimento. 24 O vaidoso e arrogante chama-se zombador;ele age com extremo orgulho. 25 O preguiçoso morre de tanto desejare de nunca pôr as mãos no trabalho. 26 O dia inteiro ele deseja mais e mais,enquanto o justo reparte sem cessar. 27 O sacrifício dos ímpios já por si é detestável;tanto mais quando oferecido com más intenções. 28 A testemunha falsa perecerá,mas o testemunho do homem bem informado permanecerá. 29 O ímpio mostra no rosto a sua arrogância,mas o justo mantém em ordem o seu caminho. 30 Não há sabedoria alguma, nem discernimento algum,nem plano algum que possa opor-se ao SENHOR. 31 Prepara-se o cavalo para o dia da batalha,mas o SENHOR é que dá a vitória.
1 Ó Deus, não te emudeças;não fiques em silêncio nem te detenhas, ó Deus. 2 Vê como se agitam os teus inimigos,como os teus adversários te desafiam de cabeça erguida. 3 Com astúcia conspiram contra o teu povo;tramam contra aqueles que são o teu tesouro. 4 Eles dizem: “Venham, vamos destruí-los como nação,para que o nome de Israel não seja mais lembrado!” 5 Com um só propósito tramam juntos;é contra ti que fazem acordo 6 as tendas de Edom e os ismaelitas,Moabe e os hagarenos, 7 Gebal, Amom e Amaleque,a Filístia, com os habitantes de Tiro. 8 Até a Assíria aliou-se a eles,e trouxe força aos descendentes de Ló. 9 Trata-os como trataste Midiã,como trataste Sísera e Jabim no rio Quisom, 10 os quais morreram em En-Dore se tornaram esterco para a terra. 11 Faze com os seus nobres o que fizestecom Orebe e Zeebe,e com todos os seus príncipeso que fizeste com Zeba e Zalmuna, 12 que disseram:“Vamos apossar-nos das pastagens de Deus”. 13 Faze-os como folhas secas levadas no redemoinho, ó meu Deus,como palha ao vento. 14 Assim como o fogo consome a florestae as chamas incendeiam os montes, 15 persegue-os com o teu vendavale aterroriza-os com a tua tempestade. 16 Cobre-lhes de vergonha o rostoaté que busquem o teu nome, SENHOR. 17 Sejam eles humilhados e aterrorizados para sempre;pereçam em completa desgraça. 18 Saibam eles que tu, cujo nome é SENHOR,somente tu, és o Altíssimo sobre toda a terra.
1 Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, 2 por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. 3 Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; 4 a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. 5 E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu. 6 De fato, no devido tempo, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios. 7 Dificilmente haverá alguém que morra por um justo, embora pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. 8 Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. 9 Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda, por meio dele, seremos salvos da ira de Deus! 10 Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida! 11 Não apenas isso, mas também nos gloriamos em Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, mediante quem recebemos agora a reconciliação. 12 Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram; 13 pois antes de ser dada a Lei, o pecado já estava no mundo. Mas o pecado não é levado em conta quando não existe lei. 14 Todavia, a morte reinou desde o tempo de Adão até o de Moisés, mesmo sobre aqueles que não cometeram pecado semelhante à transgressão de Adão, o qual era um tipo daquele que haveria de vir. 15 Entretanto, não há comparação entre a dádiva e a transgressão. De fato, muitos morreram por causa da transgressão de um só homem, mas a graça de Deus, isto é, a dádiva pela graça de um só, Jesus Cristo, transbordou ainda mais para muitos. 16 Não se pode comparar a dádiva de Deus com a consequência do pecado de um só homem: por um pecado veio o julgamento que trouxe condenação, mas a dádiva decorreu de muitas transgressões e trouxe justificação. 17 Se pela transgressão de um só a morte reinou por meio dele, muito mais aqueles que recebem de Deus a imensa provisão da graça e a dádiva da justiça reinarão em vida por meio de um único homem, Jesus Cristo. 18 Consequentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens. 19 Logo, assim como por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores, assim também por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos. 20 A Lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde aumentou o pecado transbordou a graça, 21 a fim de que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reine pela justiça para conceder vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.