1 Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, atravessando as regiões altas, chegou a Éfeso. Ali encontrou alguns discípulos 2 e lhes perguntou: “Vocês receberam o Espírito Santo quando creram?”Eles responderam: “Não, nem sequer ouvimos que existe o Espírito Santo”. 3 “Então, que batismo vocês receberam?”, perguntou Paulo.“O batismo de João”, responderam eles. 4 Disse Paulo: “O batismo de João foi um batismo de arrependimento. Ele dizia ao povo que cresse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus”. 5 Ouvindo isso, eles foram batizados no nome do Senhor Jesus. 6 Quando Paulo lhes impôs as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e começaram a falar em línguas e a profetizar. 7 Eram ao todo uns doze homens. 8 Paulo entrou na sinagoga e ali falou com liberdade durante três meses, argumentando convincentemente acerca do Reino de Deus. 9 Mas alguns deles se endureceram e se recusaram a crer, e começaram a falar mal do Caminho diante da multidão. Paulo, então, afastou-se deles. Tomando consigo os discípulos, passou a ensinar diariamente na escola de Tirano. 10 Isso continuou por dois anos, de forma que todos os judeus e os gregos que viviam na província da Ásia ouviram a palavra do Senhor. 11 Deus fazia milagres extraordinários por meio de Paulo, 12 de modo que até lenços e aventais que Paulo usava eram levados e colocados sobre os enfermos. Estes eram curados de suas doenças, e os espíritos malignos saíam deles. 13 Alguns judeus que andavam expulsando espíritos malignos tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os endemoninhados, dizendo: “Em nome de Jesus, a quem Paulo prega, eu ordeno que saiam!” 14 Os que estavam fazendo isso eram os sete filhos de Ceva, um dos chefes dos sacerdotes dos judeus. 15 Um dia, o espírito maligno lhes respondeu: “Jesus, eu conheço, Paulo, eu sei quem é; mas vocês, quem são?” 16 Então o endemoninhado saltou sobre eles e os dominou, espancando-os com tamanha violência que eles fugiram da casa nus e feridos. 17 Quando isso se tornou conhecido de todos os judeus e gregos que viviam em Éfeso, todos eles foram tomados de temor; e o nome do Senhor Jesus era engrandecido. 18 Muitos dos que creram vinham, e confessavam, e declaravam abertamente suas más obras. 19 Grande número dos que tinham praticado ocultismo reuniram seus livros e os queimaram publicamente. Calculado o valor total, este chegou a cinquenta mil dracmas. 20 Dessa maneira a palavra do Senhor muito se difundia e se fortalecia. 21 Depois dessas coisas, Paulo decidiu no espírito ir a Jerusalém, passando pela Macedônia e pela Acaia. Ele dizia: “Depois de haver estado ali, é necessário também que eu vá visitar Roma”. 22 Então enviou à Macedônia dois dos seus auxiliares, Timóteo e Erasto, e permaneceu mais um pouco na província da Ásia. 23 Naquele tempo houve um grande tumulto por causa do Caminho. 24 Um ourives chamado Demétrio, que fazia miniaturas de prata do templo de Ártemis e que dava muito lucro aos artífices, 25 reuniu-os com os trabalhadores dessa profissão e disse: “Senhores, vocês sabem que temos uma boa fonte de lucro nesta atividade 26 e estão vendo e ouvindo como este indivíduo, Paulo, está convencendo e desviando grande número de pessoas aqui em Éfeso e em quase toda a província da Ásia. Diz ele que deuses feitos por mãos humanas não são deuses. 27 Não somente há o perigo de nossa profissão perder sua reputação, mas também de o templo da grande deusa Ártemis cair em descrédito e de a própria deusa, adorada em toda a província da Ásia e em todo o mundo, ser destituída de sua majestade divina”. 28 Ao ouvirem isso, eles ficaram furiosos e começaram a gritar: “Grande é a Ártemis dos efésios!” 29 Em pouco tempo a cidade toda estava em tumulto. O povo foi às pressas para o teatro, arrastando os companheiros de viagem de Paulo, os macedônios Gaio e Aristarco. 30 Paulo queria apresentar-se à multidão, mas os discípulos não o permitiram. 31 Alguns amigos de Paulo dentre as autoridades da província chegaram a mandar-lhe um recado, pedindo-lhe que não se arriscasse a ir ao teatro. 32 A assembleia estava em confusão: uns gritavam uma coisa, outros gritavam outra. A maior parte do povo nem sabia por que estava ali. 33 Alguns da multidão julgaram que Alexandre era a causa do tumulto, quando os judeus o empurraram para a frente. Ele fez sinal pedindo silêncio, com a intenção de fazer sua defesa diante do povo. 34 Mas, quando ficaram sabendo que ele era judeu, todos gritaram a uma só voz durante cerca de duas horas: “Grande é a Ártemis dos efésios!” 35 O escrivão da cidade acalmou a multidão e disse: “Efésios, quem não sabe que a cidade de Éfeso é a guardiã do templo da grande Ártemis e da sua imagem que caiu do céu? 36 Portanto, visto que estes fatos são inegáveis, acalmem-se e não façam nada precipitadamente. 37 Vocês trouxeram estes homens aqui, embora eles não tenham roubado templos nem blasfemado contra a nossa deusa. 38 Se Demétrio e seus companheiros de profissão têm alguma queixa contra alguém, os tribunais estão abertos, e há procônsules. Eles que apresentem suas queixas ali. 39 Se há mais alguma coisa que vocês desejam apresentar, isso será decidido em assembleia, conforme a lei. 40 Da maneira como está, corremos o perigo de sermos acusados de perturbar a ordem pública por causa dos acontecimentos de hoje. Nesse caso, não seríamos capazes de justificar este tumulto, visto que não há razão para tal”. 41 E, tendo dito isso, encerrou a assembleia.
1 Quando você for ao santuário de Deus, seja reverente. Quem se aproxima para ouvir é melhor do que os tolos que oferecem sacrifício sem saber que estão agindo mal. 2 Não seja precipitado de lábios,nem apressado de coraçãopara fazer promessas diante de Deus.Deus está nos céus,e você está na terra,por isso, fale pouco. 3 Das muitas ocupações brotam sonhos;do muito falar nasce a prosa vã do tolo. 4 Quando você fizer um voto, cumpra-o sem demora, pois os tolos desagradam a Deus; cumpra o seu voto. 5 É melhor não fazer voto do que fazer e não cumprir. 6 Não permita que a sua boca o faça pecar. E não diga ao mensageiro de Deus: “O meu voto foi um engano”. Por que irritar a Deus com o que você diz e deixá-lo destruir o que você realizou? 7 Em meio a tantos sonhos absurdos e conversas inúteis, tenha temor de Deus. 8 Se você vir o pobre oprimido numa província e vir que lhe são negados o direito e a justiça, não fique surpreso; pois todo oficial está subordinado a alguém que ocupa posição superior, e sobre os dois há outros em posição ainda mais alta. 9 Mesmo assim, é vantagem a nação ter um rei que a governe e que se interesse pela agricultura. 10 Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente;quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos.Isso também não faz sentido. 11 Quando aumentam os bens,também aumentam os que os consomem.E que benefício trazem os bens a quem os possui,senão dar um pouco de alegria aos seus olhos? 12 O sono do trabalhador é ameno,quer coma pouco quer coma muito,mas a fartura de um homem riconão lhe dá tranquilidade para dormir. 13 Há um mal terrível que vi debaixo do sol:Riquezas acumuladas para infelicidade do seu possuidor. 14 Se as riquezas dele se perdem num mau negócio,nada ficará para o filhoque lhe nascer. 15 O homem sai nu do ventre de sua mãe,e como vem, assim vai.De todo o trabalho em que se esforçounada levará consigo. 16 Há também outro mal terrível:Como o homem vem, assim ele vai,e o que obtém de todo o seu esforçoem busca do vento? 17 Passa toda a sua vida nas trevas,com grande frustração, doença e amargura. 18 Assim, descobri que, para o homem, o melhor e o que mais vale a pena é comer, beber e desfrutar o resultado de todo o esforço que se faz debaixo do sol durante os poucos dias de vida que Deus lhe dá, pois essa é a sua recompensa. 19 E, quando Deus concede riquezas e bens a alguém e o capacita a desfrutá-los, a aceitar a sua sorte e a ser feliz em seu trabalho, isso é um presente de Deus. 20 Raramente essa pessoa fica pensando na brevidade de sua vida, porque Deus o mantém ocupado com a alegria do coração.
1 Catorze anos depois, subi novamente a Jerusalém, dessa vez com Barnabé, levando também Tito comigo. 2 Fui para lá por causa de uma revelação e expus diante deles o evangelho que prego entre os gentios, fazendo-o, porém, em particular aos que pareciam mais influentes, para não correr ou ter corrido inutilmente. 3 Mas nem mesmo Tito, que estava comigo, foi obrigado a circuncidar-se, apesar de ser grego. 4 Essa questão foi levantada porque alguns falsos irmãos infiltraram-se em nosso meio para espionar a liberdade que temos em Cristo Jesus e nos reduzir à escravidão. 5 Não nos submetemos a eles nem por um instante, para que a verdade do evangelho permanecesse com vocês. 6 Quanto aos que pareciam influentes—o que eram então não faz diferença para mim; Deus não julga pela aparência—tais homens influentes não me acrescentaram nada. 7 Ao contrário, reconheceram que a mim havia sido confiada a pregação do evangelho aos incircuncisos; assim como a Pedro, aos circuncisos. 8 Pois Deus, que operou por meio de Pedro como apóstolo aos circuncisos, também operou por meu intermédio para com os gentios. 9 Reconhecendo a graça que me fora concedida, Tiago, Pedro e João, tidos como colunas, estenderam a mão direita a mim e a Barnabé em sinal de comunhão. Eles concordaram em que devíamos nos dirigir aos gentios e eles aos circuncisos. 10 Somente pediram que nos lembrássemos dos pobres, o que me esforcei por fazer. 11 Quando, porém, Pedro veio a Antioquia, enfrentei-o face a face, por sua atitude condenável. 12 Pois, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, ele comia com os gentios. Quando, porém, eles chegaram, afastou-se e separou-se dos gentios, temendo os que eram da circuncisão. 13 Os demais judeus também se uniram a ele nessa hipocrisia, de modo que até Barnabé se deixou levar. 14 Quando vi que não estavam andando de acordo com a verdade do evangelho, declarei a Pedro, diante de todos: “Você é judeu, mas vive como gentio e não como judeu. Portanto, como pode obrigar gentios a viverem como judeus? 15 “Nós, judeus de nascimento e não gentios pecadores, 16 sabemos que ninguém é justificado pela prática da Lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo. Assim, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pela prática da Lei, porque pela prática da Lei ninguém será justificado. 17 “Se, porém, procurando ser justificados em Cristo descobrimos que nós mesmos somos pecadores, será Cristo então ministro do pecado? De modo algum! 18 Se reconstruo o que destruí, provo que sou transgressor. 19 Pois, por meio da Lei eu morri para a Lei, a fim de viver para Deus. 20 Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. 21 Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça vem pela Lei, Cristo morreu inutilmente!”
1 José foi dar as notícias ao faraó: “Meu pai e meus irmãos chegaram de Canaã com suas ovelhas, seus bois e tudo o que lhes pertence, e estão agora em Gósen”. 2 Depois escolheu cinco de seus irmãos e os apresentou ao faraó. 3 Perguntou-lhes o faraó: “Em que vocês trabalham?”Eles lhe responderam: “Teus servos são pastores, como os nossos antepassados”. 4 Disseram-lhe ainda: “Viemos morar aqui por uns tempos, porque a fome é rigorosa em Canaã, e os rebanhos de teus servos não têm pastagem. Agora, por favor, permite que teus servos se estabeleçam em Gósen”. 5 Então o faraó disse a José: “Seu pai e seus irmãos vieram a você, 6 e a terra do Egito está a sua disposição; faça com que seu pai e seus irmãos habitem na melhor parte da terra. Deixe-os morar em Gósen. E, se você vê que alguns deles são competentes, ponha-os como responsáveis por meu rebanho”. 7 Então José levou seu pai Jacó ao faraó e o apresentou a ele. Depois Jacó abençoou o faraó, 8 e este lhe perguntou: “Quantos anos o senhor tem?” 9 Jacó respondeu ao faraó: “São cento e trinta os anos da minha peregrinação. Foram poucos e difíceis e não chegam aos anos da peregrinação dos meus antepassados”. 10 Então, Jacó abençoou o faraó e retirou-se. 11 José instalou seu pai e seus irmãos e deu-lhes propriedade na melhor parte das terras do Egito, na região de Ramessés, conforme a ordem do faraó. 12 Providenciou também sustento para seu pai, para seus irmãos e para toda a sua família, de acordo com o número de filhos de cada um. 13 Não havia mantimento em toda a região, pois a fome era rigorosa; tanto o Egito como Canaã desfaleciam por causa da fome. 14 José recolheu toda a prata que circulava no Egito e em Canaã, dada como pagamento do trigo que o povo comprava, e levou-a ao palácio do faraó. 15 Quando toda a prata do Egito e de Canaã se esgotou, todos os egípcios foram suplicar a José: “Dá-nos comida! Não nos deixes morrer só porque a nossa prata acabou”. 16 E José lhes disse: “Tragam então os seus rebanhos, e em troca lhes darei trigo, uma vez que a prata de vocês acabou”. 17 E trouxeram a José os rebanhos, e ele deu-lhes trigo em troca de cavalos, ovelhas, bois e jumentos. Durante aquele ano inteiro ele os sustentou em troca de todos os seus rebanhos. 18 O ano passou, e no ano seguinte voltaram a José, dizendo: “Não temos como esconder de ti, meu senhor, que uma vez que a nossa prata acabou e os nossos rebanhos lhe pertencem, nada mais nos resta para oferecer, a não ser os nossos próprios corpos e as nossas terras. 19 Não deixes que morramos e que as nossas terras pereçam diante dos teus olhos! Compra-nos, e compra as nossas terras, em troca de trigo, e nós, com as nossas terras, seremos escravos do faraó. Dá-nos sementes para que sobrevivamos e não morramos de fome, a fim de que a terra não fique desolada”. 20 Assim, José comprou todas as terras do Egito para o faraó. Todos os egípcios tiveram que vender os seus campos, pois a fome os obrigou a isso. A terra tornou-se propriedade do faraó. 21 Quanto ao povo, José o reduziu à servidão, de uma à outra extremidade do Egito. 22 Somente as terras dos sacerdotes não foram compradas, porque, por lei, esses recebiam sustento regular do faraó, e disso viviam. Por isso não tiveram que vender as suas terras. 23 Então José disse ao povo: “Ouçam! Hoje comprei vocês e suas terras para o faraó; aqui estão as sementes para que cultivem a terra. 24 Mas vocês darão a quinta parte das suas colheitas ao faraó. Os outros quatro quintos ficarão para vocês como sementes para os campos e como alimento para vocês, seus filhos e os que vivem em suas casas”. 25 Eles disseram: “Meu senhor, tu nos salvaste a vida. Visto que nos favoreceste, seremos escravos do faraó”. 26 Assim, quanto à terra, José estabeleceu o seguinte decreto no Egito, que permanece até hoje: um quinto da produção pertence ao faraó. Somente as terras dos sacerdotes não se tornaram propriedade do faraó. 27 Os israelitas se estabeleceram no Egito, na região de Gósen. Lá adquiriram propriedades, foram prolíferos e multiplicaram-se muito. 28 Jacó viveu dezessete anos no Egito, e os anos da sua vida chegaram a cento e quarenta e sete. 29 Aproximando-se a hora da sua morte, Israel chamou seu filho José e lhe disse: “Se quer agradar-me, ponha a mão debaixo da minha coxa e prometa que será bondoso e fiel comigo: Não me sepulte no Egito. 30 Quando eu descansar com meus pais, leve-me daqui do Egito e sepulte-me junto a eles”.José respondeu: “Farei como o senhor me pede”. 31 Mas Jacó insistiu: “Jure-me”. E José lhe jurou, e Israel curvou-se apoiado em seu bordão.
1 “Desça, sente-se no pó,Virgem Cidade de Babilônia;sente-se no chão sem um trono,Filha dos babilônios.Você não será mais chamadamimosa e delicada. 2 Apanhe pedras de moinho e faça farinha;retire o seu véu.Levante a saia, desnude as suas pernase atravesse os riachos. 3 Sua nudez será expostae sua vergonha será revelada.Eu me vingarei;não pouparei ninguém”. 4 Nosso redentor, o SENHOR dos Exércitos é o seu nome,é o Santo de Israel. 5 “Sente-se em silêncio, entre nas trevas,cidade dos babilônios;você não será mais chamadarainha dos reinos. 6 Fiquei irado contra o meu povoe profanei minha herança;eu os entreguei nas suas mãos,e você não mostrou misericórdia para com eles.Mesmo sobre os idososvocê pôs um jugo muito pesado. 7 Você disse: ‘Continuarei sempre sendoa rainha eterna!’Mas você não ponderou estas coisas,nem refletiu no que poderia acontecer. 8 “Agora, então, escute, criatura provocadora,que age despreocupada e preguiçosamenteem sua segurança e diz a si mesma:‘Somente eu, e mais ninguém.Jamais ficarei viúva nem sofrereia perda de filhos’. 9 Estas duas coisas acontecerão a vocênum mesmo instante, num único dia,perda de filhos e viuvez;virão sobre você com todo o seu peso,a despeito de suas muitas feitiçariase de todas as suas poderosas palavras de encantamento. 10 Você confiou em sua impiedade e disse:‘Ninguém me vê’.Sua sabedoria e seu conhecimento a enganamquando você diz a si mesma:‘Somente eu, e mais ninguém além de mim’. 11 A desgraça a alcançaráe você não saberá como esconjurá-la.Cairá sobre você um maldo qual você não poderá proteger-se com um resgate;uma catástrofe que você não pode prevercairá repentinamente sobre você. 12 “Continue, então, com suaspalavras mágicas de encantamentoe com suas muitas feitiçarias,nas quais você tem se afadigado desde a infância.Talvez você consiga,talvez provoque pavor. 13 Todos os conselhos que você recebeu só a deixaram extenuada!Deixe seus astrólogos se apresentarem,aqueles fitadores de estrelas que fazem predições de mês a mês,que eles a salvem daquilo que está vindo sobre você; 14 sem dúvida eles são como restolho;o fogo os consumirá.Eles não podem nem mesmo salvar-sedo poder das chamas.Aqui não existem brasas para aquecer ninguém;não há fogueira para a gente sentar-se ao lado. 15 Isso é tudo o que eles podem fazer por você,esses com quem você se afadigoue com quem teve negócios escusos desde a infância.Cada um deles prossegue em seu erro;não há ninguém que possa salvá-la.
1 Noemi tinha um parente por parte do marido. Era um homem rico e influente, pertencia ao clã de Elimeleque e chamava-se Boaz. 2 Rute, a moabita, disse a Noemi: “Vou recolher espigas no campo daquele que me permitir”.“Vá, minha filha”, respondeu-lhe Noemi. 3 Então ela foi e começou a recolher espigas atrás dos ceifeiros. Casualmente entrou justo na parte da plantação que pertencia a Boaz, que era do clã de Elimeleque. 4 Naquele exato momento, Boaz chegou de Belém e saudou os ceifeiros: “O SENHOR esteja com vocês!”Eles responderam: “O SENHOR te abençoe!” 5 Boaz perguntou ao capataz dos ceifeiros: “A quem pertence aquela moça?” 6 O capataz respondeu: “É uma moabita que voltou de Moabe com Noemi. 7 Ela me pediu que a deixasse recolher e juntar espigas entre os feixes, após os ceifeiros. Ela chegou cedo e está em pé até agora. Só sentou-se um pouco no abrigo”. 8 Disse então Boaz a Rute: “Ouça bem, minha filha, não vá colher noutra lavoura, nem se afaste daqui. Fique com minhas servas. 9 Preste atenção onde os homens estão ceifando, e vá atrás das moças que vão colher. Darei ordem aos rapazes para que não toquem em você. Quando tiver sede, beba da água dos potes que os rapazes encheram”. 10 Ela inclinou-se e, prostrada com o rosto em terra, exclamou: “Por que achei favor a seus olhos, ao ponto de o senhor se importar comigo, uma estrangeira?” 11 Boaz respondeu: “Contaram-me tudo o que você tem feito por sua sogra, depois que você perdeu o seu marido: como deixou seu pai, sua mãe e sua terra natal para viver com um povo que você não conhecia bem. 12 O SENHOR retribua a você o que você tem feito! Que seja ricamente recompensada pelo SENHOR, o Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio!” 13 E disse ela: “Continue eu a ser bem acolhida, meu senhor! O senhor me deu ânimo e encorajou sua serva—e eu sequer sou uma de suas servas!” 14 Na hora da refeição, Boaz lhe disse: “Venha cá! Pegue um pedaço de pão e molhe-o no vinagre”.Quando ela se sentou junto aos ceifeiros, Boaz lhe ofereceu grãos tostados. Ela comeu até ficar satisfeita e ainda sobrou. 15 Quando ela se levantou para recolher espigas, Boaz deu estas ordens a seus servos: “Mesmo que ela recolha entre os feixes, não a repreendam! 16 Ao contrário, quando estiverem colhendo, tirem para ela algumas espigas dos feixes e deixem-nas cair para que ela as recolha, e não a impeçam”. 17 E assim Rute colheu na lavoura até o entardecer. Depois debulhou o que tinha ajuntado: quase uma arroba de cevada. 18 Carregou-a para o povoado, e sua sogra viu quanto Rute havia recolhido quando ela lhe ofereceu o que havia sobrado da refeição. 19 A sogra lhe perguntou: “Onde você colheu hoje? Onde trabalhou? Bendito seja aquele que se importou com você!”Então Rute contou à sogra com quem tinha trabalhado: “O nome do homem com quem trabalhei hoje é Boaz”. 20 E Noemi exclamou: “Seja ele abençoado pelo SENHOR, que não deixa de ser leal e bondoso com os vivos e com os mortos!” E acrescentou: “Aquele homem é nosso parente; é um de nossos resgatadores!” 21 E Rute, a moabita, continuou: “Pois ele mesmo me disse também: ‘Fique com os meus ceifeiros até que terminem toda a minha colheita’.” 22 Então Noemi aconselhou à sua nora Rute: “É melhor mesmo você ir com as servas dele, minha filha. Noutra lavoura poderiam molestá-la”. 23 Assim Rute ficou com as servas de Boaz para recolher espigas, até acabarem as colheitas de cevada e de trigo. E continuou morando com a sua sogra.
1 Ao homem pertencem os planos do coração,mas do SENHOR vem a resposta da língua. 2 Todos os caminhos do homem lhe parecem puros,mas o SENHOR avalia o espírito. 3 Consagre ao SENHOR tudo o que você faz,e os seus planos serão bem-sucedidos. 4 O SENHOR faz tudo com um propósito;até os ímpios para o dia do castigo. 5 O SENHOR detesta os orgulhosos de coração.Sem dúvida serão punidos. 6 Com amor e fidelidade se faz expiação pelo pecado;com o temor do SENHOR o homem evita o mal. 7 Quando os caminhos de um homem são agradáveis ao SENHOR,ele faz que até os seus inimigos vivam em paz com ele. 8 É melhor ter pouco com retidãodo que muito com injustiça. 9 Em seu coração o homem planeja o seu caminho,mas o SENHOR determina os seus passos. 10 Os lábios do rei falam com grande autoridade;sua boca não deve trair a justiça. 11 Balanças e pesos honestos vêm do SENHOR;todos os pesos da bolsa são feitos por ele. 12 Os reis detestam a prática da maldade,porquanto o trono se firma pela justiça. 13 O rei se agrada dos lábios honestose dá valor ao homem que fala a verdade. 14 A ira do rei é um mensageiro da morte,mas o homem sábio a acalmará. 15 Alegria no rosto do rei é sinal de vida;seu favor é como nuvem de chuva na primavera. 16 É melhor obter sabedoria do que ouro!É melhor obter entendimento do que prata! 17 A vereda do justo evita o mal;quem guarda o seu caminho preserva a sua vida. 18 O orgulho vem antes da destruição;o espírito altivo, antes da queda. 19 Melhor é ter espírito humilde entre os oprimidosdo que partilhar despojos com os orgulhosos. 20 Quem examina cada questão com cuidado prospera,e feliz é aquele que confia no SENHOR. 21 O sábio de coração é considerado prudente;quem fala com equilíbrio promove a instrução. 22 O entendimento é fonte de vida para aqueles que o têm,mas a insensatez traz castigo aos insensatos. 23 O coração do sábio ensina a sua boca,e os seus lábios promovem a instrução. 24 As palavras agradáveis são como um favo de mel,são doces para a alma e trazem cura para os ossos. 25 Há caminho que parece reto ao homem,mas no final conduz à morte. 26 O apetite do trabalhador o obriga a trabalhar;a sua fome o impulsiona. 27 O homem sem caráter maquina o mal;suas palavras são um fogo devorador. 28 O homem perverso provoca dissensão,e o que espalha boatos afasta bons amigos. 29 O violento recruta o seu próximoe o leva por um caminho ruim. 30 Quem pisca os olhos planeja o mal;quem franze os lábios já o vai praticar. 31 O cabelo grisalho é uma coroa de esplendor,e obtém-se mediante uma vida justa. 32 Melhor é o homem paciente do que o guerreiro,mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade. 33 A sorte é lançada no colo,mas a decisão vem do SENHOR.
1 No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia; Herodes, tetrarca da Galileia; seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e Traconites; e Lisânias, tetrarca de Abilene; 2 Anás e Caifás exerciam o sumo sacerdócio. Foi nesse ano que veio a palavra do Senhor a João, filho de Zacarias, no deserto. 3 Ele percorreu toda a região próxima ao Jordão, pregando um batismo de arrependimento para o perdão dos pecados. 4 Como está escrito no livro das palavras de Isaías, o profeta:“Voz do que clama no deserto:‘Preparem o caminho para o Senhor,façam veredas retas para ele. 5 Todo vale será aterradoe todas as montanhas e colinas, niveladas.As estradas tortuosas serão endireitadase os caminhos acidentados, aplanados. 6 E toda a humanidade. verá a salvação de Deus’” 7 João dizia às multidões que saíam para serem batizadas por ele: “Raça de víboras! Quem deu a vocês a ideia de fugir da ira que se aproxima? 8 Deem frutos que mostrem o arrependimento. E não comecem a dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão. 9 O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo”. 10 “O que devemos fazer então?”, perguntavam as multidões. 11 João respondia: “Quem tem duas túnicas dê uma a quem não tem nenhuma; e quem tem comida faça o mesmo”. 12 Alguns publicanos também vieram para serem batizados. Eles perguntaram: “Mestre, o que devemos fazer?” 13 Ele respondeu: “Não cobrem nada além do que foi estipulado”. 14 Então alguns soldados lhe perguntaram: “E nós, o que devemos fazer?”Ele respondeu: “Não pratiquem extorsão nem acusem ninguém falsamente; contentem-se com o seu salário”. 15 O povo estava em grande expectativa, questionando em seu coração se acaso João não seria o Cristo. 16 João respondeu a todos: “Eu os batizo com água. Mas virá alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de desamarrar as correias das suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo. 17 Ele traz a pá em sua mão, a fim de limpar sua eira e juntar o trigo em seu celeiro; mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga”. 18 E com muitas outras palavras João exortava o povo e lhe pregava as boas-novas. 19 Todavia, quando João repreendeu Herodes, o tetrarca, por causa de Herodias, mulher do próprio irmão de Herodes, e por todas as outras coisas más que ele tinha feito, 20 Herodes acrescentou a todas elas a de colocar João na prisão. 21 Quando todo o povo estava sendo batizado, também Jesus o foi. E, enquanto ele estava orando, o céu se abriu 22 e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba. Então veio do céu uma voz: “Tu és o meu Filho amado; em ti me agrado”. 23 Jesus tinha cerca de trinta anos de idade quando começou seu ministério. Ele era considerado filho de José,filho de Eli, 24 filho de Matate,filho de Levi, filho de Melqui,filho de Janai, filho de José, 25 filho de Matatias, filho de Amós,filho de Naum, filho de Esli,filho de Nagai, 26 filho de Máate,filho de Matatias, filho de Semei,filho de Joseque, filho de Jodá, 27 filho de Joanã, filho de Ressa,filho de Zorobabel, filho de Salatiel,filho de Neri, 28 filho de Melqui,filho de Adi, filho de Cosã,filho de Elmadã, filho de Er, 29 filho de Josué, filho de Eliézer,filho de Jorim, filho de Matate,filho de Levi, 30 filho de Simeão,filho de Judá, filho de José,filho de Jonã, filho de Eliaquim, 31 filho de Meleá, filho de Mená,filho de Matatá, filho de Natã,filho de Davi, 32 filho de Jessé,filho de Obede, filho de Boaz,filho de Salmom, filho de Naassom, 33 filho de Aminadabe, filho de Ram,filho de Esrom, filho de Perez,filho de Judá, 34 filho de Jacó,filho de Isaque, filho de Abraão,filho de Terá, filho de Naor, 35 filho de Serugue, filho de Ragaú,filho de Faleque, filho de Éber,filho de Salá, 36 filho de Cainã,filho de Arfaxade, filho de Sem,filho de Noé, filho de Lameque, 37 filho de Matusalém, filho de Enoque,filho de Jarede, filho de Maalaleel,filho de Cainã, 38 filho de Enos,filho de Sete, filho de Adão,filho de Deus.
1 Depois dessas coisas olhei, e diante de mim estava uma porta aberta no céu. A voz que eu tinha ouvido no princípio, falando comigo como trombeta, disse: “Suba para cá, e mostrarei a você o que deve acontecer depois dessas coisas”. 2 Imediatamente me vi tomado pelo Espírito, e diante de mim estava um trono no céu e nele estava assentado alguém. 3 Aquele que estava assentado era de aspecto semelhante a jaspe e sardônio. Um arco-íris, parecendo uma esmeralda, circundava o trono, 4 ao redor do qual estavam outros vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e na cabeça tinham coroas de ouro. 5 Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões. Diante dele estavam acesas sete lâmpadas de fogo, que são os sete espíritos de Deus. 6 E diante do trono havia algo parecido com um mar de vidro, claro como cristal.No centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto na frente como atrás. 7 O primeiro ser parecia um leão, o segundo parecia um boi, o terceiro tinha rosto como de homem, o quarto parecia uma águia em voo. 8 Cada um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar:“Santo, santo, santoé o Senhor, o Deus todo-poderoso,que era, que é e que há de vir”. 9 Toda vez que os seres viventes dão glória, honra e graças àquele que está assentado no trono e que vive para todo o sempre, 10 os vinte e quatro anciãos se prostram diante daquele que está assentado no trono e adoram aquele que vive para todo o sempre. Eles lançam as suas coroas diante do trono e dizem: 11 “Tu, Senhor e Deus nosso,és digno de receber a glória, a honra e o poder,porque criaste todas as coisas,e por tua vontade elas existeme foram criadas”.
1 Batam palmas, vocês, todos os povos;aclamem a Deus com cantos de alegria. 2 Pois o SENHOR Altíssimo é temível,é o grande Rei sobre toda a terra! 3 Ele subjugou as nações ao nosso poder;os povos, pôs debaixo de nossos pés, 4 e escolheu para nós a nossa herança,o orgulho de Jacó, a quem amou. 5 Deus subiu em meio a gritos de alegria;o SENHOR, em meio ao som de trombetas. 6 Ofereçam música a Deus, cantem louvores!Ofereçam música ao nosso Rei, cantem louvores! 7 Pois Deus é o rei de toda a terra;cantem louvores com harmonia e arte. 8 Deus reina sobre as nações;Deus está assentado em seu santo trono. 9 Os soberanos das nações se juntamao povo do Deus de Abraão,pois os governantes da terra pertencem a Deus;ele é soberanamente exaltado.