1 Moisés reuniu toda a comunidade de Israel e disse a ela: “Estas são as coisas que o SENHOR os mandou fazer: 2 Em seis dias qualquer trabalho poderá ser feito, mas o sétimo dia lhes será santo, um sábado de descanso consagrado ao SENHOR. Todo aquele que trabalhar nesse dia terá que ser morto. 3 Nem sequer acendam fogo em nenhuma de suas casas no dia de sábado!” 4 Disse Moisés a toda a comunidade de Israel: “Foi isto que o SENHOR ordenou: 5 Separem dentre os seus bens uma oferta para o SENHOR. Todo aquele que, de coração, estiver disposto, trará como oferta ao SENHOR ouro, prata e bronze; 6 fios de tecidos azul, roxo e vermelho; linho fino e pelos de cabra; 7 peles de carneiro tingidas de vermelho e couro; madeira de acácia; 8 óleo para a iluminação; especiarias para o óleo da unção e para o incenso aromático; 9 pedras de ônix e outras pedras preciosas para serem encravadas no colete sacerdotal e no peitoral. 10 “Todos os que dentre vocês forem capazes virão fazer tudo quanto o SENHOR ordenou: 11 o tabernáculo com sua tenda e sua cobertura, os ganchos, as armações, os travessões, as colunas e as bases; 12 a arca com suas varas, a tampa e o véu que a protege; 13 a mesa com suas varas e todos os seus utensílios, e os pães da Presença; 14 o candelabro com seus utensílios, as lâmpadas e o óleo para iluminação; 15 o altar do incenso com suas varas, o óleo da unção e o incenso aromático; a cortina divisória à entrada do tabernáculo; 16 o altar de holocaustos com sua grelha de bronze, suas varas e todos os seus utensílios; a bacia de bronze e sua base; 17 as cortinas externas do pátio com suas colunas e bases, e a cortina da entrada para o pátio; 18 as estacas do tabernáculo e do pátio e suas cordas; 19 as vestes litúrgicas para ministrar no Lugar Santo, tanto as vestes sagradas de Arão, o sacerdote, como as vestes de seus filhos, para quando servirem como sacerdotes”. 20 Então toda a comunidade de Israel saiu da presença de Moisés, 21 e todos os que estavam dispostos, cujo coração os impeliu a isso, trouxeram uma oferta ao SENHOR para a obra da Tenda do Encontro, para todos os seus serviços e para as vestes sagradas. 22 Todos os que se dispuseram, tanto homens como mulheres, trouxeram joias de ouro de todos os tipos: broches, brincos, anéis e ornamentos; e apresentaram seus objetos de ouro como oferta ritualmente movida perante o SENHOR. 23 Todos os que possuíam fios de tecidos azul, roxo e vermelho, ou linho fino, ou pelos de cabra, peles de carneiro tingidas de vermelho, ou couro, trouxeram-nos. 24 Aqueles que apresentaram oferta de prata ou de bronze trouxeram-na como oferta ao SENHOR, e todo aquele que possuía madeira de acácia para qualquer das partes da obra também a trouxe. 25 Todas as mulheres capazes teceram com suas mãos e trouxeram o que haviam feito: tecidos azul, roxo e vermelho e linho fino. 26 Todas as mulheres que se dispuseram e que tinham habilidade teceram os pelos de cabra. 27 Os líderes trouxeram pedras de ônix e outras pedras preciosas para serem encravadas no colete sacerdotal e no peitoral. 28 Trouxeram também especiarias e azeite de oliva para a iluminação, para o óleo da unção e para o incenso aromático. 29 Todos os israelitas que se dispuseram, tanto homens como mulheres, trouxeram ao SENHOR ofertas voluntárias para toda a obra que o SENHOR, por meio de Moisés, ordenou-lhes que fizessem. 30 Disse então Moisés aos israelitas: “O SENHOR escolheu Bezalel, filho de Uri, neto de Hur, da tribo de Judá, 31 e o encheu do Espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade artística, 32 para desenhar e executar trabalhos em ouro, prata e bronze, 33 para talhar e lapidar pedras e entalhar madeira para todo tipo de obra artesanal. 34 E concedeu tanto a ele como a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, a habilidade de ensinar os outros. 35 A todos esses deu capacidade para realizar todo tipo de obra como artesãos, projetistas, bordadores de linho fino e de fios de tecidos azul, roxo e vermelho, e como tecelões. Eram capazes de projetar e executar qualquer trabalho artesanal.
1 “Assim Bezalel, Aoliabe e todos os homens capazes, a quem o SENHOR concedeu destreza e habilidade para fazer toda a obra de construção do santuário, realizarão a obra como o SENHOR ordenou”. 2 Então Moisés chamou Bezalel e Aoliabe e todos os homens capazes a quem o SENHOR dera habilidade e que estavam dispostos a vir realizar a obra. 3 Receberam de Moisés todas as ofertas que os israelitas tinham trazido para a obra de construção do santuário. E o povo continuava a trazer voluntariamente ofertas, manhã após manhã. 4 Por isso, todos os artesãos habilidosos que trabalhavam no santuário interromperam o trabalho 5 e disseram a Moisés: “O povo está trazendo mais do que o suficiente para realizar a obra que o SENHOR ordenou”. 6 Então Moisés ordenou que fosse feita esta proclamação em todo o acampamento: “Nenhum homem ou mulher deverá fazer mais nada para ser oferecido ao santuário”. Assim, o povo foi impedido de trazer mais, 7 pois o que já haviam recebido era mais que suficiente para realizar toda a obra. 8 Todos os homens capazes dentre os trabalhadores fizeram o tabernáculo com dez cortinas internas de linho fino trançado e de fios de tecidos azul, roxo e vermelho, com os querubins bordados sobre eles. 9 Todas as cortinas internas tinham o mesmo tamanho: doze metros e sessenta centímetros de comprimento por um metro e oitenta centímetros de largura. 10 Prenderam cinco cortinas internas e fizeram o mesmo com as outras cinco. 11 Em seguida, fizeram laçadas de tecido azul ao longo da borda da última cortina interna do primeiro conjunto de cortinas internas, fazendo o mesmo com o segundo conjunto. 12 Fizeram também cinquenta laçadas na primeira cortina interna e cinquenta laçadas na última cortina interna do segundo conjunto; as laçadas estavam opostas umas às outras. 13 Depois fizeram cinquenta ganchos de ouro e com eles prenderam um conjunto de cortinas internas ao outro, para que o tabernáculo formasse um todo. 14 Com o total de onze cortinas internas de pelos de cabra fizeram uma tenda para cobrir o tabernáculo. 15 As onze cortinas internas tinham a mesma medida: treze metros e meio de comprimento por um metro e oitenta centímetros de largura. 16 Prenderam cinco cortinas internas num conjunto e as outras seis noutro conjunto. 17 Depois fizeram cinquenta laçadas em volta da borda da última cortina interna de um dos conjuntos e também na borda da última cortina interna do outro conjunto. 18 Fizeram também cinquenta ganchos de bronze para unir a tenda, formando um todo. 19 Em seguida, fizeram para a tenda uma cobertura de pele de carneiro tingida de vermelho, e por cima desta uma cobertura de couro. 20 Fizeram ainda armações verticais de madeira de acácia para o tabernáculo. 21 Cada armação tinha quatro metros e meio de comprimento por setenta centímetros de largura, 22 com dois encaixes paralelos um ao outro. E fizeram todas as armações do tabernáculo dessa madeira. 23 Fizeram também vinte armações para o lado sul do tabernáculo 24 e quarenta bases de prata para serem colocadas debaixo delas; duas bases para cada armação, uma debaixo de cada encaixe. 25 Para o outro lado, o lado norte do tabernáculo, fizeram vinte armações 26 e quarenta bases de prata, duas debaixo de cada armação. 27 Fizeram ainda seis armações na parte de trás do tabernáculo, isto é, para o lado ocidental, 28 e duas armações foram montadas nos cantos, na parte de trás do tabernáculo. 29 Nesses dois cantos as armações eram duplas, desde a parte inferior até a mais alta, colocadas numa só argola, ambas feitas do mesmo modo. 30 Havia, pois, oito armações e dezesseis bases de prata, duas debaixo de cada armação. 31 Também fizeram travessões de madeira de acácia: cinco para as armações de um lado do tabernáculo, 32 cinco para as do outro lado e cinco para as do lado ocidental, na parte de trás do tabernáculo. 33 Fizeram o travessão central de uma extremidade à outra, passando pelo meio das armações. 34 Revestiram de ouro as armações e fizeram argolas de ouro para sustentar os travessões, os quais também revestiram de ouro. 35 Fizeram o véu de linho fino trançado e de fios de tecidos azul, roxo e vermelho, e mandaram bordar nele querubins. 36 Fizeram-lhe quatro colunas de madeira de acácia e as revestiram de ouro. Fizeram-lhe ainda ganchos de ouro e fundiram as suas bases de prata. 37 Para a entrada da tenda fizeram uma cortina de linho fino trançado e de fios de tecidos azul, roxo e vermelho—obra de bordador; 38 e fizeram-lhe cinco colunas com ganchos. Revestiram de ouro as partes superior e lateral das colunas e fizeram de bronze as suas cinco bases.
1 Bezalel fez a arca com madeira de acácia, com um metro e dez centímetros de comprimento, setenta centímetros de largura e setenta centímetros de altura. 2 Revestiu-a de ouro puro, por dentro e por fora, e fez uma moldura de ouro ao seu redor. 3 Fundiu quatro argolas de ouro para ela, prendendo-as a seus quatro pés, com duas argolas de um lado e duas do outro. 4 Depois fez varas de madeira de acácia, revestiu-as de ouro 5 e colocou-as nas argolas laterais da arca para que pudesse ser carregada. 6 Fez a tampa de ouro puro com um metro e dez centímetros de comprimento por setenta centímetros de largura. 7 Fez também dois querubins de ouro batido nas extremidades da tampa. 8 Fez ainda um querubim numa extremidade e o segundo na outra, formando uma só peça com a tampa. 9 Os querubins tinham as asas estendidas para cima, cobrindo com elas a tampa. Estavam de frente um para o outro, com o rosto voltado para a tampa. 10 Fez a mesa com madeira de acácia com noventa centímetros de comprimento, quarenta e cinco centímetros de largura e setenta centímetros de altura. 11 Revestiu-a de ouro puro e fez uma moldura de ouro ao seu redor. 12 Fez também ao seu redor uma borda com a largura de quatro dedos e uma moldura de ouro para essa borda. 13 Fundiu quatro argolas de ouro para a mesa e prendeu-as nos quatro cantos, onde estavam os seus quatro pés. 14 As argolas foram presas próximas da borda, para que sustentassem as varas usadas para carregar a mesa. 15 Fez as varas para carregar a mesa de madeira de acácia, revestidas de ouro. 16 E de ouro puro fez os utensílios para a mesa: seus pratos e recipientes para incenso, as tigelas e as bacias nas quais se derramam as ofertas de bebidas. 17 Fez o candelabro de ouro puro e batido. O pedestal, a haste, as taças, as flores e os botões formavam com ele uma só peça. 18 Seis braços saíam do candelabro: três de um lado e três do outro. 19 Havia três taças com formato de flor de amêndoa, num dos braços, cada uma com botão e flor, e três taças com formato de flor de amêndoa no braço seguinte, cada uma com botão e flor. Assim era com os seis braços que saem do candelabro. 20 Na haste do candelabro havia quatro taças com formato de flor de amêndoa, cada uma com flor e botão. 21 Havia um botão debaixo de cada par dos seis braços que saíam do candelabro. 22 Os braços com seus botões formavam uma só peça com o candelabro; tudo feito de ouro puro e batido. 23 Fez de ouro puro suas sete lâmpadas, seus cortadores de pavio e seus apagadores. 24 Com trinta e cinco quilos de ouro puro fez o candelabro com seus botões e todos esses utensílios. 25 Fez ainda o altar do incenso de madeira de acácia. Era quadrado, com quarenta e cinco centímetros de cada lado e noventa centímetros de altura; suas pontas formavam com ele uma só peça. 26 Revestiu de ouro puro a parte superior, todos os lados e as pontas, e fez uma moldura de ouro ao seu redor. 27 Fez também duas argolas de ouro de cada lado do altar, abaixo da moldura, para sustentar as varas utilizadas para carregá-lo, 28 e usou madeira de acácia para fazer as varas e revestiu-as de ouro. 29 Fez ainda o óleo sagrado para as unções e o incenso puro e aromático—obra de perfumista.
1 Depois de dizer isso, Jesus olhou para o céu e orou:“Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique. 2 Pois lhe deste autoridade sobre toda a humanidade, para que conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. 3 Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. 4 Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. 5 E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. 6 “Eu revelei teu nome àqueles que do mundo me deste. Eles eram teus; tu os deste a mim, e eles têm obedecido à tua palavra. 7 Agora eles sabem que tudo o que me deste vem de ti. 8 Pois eu lhes transmiti as palavras que me deste, e eles as aceitaram. Eles reconheceram de fato que vim de ti e creram que me enviaste. 9 Eu rogo por eles. Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus. 10 Tudo o que tenho é teu, e tudo o que tens é meu. E eu tenho sido glorificado por meio deles. 11 Não ficarei mais no mundo, mas eles ainda estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, protege-os em teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, assim como somos um. 12 Enquanto estava com eles, eu os protegi e os guardei no nome que me deste. Nenhum deles se perdeu, a não ser aquele que estava destinado à perdição, para que se cumprisse a Escritura. 13 “Agora vou para ti, mas digo estas coisas enquanto ainda estou no mundo, para que eles tenham a plenitude da minha alegria. 14 Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou. 15 Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno. 16 Eles não são do mundo, como eu também não sou. 17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. 18 Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo. 19 Em favor deles eu me santifico, para que também eles sejam santificados pela verdade. 20 “Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, 21 para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. 22 Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: 23 eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste. 24 “Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam a minha glória, a glória que me deste porque me amaste antes da criação do mundo. 25 “Pai justo, embora o mundo não te conheça, eu te conheço, e estes sabem que me enviaste. 26 Eu os fiz conhecer o teu nome e continuarei a fazê-lo, a fim de que o amor que tens por mim esteja neles, e eu neles esteja”.
1 Tendo terminado de orar, Jesus saiu com os seus discípulos e atravessou o vale do Cedrom. Do outro lado havia um olival, onde entrou com eles. 2 Ora, Judas, o traidor, conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se reunira ali com os seus discípulos. 3 Então Judas foi para o olival, levando consigo um destacamento de soldados e alguns guardas enviados pelos chefes dos sacerdotes e fariseus, levando tochas, lanternas e armas. 4 Jesus, sabendo tudo o que lhe ia acontecer, saiu e lhes perguntou: “A quem vocês estão procurando?” 5 “A Jesus de Nazaré”, responderam eles.“Sou eu”, disse Jesus.(E Judas, o traidor, estava com eles.) 6 Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. 7 Novamente lhes perguntou: “A quem procuram?”E eles disseram: “A Jesus de Nazaré”. 8 Respondeu Jesus: “Já disse a vocês que sou eu. Se vocês estão me procurando, deixem ir embora estes homens”. 9 Isso aconteceu para que se cumprissem as palavras que ele dissera: “Não perdi nenhum dos que me deste”. 10 Simão Pedro, que trazia uma espada, tirou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. (O nome daquele servo era Malco.) 11 Jesus, porém, ordenou a Pedro: “Guarde a espada! Acaso não haverei de beber o cálice que o Pai me deu?” 12 Assim, o destacamento de soldados com o seu comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus. Amarraram-no 13 e o levaram primeiramente a Anás, que era sogro de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano. 14 Caifás era quem tinha dito aos judeus que seria bom que um homem morresse pelo povo. 15 Simão Pedro e outro discípulo estavam seguindo Jesus. Por ser conhecido do sumo sacerdote, este discípulo entrou com Jesus no pátio da casa do sumo sacerdote, 16 mas Pedro teve que ficar esperando do lado de fora da porta. O outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, voltou, falou com a moça encarregada da porta e fez Pedro entrar. 17 Ela então perguntou a Pedro: “Você não é um dos discípulos desse homem?”Ele respondeu: “Não sou”. 18 Fazia frio; os servos e os guardas estavam ao redor de uma fogueira que haviam feito para se aquecerem. Pedro também estava em pé com eles, aquecendo-se. 19 Enquanto isso, o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e dos seus ensinamentos. 20 Respondeu-lhe Jesus: “Eu falei abertamente ao mundo; sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada disse em segredo. 21 Por que me interrogas? Pergunta aos que me ouviram. Certamente eles sabem o que eu disse”. 22 Quando Jesus disse isso, um dos guardas que estava perto bateu-lhe no rosto. “Isso é jeito de responder ao sumo sacerdote?”, perguntou ele. 23 Respondeu Jesus: “Se eu disse algo de mal, denuncie o mal. Mas, se falei a verdade, por que me bateu?” 24 Então, Anás enviou Jesus, de mãos amarradas, a Caifás, o sumo sacerdote. 25 Enquanto Simão Pedro estava se aquecendo, perguntaram-lhe: “Você não é um dos discípulos dele?”Ele negou, dizendo: “Não sou”. 26 Um dos servos do sumo sacerdote, parente do homem cuja orelha Pedro cortara, insistiu: “Eu não o vi com ele no olival?” 27 Mais uma vez Pedro negou, e no mesmo instante um galo cantou. 28 Em seguida, os judeus levaram Jesus da casa de Caifás para o Pretório. Já estava amanhecendo e, para evitar contaminação cerimonial, os judeus não entraram no Pretório; pois queriam participar da Páscoa. 29 Então Pilatos saiu para falar com eles e perguntou: “Que acusação vocês têm contra este homem?” 30 Responderam eles: “Se ele não fosse criminoso, não o teríamos entregado a ti”. 31 Pilatos disse: “Levem-no e julguem-no conforme a lei de vocês”.“Mas nós não temos o direito de executar ninguém”, protestaram os judeus. 32 Isso aconteceu para que se cumprissem as palavras que Jesus tinha dito, indicando a espécie de morte que ele estava para sofrer. 33 Pilatos então voltou para o Pretório, chamou Jesus e lhe perguntou: “Você é o rei dos judeus?” 34 Perguntou-lhe Jesus: “Essa pergunta é tua, ou outros te falaram a meu respeito?” 35 Respondeu Pilatos: “Acaso sou judeu? Foram o seu povo e os chefes dos sacerdotes que o entregaram a mim. Que foi que você fez?” 36 Disse Jesus: “O meu Reino não é deste mundo. Se fosse, os meus servos lutariam para impedir que os judeus me prendessem. Mas agora o meu Reino não é daqui”. 37 “Então, você é rei!”, disse Pilatos.Jesus respondeu: “Tu dizes que sou rei. De fato, por esta razão nasci e para isto vim ao mundo: para testemunhar da verdade. Todos os que são da verdade me ouvem”. 38 “Que é a verdade?”, perguntou Pilatos. Ele disse isso e saiu novamente para onde estavam os judeus, e disse: “Não acho nele motivo algum de acusação. 39 Contudo, segundo o costume de vocês, devo libertar um prisioneiro por ocasião da Páscoa. Querem que eu solte ‘o rei dos judeus’?” 40 Eles, em resposta, gritaram: “Não, ele não! Queremos Barrabás!” Ora, Barrabás era um bandido.
1 Então Pilatos mandou açoitar Jesus. 2 Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a puseram na cabeça dele. Vestiram-no com uma capa de púrpura, 3 e, chegando-se a ele, diziam: “Salve, rei dos judeus!” E batiam-lhe no rosto. 4 Mais uma vez, Pilatos saiu e disse aos judeus: “Vejam, eu o estou trazendo a vocês, para que saibam que não acho nele motivo algum de acusação”. 5 Quando Jesus veio para fora, usando a coroa de espinhos e a capa de púrpura, disse-lhes Pilatos: “Eis o homem!” 6 Ao vê-lo, os chefes dos sacerdotes e os guardas gritaram: “Crucifica-o! Crucifica-o!”Mas Pilatos respondeu: “Levem-no vocês e crucifiquem-no. Quanto a mim, não encontro base para acusá-lo”. 7 Os judeus insistiram: “Temos uma lei e, de acordo com essa lei, ele deve morrer, porque se declarou Filho de Deus”. 8 Ao ouvir isso, Pilatos ficou ainda mais amedrontado 9 e voltou para dentro do palácio. Então perguntou a Jesus: “De onde você vem?”, mas Jesus não lhe deu resposta. 10 “Você se nega a falar comigo?”, disse Pilatos. “Não sabe que eu tenho autoridade para libertá-lo e para crucificá-lo?” 11 Jesus respondeu: “Não terias nenhuma autoridade sobre mim se esta não te fosse dada de cima. Por isso, aquele que me entregou a ti é culpado de um pecado maior”. 12 Daí em diante Pilatos procurou libertar Jesus, mas os judeus gritavam: “Se deixares esse homem livre, não és amigo de César. Quem se diz rei opõe-se a César”. 13 Ao ouvir isso, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se na cadeira de juiz, num lugar conhecido como Pavimento de Pedra (que em aramaico é Gábata). 14 Era o Dia da Preparação na semana da Páscoa, por volta das seis horas da manhã.“Eis o rei de vocês”, disse Pilatos aos judeus. 15 Mas eles gritaram: “Mata! Mata! Crucifica-o!”“Devo crucificar o rei de vocês?”, perguntou Pilatos.“Não temos rei, senão César”, responderam os chefes dos sacerdotes. 16 Finalmente Pilatos o entregou a eles para ser crucificado.Então os soldados encarregaram-se de Jesus. 17 Levando a sua própria cruz, ele saiu para o lugar chamado Caveira (que em aramaico é chamado Gólgota). 18 Ali o crucificaram, e com ele dois outros, um de cada lado de Jesus. 19 Pilatos mandou preparar uma placa e pregá-la na cruz, com a seguinte inscrição: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS. 20 Muitos dos judeus leram a placa, pois o lugar em que Jesus foi crucificado ficava próximo da cidade, e a placa estava escrita em aramaico, latim e grego. 21 Os chefes dos sacerdotes dos judeus protestaram junto a Pilatos: “Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, mas sim que esse homem se dizia rei dos judeus”. 22 Pilatos respondeu: “O que escrevi, escrevi”. 23 Tendo crucificado Jesus, os soldados tomaram as roupas dele e as dividiram em quatro partes, uma para cada um deles, restando a túnica. Esta, porém, era sem costura, tecida numa única peça, de alto a baixo. 24 “Não a rasguemos”, disseram uns aos outros. “Vamos decidir por sorteio quem ficará com ela”.Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura que diz:“Dividiram as minhas roupas entre si,e tiraram sortes pelas minhas vestes”.Foi o que os soldados fizeram. 25 Perto da cruz de Jesus estavam sua mãe, a irmã dela, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena. 26 Quando Jesus viu sua mãe ali, e, perto dela, o discípulo a quem ele amava, disse à sua mãe: “Aí está o seu filho”, 27 e ao discípulo: “Aí está a sua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a recebeu em sua família. 28 Mais tarde, sabendo então que tudo estava concluído, para que a Escritura se cumprisse, Jesus disse: “Tenho sede”. 29 Estava ali uma vasilha cheia de vinagre. Então embeberam uma esponja nela, colocaram a esponja na ponta de um caniço de hissopo e a ergueram até os lábios de Jesus. 30 Tendo-o provado, Jesus disse: “Está consumado!” Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito. 31 Era o Dia da Preparação e o dia seguinte seria um sábado especialmente sagrado. Como não queriam que os corpos permanecessem na cruz durante o sábado, os judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos crucificados e retirar os corpos. 32 Vieram, então, os soldados e quebraram as pernas do primeiro homem que fora crucificado com Jesus e, em seguida, as do outro. 33 Mas, quando chegaram a Jesus, constatando que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. 34 Em vez disso, um dos soldados perfurou o lado de Jesus com uma lança, e logo saiu sangue e água. 35 Aquele que o viu, disso deu testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que está dizendo a verdade, e dela testemunha para que vocês também creiam. 36 Estas coisas aconteceram para que se cumprisse a Escritura: “Nenhum dos seus ossos será quebrado”., 37 e, como diz a Escritura noutro lugar: “Olharão para aquele que traspassaram” 38 Depois disso José de Arimateia pediu a Pilatos o corpo de Jesus. José era discípulo de Jesus, mas o era secretamente, porque tinha medo dos judeus. Com a permissão de Pilatos, veio e levou embora o corpo. 39 Ele estava acompanhado de Nicodemos, aquele que antes tinha visitado Jesus à noite. Nicodemos levou cerca de trinta e quatro quilos de uma mistura de mirra e aloés. 40 Tomando o corpo de Jesus, os dois o envolveram em faixas de linho, com as especiarias, de acordo com os costumes judaicos de sepultamento. 41 No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim; e no jardim, um sepulcro novo, onde ninguém jamais fora colocado. 42 Por ser o Dia da Preparação dos judeus, e visto que o sepulcro ficava perto, colocaram Jesus ali.