15
Ouve-se uma voz proclamando desde Dã,desde os montes de Efraim se anuncia calamidade.
16
“Relatem isto a esta naçãoe proclamem contra Jerusalém:Um exército inimigo está vindo de uma terra distante,dando seu grito de guerra contra as cidades de Judá.
17
Eles a cercam como homens que guardam um campo,pois ela se rebelou contra mim”,declara o SENHOR.
18
“A sua própria conduta e as suas açõestrouxeram isso sobre você.Como é amargo esse seu castigo!Ele atinge até o seu coração!”
19
Ah, minha angústia, minha angústia!Eu me contorço de dor.Ó paredes do meu coração!O meu coração dispara dentro de mim;não posso ficar calado.Ouvi o som da trombeta,ouvi o grito de guerra.
20
Um desastre depois do outro;toda a minha terra foi devastada.Num instante as minhas tendas foram destruídas;e os meus abrigos, num momento.
21
Até quando verei o sinal levantadoe ouvirei o som da trombeta?
22
“O meu povo é tolo,eles não me conhecem”.“São crianças insensatasque nada compreendem.São hábeis para praticar o mal,mas não sabem fazer o bem”.
23
Olhei para a terra,e ela era sem forma e vazia;para os céus,e a sua luz tinha desaparecido.
24
Olhei para os montese eles tremiam;todas as colinas oscilavam.
25
Olhei, e não havia mais gente;todas as aves do céu tinham fugido em revoada.
26
Olhei, e a terra fértil era um deserto;todas as suas cidades estavam em ruínaspor causa do SENHOR, por causa do fogo da sua ira.
27
Assim diz o SENHOR:“Toda esta terra ficará devastada,embora eu não vá destruí-la completamente.
28
Por causa disso, a terra ficará de lutoe o céu, em cima, se escurecerá;porque eu falei e não me arrependi,decidi e não voltarei atrás”.
29
Quando se ouvem os cavaleiros e os flecheiros,todos os habitantes da cidade fogem.Alguns vão para o meio dos arbustos;outros escalam as rochas.Todas as cidades são abandonadase ficam sem habitantes.
30
O que você está fazendo, ó cidade devastada?Por que se veste de vermelhoe se enfeita com joias de ouro?Por que você pinta os olhos?Você se embeleza em vão,pois os seus amantes a desprezame querem tirar sua vida.
31
Ouvi um grito, como de mulher em trabalho de parto,como a agonia de uma mulher ao dar à luz o primeiro filho.É o grito da cidade de Sião, que está ofegantee estende as mãos, dizendo:“Ai de mim! Estou desfalecendo.Minha vida está nas mãos de assassinos!”