1 “Eu asseguro a vocês que aquele que não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2 Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3 O porteiro abre-lhe a porta, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as suas ovelhas pelo nome e as leva para fora. 4 Depois de conduzir para fora todas as suas ovelhas, vai adiante delas, e estas o seguem, porque conhecem a sua voz. 5 Mas nunca seguirão um estranho; na verdade, fugirão dele, porque não reconhecem a voz de estranhos”. 6 Jesus usou essa comparação, mas eles não compreenderam o que lhes estava falando. 7 Então Jesus afirmou de novo: “Digo a verdade: Eu sou a porta das ovelhas. 8 Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os ouviram. 9 Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem. 10 O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham plenamente. 11 “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. 12 O assalariado não é o pastor a quem as ovelhas pertencem. Assim, quando vê que o lobo vem, abandona as ovelhas e foge. Então o lobo ataca o rebanho e o dispersa. 13 Ele foge porque é assalariado e não se importa com as ovelhas. 14 “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, 15 assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. 16 Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. 17 Por isso é que meu Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la. 18 Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai”. 19 Diante dessas palavras, os judeus ficaram outra vez divididos. 20 Muitos deles diziam: “Ele está endemoninhado e enlouqueceu. Por que ouvi-lo?” 21 Mas outros diziam: “Essas palavras não são de um endemoninhado. Pode um demônio abrir os olhos dos cegos?” 22 Celebrava-se a festa da Dedicação, em Jerusalém. Era inverno, 23 e Jesus estava no templo, caminhando pelo Pórtico de Salomão. 24 Os judeus reuniram-se ao redor dele e perguntaram: “Até quando nos deixará em suspense? Se é você o Cristo, diga-nos abertamente”. 25 Jesus respondeu: “Eu já disse, mas vocês não creem. As obras que eu realizo em nome de meu Pai falam por mim, 26 mas vocês não creem, porque não são minhas ovelhas. 27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. 29 Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai. 30 Eu e o Pai somos um”. 31 Novamente os judeus pegaram pedras para apedrejá-lo, 32 mas Jesus lhes disse: “Eu mostrei muitas boas obras da parte do Pai. Por qual delas vocês querem me apedrejar?” 33 Responderam os judeus: “Não vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra, mas pela blasfêmia, porque você é um simples homem e se apresenta como Deus”. 34 Jesus lhes respondeu: “Não está escrito na Lei de vocês: ‘Eu disse: Vocês são deuses’? 35 Se ele chamou ‘deuses’ àqueles a quem veio a palavra de Deus (e a Escritura não pode ser anulada), 36 que dizer a respeito daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo? Então, por que vocês me acusam de blasfêmia porque eu disse: Sou Filho de Deus? 37 Se eu não realizo as obras do meu Pai, não creiam em mim. 38 Mas, se as realizo, mesmo que não creiam em mim, creiam nas obras, para que possam saber e entender que o Pai está em mim, e eu no Pai”. 39 Outra vez tentaram prendê-lo, mas ele se livrou das mãos deles. 40 Então Jesus atravessou novamente o Jordão e foi para o lugar onde João batizava nos primeiros dias do seu ministério. Ali ficou, 41 e muita gente foi até onde ele estava, dizendo: “Embora João nunca tenha realizado um sinal milagroso, tudo o que ele disse a respeito deste homem era verdade”. 42 E ali muitos creram em Jesus.
1 No dia em que se completaram três meses que os israelitas haviam saído do Egito, chegaram ao deserto do Sinai. 2 Depois de saírem de Refidim, entraram no deserto do Sinai, e Israel acampou ali, diante do monte. 3 Logo Moisés subiu o monte para encontrar-se com Deus. E o SENHOR o chamou do monte, dizendo: “Diga o seguinte aos descendentes de Jacó e declare aos israelitas: 4 Vocês viram o que fiz ao Egito e como os transportei sobre asas de águias e os trouxe para junto de mim. 5 Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal entre todas as nações. Embora toda a terra seja minha, 6 vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa. Essas são as palavras que você dirá aos israelitas”. 7 Moisés voltou, convocou as autoridades do povo e lhes expôs tudo o que o SENHOR havia mandado que ele falasse. 8 O povo todo respondeu unânime: “Faremos tudo o que o SENHOR ordenou”. E Moisés levou ao SENHOR a resposta do povo. 9 Disse o SENHOR a Moisés: “Virei numa densa nuvem, a fim de que o povo, ouvindo-me falar com você, passe a confiar sempre em você”. Então Moisés relatou ao SENHOR o que o povo lhe dissera. 10 E o SENHOR disse a Moisés: “Vá ao povo e consagre-o hoje e amanhã. Eles deverão lavar as suas vestes 11 e estar prontos no terceiro dia, porque nesse dia o SENHOR descerá sobre o monte Sinai, à vista de todo o povo. 12 Estabeleça limites em torno do monte e diga ao povo: Tenham o cuidado de não subir ao monte e de não tocar na sua base. Quem tocar no monte certamente será morto; 13 será apedrejado ou morto a flechadas. Ninguém deverá tocá-lo com a mão. Seja homem, seja animal, não viverá. Somente quando a corneta soar um toque longo eles poderão subir ao monte”. 14 Tendo Moisés descido do monte, consagrou o povo; e eles lavaram as suas vestes. 15 Disse ele então ao povo: “Preparem-se para o terceiro dia, e até lá não se acheguem a mulher”. 16 Ao amanhecer do terceiro dia houve trovões e raios, uma densa nuvem cobriu o monte, e uma trombeta ressoou fortemente. Todos no acampamento tremeram de medo. 17 Moisés levou o povo para fora do acampamento, para encontrar-se com Deus, e eles ficaram ao pé do monte. 18 O monte Sinai estava coberto de fumaça, pois o SENHOR tinha descido sobre ele em chamas de fogo. Dele subia fumaça como que de uma fornalha; todo o monte tremia violentamente, 19 e o som da trombeta era cada vez mais forte. Então Moisés falou, e a voz de Deus lhe respondeu. 20 O SENHOR desceu ao topo do monte Sinai e chamou Moisés para o alto do monte. Moisés subiu 21 e o SENHOR lhe disse: “Desça e alerte o povo que não ultrapasse os limites para ver o SENHOR, e muitos deles pereçam. 22 Mesmo os sacerdotes que se aproximarem do SENHOR devem consagrar-se; senão o SENHOR os fulminará”. 23 Moisés disse ao SENHOR: “O povo não pode subir ao monte Sinai, pois tu mesmo nos avisaste: ‘Estabeleça um limite em torno do monte e declare-o santo’.” 24 O SENHOR respondeu: “Desça e depois torne a subir, acompanhado de Arão. Quanto aos sacerdotes e ao povo, não devem ultrapassar o limite para subir ao SENHOR; senão, o SENHOR os fulminará”. 25 Então Moisés desceu e avisou o povo.
1 Se algum de vocês tem queixa contra outro irmão, como ousa apresentar a causa para ser julgada pelos ímpios, em vez de levá-la aos santos? 2 Vocês não sabem que os santos hão de julgar o mundo? Se vocês hão de julgar o mundo, acaso não são capazes de julgar as causas de menor importância? 3 Vocês não sabem que haveremos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas desta vida! 4 Portanto, se vocês têm questões relativas às coisas desta vida, designem para juízes os que são da igreja, mesmo que sejam os menos importantes. 5 Digo isso para envergonhá-los. Acaso não há entre vocês alguém suficientemente sábio para julgar uma causa entre irmãos? 6 Mas, em vez disso, um irmão vai ao tribunal contra outro irmão, e isso diante de descrentes! 7 O fato de haver litígios entre vocês já significa uma completa derrota. Por que não preferem sofrer a injustiça? Por que não preferem sofrer o prejuízo? 8 Em vez disso vocês mesmos causam injustiças e prejuízos, e isso contra irmãos! 9 Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativose, 10 nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus. 11 Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus. 12 “Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas eu não deixarei que nada me domine. 13 “Os alimentos foram feitos para o estômago e o estômago para os alimentos”, mas Deus destruirá ambos. O corpo, porém, não é para a imoralidade, mas para o Senhor, e o Senhor para o corpo. 14 Por seu poder, Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará. 15 Vocês não sabem que os seus corpos são membros de Cristo? Tomarei eu os membros de Cristo e os unirei a uma prostituta? De maneira nenhuma! 16 Vocês não sabem que aquele que se une a uma prostituta é um corpo com ela? Pois como está escrito: “Os dois serão uma só carne”. 17 Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. 18 Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete, fora do corpo os comete; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo. 19 Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de vocês mesmos? 20 Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo.
1 Depois disso vi outro anjo que descia dos céus. Tinha grande autoridade, e a terra foi iluminada por seu esplendor. 2 E ele bradou com voz poderosa:“Caiu! Caiu a grande Babilônia!Ela se tornou habitaçãode demôniose antro de todo espírito imundo,antro de toda ave impurae detestável, 3 pois todas as nações beberamdo vinho da fúriada sua prostituição.Os reis da terrase prostituíram com ela;à custa do seu luxo excessivoos negociantes da terrase enriqueceram”. 4 Então ouvi outra voz dos céus que dizia:“Saiam dela, vocês, povo meu,para que vocês não participem dos seus pecados,para que as pragasque vão cair sobre elanão os atinjam! 5 Pois os pecados da Babilôniaacumularam-se até o céu,e Deus se lembroudos seus crimes. 6 Retribuam-lhena mesma moeda;paguem-lhe em dobropelo que fez;misturem para ela uma porção duplano seu próprio cálice. 7 Façam-lhe sofrer tanto tormento e tanta afliçãocomo a glória e o luxo a que ela se entregou.Em seu coração ela se vangloriava:‘Estou sentada como rainha;não sou viúva e jamais terei tristeza’. 8 Por isso num só diaas suas pragas a alcançarão:morte, tristeza e fome;e o fogo a consumirá,pois poderoso é o Senhor Deus que a julga. 9 “Quando os reis da terra, que se prostituíram com ela e participaram do seu luxo, virem a fumaça do seu incêndio, chorarão e se lamentarão por ela. 10 Amedrontados por causa do tormento dela, ficarão de longe e gritarão:“ ‘Ai! A grande cidade!Babilônia, cidade poderosa!Em apenas uma horachegou a sua condenação!’ 11 “Os negociantes da terra chorarão e se lamentarão por causa dela, porque ninguém mais compra a sua mercadoria: 12 artigos como ouro, prata, pedras preciosas e pérolas; linho fino, púrpura, seda e tecido vermelho; todo tipo de madeira de cedro e peças de marfim, madeira preciosa, bronze, ferro e mármore; 13 canela e outras especiarias, incenso, mirra e perfumes; vinho e azeite de oliva, farinha fina e trigo; bois e ovelhas, cavalos e carruagens, e corpos e almas de seres humanos. 14 “Eles dirão: ‘Foram-se as frutas que tanto lhe apeteciam! Todas as suas riquezas e todo o seu esplendor se desvaneceram; nunca mais serão recuperados’. 15 Os negociantes dessas coisas, que enriqueceram à custa dela, ficarão de longe, amedrontados com o tormento dela, e chorarão e se lamentarão, 16 gritando:“ ‘Ai! A grande cidade,vestida de linho fino,de roupas de púrpurae vestes vermelhas,adornada de ouro,pedras preciosas e pérolas! 17 Em apenas uma hora,tamanha riquezafoi arruinada!’“Todos os pilotos, todos os passageiros e marinheiros dos navios e todos os que ganham a vida no mar ficarão de longe. 18 Ao verem a fumaça do incêndio dela, exclamarão: ‘Que outra cidade jamais se igualou a esta grande cidade?’ 19 Lançarão pó sobre a cabeça e, lamentando-se e chorando, gritarão:“ ‘Ai! A grande cidade!Graças à sua riqueza, nela prosperaramtodos os que tinham navios no mar!Em apenas uma horaela ficou em ruínas! 20 “ ‘Celebrem o que se deu com ela, ó céus!Celebrem, ó santos, apóstolose profetas!Deus a julgou, retribuindo-lheo que ela fez a vocês’.” 21 Então um anjo poderoso levantou uma pedra do tamanho de uma grande pedra de moinho, lançou-a ao mar e disse:“Com igual violênciaserá lançada por terraa grande cidade de Babilônia,para nunca mais ser encontrada. 22 Nunca mais se ouvirá em seu meioo som dos harpistas, dos músicos,dos flautistas e dos tocadores de trombeta.Nunca mais se achará dentro de seus murosartífice algum, de qualquer profissão.Nunca mais se ouvirá em seu meioo ruído das pedras de moinho. 23 Nunca mais brilhará dentro de seus murosa luz da candeia.Nunca mais se ouvirá alia voz do noivo e da noiva.Seus mercadores eramos grandes do mundo.Todas as nações foram seduzidaspor suas feitiçarias. 24 Nela foi encontrado sanguede profetas e de santos,e de todos os que foram assassinadosna terra”.
1 Aleluia!Deem graças ao SENHOR porque ele é bom;o seu amor dura para sempre. 2 Quem poderá descrever os feitos poderosos do SENHOR,ou declarar todo o louvor que lhe é devido? 3 Como são felizes os que perseveram na retidão,que sempre praticam a justiça! 4 Lembra-te de mim, SENHOR,quando tratares com bondade o teu povo;vem em meu auxílio quando o salvares, 5 para que eu possa testemunharo bem-estar dos teus escolhidos,alegrar-me com a alegria do teu povoe louvar-te com a tua herança. 6 Pecamos como os nossos antepassados;fizemos o mal e fomos rebeldes. 7 No Egito, os nossos antepassadosnão deram atenção às tuas maravilhas;não se lembraram das muitas manifestações do teu amor leale rebelaram-se junto ao mar, o mar Vermelho. 8 Contudo, ele os salvou por causa do seu nome,para manifestar o seu poder. 9 Repreendeu o mar Vermelho, e este secou;ele os conduziu pelas profundezas como por um deserto. 10 Salvou-os das mãos daqueles que os odiavam;das mãos dos inimigos os resgatou. 11 As águas cobriram os seus adversários;nenhum deles sobreviveu. 12 Então creram nas suas promessase a ele cantaram louvores. 13 Mas logo se esqueceram do que ele tinha feitoe não esperaram para saber o seu plano. 14 Dominados pela gula no deserto,puseram Deus à prova nas regiões áridas. 15 Deu-lhes o que pediram,mas mandou sobre eles uma doença terrível. 16 No acampamento tiveram inveja de Moisés e de Arão,daquele que fora consagrado ao SENHOR. 17 A terra abriu-se, engoliu Datãe sepultou o grupo de Abirão; 18 fogo surgiu entre os seus seguidores;as chamas consumiram os ímpios. 19 Em Horebe fizeram um bezerro,adoraram um ídolo de metal. 20 Trocaram a Glória delespela imagem de um boi que come capim. 21 Esqueceram-se de Deus, seu Salvador,que fizera coisas grandiosas no Egito, 22 maravilhas na terra de Came feitos temíveis junto ao mar Vermelho. 23 Por isso, ele ameaçou destruí-los;mas Moisés, seu escolhido,intercedeu diante dele,para evitar que a sua ira os destruísse. 24 Também rejeitaram a terra desejável;não creram na promessa dele. 25 Queixaram-se em suas tendase não obedeceram ao SENHOR. 26 Assim, de mão levantada,ele jurou que os abateria no deserto 27 e dispersaria os seus descendentesentre as nações e os espalharia por outras terras. 28 Sujeitaram-se ao jugo de Baal-Peore comeram sacrifícios oferecidos a ídolos mortos; 29 provocaram a ira do SENHOR com os seus atos,e uma praga irrompeu no meio deles. 30 Mas Fineias se interpôs para executar o juízo,e a praga foi interrompida. 31 Isso lhe foi creditado como um ato de justiçaque para sempre será lembrado, por todas as gerações. 32 Provocaram a ira de Deus junto às águas de Meribá;e, por causa deles, Moisés foi castigado; 33 rebelaram-se contra o Espírito de Deus,e Moisés falou sem refletir. 34 Eles não destruíram os povos,como o SENHOR tinha ordenado, 35 em vez disso, misturaram-se com as naçõese imitaram as suas práticas. 36 Prestaram culto aos seus ídolos,que se tornaram uma armadilha para eles. 37 Sacrificaram seus filhos e suas filhasaos demônios. 38 Derramaram sangue inocente,o sangue de seus filhos e filhassacrificados aos ídolos de Canaã;e a terra foi profanada pelo sangue deles. 39 Tornaram-se impuros pelos seus atos;prostituíram-se por suas ações. 40 Por isso acendeu-se a ira do SENHOR contra o seu povoe ele sentiu aversão por sua herança. 41 Entregou-os nas mãos das nações,e os seus adversários dominaram sobre eles. 42 Os seus inimigos os oprimirame os subjugaram com o seu poder. 43 Ele os libertou muitas vezes,embora eles persistissem em seus planos de rebeliãoe afundassem em sua maldade. 44 Mas Deus atentou para o sofrimento delesquando ouviu o seu clamor. 45 Lembrou-se da sua aliança com eles,e arrependeu-se, por causa do seu imenso amor leal. 46 Fez com que os seus captorestivessem misericórdia deles. 47 Salva-nos, SENHOR, nosso Deus!Ajunta-nos dentre as nações,para que demos graças ao teu santo nomee façamos do teu louvor a nossa glória. 48 Bendito seja o SENHOR, o Deus de Israel,por toda a eternidade.Que todo o povo diga: “Amém!”Aleluia!
1 A sabedoria está clamando,o discernimento ergue a sua voz; 2 nos lugares altos, junto ao caminho,nos cruzamentos ela se coloca; 3 ao lado das portas, à entrada da cidade,portas adentro, ela clama em alta voz: 4 “A vocês, homens, eu clamo;a todos levanto a minha voz. 5 Vocês, inexperientes, adquiram a prudência;e vocês, tolos, tenham bom senso. 6 Ouçam, pois tenho coisas importantes para dizer;os meus lábios falarão do que é certo. 7 Minha boca fala a verdade,pois a maldade causa repulsa aos meus lábios. 8 Todas as minhas palavras são justas;nenhuma delas é distorcida ou perversa. 9 Para os que têm discernimento, são todas claras,e retas para os que têm conhecimento. 10 Prefiram a minha instrução à prata,e o conhecimento ao ouro puro, 11 pois a sabedoria é mais preciosa do que rubis;nada do que vocês possam desejar compara-se a ela. 12 “Eu, a sabedoria, moro com a prudência,e tenho o conhecimento que vem do bom senso. 13 Temer o SENHOR é odiar o mal;odeio o orgulho e a arrogância,o mau comportamento e o falar perverso. 14 Meu é o conselho sensato;a mim pertencem o entendimento e o poder. 15 Por meu intermédio os reis governam,e as autoridades exercem a justiça; 16 também por meu intermédiogovernam os nobres, todos os juízes da terra. 17 Amo os que me amam,e quem me procura me encontra. 18 Comigo estão riquezas e honra,prosperidade e justiça duradouras. 19 Meu fruto é melhor do que o ouro, do que o ouro puro;o que ofereço é superior à prata escolhida. 20 Ando pelo caminho da retidão,pelas veredas da justiça, 21 concedendo riqueza aos que me amame enchendo os seus tesouros. 22 “O SENHOR me criou, como o princípio de seu caminhoantes das suas obras mais antigas; 23 fui formada desde a eternidade,desde o princípio, antes de existir a terra. 24 Nasci quando ainda não havia abismos,quando não existiam fontes de águas; 25 antes de serem estabelecidos os montese de existirem colinas eu nasci. 26 Ele ainda não havia feito a terra, nem os campos,nem o pó com o qual formou o mundo. 27 Quando ele estabeleceu os céus, lá estava eu;quando traçou o horizonte sobre a superfície do abismo, 28 quando colocou as nuvens em cimae estabeleceu as fontes do abismo, 29 quando determinou as fronteiras do marpara que as águas não violassem a sua ordem,quando marcou os limites dos alicerces da terra, 30 eu estava ao seu lado e era o seu arquiteto;dia a dia eu era o seu prazere me alegrava continuamente com a sua presença. 31 Eu me alegrava com o mundo que ele criou,e a humanidade me dava alegria. 32 “Ouçam-me agora, meus filhos:Como são felizes os que guardam os meus caminhos! 33 Ouçam a minha instrução e serão sábios.Não a desprezem. 34 Como é feliz o homem que me ouve,vigiando diariamente à minha porta,esperando junto às portas da minha casa. 35 Pois todo aquele que me encontra, encontra a vidae recebe o favor do SENHOR. 36 Mas aquele que de mim se afasta, a si mesmo se agride;todos os que me odeiam amam a morte”.
1 Mas os israelitas foram infiéis com relação às coisas consagradas. Acã, filho de Carmi, filho de Zinri, filho de Zerá, da tribo de Judá, apossou-se de algumas delas. E a ira do SENHOR acendeu-se contra Israel. 2 Sucedeu que Josué enviou homens de Jericó a Ai, que fica perto de Bete-Áven, a leste de Betel, e ordenou-lhes: “Subam e espionem a região”. Os homens subiram e espionaram Ai. 3 Quando voltaram a Josué, disseram: “Não é preciso que todos avancem contra Ai. Envie uns dois ou três mil homens para atacá-la. Não canse todo o exército, pois eles são poucos”. 4 Por isso cerca de três mil homens atacaram a cidade; mas os homens de Ai os puseram em fuga, 5 chegando a matar trinta e seis deles. Eles perseguiram os israelitas desde a porta da cidade até Sebarim e os feriram na descida. Diante disso o povo desanimou-se completamente. 6 Então Josué, com as autoridades de Israel, rasgou as vestes, prostrou-se com o rosto em terra, diante da arca do SENHOR, cobrindo de terra a cabeça, e ali permaneceu até a tarde. 7 Disse então Josué: “Ah, Soberano SENHOR, por que fizeste este povo atravessar o Jordão? Foi para nos entregar nas mãos dos amorreus e nos destruir? Antes nos contentássemos em continuar no outro lado do Jordão! 8 Que poderei dizer, Senhor, agora que Israel foi derrotado por seus inimigos? 9 Os cananeus e os demais habitantes desta terra saberão disso, nos cercarão e eliminarão o nosso nome da terra. Que farás, então, pelo teu grande nome?” 10 O SENHOR disse a Josué: “Levante-se! Por que você está aí prostrado? 11 Israel pecou. Violou a aliança que eu lhe ordenei. Apossou-se de coisas consagradas, roubou-as, escondeu-as e as colocou junto de seus bens. 12 Por isso os israelitas não conseguem resistir aos inimigos; fogem deles porque se tornaram merecedores da sua destruição. Não estarei mais com vocês, se não destruírem do meio de vocês o que foi consagrado à destruição. 13 “Vá, santifique o povo! Diga-lhes: Santifiquem-se para amanhã, pois assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Há coisas consagradas à destruição no meio de vocês, ó Israel. Vocês não conseguirão resistir aos seus inimigos enquanto não as retirarem. 14 “Apresentem-se de manhã, uma tribo de cada vez. A tribo que o SENHOR escolher virá à frente, um clã de cada vez; o clã que o SENHOR escolher virá à frente, uma família de cada vez; e a família que o SENHOR escolher virá à frente, um homem de cada vez. 15 Aquele que for pego com as coisas consagradas será queimado no fogo com tudo o que lhe pertence. Violou a aliança do SENHOR e cometeu loucura em Israel!” 16 Na manhã seguinte Josué mandou os israelitas virem à frente segundo as suas tribos, e a de Judá foi a escolhida. 17 Os clãs de Judá vieram à frente, e ele escolheu os zeraítas. Fez o clã dos zeraítas vir à frente, família por família, e o escolhido foi Zinri. 18 Josué fez a família de Zinri vir à frente, homem por homem, e Acã, filho de Carmi, filho de Zinri, filho de Zerá, da tribo de Judá, foi o escolhido. 19 Então Josué disse a Acã: “Meu filho, para a glória do SENHOR, o Deus de Israel, diga a verdade. Conte-me o que você fez; não me esconda nada”. 20 Acã respondeu: “É verdade que pequei contra o SENHOR, o Deus de Israel. O que fiz foi o seguinte: 21 quando vi entre os despojos uma bela capa feita na Babilônia, dois quilos e quatrocentos gramas de prata e uma barra de ouro de seiscentos gramas, eu os cobicei e me apossei deles. Estão escondidos no chão da minha tenda, com a prata por baixo”. 22 Josué enviou alguns homens que correram à tenda de Acã; lá estavam escondidas as coisas, com a prata por baixo. 23 Retiraram-nas da tenda e as levaram a Josué e a todos os israelitas, e as puseram perante o SENHOR. 24 Então Josué, com todo o Israel, levou Acã, bisneto de Zerá, e a prata, a capa, a barra de ouro, seus filhos e filhas, seus bois, seus jumentos, suas ovelhas, sua tenda e tudo o que lhe pertencia, ao vale de Acor. 25 Disse Josué: “Por que você nos causou esta desgraça? Hoje o SENHOR causará a sua desgraça”. E todo o Israel o apedrejou e depois apedrejou também os seus, e queimou tudo e todos eles no fogo. 26 Sobre Acã ergueram um grande monte de pedras, que existe até hoje. Então o SENHOR se afastou do fogo da sua ira. Por isso foi dado àquele lugar o nome de vale de Acor, nome que permanece até hoje.
1 No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor assentado num trono alto e exaltado, e a aba de sua veste enchia o templo. 2 Acima dele estavam serafins; cada um deles tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam. 3 E proclamavam uns aos outros:“Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos,a terra inteira está cheia da sua glória”. 4 Ao som das suas vozes os batentes das portas tremeram, e o templo ficou cheio de fumaça. 5 Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! 6 Logo um dos serafins voou até mim trazendo uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz. 7 Com ela tocou a minha boca e disse: “Veja, isto tocou os seus lábios; por isso, a sua culpa será removida, e o seu pecado será perdoado”. 8 Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: “Quem enviarei? Quem irá por nós?”E eu respondi: Eis-me aqui. Envia-me! 9 Ele disse: “Vá e diga a este povo:“Estejam sempre ouvindo, mas nunca entendam;estejam sempre vendo, e jamais percebam. 10 Torne insensível o coração deste povo;torne surdos os seus ouvidose feche os seus olhos.Que eles não vejam com os olhos,não ouçam com os ouvidose não entendam com o coração,para que não se convertam e sejam curados”. 11 Então eu perguntei:Até quando, Senhor?E ele respondeu:“Até que as cidades estejam em ruínase sem habitantes,até que as casas fiquem abandonadase os campos estejam totalmente devastados, 12 até que o SENHOR tenha enviado todos para longee a terra esteja totalmente desolada. 13 E ainda que um décimo fique no país,esses também serão destruídos.Mas, assim como o terebinto e o carvalhodeixam o tronco quando são derrubados,assim a santa semente será o seu tronco”.
1 Enquanto Pedro e João falavam ao povo, chegaram os sacerdotes, o capitão da guarda do templo e os saduceus. 2 Eles estavam muito perturbados porque os apóstolos estavam ensinando o povo e proclamando em Jesus a ressurreição dos mortos. 3 Agarraram Pedro e João e, como já estava anoitecendo, os colocaram na prisão até o dia seguinte. 4 Mas muitos dos que tinham ouvido a mensagem creram, chegando o número dos homens que creram a perto de cinco mil. 5 No dia seguinte, as autoridades, os líderes religiosos e os mestres da lei reuniram-se em Jerusalém. 6 Estavam ali Anás, o sumo sacerdote, bem como Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da família do sumo sacerdote. 7 Mandaram trazer Pedro e João diante deles e começaram a interrogá-los: “Com que poder ou em nome de quem vocês fizeram isso?” 8 Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: “Autoridades e líderes do povo! 9 Visto que hoje somos chamados para prestar contas de um ato de bondade em favor de um aleijado, sendo interrogados acerca de como ele foi curado, 10 saibam os senhores e todo o povo de Israel que por meio do nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem os senhores crucificaram, mas a quem Deus ressuscitou dos mortos, este homem está aí curado diante dos senhores. 11 Este Jesus é“ ‘a pedra que vocês, construtores, rejeitaram,e que se tornou a pedra angular’. 12 Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos”. 13 Vendo a coragem de Pedro e de João e percebendo que eram homens comuns e sem instrução, ficaram admirados e reconheceram que eles haviam estado com Jesus. 14 E, como podiam ver ali com eles o homem que fora curado, nada podiam dizer contra eles. 15 Assim, ordenaram que se retirassem do Sinédrio e começaram a discutir, 16 perguntando: “Que faremos com esses homens? Todos os que moram em Jerusalém sabem que eles realizaram um milagre notório que não podemos negar. 17 Todavia, para impedir que isso se espalhe ainda mais no meio do povo, precisamos adverti-los de que não falem com mais ninguém sobre esse nome”. 18 Então, chamando-os novamente, ordenaram-lhes que não falassem nem ensinassem em nome de Jesus. 19 Mas Pedro e João responderam: “Julguem os senhores mesmos se é justo aos olhos de Deus obedecer aos senhores e não a Deus. 20 Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos”. 21 Depois de mais ameaças, eles os deixaram ir. Não tinham como castigá-los, porque todo o povo estava louvando a Deus pelo que acontecera, 22 pois o homem que fora curado milagrosamente tinha mais de quarenta anos de idade. 23 Quando foram soltos, Pedro e João voltaram para os seus companheiros e contaram tudo o que os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos lhes tinham dito. 24 Ouvindo isso, levantaram juntos a voz a Deus, dizendo: “Ó Soberano, tu fizeste os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há! 25 Tu falaste pelo Espírito Santo por boca do teu servo, nosso pai Davi:“ ‘Por que se enfurecem as nações,e os povos conspiram em vão? 26 Os reis da terra se levantam,e os governantes se reúnemcontra o Senhore contra o seu Ungido’. 27 De fato, Herodes e Pôncio Pilatos reuniram-se com os gentios e com o povo de Israel nesta cidade, para conspirar contra o teu santo servo Jesus, a quem ungiste. 28 Fizeram o que o teu poder e a tua vontade haviam decidido de antemão que acontecesse. 29 Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente. 30 Estende a tua mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do teu santo servo Jesus”. 31 Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus. 32 Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham. 33 Com grande poder os apóstolos continuavam a testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus, e grandiosa graça estava sobre todos eles. 34 Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois os que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro da venda 35 e o colocavam aos pés dos apóstolos, que o distribuíam segundo a necessidade de cada um. 36 José, um levita de Chipre a quem os apóstolos deram o nome de Barnabé, que significa “encorajador”, 37 vendeu um campo que possuía, trouxe o dinheiro e o colocou aos pés dos apóstolos.