1 No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus e era Deus. 2 Ele estava com Deus no princípio. 3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. 4 Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. 5 A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram. 6 Surgiu um homem enviado por Deus, chamado João. 7 Ele veio como testemunha, para testificar acerca da luz, a fim de que por meio dele todos os homens cressem. 8 Ele próprio não era a luz, mas veio como testemunha da luz. 9 Estava chegando ao mundo a verdadeira luz, que ilumina todos os homens. 10 Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. 11 Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. 12 Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, 13 os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. 14 Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. 15 João dá testemunho dele. Ele exclama: “Este é aquele de quem eu falei: aquele que vem depois de mim é superior a mim, porque já existia antes de mim”. 16 Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre graça. 17 Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo. 18 Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido. 19 Este foi o testemunho de João, quando os judeus de Jerusalém enviaram sacerdotes e levitas para lhe perguntarem quem ele era. 20 Ele confessou e não negou; declarou abertamente: “Não sou o Cristo”. 21 Perguntaram-lhe: “E então, quem é você? É Elias?”Ele disse: “Não sou”.“É o Profeta?”Ele respondeu: “Não”. 22 Finalmente perguntaram: “Quem é você? Dê-nos uma resposta, para que a levemos àqueles que nos enviaram. Que diz você acerca de si próprio?” 23 João respondeu com as palavras do profeta Isaías: “Eu sou a voz do que clama no deserto:. ‘Façam um caminho reto para o Senhor’” 24 Alguns fariseus que tinham sido enviados 25 interrogaram-no: “Então, por que você batiza, se não é o Cristo, nem Elias, nem o Profeta?” 26 Respondeu João: “Eu batizo com água, mas entre vocês está alguém que vocês não conhecem. 27 Ele é aquele que vem depois de mim, e não sou digno de desamarrar as correias de suas sandálias”. 28 Tudo isso aconteceu em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando. 29 No dia seguinte, João viu Jesus aproximando-se e disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! 30 Este é aquele a quem eu me referi, quando disse: Vem depois de mim um homem que é superior a mim, porque já existia antes de mim. 31 Eu mesmo não o conhecia, mas por isso é que vim batizando com água: para que ele viesse a ser revelado a Israel”. 32 Então João deu o seguinte testemunho: “Eu vi o Espírito descer dos céus como pomba e permanecer sobre ele. 33 Eu não o teria reconhecido se aquele que me enviou para batizar com água não me tivesse dito: ‘Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batiza com o Espírito Santo’. 34 Eu vi e testifico que este é o Filho de Deus”. 35 No dia seguinte, João estava ali novamente com dois dos seus discípulos. 36 Quando viu Jesus passando, disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus!” 37 Ouvindo-o dizer isso, os dois discípulos seguiram Jesus. 38 Voltando-se e vendo Jesus que os dois o seguiam, perguntou-lhes: “O que vocês querem?”Eles disseram: “Rabi” (que significa “Mestre”), “onde estás hospedado?” 39 Respondeu ele: “Venham e verão”.Então foram, por volta das quatro horas da tarde, viram onde ele estava hospedado e passaram com ele aquele dia. 40 André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o que João dissera e que haviam seguido Jesus. 41 O primeiro que ele encontrou foi Simão, seu irmão, e lhe disse: “Achamos o Messias” (isto é, o Cristo). 42 E o levou a Jesus.Jesus olhou para ele e disse: “Você é Simão, filho de João. Será chamado Cefas” (que traduzido é “Pedro”). 43 No dia seguinte, Jesus decidiu partir para a Galileia. Quando encontrou Filipe, disse-lhe: “Siga-me”. 44 Filipe, como André e Pedro, era da cidade de Betsaida. 45 Filipe encontrou Natanael e lhe disse: “Achamos aquele sobre quem Moisés escreveu na Lei e a respeito de quem os profetas também escreveram: Jesus de Nazaré, filho de José”. 46 Perguntou Natanael: “Nazaré? Pode vir alguma coisa boa de lá?”Disse Filipe: “Venha e veja”. 47 Ao ver Natanael se aproximando, disse Jesus: “Aí está um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade”. 48 Perguntou Natanael: “De onde me conheces?”Jesus respondeu: “Eu o vi quando você ainda estava debaixo da figueira, antes de Filipe o chamar”. 49 Então Natanael declarou: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” 50 Jesus disse: “Você crê porque eu disse que o vi debaixo da figueira. Você verá coisas maiores do que essa!” 51 E então acrescentou: “Digo a verdade: Vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem”.
1 As tribos de Rúben e de Gade, donas de numerosos rebanhos, viram que as terras de Jazar e de Gileade eram próprias para a criação de gado. 2 Por isso foram a Moisés, ao sacerdote Eleazar e aos líderes da comunidade e disseram: 3 “Atarote, Dibom, Jazar, Ninra, Hesbom, Eleale, Sebã, Nebo e Beom, 4 terras que o SENHOR subjugou perante a comunidade de Israel, são próprias para a criação de gado, e os seus servos possuem gado”. 5 E acrescentaram: “Se podemos contar com o favor de vocês, deixem que essa terra seja dada a estes seus servos como herança. Não nos façam atravessar o Jordão”. 6 Moisés respondeu aos homens de Gade e de Rúben: “E os seus compatriotas irão à guerra enquanto vocês ficam aqui? 7 Por que vocês desencorajam os israelitas de entrar na terra que o SENHOR lhes deu? 8 Foi isso que os pais de vocês fizeram quando os enviei de Cades-Barneia para verem a terra. 9 Depois de subirem ao vale de Escol e examinarem a terra, desencorajaram os israelitas de entrar na terra que o SENHOR lhes tinha dado. 10 A ira do SENHOR se acendeu naquele dia, e ele fez este juramento: 11 ‘Como não me seguiram de coração íntegro, nenhum dos homens de vinte anos para cima que saíram do Egito verá a terra que prometi sob juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó, 12 com exceção de Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, e Josué, filho de Num, que seguiram o SENHOR com integridade de coração’. 13 A ira do SENHOR acendeu-se contra Israel, e ele os fez andar errantes no deserto durante quarenta anos, até que passou toda a geração daqueles que lhe tinham desagradado com seu mau procedimento. 14 “E aí estão vocês, raça de pecadores, pondo-se no lugar dos seus antepassados e acendendo ainda mais a ira do SENHOR contra Israel. 15 Se deixarem de segui-lo, de novo ele os abandonará no deserto, e vocês serão o motivo da destruição de todo este povo”. 16 Então se aproximaram de Moisés e disseram: “Gostaríamos de construir aqui currais para o nosso gado e cidades para as nossas mulheres e para os nossos filhos. 17 Mas nós nos armaremos e estaremos prontos para ir à frente dos israelitas até que os tenhamos levado ao seu lugar. Enquanto isso, nossas mulheres e nossos filhos morarão em cidades fortificadas para se protegerem dos habitantes da terra. 18 Não retornaremos aos nossos lares enquanto todos os israelitas não receberem a sua herança. 19 Não receberemos herança alguma com eles do outro lado do Jordão, uma vez que a nossa herança nos seja dada no lado leste do Jordão”. 20 Disse-lhes Moisés: “Se fizerem isso, se perante o SENHOR vocês se armarem para a guerra, 21 e se, armados, todos vocês atravessarem o Jordão perante o SENHOR até que ele tenha expulsado os seus inimigos da frente dele, 22 então, quando a terra estiver subjugada perante o SENHOR, vocês poderão voltar e estarão livres da sua obrigação para com o SENHOR e para com Israel. E esta terra será propriedade de vocês perante o SENHOR. 23 “Mas, se vocês não fizerem isso, estarão pecando contra o SENHOR; e estejam certos de que vocês não escaparão do pecado cometido. 24 Construam cidades para as suas mulheres e crianças e currais para os seus rebanhos, mas façam o que vocês prometeram”. 25 Então os homens de Gade e de Rúben disseram a Moisés: “Nós, seus servos, faremos como o meu senhor ordena. 26 Nossos filhos e nossas mulheres, e todos os nossos rebanhos ficarão aqui nas cidades de Gileade. 27 Mas os seus servos, todos os homens armados para a batalha, atravessarão para lutar perante o SENHOR, como o meu senhor está dizendo”. 28 Moisés deu as seguintes instruções acerca deles ao sacerdote Eleazar, a Josué, filho de Num, e aos chefes de família das tribos israelitas: 29 “Se os homens de Gade e de Rúben, todos eles armados para a batalha, atravessarem o Jordão com vocês perante o SENHOR, então, quando a terra for subjugada perante vocês, entreguem-lhes como propriedade a terra de Gileade. 30 Mas, se não atravessarem armados com vocês, terão que aceitar a propriedade deles com vocês em Canaã”. 31 Os homens de Gade e de Rúben responderam: “Os seus servos farão o que o SENHOR disse. 32 Atravessaremos o Jordão perante o SENHOR e entraremos armados em Canaã, mas a propriedade que receberemos como herança estará deste lado do Jordão”. 33 Então Moisés deu às tribos de Gade e de Rúben e à metade da tribo de Manassés, filho de José, o reino de Seom, rei dos amorreus, e o reino de Ogue, rei de Basã, toda a terra com as suas cidades e o território ao redor delas. 34 A tribo de Gade construiu Dibom, Atarote, Aroer, 35 Atarote-Sofã, Jazar, Jogbeá, 36 Bete-Ninra e Bete-Harã como cidades fortificadas e fez currais para os seus rebanhos. 37 E a tribo de Rúben reconstruiu Hesbom, Eleale e Quiriataim, 38 bem como Nebo e Baal-Meom (esses nomes foram mudados) e Sibma. E deu outros nomes a essas cidades. 39 Os descendentes de Maquir, filho de Manassés, foram a Gileade, tomaram posse dela e expulsaram os amorreus que lá estavam. 40 Então Moisés deu Gileade aos maquiritas, descendentes de Manassés, e eles passaram a habitar ali. 41 Jair, descendente de Manassés, conquistou os povoados deles e os chamou Havote-Jair. 42 E Noba conquistou Quenate e os seus povoados e a chamou Noba, dando-lhe seu próprio nome.
1 Com respeito aos alimentos sacrificados aos ídolos, sabemos que todos temos conhecimento. O conhecimento traz orgulho, mas o amor edifica. 2 Quem pensa conhecer alguma coisa, ainda não conhece como deveria. 3 Mas quem ama a Deus, este é conhecido por Deus. 4 Portanto, em relação ao alimento sacrificado aos ídolos, sabemos que o ídolo não significa nada no mundo e que só existe um Deus. 5 Pois, mesmo que haja os chamados deuses, quer no céu, quer na terra (como de fato há muitos “deuses” e muitos “senhores”), 6 para nós, porém, há um único Deus, o Pai, de quem vêm todas as coisas e para quem vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, por meio de quem vieram todas as coisas e por meio de quem vivemos. 7 Contudo, nem todos têm esse conhecimento. Alguns, ainda habituados com os ídolos, comem esse alimento como se fosse um sacrifício idólatra; como a consciência deles é fraca, fica contaminada. 8 A comida, porém, não nos torna aceitáveis diante de Deus; não seremos piores se não comermos, nem melhores se comermos. 9 Contudo, tenham cuidado para que o exercício da liberdade de vocês não se torne uma pedra de tropeço para os fracos. 10 Pois, se alguém que tem a consciência fraca vir você que tem esse conhecimento comer num templo de ídolos, não será induzido a comer do que foi sacrificado a ídolos? 11 Assim, esse irmão fraco, por quem Cristo morreu, é destruído por causa do conhecimento que você tem. 12 Quando você peca contra seus irmãos dessa maneira, ferindo a consciência fraca deles, peca contra Cristo. 13 Portanto, se aquilo que eu como leva o meu irmão a pecar, nunca mais comerei carne, para não fazer meu irmão tropeçar.
1 Esta afirmação é digna de confiança: Se alguém deseja ser bispo, deseja uma nobre função. 2 É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, moderado, sensato, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; 3 não deve ser apegado ao vinho nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro. 4 Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. 5 Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus? 6 Não pode ser recém-convertido, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o Diabo. 7 Também deve ter boa reputação perante os de fora, para que não caia em descrédito nem na cilada do Diabo. 8 Os diáconos igualmente devem ser dignos, homens de palavra, não amigos de muito vinho nem de lucros desonestos. 9 Devem apegar-se ao mistério da fé com a consciência limpa. 10 Devem ser primeiramente experimentados; depois, se não houver nada contra eles, que atuem como diáconos. 11 As mulheres igualmente sejam dignas, não caluniadoras, mas sóbrias e confiáveis em tudo. 12 O diácono deve ser marido de uma só mulher e governar bem seus filhos e sua própria casa. 13 Os que servirem bem alcançarão uma excelente posição e grande determinação na fé em Cristo Jesus. 14 Escrevo estas coisas, embora espere ir vê-lo em breve; 15 mas, se eu demorar, saiba como as pessoas devem comportar-se na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade. 16 Não há dúvida de que é grande o mistério da piedade:Deus, foi manifestado em corpojustificado no Espírito,visto pelos anjos,pregado entre as nações,crido no mundo,recebido na glória.
1 Há no meu íntimo um oráculoa respeito da maldade do ímpio:Aos seus olhos é inútil temer a Deus. 2 Ele se acha tão importante,que não percebe nem rejeita o seu pecado. 3 As palavras da sua boca são maldosas e traiçoeiras;abandonou o bom senso e não quer fazer o bem. 4 Até na sua cama planeja maldade;nada há de bom no caminho a que se entregou,e ele nunca rejeita o mal. 5 O teu amor, SENHOR, chega até os céus;a tua fidelidade até as nuvens. 6 A tua justiça é firme como as altas montanhas;as tuas decisões, insondáveis como o grande mar.Tu, SENHOR, preservas tanto os homens quanto os animais. 7 Como é precioso o teu amor, ó Deus!Os homens encontram refúgio à sombra das tuas asas. 8 Eles se banqueteiam na fartura da tua casa;tu lhes dás de beber do teu rio de delícias. 9 Pois em ti está a fonte da vida;graças à tua luz, vemos a luz. 10 Estende o teu amor aos que te conhecem;a tua justiça, aos que são retos de coração. 11 Não permitas que o arrogante me pisoteienem que a mão do ímpio me faça recuar. 12 Lá estão os malfeitores caídos,lançados ao chão, incapazes de levantar-se!
1 Como neve no verão ou chuva na colheita,assim a honra é imprópria para o tolo. 2 Como o pardal que voa em fuga, e a andorinha que esvoaça veloz,assim a maldição sem motivo justo não pega. 3 O chicote é para o cavalo; o freio, para o jumento;e a vara, para as costas do tolo! 4 Não responda ao insensato com igual insensatez,do contrário você se igualará a ele. 5 Responda ao insensato como a sua insensatez merece,do contrário ele pensará que é mesmo um sábio. 6 Como cortar o próprio pé ou beber veneno,assim é enviar mensagem pelas mãos do tolo. 7 Como pendem inúteis as pernas do coxo,assim é o provérbio na boca do tolo. 8 Como amarrar uma pedra na atiradeira,assim é prestar honra ao insensato. 9 Como ramo de espinhos nas mãos do bêbado,assim é o provérbio na boca do insensato. 10 Como o arqueiro que atira ao acaso,assim é quem contrata o tolo ou o primeiro que passa. 11 Como o cão volta ao seu vômito,assim o insensato repete a sua insensatez. 12 Você conhece alguém que se julga sábio?Há mais esperança para o insensato do que para ele. 13 O preguiçoso diz: “Lá está um leão no caminho,um leão feroz rugindo nas ruas!” 14 Como a porta gira em suas dobradiças,assim o preguiçoso se revira em sua cama. 15 O preguiçoso coloca a mão no prato,mas acha difícil demais levá-la de volta à boca. 16 O preguiçoso considera-se mais sábiodo que sete homens que respondem com bom senso. 17 Como alguém que pega pelas orelhas um cão qualquer,assim é quem se mete em discussão alheia. 18 Como o louco que atirabrasas e flechas mortais, 19 assim é o homem que engana o seu próximoe diz: “Eu estava só brincando!” 20 Sem lenha a fogueira se apaga;sem o caluniador morre a contenda. 21 O que o carvão é para as brasas e a lenha para a fogueira,o amigo de brigas é para atiçar discórdias. 22 As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos;descem saborosos até o íntimo. 23 Como uma camada de esmalte sobre um vaso de barro,os lábios amistosos podem ocultar um coração mau. 24 Quem odeia disfarça as suas intenções com os lábios,mas no coração abriga a falsidade. 25 Embora a sua conversa seja mansa, não acredite nele,pois o seu coração está cheio de maldade. 26 Ele pode fingir e esconder o seu ódio,mas a sua maldade será exposta em público. 27 Quem faz uma cova, nela cairá;se alguém rola uma pedra, esta rolará de volta sobre ele. 28 A língua mentirosa odeia aqueles a quem fere,e a boca lisonjeira provoca a ruína.
1 O rei Davi já morava em seu palácio, e o SENHOR lhe dera descanso de todos os seus inimigos ao redor. 2 Certo dia ele disse ao profeta Natã: “Aqui estou eu, morando num palácio de cedro, enquanto a arca de Deus permanece numa simples tenda”. 3 Natã respondeu ao rei: “Faze o que tiveres em mente, pois o SENHOR está contigo”. 4 E naquela mesma noite o SENHOR falou a Natã: 5 “Vá dizer a meu servo Davi que assim diz o SENHOR: Você construirá uma casa para eu morar? 6 Não tenho morado em nenhuma casa desde o dia em que tirei os israelitas do Egito. Tenho ido de uma tenda para outra, de um tabernáculo para outro. 7 Por onde tenho acompanhado os israelitas, alguma vez perguntei a algum líder deles, a quem ordenei que pastoreasse Israel, o meu povo: Por que você não me construiu um templo de cedro? 8 “Agora, pois, diga ao meu servo Davi: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: ‘Eu o tirei das pastagens, onde você cuidava dos rebanhos, para ser o soberano de Israel, o meu povo. 9 Sempre estive com você por onde você andou e eliminei todos os seus inimigos. Agora eu o farei tão famoso quanto os homens mais importantes da terra. 10 E providenciarei um lugar para Israel, o meu povo, e os plantarei lá, para que tenham o seu próprio lar e não mais sejam incomodados. Povos ímpios não mais os oprimirão, como fizeram no início 11 e têm feito desde a época em que nomeei juízes sobre Israel, o meu povo. Também subjugarei todos os seus inimigos. Saiba também que eu, o SENHOR, estabelecerei para ele uma dinastia. 12 Quando a sua vida chegar ao fim e você descansar com os seus antepassados, escolherei um dos seus filhos para sucedê-lo, um fruto do seu próprio corpo, e eu estabelecerei o reino dele. 13 Será ele quem construirá um templo em honra ao meu nome, e eu firmarei o trono dele para sempre. 14 Eu serei seu pai, e ele será meu filho. Quando ele cometer algum erro, eu o punirei com o castigo dos homens, com açoites aplicados por homens. 15 Mas nunca retirarei dele o meu amor, como retirei de Saul, a quem tirei do seu caminho. 16 Quanto a você, sua dinastia e seu reino permanecerão para sempre diante de mim; o seu trono será estabelecido para sempre’.” 17 E Natã transmitiu a Davi tudo o que o SENHOR lhe tinha falado e revelado. 18 Então o rei Davi entrou no tabernáculo, assentou-se diante do SENHOR e orou:“Quem sou eu, ó Soberano SENHOR, e o que é a minha família, para que me trouxesses a este ponto? 19 E, como se isso não bastasse para ti, ó Soberano SENHOR, também falaste sobre o futuro da família deste teu servo. É assim que procedes com os homens, ó Soberano SENHOR? 20 “Que mais Davi poderá dizer-te? Tu conheces o teu servo, ó Soberano SENHOR. 21 Por amor de tua palavra e de acordo com tua vontade, realizaste este feito grandioso e o revelaste ao teu servo. 22 “Quão grande és tu, ó Soberano SENHOR! Não há ninguém como tu nem há outro Deus além de ti, conforme tudo o que sabemos. 23 E quem é como Israel, o teu povo, a única nação da terra que tu, ó Deus, resgataste para dela fazeres um povo para ti mesmo e assim tornaste o teu nome famoso, realizaste grandes e impressionantes maravilhas ao expulsar nações e seus deuses de diante desta mesma nação que libertaste do Egito? 24 Tu mesmo fizeste de Israel o teu povo particular para sempre, e tu, ó SENHOR, te tornaste o seu Deus. 25 “Agora, SENHOR Deus, confirma para sempre a promessa que fizeste a respeito de teu servo e de sua descendência. Faze conforme prometeste, 26 para que o teu nome seja engrandecido para sempre e os homens digam: ‘O SENHOR dos Exércitos é o Deus de Israel!’ E a descendência de teu servo Davi se manterá firme diante de ti. 27 “Ó SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel, tu mesmo o revelaste a teu servo, quando disseste: ‘Estabelecerei uma dinastia para você’. Por isso o teu servo achou coragem para orar a ti. 28 Ó Soberano SENHOR, tu és Deus! Tuas palavras são verdadeiras, e tu fizeste essa boa promessa a teu servo. 29 Agora, por tua bondade, abençoa a família de teu servo, para que ela continue para sempre na tua presença. Tu, ó Soberano SENHOR, o prometeste! E, abençoada por ti, bendita será para sempre a família de teu servo”.
1 Quando o sacerdote Pasur, filho de Imer, o mais alto oficial do templo do SENHOR, ouviu Jeremias profetizando essas coisas, 2 mandou espancar o profeta e prendê-lo no tronco que havia junto à porta Superior de Benjamim, no templo do SENHOR. 3 Na manhã seguinte, quando Pasur mandou soltá-lo do tronco, Jeremias lhe disse: “O SENHOR já não o chama Pasur, e sim Magor-Missabibe. 4 Pois assim diz o SENHOR: ‘Farei de você um terror para você mesmo e para todos os seus amigos: você verá com os próprios olhos quando eles forem mortos à espada dos seus inimigos. Entregarei todo o povo de Judá nas mãos do rei da Babilônia, que os levará para a Babilônia e os matará à espada. 5 Eu entregarei nas mãos dos seus inimigos toda a riqueza desta cidade: toda a sua produção, todos os seus bens de valor e todos os tesouros dos reis de Judá. Levarão tudo como despojo para a Babilônia. 6 E você, Pasur, e todos os que vivem em sua casa irão para o exílio, para a Babilônia. Lá vocês morrerão e serão sepultados, você e todos os seus amigos a quem você tem profetizado mentiras’.” 7 SENHOR, tu me enganaste, e eu fui enganado;foste mais forte do que eu e prevaleceste.Sou ridicularizado o dia inteiro;todos zombam de mim. 8 Sempre que falo é para gritar que háviolência e destruição.Por isso a palavra dotrouxe-me insulto e censura o tempo todo. 9 Mas, se eu digo: “Não o mencionareinem mais falarei em seu nome”,é como se um fogo ardesse em meu coração,um fogo dentro de mim.Estou exausto tentando contê-lo;já não posso mais! 10 Ouço muitos comentando:“Terror por todos os lados!Denunciem-no! Vamos denunciá-lo!”Todos os meus amigos estão esperandoque eu tropece, e dizem:“Talvez ele se deixe enganar;então nós o venceremose nos vingaremos dele”. 11 Mas o SENHOR está comigo, como um forte guerreiro!Portanto, aqueles que me perseguem tropeçarão e não prevalecerão.O seu fracasso lhes trará completa vergonha;a sua desonra jamais será esquecida. 12 Ó SENHOR dos Exércitos, tu que examinas o justoe vês o coração e a mente,deixa-me ver a tua vingança sobre eles,pois a ti expus a minha causa. 13 Cantem ao SENHOR!Louvem o SENHOR!Porque ele salva o pobredas mãos dos ímpios. 14 Maldito seja o dia em que eu nasci!Jamais seja abençoado o dia em que minha mãe me deu à luz! 15 Maldito seja o homem que levou a notícia a meu paie o deixou muito alegre quando disse:“Você é pai de um menino!” 16 Seja aquele homem como as cidadesque o SENHOR destruiu sem piedade.Que ele ouça gritos de socorro pela manhãe gritos de guerra ao meio-dia; 17 mas Deus não me matou no ventre maternonem fez da minha mãe o meu túmulo,e tampouco a deixou permanentemente grávida. 18 Por que saí do ventre materno?Só para ver dificuldades e tristezas,e terminar os meus dias na maior decepção?
1 Uma vez em terra, descobrimos que a ilha se chamava Malta. 2 Os habitantes da ilha mostraram extraordinária bondade para conosco. Fizeram uma fogueira e receberam bem a todos nós, pois estava chovendo e fazia frio. 3 Paulo ajuntou um monte de gravetos; quando os colocava no fogo, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se à sua mão. 4 Quando os habitantes da ilha viram a cobra agarrada na mão de Paulo, disseram uns aos outros: “Certamente este homem é assassino, pois, tendo escapado do mar, a Justiça não lhe permite viver”. 5 Mas Paulo, sacudindo a cobra no fogo, não sofreu mal nenhum. 6 Eles, porém, esperavam que ele começasse a inchar ou que caísse morto de repente, mas, tendo esperado muito tempo e vendo que nada de estranho lhe sucedia, mudaram de ideia e passaram a dizer que ele era um deus. 7 Próximo dali havia uma propriedade pertencente a Públio, o homem principal da ilha. Ele nos convidou a ficar em sua casa e, por três dias, bondosamente nos recebeu e nos hospedou. 8 Seu pai estava doente, acamado, sofrendo de febre e disenteria. Paulo entrou para vê-lo e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e o curou. 9 Tendo acontecido isso, os outros doentes da ilha vieram e foram curados. 10 Eles nos prestaram muitas honras e, quando estávamos para embarcar, forneceram-nos os suprimentos de que necessitávamos. 11 Passados três meses, embarcamos num navio que tinha passado o inverno na ilha; era um navio alexandrino, que tinha por emblema os deuses gêmeos Cástor e Pólux. 12 Aportando em Siracusa, ficamos ali três dias. 13 Dali partimos e chegamos a Régio. No dia seguinte, soprando o vento sul, prosseguimos, chegando a Potéoli no segundo dia. 14 Ali encontramos alguns irmãos que nos convidaram a passar uma semana com eles. E depois fomos para Roma. 15 Os irmãos dali tinham ouvido falar que estávamos chegando e vieram até a praça de Ápio e às Três Vendas para nos encontrar. Vendo-os, Paulo deu graças a Deus e sentiu-se encorajado. 16 Quando chegamos a Roma, Paulo recebeu permissão para morar por conta própria, sob a custódia de um soldado. 17 Três dias depois, ele convocou os líderes dos judeus. Quando estes se reuniram, Paulo lhes disse: “Meus irmãos, embora eu não tenha feito nada contra o nosso povo nem contra os costumes dos nossos antepassados, fui preso em Jerusalém e entregue aos romanos. 18 Eles me interrogaram e queriam me soltar, porque eu não era culpado de crime algum que merecesse pena de morte. 19 Todavia, tendo os judeus feito objeção, fui obrigado a apelar para César, não, porém, por ter alguma acusação contra o meu próprio povo. 20 Por essa razão pedi para vê-los e conversar com vocês. Por causa da esperança de Israel é que estou preso com estas algemas”. 21 Eles responderam: “Não recebemos nenhuma carta da Judeia a seu respeito, e nenhum dos irmãos que vieram de lá relatou ou disse qualquer coisa de mal contra você. 22 Todavia, queremos ouvir de sua parte o que você pensa, pois sabemos que por todo lugar há gente falando contra esta seita”. 23 Assim combinaram encontrar-se com Paulo em dia determinado, indo em grupo ainda mais numeroso ao lugar onde ele estava. Desde a manhã até a tarde ele lhes deu explicações e lhes testemunhou do Reino de Deus, procurando convencê-los a respeito de Jesus, com base na Lei de Moisés e nos Profetas. 24 Alguns foram convencidos pelo que ele dizia, mas outros não creram. 25 Discordaram entre si mesmos e começaram a ir embora, depois de Paulo ter feito esta declaração final: “Bem que o Espírito Santo falou aos seus antepassados, por meio do profeta Isaías: 26 “ ‘Vá a este povo e diga:Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão;ainda que estejam sempre vendo, jamais perceberão. 27 Pois o coração deste povo se tornou insensível;de má vontade ouviram com os ouvidose fecharam os olhos.Se assim não fosse, poderiam ver com os olhos,ouvir com os ouvidos,entender com o coraçãoe converter-se, e eu os curaria’. 28 “Portanto, quero que saibam que esta salvação de Deus é enviada aos gentios; eles a ouvirão!” 29 Depois que ele disse isto, os judeus se retiraram, discutindo intensamente entre si. 30 Por dois anos inteiros Paulo permaneceu na casa que havia alugado e recebia a todos os que iam vê-lo. 31 Pregava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, abertamente, sem impedimento algum.