1 O SENHOR falou a Moisés: “Vá ao faraó e diga-lhe que assim diz o SENHOR: Deixe o meu povo ir para que me preste culto. 2 Se você não quiser deixá-lo ir, mandarei sobre todo o seu território uma praga de rãs. 3 O Nilo ficará infestado de rãs. Elas subirão e entrarão em seu palácio, em seu quarto, e até em sua cama; estarão também nas casas dos seus conselheiros e do seu povo, dentro dos seus fornos e nas suas amassadeiras. 4 As rãs subirão em você, em seus conselheiros e em seu povo”. 5 Depois o SENHOR disse a Moisés: “Diga a Arão que estenda a mão com a vara sobre os rios, sobre os canais e sobre os açudes, e faça subir deles rãs sobre a terra do Egito”. 6 Assim Arão estendeu a mão sobre as águas do Egito, e as rãs subiram e cobriram a terra do Egito. 7 Mas os magos fizeram a mesma coisa por meio das suas ciências ocultas: fizeram subir rãs sobre a terra do Egito. 8 O faraó mandou chamar Moisés e Arão e disse: “Orem ao SENHOR para que ele tire estas rãs de mim e do meu povo; então deixarei o povo ir e oferecer sacrifícios ao SENHOR”. 9 Moisés disse ao faraó: “Tua é a honra de dizer-me quando devo orar por ti, por teus conselheiros e por teu povo, para que tu e tuas casas fiquem livres das rãs e sobrem apenas as que estão no rio”. 10 “Amanhã”, disse o faraó.Moisés respondeu: “Será como tu dizes, para que saibas que não há ninguém como o SENHOR, o nosso Deus. 11 As rãs deixarão a ti, a tuas casas, a teus conselheiros e a teu povo; sobrarão apenas as que estão no rio”. 12 Depois que Moisés e Arão saíram da presença do faraó, Moisés clamou ao SENHOR por causa das rãs que enviara sobre o faraó. 13 E o SENHOR atendeu o pedido de Moisés; morreram as rãs que estavam nas casas, nos pátios e nos campos. 14 Foram ajuntadas em montões e, por isso, a terra cheirou mal. 15 Mas, quando o faraó percebeu que houve alívio, obstinou-se em seu coração e não deu mais ouvidos a Moisés e a Arão, conforme o SENHOR tinha dito. 16 Então o SENHOR disse a Moisés: “Diga a Arão que estenda a sua vara e fira o pó da terra, e o pó se transformará em piolhos por toda a terra do Egito”. 17 Assim fizeram e, quando Arão estendeu a mão e com a vara feriu o pó da terra, surgiram piolhos nos homens e nos animais. Todo o pó de toda a terra do Egito transformou-se em piolhos. 18 Mas, quando os magos tentaram fazer surgir piolhos por meio das suas ciências ocultas, não conseguiram. E os piolhos infestavam os homens e os animais. 19 Os magos disseram ao faraó: “Isso é o dedo de Deus”. Mas o coração do faraó permaneceu endurecido, e ele não quis ouvi-los, conforme o SENHOR tinha dito. 20 Depois o SENHOR disse a Moisés: “Levante-se bem cedo e apresente-se ao faraó, quando ele estiver indo às águas. Diga-lhe que assim diz o SENHOR: Deixe o meu povo ir para que me preste culto. 21 Se você não deixar meu povo ir, enviarei enxames de moscas para atacar você, os seus conselheiros, o seu povo e as suas casas. As casas dos egípcios e o chão em que pisam se encherão de moscas. 22 “Mas naquele dia tratarei de maneira diferente a terra de Gósen, onde habita o meu povo; nenhum enxame de moscas se achará ali, para que você saiba que eu, o SENHOR, estou nessa terra. 23 Farei distinção entre o meu povo e o seu. Este sinal milagroso acontecerá amanhã”. 24 E assim fez o SENHOR. Grandes enxames de moscas invadiram o palácio do faraó e as casas de seus conselheiros, e em todo o Egito a terra foi arruinada pelas moscas. 25 Então o faraó mandou chamar Moisés e Arão e disse: “Vão oferecer sacrifícios ao seu Deus, mas não saiam do país”. 26 “Isso não seria sensato”, respondeu Moisés; “os sacrifícios que oferecemos ao SENHOR, o nosso Deus, são um sacrilégio para os egípcios. Se oferecermos sacrifícios que lhes pareçam sacrilégio, isso não os levará a nos apedrejar? 27 Faremos três dias de viagem no deserto, e ofereceremos sacrifícios ao SENHOR, o nosso Deus, como ele nos ordena”. 28 Disse o faraó: “Eu os deixarei ir e oferecer sacrifícios ao SENHOR, o seu Deus, no deserto, mas não se afastem muito e orem por mim também”. 29 Moisés respondeu: “Assim que sair da tua presença, orarei ao SENHOR, e amanhã os enxames de moscas deixarão o faraó, teus conselheiros e teu povo. Mas que o faraó não volte a agir com falsidade, impedindo que o povo vá oferecer sacrifícios ao SENHOR”. 30 Então Moisés saiu da presença do faraó e orou ao SENHOR, 31 e o SENHOR atendeu o seu pedido: as moscas deixaram o faraó, seus conselheiros e seu povo; não restou uma só mosca. 32 Mas também dessa vez o faraó obstinou-se em seu coração e não deixou que o povo saísse.
1 Então toda a assembleia levantou-se e o levou a Pilatos. 2 E começaram a acusá-lo, dizendo: “Encontramos este homem subvertendo a nossa nação. Ele proíbe o pagamento de imposto a César e se declara ele próprio o Cristo, um rei”. 3 Pilatos perguntou a Jesus: “Você é o rei dos judeus?”“Tu o dizes”, respondeu Jesus. 4 Então Pilatos disse aos chefes dos sacerdotes e à multidão: “Não encontro motivo para acusar este homem”. 5 Mas eles insistiam: “Ele está subvertendo o povo em toda a Judeia com os seus ensinamentos. Começou na Galileia e chegou até aqui”. 6 Ouvindo isso, Pilatos perguntou se Jesus era galileu. 7 Quando ficou sabendo que ele era da jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, que também estava em Jerusalém naqueles dias. 8 Quando Herodes viu Jesus, ficou muito alegre, porque havia muito tempo queria vê-lo. Pelo que ouvira falar dele, esperava vê-lo realizar algum milagre. 9 Interrogou-o com muitas perguntas, mas Jesus não lhe deu resposta. 10 Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei estavam ali, acusando-o com veemência. 11 Então Herodes e os seus soldados ridicularizaram-no e zombaram dele. Vestindo-o com um manto esplêndido, mandaram-no de volta a Pilatos. 12 Herodes e Pilatos, que até ali eram inimigos, naquele dia tornaram-se amigos. 13 Pilatos reuniu os chefes dos sacerdotes, as autoridades e o povo, 14 dizendo-lhes: “Vocês me trouxeram este homem como alguém que estava incitando o povo à rebelião. Eu o examinei na presença de vocês e não achei nenhuma base para as acusações que fazem contra ele. 15 Nem Herodes, pois ele o mandou de volta para nós. Como podem ver, ele nada fez que mereça a morte. 16 Portanto, eu o castigarei e depois o soltarei”. 17 Ele era obrigado a soltar-lhes um preso durante a festa. 18 A uma só voz eles gritaram: “Acaba com ele! Solta-nos Barrabás!” 19 (Barrabás havia sido lançado na prisão por causa de uma insurreição na cidade e por assassinato.) 20 Desejando soltar a Jesus, Pilatos dirigiu-se a eles novamente. 21 Mas eles continuaram gritando: “Crucifica-o! Crucifica-o!” 22 Pela terceira vez ele lhes falou: “Por quê? Que crime este homem cometeu? Não encontrei nele nada digno de morte. Vou mandar castigá-lo e depois o soltarei”. 23 Eles, porém, pediam insistentemente, com fortes gritos, que ele fosse crucificado; e a gritaria prevaleceu. 24 Então Pilatos decidiu fazer a vontade deles. 25 Libertou o homem que havia sido lançado na prisão por insurreição e assassinato, aquele que eles haviam pedido, e entregou Jesus à vontade deles. 26 Enquanto o levavam, agarraram Simão de Cirene, que estava chegando do campo, e lhe colocaram a cruz às costas, fazendo-o carregá-la atrás de Jesus. 27 Um grande número de pessoas o seguia, inclusive mulheres que lamentavam e choravam por ele. 28 Jesus voltou-se e disse-lhes: “Filhas de Jerusalém, não chorem por mim; chorem por vocês mesmas e por seus filhos! 29 Pois chegará a hora em que vocês dirão: ‘Felizes as estéreis, os ventres que nunca geraram e os seios que nunca amamentaram!’ 30 “ ‘Então“ ‘dirão às montanhas: “Caiam sobre nós!”e às colinas: “Cubram-nos!”’ 31 Pois, se fazem isto com a árvore verde, o que acontecerá quando ela estiver seca?” 32 Dois outros homens, ambos criminosos, também foram levados com ele, para serem executados. 33 Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram com os criminosos, um à sua direita e o outro à sua esquerda. 34 Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. Então eles dividiram as roupas dele, tirando sortes. 35 O povo ficou observando, e as autoridades o ridicularizavam. “Salvou os outros”, diziam; “salve-se a si mesmo, se é o Cristo de Deus, o Escolhido”. 36 Os soldados, aproximando-se, também zombavam dele. Oferecendo-lhe vinagre, 37 diziam: “Se você é o rei dos judeus, salve-se a si mesmo”. 38 Havia uma inscrição acima dele, que dizia: ESTE É O REI DOS JUDEUS. 39 Um dos criminosos que ali estavam dependurados lançava-lhe insultos: “Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a nós!” 40 Mas o outro criminoso o repreendeu, dizendo: “Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? 41 Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas este homem não cometeu nenhum mal”. 42 Então ele disse: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”. 43 Jesus lhe respondeu: “Eu garanto: Hoje você estará comigo no paraíso”. 44 Já era quase meio-dia, e trevas cobriram toda a terra até as três horas da tarde; 45 o sol deixara de brilhar. E o véu do santuário rasgou-se ao meio. 46 Jesus bradou em alta voz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. Tendo dito isso, expirou. 47 O centurião, vendo o que havia acontecido, louvou a Deus, dizendo: “Certamente este homem era justo”. 48 E todo o povo que se havia juntado para presenciar o que estava acontecendo, ao ver isso, começou a bater no peito e a afastar-se. 49 Mas todos os que o conheciam, inclusive as mulheres que o haviam seguido desde a Galileia, ficaram de longe, observando essas coisas. 50 Havia um homem chamado José, membro do Conselho, homem bom e justo, 51 que não tinha consentido na decisão e no procedimento dos outros. Ele era da cidade de Arimateia, na Judeia, e esperava o Reino de Deus. 52 Dirigindo-se a Pilatos, pediu o corpo de Jesus. 53 Então, desceu-o, envolveu-o num lençol de linho e o colocou num sepulcro cavado na rocha, no qual ninguém ainda fora colocado. 54 Era o Dia da Preparação, e estava para começar o sábado. 55 As mulheres que haviam acompanhado Jesus desde a Galileia, seguiram José e viram o sepulcro e como o corpo de Jesus fora colocado nele. 56 Em seguida, foram para casa e prepararam perfumes e especiarias aromáticas. E descansaram no sábado, em obediência ao mandamento.
1 Naquela noite, o rei não conseguiu dormir; por isso ordenou que trouxessem o livro das crônicas do seu reinado e que o lessem para ele. 2 E foi lido o registro de que Mardoqueu tinha denunciado Bigtã e Teres, dois dos oficiais do rei que guardavam a entrada do Palácio e que haviam conspirado para assassinar o rei Xerxes. 3 “Que honra e reconhecimento Mardoqueu recebeu por isso?”, perguntou o rei.Seus oficiais responderam: “Nada lhe foi feito”. 4 O rei perguntou: “Quem está no pátio?” Ora, Hamã havia acabado de entrar no pátio externo do palácio para pedir ao rei o enforcamento de Mardoqueu na forca que ele lhe havia preparado. 5 Os oficiais do rei responderam: “É Hamã que está no pátio”.“Façam-no entrar”, ordenou o rei. 6 Entrando Hamã, o rei lhe perguntou: “O que se deve fazer ao homem que o rei tem o prazer de honrar?”E Hamã pensou consigo: “A quem o rei teria prazer de honrar, senão a mim?” 7 Por isso respondeu ao rei: “Ao homem que o rei tem prazer de honrar, 8 ordena que tragam um manto do próprio rei e um cavalo que o rei montou, e que ele leve o brasão do rei na cabeça. 9 Em seguida, sejam o manto e o cavalo confiados a alguns dos príncipes mais nobres do rei, e ponham eles o manto sobre o homem que o rei deseja honrar e o conduzam sobre o cavalo pelas ruas da cidade, proclamando diante dele: ‘Isto é o que se faz ao homem que o rei tem o prazer de honrar!’ ” 10 O rei ordenou então a Hamã: “Vá depressa apanhar o manto e o cavalo e faça ao judeu Mardoqueu o que você sugeriu. Ele está sentado junto à porta do palácio real. Não omita nada do que você recomendou”. 11 Então Hamã apanhou o cavalo, vestiu Mardoqueu com o manto e o conduziu sobre o cavalo pelas ruas da cidade, proclamando à frente dele: “Isto é o que se faz ao homem que o rei tem o prazer de honrar!” 12 Depois disso, Mardoqueu voltou para a porta do palácio real. Hamã, porém, correu para casa com o rosto coberto, muito aborrecido 13 e contou a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo o que lhe havia acontecido.Tanto os seus conselheiros como Zeres, sua mulher, lhe disseram: “Visto que Mardoqueu, diante de quem começou a sua queda, é de origem judaica, você não terá condições de enfrentá-lo. Sem dúvida, você ficará arruinado!” 14 E, enquanto ainda conversavam, chegaram os oficiais do rei e, às pressas, levaram Hamã para o banquete que Ester havia preparado.
1 Depois de nos separarmos deles, embarcamos e navegamos diretamente para Cós. No dia seguinte fomos para Rodes e dali até Pátara. 2 Encontrando um navio que ia fazer a travessia para a Fenícia, embarcamos nele e partimos. 3 Depois de avistarmos Chipre e seguirmos rumo sul, navegamos para a Síria. Desembarcamos em Tiro, onde o nosso navio deveria deixar sua carga. 4 Encontrando os discípulos dali, ficamos com eles sete dias. Eles, pelo Espírito, recomendavam a Paulo que não fosse a Jerusalém. 5 Mas, quando terminou o nosso tempo ali, partimos e continuamos nossa viagem. Todos os discípulos, com suas mulheres e filhos, nos acompanharam até fora da cidade e ali na praia nos ajoelhamos e oramos. 6 Depois de nos despedirmos, embarcamos, e eles voltaram para casa. 7 Demos prosseguimento à nossa viagem partindo de Tiro e aportamos em Ptolemaida, onde saudamos os irmãos e passamos um dia com eles. 8 Partindo no dia seguinte, chegamos a Cesareia e ficamos na casa de Filipe, o evangelista, um dos sete. 9 Ele tinha quatro filhas virgens, que profetizavam. 10 Depois de passarmos ali vários dias, desceu da Judeia um profeta chamado Ágabo. 11 Vindo ao nosso encontro, tomou o cinto de Paulo e, amarrando as suas próprias mãos e pés, disse: “Assim diz o Espírito Santo: ‘Desta maneira os judeus amarrarão o dono deste cinto em Jerusalém e o entregarão aos gentios’.” 12 Quando ouvimos isso, nós e o povo dali rogamos a Paulo que não subisse para Jerusalém. 13 Então Paulo respondeu: “Por que vocês estão chorando e partindo o meu coração? Estou pronto não apenas para ser amarrado, mas também para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus”. 14 Como não pudemos dissuadi-lo, desistimos e dissemos: “Seja feita a vontade do Senhor”. 15 Depois disso, preparamo-nos e subimos para Jerusalém. 16 Alguns dos discípulos de Cesareia nos acompanharam e nos levaram à casa de Mnasom, onde devíamos ficar. Ele era natural de Chipre e um dos primeiros discípulos. 17 Quando chegamos a Jerusalém, os irmãos nos receberam com alegria. 18 No dia seguinte Paulo foi conosco encontrar-se com Tiago, e todos os presbíteros estavam presentes. 19 Paulo os saudou e relatou minuciosamente o que Deus havia feito entre os gentios por meio do seu ministério. 20 Ouvindo isso, eles louvaram a Deus e disseram a Paulo: “Veja, irmão, quantos milhares de judeus creram, e todos eles são zelosos da lei. 21 Eles foram informados de que você ensina todos os judeus que vivem entre os gentios a se afastarem de Moisés, dizendo-lhes que não circuncidem seus filhos nem vivam de acordo com os nossos costumes. 22 Que faremos? Certamente eles saberão que você chegou; 23 portanto, faça o que dizemos. Estão conosco quatro homens que fizeram um voto. 24 Participe com esses homens dos rituais de purificação e pague as despesas deles, para que rapem a cabeça. Assim, todos saberão que não é verdade o que falam de você, mas que você continua vivendo em obediência à lei. 25 Quanto aos gentios convertidos, já lhes escrevemos a nossa decisão de que eles devem abster-se de comida sacrificada aos ídolos, do sangue, da carne de animais estrangulados e da imoralidade sexual”. 26 No dia seguinte Paulo tomou aqueles homens e purificou-se com eles. Depois foi ao templo para declarar o prazo do cumprimento dos dias da purificação e da oferta que seria feita individualmente em favor deles. 27 Quando já estavam para terminar os sete dias, alguns judeus da província da Ásia, vendo Paulo no templo, agitaram toda a multidão e o agarraram, 28 gritando: “Israelitas, ajudem-nos! Este é o homem que ensina a todos em toda parte contra o nosso povo, contra a nossa lei e contra este lugar. Além disso, ele fez entrar gregos no templo e profanou este santo lugar”. 29 Anteriormente eles haviam visto o efésio Trófimo na cidade com Paulo e julgaram que Paulo o tinha introduzido no templo. 30 Toda a cidade ficou alvoroçada, e juntou-se uma multidão. Agarrando Paulo, arrastaram-no para fora do templo, e imediatamente as portas foram fechadas. 31 Tentando eles matá-lo, chegaram notícias ao comandante das tropas romanas de que toda a cidade de Jerusalém estava em tumulto. 32 Ele reuniu imediatamente alguns oficiais e soldados e com eles correu para o meio da multidão. Quando viram o comandante e os seus soldados, pararam de espancar Paulo. 33 O comandante chegou, prendeu-o e ordenou que ele fosse amarrado com duas correntes. Então perguntou quem era ele e o que tinha feito. 34 Alguns da multidão gritavam uma coisa, outros gritavam outra; não conseguindo saber ao certo o que havia acontecido, por causa do tumulto, o comandante ordenou que Paulo fosse levado para a fortaleza. 35 Quando chegou às escadas, a violência do povo era tão grande que ele precisou ser carregado pelos soldados. 36 A multidão que o seguia continuava gritando: “Acaba com ele!” 37 Quando os soldados estavam para introduzir Paulo na fortaleza, ele perguntou ao comandante: “Posso dizer-te algo?”“Você fala grego?”, perguntou ele. 38 “Não é você o egípcio que iniciou uma revolta e há algum tempo levou quatro mil assassinos para o deserto?” 39 Paulo respondeu: “Sou judeu, cidadão de Tarso, cidade importante da Cilícia. Permite-me falar ao povo”. 40 Tendo recebido permissão do comandante, Paulo levantou-se na escadaria e fez sinal à multidão. Quando todos fizeram silêncio, dirigiu-se a eles em aramaico:
1 O ímpio foge, embora ninguém o persiga,mas os justos são corajosos como o leão. 2 Os pecados de uma nação fazem mudar sempre os seus governantes,mas a ordem se mantém com um líder sábio e sensato. 3 O pobre que se torna poderoso e oprime os pobresé como a tempestade súbita que destrói toda a plantação. 4 Os que abandonam a lei elogiam os ímpios,mas os que obedecem à lei lutam contra eles. 5 Os homens maus não entendem a justiça,mas os que buscam o SENHOR a entendem plenamente. 6 Melhor é o pobre íntegro em sua condutado que o rico perverso em seus caminhos. 7 Quem obedece à lei é filho sábio,mas o companheiro dos glutões envergonha o pai. 8 Quem aumenta sua riqueza com juros exorbitantesajunta para algum outro, que será bondoso com os pobres. 9 Se alguém se recusa a ouvir a lei,até suas orações serão detestáveis. 10 Quem leva o homem direito pelo mau caminhocairá ele mesmo na armadilha que preparou,mas o que não se deixa corromper terá boa recompensa. 11 O rico pode até se julgar sábio,mas o pobre que tem discernimento o conhece a fundo. 12 Quando os justos triunfam, há prosperidade geral;mas, quando os ímpios sobem ao poder, os homens tratam de esconder-se. 13 Quem esconde os seus pecados não prospera,mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia. 14 Como é feliz o homem constante no temor do SENHOR!Mas quem endurece o coração cairá na desgraça. 15 Como um leão que ruge ou um urso ferozé o ímpio que governa um povo necessitado. 16 O governante sem discernimento aumenta as opressões,mas os que odeiam o ganho desonesto prolongarão o seu governo. 17 O assassino atormentado pela culpaserá fugitivo até a morte;que ninguém o proteja! 18 Quem procede com integridade viverá seguro,mas quem procede com perversidade de repente cairá. 19 Quem lavra sua terra terá comida com fartura,mas quem persegue fantasias se fartará de miséria. 20 O fiel será ricamente abençoado,mas quem tenta enriquecer-se depressa não ficará sem castigo. 21 Agir com parcialidade não é bom;Pois até por um pedaço de pão o homem se dispõe a fazer o mal. 22 O invejoso é ávido por riquezase não percebe que a pobreza o aguarda. 23 Quem repreende o próximo obterá por fim mais favordo que aquele que só sabe bajular. 24 Quem rouba seu pai ou sua mãee diz: “Não é errado”,é amigo de quem destrói. 25 O ganancioso provoca brigas,mas quem confia no SENHOR prosperará. 26 Quem confia em si mesmo é insensato,mas quem anda segundo a sabedoria não corre perigo. 27 Quem dá aos pobres não passará necessidade,mas quem fecha os olhos para não vê-los sofrerá muitas maldições. 28 Quando os ímpios sobem ao poder, o povo se esconde;mas, quando eles sucumbem, os justos florescem.
1 Venham! Cantemos ao SENHOR com alegria!Aclamemos a Rocha da nossa salvação. 2 Vamos à presença dele com ações de graças;vamos aclamá-lo com cânticos de louvor. 3 Pois o SENHOR é o grande Deus,o grande Rei acima de todos os deuses. 4 Nas suas mãos estão as profundezas da terra,os cumes dos montes lhe pertencem. 5 Dele também é o mar, pois ele o fez;as suas mãos formaram a terra seca. 6 Venham! Adoremos prostradose ajoelhemos diante do SENHOR, o nosso Criador; 7 pois ele é o nosso Deus,e nós somos o povo do seu pastoreio,o rebanho que ele conduz.Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, 8 não endureçam o coração, como em Meribá,como aquele dia em Massá, no deserto, 9 onde os seus antepassados me tentaram,pondo-me à prova, apesar de terem visto o que eu fiz. 10 Durante quarenta anos fiquei irado contra aquela geração e disse:“Eles são um povo de coração ingrato;não reconheceram os meus caminhos”. 11 Por isso jurei na minha ira:“Jamais entrarão no meu descanso”.
1 “Naquele dia, uma fonte jorrará para os descendentes de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para purificá-los do pecado e da impureza. 2 “Naquele dia, eliminarei da terra de Israel os nomes dos ídolos, e nunca mais serão lembrados”, diz o SENHOR dos Exércitos. “Removerei da terra tanto os profetas como o espírito imundo. 3 E, se alguém ainda profetizar, seu próprio pai e sua mãe lhe dirão: ‘Você deve morrer porque disse mentiras em nome do SENHOR’. Quando ele profetizar, os seus próprios pais o esfaquearão. 4 “Naquele dia, todo profeta se envergonhará de sua visão profética. Não usará o manto de profeta, feito de pele, para enganar. 5 Ele dirá: ‘Eu não sou profeta. Sou um homem do campo; a terra tem sido o meu sustento desde a minha mocidade’. 6 Se alguém lhe perguntar: ‘Que feridas são estas no seu corpo?’, ele responderá: ‘Fui ferido na casa de meus amigos’. 7 “Levante-se, ó espada,contra o meu pastor, contra o meu companheiro!”,declara o SENHOR dos Exércitos.“Fira o pastor,e as ovelhas se dispersarão,e voltarei minha mão para os pequeninos. 8 Na terra toda, dois terçosserão ceifados e morrerão;todavia a terça parte permanecerá”, diz o SENHOR. 9 “Colocarei essa terça parte no fogoe a refinarei como pratae a purificarei como ouro.Ela invocará o meu nome,e eu lhe responderei.É o meu povo, direi;e ela dirá: ‘O SENHOR é o meu Deus’.”
1 Pergunto, pois: Acaso Deus rejeitou o seu povo? De maneira nenhuma! Eu mesmo sou israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjamim. 2 Deus não rejeitou o seu povo, o qual de antemão conheceu. Ou vocês não sabem como Elias clamou a Deus contra Israel, conforme diz a Escritura? 3 “Senhor, mataram os teus profetas e derrubaram os teus altares; sou o único que sobrou, e agora estão procurando matar-me”. 4 E qual foi a resposta divina? “Reservei para mim sete mil homens que não dobraram os joelhos diante de Baal”. 5 Assim, hoje também há um remanescente escolhido pela graça. 6 E, se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse, a graça já não seria graça. 7 Que dizer então? Israel não conseguiu aquilo que tanto buscava, mas os eleitos o obtiveram. Os demais foram endurecidos, 8 como está escrito:“Deus lhes deu um espírito de atordoamento,olhos para não vere ouvidos para não ouvir,até o dia de hoje”. 9 E Davi diz:“Que a mesa deles se transforme em laço e armadilha,pedra de tropeço e retribuição para eles. 10 Escureçam-se os seus olhos, para que não consigam ver,e suas costas fiquem encurvadas para sempre”. 11 Novamente pergunto: Acaso tropeçaram para que ficassem caídos? De maneira nenhuma! Ao contrário, por causa da transgressão deles, veio salvação para os gentios, para provocar ciúme em Israel. 12 Mas, se a transgressão deles significa riqueza para o mundo e o seu fracasso riqueza para os gentios, quanto mais significará a sua plenitude! 13 Estou falando a vocês, gentios. Visto que sou apóstolo para os gentios, exalto o meu ministério, 14 na esperança de que de alguma forma possa provocar ciúme em meu próprio povo e salvar alguns deles. 15 Pois, se a rejeição deles é a reconciliação do mundo, o que será a sua aceitação, senão vida dentre os mortos? 16 Se é santa a parte da massa que é oferecida como primeiros frutos, toda a massa também o é; se a raiz é santa, os ramos também o serão. 17 Se alguns ramos foram cortados, e você, sendo oliveira brava, foi enxertado entre os outros e agora participa da seiva que vem da raiz da oliveira cultivada, 18 não se glorie contra esses ramos. Se o fizer, saiba que não é você quem sustenta a raiz, mas a raiz a você. 19 Então você dirá: “Os ramos foram cortados, para que eu fosse enxertado”. 20 Está certo. Eles, porém, foram cortados devido à incredulidade, e você permanece pela fé. Não se orgulhe, mas tema. 21 Pois, se Deus não poupou os ramos naturais, também não poupará você. 22 Portanto, considere a bondade e a severidade de Deus: severidade para com aqueles que caíram, mas bondade para com você, desde que permaneça na bondade dele. De outra forma, você também será cortado. 23 E quanto a eles, se não continuarem na incredulidade, serão enxertados, pois Deus é capaz de enxertá-los outra vez. 24 Afinal de contas, se você foi cortado de uma oliveira brava por natureza e, de maneira antinatural, foi enxertado numa oliveira cultivada, quanto mais serão enxertados os ramos naturais em sua própria oliveira? 25 Irmãos, não quero que ignorem este mistério, para que não se tornem presunçosos: Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegue a plenitude dos gentios. 26 E assim todo o Israel será salvo, como está escrito:“Virá de Sião o redentorque desviará de Jacó a impiedade. 27 E esta é a minha aliança com elesquando eu remover os seus pecados”. 28 Quanto ao evangelho, eles são inimigos por causa de vocês; mas, quanto à eleição, são amados por causa dos patriarcas, 29 pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis. 30 Assim como vocês, que antes eram desobedientes a Deus mas agora receberam misericórdia, graças à desobediência deles, 31 assim também agora eles se tornaram desobedientes, a fim de que também recebam agora misericórdia, graças à misericórdia de Deus para com vocês. 32 Pois Deus sujeitou todos à desobediência, para exercer misericórdia para com todos. 33 Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus!Quão insondáveis são os seus juízose inescrutáveis os seus caminhos! 34 “Quem conheceu a mente do Senhor?Ou quem foi seu conselheiro?” 35 “Quem primeiro lhe deu,para que ele o recompense?” 36 Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas.A ele seja a glória para sempre! Amém.
1 Depois disso vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos, para impedir que qualquer vento soprasse na terra, no mar ou em qualquer árvore. 2 Então vi outro anjo subindo do Oriente, tendo o selo do Deus vivo. Ele bradou em alta voz aos quatro anjos a quem havia sido dado poder para danificar a terra e o mar: 3 “Não danifiquem nem a terra, nem o mar, nem as árvores até que selemos as testas dos servos do nosso Deus”. 4 Então ouvi o número dos que foram selados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos de Israel. 5 Da tribo de Judáforam selados doze mil;da tribo de Rúben, doze mil;da tribo de Gade, doze mil; 6 da tribo de Aser, doze mil;da tribo de Naftali, doze mil;da tribo de Manassés, doze mil; 7 da tribo de Simeão, doze mil;da tribo de Levi, doze mil;da tribo de Issacar, doze mil; 8 da tribo de Zebulom, doze mil;da tribo de José, doze mil;da tribo de Benjamim, doze mil. 9 Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas. 10 E clamavam em alta voz:“A salvação pertence ao nosso Deus,que se assenta no trono,e ao Cordeiro”. 11 Todos os anjos estavam em pé ao redor do trono, dos anciãos e dos quatro seres viventes. Eles se prostraram com o rosto em terra diante do trono e adoraram a Deus, 12 dizendo:“Amém!Louvor e glória,sabedoria, ação de graças,honra, poder e forçasejam ao nosso Deus para todo o sempre.Amém!” 13 Então um dos anciãos me perguntou: “Quem são estes que estão vestidos de branco e de onde vieram?” 14 Respondi: Senhor, tu o sabes.E ele disse: “Estes são os que vieram da grande tribulação, que lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro. 15 Por isso,“eles estão diante do trono de Deuse o servem dia e noite em seu santuário;e aquele que está assentado no tronoestenderá sobre eles o seu tabernáculo. 16 Nunca mais terão fome,nunca mais terão sede.Não os afligirá o solnem qualquer calor abrasador, 17 pois o Cordeiro que está no centro do tronoserá o seu Pastor;ele os guiará às fontes de água viva.E Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima”.
1 Entrei em meu jardim, minha irmã, minha noiva;ajuntei a minha mirra com as minhas especiarias.Comi o meu favo e o meu mel;bebi o meu vinho e o meu leite.Comam, amigos,bebam quanto puderem, ó amados! 2 Eu estava quase dormindo,mas o meu coração estava acordado.Escutem! O meu amado está batendo.Abra-me a porta, minha irmã,minha querida, minha pomba,minha mulher ideal,pois a minha cabeçaestá encharcada de orvalho;o meu cabelo, da umidade da noite. 3 Já tirei a túnica;terei que vestir-me de novo?Já lavei os pés;terei que sujá-los de novo? 4 O meu amado pôs a mão por uma abertura da tranca;meu coração começou a palpitar por causa dele. 5 Levantei-me para abrir-lhe a porta;minhas mãos destilavam mirra,meus dedos vertiam mirra,na maçaneta da tranca. 6 Eu abri, mas o meu amado se fora;o meu amado já havia partido.Quase desmaiei de tristeza!Procurei-o, mas não o encontrei.Eu o chamei, mas ele não respondeu. 7 As sentinelas me encontraramenquanto faziam a ronda na cidade.Bateram-me, feriram-me;e tomaram o meu manto,as sentinelas dos muros! 8 Ó mulheres de Jerusalém, eu as faço jurar:se encontrarem o meu amado,que dirão a ele?Digam-lhe que estou doente de amor. 9 Que diferença há entre o seu amado e outro qualquer,ó você, das mulheres a mais linda?Que diferença há entre o seu amado e outro qualquer,para você nos obrigar a tal promessa? 10 O meu amado tem a pele bronzeada;ele se destaca entre dez mil. 11 Sua cabeça é como ouro, o ouro mais puro;seus cabelos ondulam ao vento como ramos de palmeira;são negros como o corvo. 12 Seus olhos são como pombasjunto aos regatos de água,lavados em leite,incrustados como joias. 13 Suas faces são como um jardim de especiariasque exalam perfume.Seus lábios são como líriosque destilam mirra. 14 Seus braços são cilindros de ourocom berilo neles engastado.Seu tronco é como marfim polidoadornado de safiras. 15 Suas pernas são colunas de mármorefirmadas em bases de ouro puro.Sua aparência é como o Líbano;ele é elegante como os cedros. 16 Sua boca é a própria doçura;ele é mui desejável.Esse é o meu amado, esse é o meu querido,ó mulheres de Jerusalém.