1 Quem é aquele que vem de Edom,que vem de Bozra, com as roupas tingidas de vermelho?Quem é aquele que, num manto de esplendor,avança a passos largos na grandeza da sua força?“Sou eu, que falo com retidão,poderoso para salvar”. 2 Por que tuas roupas estão vermelhas,como as de quem pisa uvas no lagar? 3 “Sozinho pisei uvas no lagar;das nações ninguém esteve comigo.Eu as pisoteei na minha irae as pisei na minha indignação;o sangue delas respingou na minha roupa,e eu manchei toda a minha veste. 4 Pois o dia da vingança estava no meu coração,e chegou o ano da minha redenção. 5 Olhei, e não havia ninguém para ajudar-me;mostrei assombro, e não havia ninguém para apoiar-me.Por isso o meu braço me ajudou,e a minha ira deu-me apoio. 6 Na minha ira pisoteei as nações;na minha indignação eu as embebedeie derramei na terra o sangue delas”. 7 Falarei da bondade do SENHOR,dos seus gloriosos feitos,por tudo o que o SENHOR fez por nós,sim, de quanto bem ele fezà nação de Israel,conforme a sua compaixão e a grandeza da sua bondade. 8 “Sem dúvida eles são o meu povo”, disse ele;“são filhos que não me vão trair”;e assim ele se tornou o Salvador deles. 9 Em toda a aflição do seu povo ele também se afligiu,e o anjo da sua presença os salvou.Em seu amor e em sua misericórdia ele os resgatou;foi ele que sempre os levantoue os conduziu nos dias passados. 10 Apesar disso, eles se revoltarame entristeceram o seu Espírito Santo.Por isso ele se tornou inimigo delese lutou pessoalmente contra eles. 11 Então o seu povo recordou o passado,o tempo de Moisés e a sua geração:Onde está aquele que os fez passar através do mar,com o pastor do seu rebanho?Onde está aquele que entre elespôs o seu Espírito Santo, 12 que com o seu glorioso braçoesteve à mão direita de Moisés,que dividiu as águas diante delespara alcançar renome eterno, 13 e os conduziu através das profundezas?Como o cavalo em campo aberto,eles não tropeçaram; 14 como o gado que desce à planície,foi-lhes dado descanso pelo Espírito do SENHOR.Foi assim que guiaste o teu povopara fazer para ti um nome glorioso. 15 Olha dos altos céus,da tua habitação elevada, santa e gloriosa.Onde estão o teu zelo e o teu poder?Retiveste a tua bondade e a tua compaixão; elas já nos faltam! 16 Entretanto, tu és o nosso Pai.Abraão não nos conhecee Israel nos ignora;tu, SENHOR, és o nosso Paie, desde a antiguidade, te chamas nosso Redentor. 17 SENHOR, por que nos fazes andar longe dos teus caminhose endureces o nosso coração para não termos temor de ti?Volta, por amor dos teus servos,por amor das tribos que são a tua herança! 18 Por pouco tempo o teu povo possuiu o teu santo lugar;depois os nossos inimigos pisotearam o teu santuário. 19 Somos teus desde a antiguidade,mas aqueles tu não governaste;eles não foram chamados pelo teu nome.
1 Naqueles dias, César Augusto publicou um decreto ordenando o recenseamento de todo o império romano. 2 Este foi o primeiro recenseamento feito quando Quirino era governador da Síria. 3 E todos iam para a sua cidade natal, a fim de alistar-se. 4 Assim, José também foi da cidade de Nazaré da Galileia para a Judeia, para Belém, cidade de Davi, porque pertencia à casa e à linhagem de Davi. 5 Ele foi a fim de alistar-se, com Maria, que lhe estava prometida em casamento e esperava um filho. 6 Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê, 7 e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. 8 Havia pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos. 9 E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados. 10 Mas o anjo lhes disse: “Não tenham medo. Estou trazendo boas-novas de grande alegria para vocês, que são para todo o povo: 11 Hoje, na cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. 12 Isto servirá de sinal para vocês: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura”. 13 De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo: 14 “Glória a Deus nas alturas,e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor”. 15 Quando os anjos os deixaram e foram para os céus, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos a Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos deu a conhecer”. 16 Então correram para lá e encontraram Maria e José e o bebê deitado na manjedoura. 17 Depois de o verem, contaram a todos o que lhes fora dito a respeito daquele menino, 18 e todos os que ouviram o que os pastores diziam ficaram admirados. 19 Maria, porém, guardava todas essas coisas e sobre elas refletia em seu coração. 20 Os pastores voltaram glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, como lhes fora dito. 21 Completando-se os oito dias para a circuncisão do menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, o qual lhe tinha sido dado pelo anjo antes de ele nascer. 22 Completando-se o tempo da purificação deles, de acordo com a Lei de Moisés, José e Maria o levaram a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor 23 (como está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”). 24 e para oferecer um sacrifício, de acordo com o que diz a Lei do Senhor: “duas rolinhas ou dois pombinhos” 25 Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, que era justo e piedoso, e que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. 26 Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor. 27 Movido pelo Espírito, ele foi ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para lhe fazerem o que requeria o costume da Lei, 28 Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: 29 “Ó Soberano, como prometeste,agora podes despedir em paz o teu servo. 30 Pois os meus olhos já viram a tua salvação, 31 que preparaste à vista de todos os povos: 32 luz para revelação aos gentiose para a glória de Israel, teu povo”. 33 O pai e a mãe do menino estavam admirados com o que fora dito a respeito dele. 34 E Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe de Jesus: “Este menino está destinado a causar a queda e o soerguimento de muitos em Israel, e a ser um sinal de contradição, 35 de modo que o pensamento de muitos corações será revelado. Quanto a você, uma espada atravessará a sua alma”. 36 Estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era muito idosa; tinha vivido com seu marido sete anos depois de se casar 37 e então permanecera viúva até a idade de oitenta e quatro anos. Nunca deixava o templo: adorava a Deus jejuando e orando dia e noite. 38 Tendo chegado ali naquele exato momento, deu graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. 39 Depois de terem feito tudo o que era exigido pela Lei do Senhor, voltaram para a sua própria cidade, Nazaré, na Galileia. 40 O menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. 41 Todos os anos seus pais iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. 42 Quando ele completou doze anos de idade, eles subiram à festa, conforme o costume. 43 Terminada a festa, voltando seus pais para casa, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que eles percebessem. 44 Pensando que ele estava entre os companheiros de viagem, caminharam o dia todo. Então começaram a procurá-lo entre seus parentes e conhecidos. 45 Não o encontrando, voltaram a Jerusalém para procurá-lo. 46 Depois de três dias o encontraram no templo, sentado entre os mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas. 47 Todos os que o ouviam ficavam maravilhados com o seu entendimento e com as suas respostas. 48 Quando seus pais o viram, ficaram perplexos. Sua mãe lhe disse: “Filho, por que você nos fez isto? Seu pai e eu estávamos aflitos, à sua procura”. 49 Ele perguntou: “Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa de meu Pai?” 50 Mas eles não compreenderam o que lhes dizia. 51 Então foi com eles para Nazaré e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, guardava todas essas coisas em seu coração. 52 Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.
1 “Sim, naqueles dias e naquele tempo,quando eu restaurar a sorte de Judá e de Jerusalém, 2 reunirei todos os povose os farei descer ao vale de Josafá.Ali os julgareipor causa da minha herança—Israel, o meu povo—;pois o espalharam entre as naçõese repartiram entre si a minha terra. 3 Lançaram sortes sobre o meu povoe deram meninos em troca de prostitutas;venderam meninas por vinho, para se embriagarem. 4 “O que vocês têm contra mim, Tiro, Sidom, e todas as regiões da Filístia? Vocês estão me retribuindo algo que eu fiz a vocês? Se estão querendo vingar-se de mim, ágil e veloz me vingarei do que vocês têm feito. 5 Pois roubaram a minha prata e o meu ouro e levaram para os seus templos os meus tesouros mais valiosos. 6 Vocês venderam o povo de Judá e o de Jerusalém aos gregos, mandando-os para longe da sua terra natal. 7 “Vou tirá-los dos lugares para onde os venderam e sobre vocês farei recair o que fizeram: 8 venderei os filhos e as filhas de vocês ao povo de Judá, e eles os venderão à distante nação dos sabeus”. Assim disse o SENHOR. 9 Proclamem isto entre as nações:Preparem-se para a guerra!Despertem os guerreiros!Todos os homens de guerra, aproximem-se e ataquem. 10 Forjem os seus arados,fazendo deles espadas;e de suas foices façam lanças.Diga o fraco: “Sou um guerreiro!” 11 Venham depressa, vocês, nações vizinhas,e reúnam-se ali.Faze descer os teus guerreiros, ó SENHOR! 12 “Despertem, nações;avancem para o vale de Josafá,pois ali me assentareipara julgar todas as nações vizinhas. 13 Lancem a foice,pois a colheita está madura.Venham, pisem com força as uvas,pois o lagar está cheioe os tonéis transbordam,tão grande é a maldade dessas nações!” 14 Multidões, multidõesno vale da Decisão!Pois o dia do SENHOR está próximo,no vale da Decisão. 15 O sol e a lua escurecerão,e as estrelas já não brilharão. 16 O SENHOR rugirá de Sião,e de Jerusalém levantará a sua voz;a terra e o céu tremerão.Mas o SENHOR será um refúgio para o seu povo,uma fortaleza para Israel. 17 “Então vocês saberão que eu sou o SENHOR, o seu Deus,que habito em Sião, o meu santo monte.Jerusalém será santa;e estrangeiros jamais a conquistarão. 18 “Naquele dia, os montes gotejarão vinho novo;das colinas manará leite;todos os ribeiros de Judá terão água corrente.Uma fonte fluirá do templo doe regará o vale das Acácias. 19 Mas o Egito ficará desolado,Edom será um deserto arrasado,por causa da violência feita ao povo de Judá,em cuja terra derramaram sangue inocente. 20 Judá será habitada para sempree Jerusalém por todas as gerações. 21 Sua culpa de sangue, ainda não perdoada,eu a perdoarei”.O SENHOR habita em Sião!
1 Samuel disse a Saul: “Eu sou aquele a quem o SENHOR enviou para ungi-lo como rei de Israel, o povo dele; por isso escute agora a mensagem do SENHOR. 2 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: ‘Castigarei os amalequitas pelo que fizeram a Israel, atacando-o quando saía do Egito. 3 Agora vão, ataquem os amalequitas e consagrem ao SENHOR para destruição tudo o que lhes pertence. Não os poupem; matem homens, mulheres, crianças, recém-nascidos, bois, ovelhas, camelos e jumentos’.” 4 Então convocou Saul os homens e os reuniu em Telaim: duzentos mil soldados de infantaria e dez mil homens de Judá. 5 Saul foi à cidade de Amaleque e armou uma emboscada no vale. 6 Depois disse aos queneus: “Retirem-se, saiam do meio dos amalequitas para que eu não os destrua com eles; pois vocês foram bondosos com os israelitas, quando eles estavam vindo do Egito”. Então os queneus saíram do meio dos amalequitas. 7 E Saul atacou os amalequitas por todo o caminho, desde Havilá até Sur, a leste do Egito. 8 Capturou vivo Agague, rei dos amalequitas, e exterminou o seu povo. 9 Mas Saul e o exército pouparam Agague e o melhor das ovelhas e dos bois, os bezerros gordos e os cordeiros. Pouparam tudo o que era bom, mas tudo o que era desprezível e inútil destruíram por completo. 10 Então o SENHOR falou a Samuel: 11 “Arrependo-me de ter posto Saul como rei, pois ele me abandonou e não seguiu as minhas instruções”. Samuel ficou irado e clamou ao SENHOR toda aquela noite. 12 De madrugada Samuel foi ao encontro de Saul, mas lhe disseram: “Saul foi para o Carmelo, onde ergueu um monumento em sua própria honra e depois foi para Gilgal”. 13 Quando Samuel o encontrou, Saul disse: “O SENHOR te abençoe! Eu segui as instruções do SENHOR”. 14 Samuel, porém, perguntou: “Então que balido de ovelhas é esse que ouço com meus próprios ouvidos? Que mugido de bois é esse que estou ouvindo?” 15 Respondeu Saul: “Os soldados os trouxeram dos amalequitas; eles pouparam o melhor das ovelhas e dos bois para sacrificarem ao SENHOR, o teu Deus, mas destruímos totalmente o restante”. 16 Samuel disse a Saul: “Fique quieto! Eu direi a você o que o SENHOR me falou esta noite”.Respondeu Saul: “Dize-me”. 17 E Samuel disse: “Embora pequeno aos seus próprios olhos, você não se tornou o líder das tribos de Israel? O SENHOR o ungiu como rei sobre Israel 18 e o enviou numa missão, ordenando: ‘Vá e destrua completamente aquele povo ímpio, os amalequitas; guerreie contra eles até que os tenha eliminado’. 19 Por que você não obedeceu ao SENHOR? Por que se lançou sobre os despojos e fez o que o SENHOR reprova?” 20 Disse Saul: “Mas eu obedeci ao SENHOR! Cumpri a missão que o SENHOR me designou. Trouxe Agague, o rei dos amalequitas, mas exterminei os amalequitas. 21 Os soldados tomaram ovelhas e bois do despojo, o melhor do que estava consagrado a Deus para destruição, a fim de os sacrificarem ao SENHOR, o seu Deus, em Gilgal”. 22 Samuel, porém, respondeu:“Acaso tem o SENHOR tanto prazer em holocaustos e em sacrifíciosquanto em que se obedeça à sua palavra?A obediência é melhor do que o sacrifício,e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros. 23 Pois a rebeldia é como o pecado da feitiçaria;a arrogância, como o mal da idolatria.Assim como você rejeitou a palavra do SENHOR,ele o rejeitou como rei”. 24 “Pequei”, disse Saul. “Violei a ordem do SENHOR e as instruções que tu me deste. Tive medo dos soldados e os atendi. 25 Agora eu te imploro, perdoa o meu pecado e volta comigo, para que eu adore o SENHOR”. 26 Samuel, contudo, lhe disse: “Não voltarei com você. Você rejeitou a palavra do SENHOR, e o SENHOR o rejeitou como rei de Israel!” 27 Quando Samuel se virou para sair, Saul agarrou-se à barra do manto dele, e o manto se rasgou. 28 E Samuel lhe disse: “O SENHOR rasgou de você, hoje, o reino de Israel, e o entregou a alguém que é melhor que você. 29 Aquele que é a Glória de Israel não mente nem se arrepende, pois não é homem para se arrepender”. 30 Saul repetiu: “Pequei. Agora, honra-me perante as autoridades do meu povo e perante Israel; volta comigo, para que eu possa adorar o SENHOR, o teu Deus”. 31 E assim Samuel voltou com ele, e Saul adorou o SENHOR. 32 Então Samuel disse: “Traga-me Agague, o rei dos amalequitas”.Agague veio confiante, pensando: “Com certeza já passou a amargura da morte”. 33 Samuel, porém, disse:“Assim como a sua espada deixou mulheres sem filhos,também sua mãe, entre as mulheres, ficará sem o seu filho”.E Samuel despedaçou Agague perante o SENHOR, em Gilgal. 34 Então Samuel partiu para Ramá, e Saul foi para a sua casa, em Gibeá de Saul. 35 Nunca mais Samuel viu Saul, até o dia de sua morte, embora se entristecesse por causa dele porque o SENHOR se arrependera de ter estabelecido Saul como rei de Israel.
1 Um homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, também vendeu uma propriedade. 2 Ele reteve parte do dinheiro para si, sabendo disso também sua mulher; e o restante levou e colocou aos pés dos apóstolos. 3 Então perguntou Pedro: “Ananias, como você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, a ponto de você mentir ao Espírito Santo e guardar para você uma parte do dinheiro que recebeu pela propriedade? 4 Ela não pertencia a você? E, depois de vendida, o dinheiro não estava em seu poder? O que o levou a pensar em fazer tal coisa? Você não mentiu aos homens, mas sim a Deus”. 5 Ouvindo isso, Ananias caiu morto. Grande temor apoderou-se de todos os que ouviram o que tinha acontecido. 6 Então os moços vieram, envolveram seu corpo, levaram-no para fora e o sepultaram. 7 Cerca de três horas mais tarde, entrou sua mulher, sem saber o que havia acontecido. 8 Pedro lhe perguntou: “Diga-me, foi esse o preço que vocês conseguiram pela propriedade?”Respondeu ela: “Sim, foi esse mesmo”. 9 Pedro lhe disse: “Por que vocês entraram em acordo para tentar o Espírito do Senhor? Veja! Estão à porta os pés dos que sepultaram seu marido, e eles a levarão também”. 10 Naquele mesmo instante, ela caiu morta aos pés dele. Então os moços entraram e, encontrando-a morta, levaram-na e a sepultaram ao lado de seu marido. 11 E grande temor apoderou-se de toda a igreja e de todos os que ouviram falar desses acontecimentos. 12 Os apóstolos realizavam muitos sinais e maravilhas no meio do povo. Todos os que creram costumavam reunir-se no Pórtico de Salomão. 13 Dos demais, ninguém ousava juntar-se a eles, embora o povo os tivesse em alto conceito. 14 Em número cada vez maior, homens e mulheres criam no Senhor e lhes eram acrescentados, 15 de modo que o povo também levava os doentes às ruas e os colocava em camas e macas, para que pelo menos a sombra de Pedro se projetasse sobre alguns, enquanto ele passava. 16 Afluíam também multidões das cidades próximas a Jerusalém, trazendo seus doentes e os que eram atormentados por espíritos imundos; e todos eram curados. 17 Então o sumo sacerdote e todos os seus companheiros, membros do partido dos saduceus, ficaram cheios de inveja. 18 Por isso, mandaram prender os apóstolos, colocando-os numa prisão pública. 19 Mas durante a noite um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere, levou-os para fora e 20 disse: “Dirijam-se ao templo e relatem ao povo toda a mensagem desta Vida”. 21 Ao amanhecer, eles entraram no pátio do templo, como haviam sido instruídos, e começaram a ensinar o povo.Quando chegaram o sumo sacerdote e os seus companheiros, convocaram o Sinédrio—toda a assembleia dos líderes religiosos de Israel—e mandaram buscar os apóstolos na prisão. 22 Todavia, ao chegarem à prisão, os guardas não os encontraram ali. Então, voltaram e relataram: 23 “Encontramos a prisão trancada com toda a segurança, com os guardas diante das portas; mas, quando as abrimos não havia ninguém”. 24 Diante desse relato, o capitão da guarda do templo e os chefes dos sacerdotes ficaram perplexos, imaginando o que teria acontecido. 25 Nesse momento chegou alguém e disse: “Os homens que os senhores puseram na prisão estão no pátio do templo, ensinando o povo”. 26 Então, indo para lá com os guardas, o capitão trouxe os apóstolos, mas sem o uso de força, pois temiam que o povo os apedrejasse. 27 Tendo levado os apóstolos, apresentaram-nos ao Sinédrio para serem interrogados pelo sumo sacerdote, 28 que lhes disse: “Demos ordens expressas a vocês para que não ensinassem neste nome. Todavia, vocês encheram Jerusalém com sua doutrina e nos querem tornar culpados do sangue desse homem”. 29 Pedro e os outros apóstolos responderam: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens! 30 O Deus dos nossos antepassados ressuscitou Jesus, a quem os senhores mataram, suspendendo-o num madeiro. 31 Deus o exaltou, elevando-o à sua direita como Príncipe e Salvador, para dar a Israel arrependimento e perdão de pecados. 32 Nós somos testemunhas destas coisas, bem como o Espírito Santo, que Deus concedeu aos que lhe obedecem”. 33 Ouvindo isso, eles ficaram furiosos e queriam matá-los. 34 Mas um fariseu chamado Gamaliel, mestre da lei, respeitado por todo o povo, levantou-se no Sinédrio e pediu que os homens fossem retirados por um momento. 35 Então lhes disse: “Israelitas, considerem cuidadosamente o que pretendem fazer a esses homens. 36 Há algum tempo, apareceu Teudas, reivindicando ser alguém, e cerca de quatrocentos homens se juntaram a ele. Ele foi morto, todos os seus seguidores se dispersaram e acabaram em nada. 37 Depois dele, nos dias do recenseamento, apareceu Judas, o galileu, que liderou um grupo em rebelião. Ele também foi morto, e todos os seus seguidores foram dispersos. 38 Portanto, neste caso eu os aconselho: deixem esses homens em paz e soltem-nos. Se o propósito ou atividade deles for de origem humana, fracassará; 39 se proceder de Deus, vocês não serão capazes de impedi-los, pois se acharão lutando contra Deus”. 40 Eles foram convencidos pelo discurso de Gamaliel. Chamaram os apóstolos e mandaram açoitá-los. Depois, ordenaram-lhes que não falassem no nome de Jesus e os deixaram sair em liberdade. 41 Os apóstolos saíram do Sinédrio, alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome. 42 Todos os dias, no templo e de casa em casa, não deixavam de ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo.
1 O SENHOR falou com Moisés no deserto do Sinai, no primeiro mês do segundo ano depois que o povo saiu do Egito. Ele disse: 2 “Os israelitas devem celebrar a Páscoa na ocasião própria. 3 Celebrem-na no tempo determinado, ao pôr do sol do décimo quarto dia deste mês, de acordo com todas as suas leis e ordenanças”. 4 Então Moisés ordenou aos israelitas que celebrassem a Páscoa; 5 eles a celebraram no deserto do Sinai, ao pôr do sol do décimo quarto dia do primeiro mês. Os israelitas fizeram tudo conforme o SENHOR tinha ordenado a Moisés. 6 Mas alguns deles não puderam celebrar a Páscoa naquele dia porque se haviam tornado impuros por terem tocado num cadáver. Por isso procuraram Moisés e Arão naquele mesmo dia 7 e disseram a Moisés: “Nós nos tornamos impuros por termos tocado num cadáver, mas por que deveríamos ser impedidos de apresentar a nossa oferta ao SENHOR na ocasião própria, como os demais israelitas?” 8 Moisés respondeu-lhes: “Esperem até que eu saiba o que o SENHOR ordena a respeito de vocês”. 9 Então o SENHOR disse a Moisés: 10 “Diga o seguinte aos israelitas: Quando algum de vocês ou dos seus descendentes se tornar impuro por tocar algum cadáver ou estiver distante por motivo de viagem, ainda assim poderá celebrar a Páscoa do SENHOR. 11 Deverão celebrá-la no décimo quarto dia do segundo mês, ao pôr do sol. Comerão o cordeiro com pães sem fermento e com ervas amargas. 12 Não deixarão sobrar nada até o amanhecer e não quebrarão nenhum osso do cordeiro. Quando a celebrarem, obedeçam a todas as leis da Páscoa. 13 Se, porém, um homem estiver puro e não estiver distante por motivo de viagem e ainda assim não celebrar a Páscoa, ele será eliminado do meio do seu povo porque não apresentou a oferta do SENHOR na ocasião própria. Ele sofrerá as consequências do seu pecado. 14 “Um estrangeiro residente entre vocês, que queira celebrar a Páscoa do SENHOR, deverá fazê-lo de acordo com as leis e ordenanças da Páscoa. Vocês terão as mesmas leis para o estrangeiro e para o natural da terra”. 15 No dia em que foi armado o tabernáculo, a tenda que guarda as tábuas da aliança, a nuvem o cobriu. Desde o entardecer até o amanhecer a nuvem por cima do tabernáculo tinha a aparência de fogo. 16 Era assim que sempre acontecia: de dia a nuvem o cobria, e de noite tinha a aparência de fogo. 17 Sempre que a nuvem se levantava de cima da Tenda, os israelitas partiam; no lugar em que a nuvem descia, ali acampavam. 18 Conforme a ordem do SENHOR, os israelitas partiam e, conforme a ordem do SENHOR, acampavam. Enquanto a nuvem estivesse por cima do tabernáculo, eles permaneciam acampados. 19 Quando a nuvem ficava sobre o tabernáculo por muito tempo, os israelitas cumpriam suas responsabilidades para com o SENHOR e não partiam. 20 Às vezes a nuvem ficava sobre o tabernáculo poucos dias; conforme a ordem do SENHOR, eles acampavam e, também conforme a ordem do SENHOR, partiam. 21 Outras vezes a nuvem permanecia somente desde o entardecer até o amanhecer e, quando se levantava pela manhã, eles partiam. De dia ou de noite, sempre que a nuvem se levantava, eles partiam. 22 Quer a nuvem ficasse sobre o tabernáculo dois dias, quer um mês, quer mais tempo, os israelitas permaneciam no acampamento e não partiam; mas, quando ela se levantava, partiam. 23 Conforme a ordem do SENHOR acampavam e conforme a ordem do SENHOR partiam. Nesse meio tempo, cumpriam suas responsabilidades para com o SENHOR, de acordo com as suas ordens, anunciadas por Moisés.
1 Meu filho, não se esqueça da minha lei,mas guarde no coração os meus mandamentos, 2 pois eles prolongarão a sua vida por muitos anose darão a você prosperidade e paz. 3 Que o amor e a fidelidade jamais o abandonem;prenda-os ao redor do seu pescoço,escreva-os na tábua do seu coração. 4 Então você terá o favorde Deus e dos homens e boa reputação. 5 Confie no SENHOR de todo o seu coraçãoe não se apoie em seu próprio entendimento; 6 reconheça o SENHOR em todos os seus caminhos,e ele endireitará as suas veredas. 7 Não seja sábio aos seus próprios olhos;tema o SENHOR e evite o mal. 8 Isso dará a você saúde ao corpoe vigor aos ossos. 9 Honre o SENHOR com todos os seus recursose com os primeiros frutos de todas as suas plantações; 10 os seus celeiros ficarão plenamente cheios,e os seus barris transbordarão de vinho. 11 Meu filho, não despreze a disciplina donem se magoe com a sua repreensão, 12 pois o SENHOR disciplina a quem ama,assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem. 13 Como é feliz o homem que acha a sabedoria,o homem que obtém entendimento, 14 pois a sabedoria é mais proveitosa do que a pratae rende mais do que o ouro. 15 É mais preciosa do que rubis;nada do que você possa desejar se compara a ela. 16 Na mão direita, a sabedoria garante a você vida longa;na mão esquerda, riquezas e honra. 17 Os caminhos da sabedoria são caminhos agradáveis,e todas as suas veredas são paz. 18 A sabedoria é árvore que dá vida a quem a abraça;quem a ela se apega será abençoado. 19 Por sua sabedoria o SENHOR lançou os alicerces da terra,por seu entendimento fixou no lugar os céus, 20 por seu conhecimento as fontes profundas se rompeme as nuvens gotejam o orvalho. 21 Meu filho, guarde consigo a sensatez e o equilíbrio,nunca os perca de vista; 22 trarão vida a vocêe serão um enfeite para o seu pescoço. 23 Então você seguirá o seu caminhoem segurança e não tropeçará; 24 quando se deitar, não terá medo,e o seu sono será tranquilo. 25 Não terá medo da calamidade repentinanem da ruína que atinge os ímpios, 26 pois o SENHOR será a sua segurançae o impedirá de cair em armadilha. 27 Quanto for possível,não deixe de fazer o bema quem dele precisa. 28 Não diga ao seu próximo:“Volte amanhã, e eu darei algo a você”,se pode ajudá-lo hoje. 29 Não planeje o mal contra o seu próximoque confiantemente mora perto de você. 30 Não acuse alguém sem motivose ele não fez nenhum mal a você. 31 Não tenha inveja de quem é violentonem adote nenhum dos seus procedimentos, 32 pois o SENHOR detesta o perverso,mas o justo é seu grande amigo. 33 A maldição do SENHOR está sobre a casa dos ímpios,mas ele abençoa o lar dos justos. 34 Ele zomba dos zombadores,mas concede graça aos humildes. 35 A honra é herança dos sábios,mas o SENHOR expõe os tolos ao ridículo.
1 Até quando, SENHOR? Para sempre te esquecerás de mim?Até quando esconderás de mim o teu rosto? 2 Até quando terei inquietaçõese tristeza no coração dia após dia?Até quando o meu inimigo triunfará sobre mim? 3 Olha para mim e responde, SENHOR, meu Deus.Ilumina os meus olhos,ou do contrário dormirei o sono da morte; 4 os meus inimigos dirão: “Eu o venci”,e os meus adversários festejarão o meu fracasso. 5 Eu, porém, confio em teu amor;o meu coração exulta em tua salvação. 6 Quero cantar aopelo bem que me tem feito.
1 Então vi outro anjo poderoso, que descia dos céus. Ele estava envolto numa nuvem, e havia um arco-íris acima de sua cabeça. Sua face era como o sol, e suas pernas eram como colunas de fogo. 2 Ele segurava um livrinho, que estava aberto em sua mão. Colocou o pé direito sobre o mar e o pé esquerdo sobre a terra, 3 e deu um alto brado, como o rugido de um leão. Quando ele bradou, os sete trovões falaram. 4 Logo que os sete trovões falaram, eu estava prestes a escrever, mas ouvi uma voz dos céus, que disse: “Sele o que disseram os sete trovões, mas não o escreva”. 5 Então o anjo que eu tinha visto em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu 6 e jurou por aquele que vive para todo o sempre, que criou os céus e tudo o que neles há, a terra e tudo o que nela há, e o mar e tudo o que nele há, dizendo: “Não haverá mais demora! 7 Mas, nos dias em que o sétimo anjo estiver para tocar sua trombeta, vai cumprir-se o mistério de Deus, como ele o anunciou aos seus servos, os profetas”. 8 Depois falou comigo mais uma vez a voz que eu tinha ouvido falar dos céus: “Vá, pegue o livro aberto que está na mão do anjo que se encontra em pé sobre o mar e sobre a terra”. 9 Assim me aproximei do anjo e lhe pedi que me desse o livrinho. Ele me disse: “Pegue-o e coma-o! Ele será amargo em seu estômago, mas em sua boca será doce como mel”. 10 Peguei o livrinho da mão do anjo e o comi. Ele me pareceu doce como mel em minha boca; mas, ao comê-lo, senti que o meu estômago ficou amargo. 11 Então me foi dito: “É preciso que você profetize de novo acerca de muitos povos, nações, línguas e reis”.
1 Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus, 2 o qual foi prometido por ele de antemão por meio dos seus profetas nas Escrituras Sagradas, 3 acerca de seu Filho, que, como homem, era descendente de Davi, 4 e que mediante o Espírito de santidade foi declarado Filho de Deus com poder, pela sua ressurreição dentre os mortos: Jesus Cristo, nosso Senhor. 5 Por meio dele e por causa do seu nome, recebemos graça e apostolado para chamar dentre todas as nações um povo para a obediência que vem pela fé. 6 E vocês também estão entre os chamados para pertencerem a Jesus Cristo. 7 A todos os que em Roma são amados de Deus e chamados para serem santos:A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. 8 Antes de tudo, sou grato a meu Deus, mediante Jesus Cristo, por todos vocês, porque em todo o mundo está sendo anunciada a fé que vocês têm. 9 Deus, a quem sirvo de todo o coração pregando o evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como sempre me lembro de vocês 10 em minhas orações; e peço que agora, finalmente, pela vontade de Deus, me seja aberto o caminho para que eu possa visitá-los. 11 Anseio vê-los, a fim de compartilhar com vocês algum dom espiritual, para fortalecê-los, 12 isto é, para que eu e vocês sejamos mutuamente encorajados pela fé. 13 Quero que vocês saibam, irmãos, que muitas vezes planejei visitá-los, mas fui impedido até agora. Meu propósito é colher algum fruto entre vocês, assim como tenho colhido entre os demais gentios. 14 Sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. 15 Por isso estou disposto a pregar o evangelho também a vocês que estão em Roma. 16 Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego. 17 Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “O justo viverá pela fé”. 18 Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, 19 pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 20 Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; 21 porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se. 22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos 23 e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis. 24 Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos do seu coração, para a degradação do seu corpo entre si. 25 Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém. 26 Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. 27 Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão. 28 Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. 29 Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, 30 caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; 31 são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. 32 Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam.