1 No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava ali; 2 Jesus e seus discípulos também haviam sido convidados para o casamento. 3 Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. 4 Respondeu Jesus: “Que temos nós em comum, mulher? A minha hora ainda não chegou”. 5 Sua mãe disse aos serviçais: “Façam tudo o que ele mandar”. 6 Ali perto havia seis potes de pedra, do tipo usado pelos judeus para as purificações cerimoniais; em cada pote cabiam entre oitenta e cento e vinte litros. 7 Disse Jesus aos serviçais: “Encham os potes com água”. E os encheram até a borda. 8 Então lhes disse: “Agora, levem um pouco ao encarregado da festa”.Eles assim fizeram, 9 e o encarregado da festa provou a água que fora transformada em vinho, sem saber de onde este viera, embora o soubessem os serviçais que haviam tirado a água. Então chamou o noivo 10 e disse: “Todos servem primeiro o melhor vinho e, depois que os convidados já beberam bastante, o vinho inferior é servido; mas você guardou o melhor até agora”. 11 Este sinal milagroso, em Caná da Galileia, foi o primeiro que Jesus realizou. Revelou assim a sua glória, e os seus discípulos creram nele. 12 Depois disso ele desceu a Cafarnaum com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos. Ali ficaram durante alguns dias. 13 Quando já estava chegando a Páscoa judaica, Jesus subiu a Jerusalém. 14 No pátio do templo viu alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro. 15 Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas. 16 Aos que vendiam pombas disse: “Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!” 17 Seus discípulos lembraram-se que está escrito: “O zelo pela tua casa me consumirá”. 18 Então os judeus lhe perguntaram: “Que sinal milagroso o senhor pode mostrar-nos como prova da sua autoridade para fazer tudo isso?” 19 Jesus lhes respondeu: “Destruam este templo, e eu o levantarei em três dias”. 20 Os judeus responderam: “Este templo levou quarenta e seis anos para ser edificado, e o senhor vai levantá-lo em três dias?” 21 Mas o templo do qual ele falava era o seu corpo. 22 Depois que ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se do que ele tinha dito. Então creram na Escritura e na palavra que Jesus dissera. 23 Enquanto estava em Jerusalém, na festa da Páscoa, muitos viram os sinais milagrosos que ele estava realizando e creram em seu nome. 24 Mas Jesus não se confiava a eles, pois conhecia a todos. 25 Não precisava que ninguém lhe desse testemunho a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem.
1 Disse então o SENHOR a Moisés: “Enviarei ainda mais uma praga sobre o faraó e sobre o Egito. Somente depois desta ele os deixará sair daqui e até os expulsará totalmente. 2 Diga ao povo, tanto aos homens como às mulheres, que peça aos seus vizinhos objetos de prata e de ouro”. 3 O SENHOR tornou os egípcios favoráveis ao povo, e o próprio Moisés era tido em alta estima no Egito pelos conselheiros do faraó e pelo povo. 4 Disse, pois, Moisés ao faraó: “Assim diz o SENHOR: ‘Por volta da meia-noite, passarei por todo o Egito. 5 Todos os primogênitos do Egito morrerão, desde o filho mais velho do faraó, herdeiro do trono, até o filho mais velho da escrava que trabalha no moinho, e também todas as primeiras crias do gado. 6 Haverá grande pranto em todo o Egito, como nunca houve antes nem jamais haverá. 7 Entre os israelitas, porém, nem sequer um cão latirá contra homem ou animal’. Então vocês saberão que o SENHOR faz distinção entre o Egito e Israel! 8 Todos esses seus conselheiros virão a mim e se ajoelharão diante de mim, suplicando: ‘Saiam você e todo o povo que o segue!’ Só então eu sairei”. E, com grande ira, Moisés saiu da presença do faraó. 9 O SENHOR tinha dito a Moisés: “O faraó não dará ouvidos a vocês, a fim de que os meus prodígios se multipliquem no Egito”. 10 Moisés e Arão realizaram todos esses prodígios diante do faraó, mas o SENHOR lhe endureceu o coração, e ele não quis deixar os israelitas saírem do país.
1 Aceitem o que é fraco na fé sem discutir assuntos controvertidos. 2 Um crê que pode comer de tudo; já outro, cuja fé é fraca, come apenas alimentos vegetais. 3 Aquele que come de tudo não deve desprezar o que não come, e aquele que não come de tudo não deve condenar aquele que come, pois Deus o aceitou. 4 Quem é você para julgar o servo alheio? É para o seu senhor que ele está em pé ou cai. E ficará em pé, pois o Senhor é capaz de o sustentar. 5 Há quem considere um dia mais sagrado que outro; há quem considere iguais todos os dias. Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente. 6 Aquele que considera um dia especial para o Senhor assim o faz. Aquele que come carne para o Senhor come, pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém para o Senhor se abstém, e dá graças a Deus. 7 Pois nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si. 8 Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. 9 Por esta razão Cristo morreu e voltou a viver, para ser Senhor de vivos e de mortos. 10 Portanto, você, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus. 11 Porque está escrito:“ ‘Por mim mesmo jurei’, diz o Senhor,‘diante de mim todo joelho se dobraráe toda língua confessará que sou Deus’.” 12 Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus. 13 Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não pôr pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão. 14 Como alguém que está no Senhor Jesus, tenho plena convicção de que nenhum alimento é por si mesmo impuro, a não ser para quem assim o considere; para ele é impuro. 15 Se o seu irmão se entristece devido ao que você come, você já não está agindo por amor. Por causa da sua comida, não destrua seu irmão, por quem Cristo morreu. 16 Aquilo que é bom para vocês não se torne objeto de maledicência. 17 Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo; 18 aquele que assim serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens. 19 Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua. 20 Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem. 21 É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair. 22 Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova. 23 Mas aquele que tem dúvida é condenado se comer, porque não come com fé; e tudo o que não provém da fé é pecado.
1 Então vi outro anjo poderoso, que descia dos céus. Ele estava envolto numa nuvem, e havia um arco-íris acima de sua cabeça. Sua face era como o sol, e suas pernas eram como colunas de fogo. 2 Ele segurava um livrinho, que estava aberto em sua mão. Colocou o pé direito sobre o mar e o pé esquerdo sobre a terra, 3 e deu um alto brado, como o rugido de um leão. Quando ele bradou, os sete trovões falaram. 4 Logo que os sete trovões falaram, eu estava prestes a escrever, mas ouvi uma voz dos céus, que disse: “Sele o que disseram os sete trovões, mas não o escreva”. 5 Então o anjo que eu tinha visto em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu 6 e jurou por aquele que vive para todo o sempre, que criou os céus e tudo o que neles há, a terra e tudo o que nela há, e o mar e tudo o que nele há, dizendo: “Não haverá mais demora! 7 Mas, nos dias em que o sétimo anjo estiver para tocar sua trombeta, vai cumprir-se o mistério de Deus, como ele o anunciou aos seus servos, os profetas”. 8 Depois falou comigo mais uma vez a voz que eu tinha ouvido falar dos céus: “Vá, pegue o livro aberto que está na mão do anjo que se encontra em pé sobre o mar e sobre a terra”. 9 Assim me aproximei do anjo e lhe pedi que me desse o livrinho. Ele me disse: “Pegue-o e coma-o! Ele será amargo em seu estômago, mas em sua boca será doce como mel”. 10 Peguei o livrinho da mão do anjo e o comi. Ele me pareceu doce como mel em minha boca; mas, ao comê-lo, senti que o meu estômago ficou amargo. 11 Então me foi dito: “É preciso que você profetize de novo acerca de muitos povos, nações, línguas e reis”.
1 Ah, quem dera você fosse meu irmão,amamentado nos seios de minha mãe!Então, se eu o encontrasse fora de casa,eu o beijaria,e ninguém me desprezaria. 2 Eu o conduziriae o traria à casa de minha mãe,e você me ensinaria.Eu daria a você vinho aromatizado para beber,o néctar das minhas romãs. 3 O seu braço esquerdo esteja debaixo da minha cabeça,e o seu braço direito me abrace. 4 Mulheres de Jerusalém, eu as faço jurar:Não despertem nem incomodem o amorenquanto ele não o quiser. 5 Quem vem subindo do deserto,apoiada em seu amado?Debaixo da macieira eu o despertei;ali esteve a sua mãe em trabalho de parto,ali sofreu as dores aquela que o deu à luz. 6 Ponha-me como um selo sobreo seu coração;como um selo sobre o seu braço;pois o amor é tão forte quanto a mortee o ciúme é tão inflexívelquanto a sepultura.Suas brasas são fogo ardente,são labaredas do Senhor. 7 Nem muitas águas conseguem apagar o amor;os rios não conseguem levá-lo na correnteza.Se alguém oferecesse todas as riquezasda sua casa para adquirir o amor,seria totalmente desprezado. 8 Temos uma irmãzinha;seus seios ainda não estão crescidos.Que faremos com nossa irmãno dia em que for pedida em casamento? 9 Se ela for um muro,construiremos sobre ela uma torre de prata.Se ela for uma porta,nós a reforçaremos com tábuas de cedro. 10 Eu sou um muro,e meus seios são as suas torres.Assim me tornei aos olhos delecomo alguém que inspira paz. 11 Salomão possuía uma vinha em Baal-Hamom;ele entregou a sua vinha a arrendatários.Cada um devia trazer pelos frutos da vinhadoze quilos de prata. 12 Quanto à minha própria vinha, essa está em meu poder;os doze quilos de prata são para você, ó Salomão,e dois quilos e meio são para os que tomaram conta dos seus frutos. 13 Você, que habita nos jardins,os amigos desejam ouvi-la;deixe-me ouvir a sua voz! 14 Venha depressa, meu amado,e seja como uma gazela,ou como um cervo novosaltando sobre os montes cobertos de especiarias.
1 Cantem ao SENHOR um novo cântico,pois ele fez coisas maravilhosas;a sua mão direita e o seu braço santolhe deram a vitória! 2 O SENHOR anunciou a sua vitóriae revelou a sua justiça às nações. 3 Ele se lembrou do seu amor leale da sua fidelidade para com a casa de Israel;todos os confins da terra virama vitória do nosso Deus. 4 Aclamem o SENHOR todos os habitantes da terra!Louvem-no com cânticos de alegria e ao som de música! 5 Ofereçam música ao SENHOR com a harpa,com a harpa e ao som de canções, 6 com cornetas e ao som da trombeta;exultem diante do SENHOR, o Rei! 7 Ressoe o mar e tudo o que nele existe,o mundo e os seus habitantes! 8 Batam palmas os rios,e juntos cantem de alegria os montes; 9 cantem diante do SENHOR, porque ele vem,vem julgar a terra;julgará o mundo com justiçae os povos com retidão.
1 Ditados do rei Lemuel; uma exortação que sua mãe lhe fez: 2 “Ó meu filho, filho do meu ventre,filho de meus votos, 3 não gaste sua força com mulheres,seu vigor com aquelas que destroem reis. 4 “Não convém aos reis, ó Lemuel;não convém aos reis beber vinho,não convém aos governantes desejar bebida fermentada, 5 para não suceder que bebam e se esqueçam do que a lei determinae deixem de fazer justiça aos oprimidos. 6 Dê bebida fermentada aos que estão prestes a morrer,vinho aos que estão angustiados; 7 para que bebam e se esqueçam da sua pobreza,e não mais se lembrem da sua infelicidade. 8 “Erga a voz em favor dos que não podem defender-se,seja o defensor de todos os desamparados. 9 Erga a voz e julgue com justiça;defenda os direitos dos pobres e dos necessitados”. 10 Uma esposa exemplar; feliz quem a encontrar!É muito mais valiosa que os rubis. 11 Seu marido tem plena confiança nelae nunca lhe falta coisa alguma. 12 Ela só lhe faz o bem, e nunca o mal,todos os dias da sua vida. 13 Escolhe a lã e o linhoe com prazer trabalha com as mãos. 14 Como os navios mercantes,ela traz de longe as suas provisões. 15 Antes de clarear o dia ela se levanta,prepara comida para todos os de casae dá tarefas às suas servas. 16 Ela avalia um campo e o compra;com o que ganha planta uma vinha. 17 Entrega-se com vontade ao seu trabalho;seus braços são fortes e vigorosos. 18 Administra bem o seu comércio lucrativo,e a sua lâmpada fica acesa durante a noite. 19 Nas mãos segura o fusoe com os dedos pega a roca. 20 Acolhe os necessitadose estende as mãos aos pobres. 21 Não teme por seus familiares quando chega a neve,pois todos eles vestem agasalhos. 22 Faz cobertas para a sua cama;veste-se de linho fino e de púrpura. 23 Seu marido é respeitado na porta da cidade,onde toma assento entre as autoridades da sua terra. 24 Ela faz vestes de linho e as vende,e fornece cintos aos comerciantes. 25 Reveste-se de força e dignidade;sorri diante do futuro. 26 Fala com sabedoriae ensina com amor. 27 Cuida dos negócios de sua casae não dá lugar à preguiça. 28 Seus filhos se levantam e a elogiam;seu marido também a elogia, dizendo: 29 “Muitas mulheres são exemplares,mas você a todas supera”. 30 A beleza é enganosa, e a formosura é passageira;mas a mulher que teme o SENHOR será elogiada. 31 Que ela receba a recompensa merecida,e as suas obras sejam elogiadas à porta da cidade.
1 No décimo terceiro dia do décimo segundo mês, o mês de adar, entraria em vigor o decreto do rei. Naquele dia, os inimigos dos judeus esperavam vencê-los, mas aconteceu o contrário: os judeus dominaram aqueles que os odiavam, 2 reunindo-se em suas cidades, em todas as províncias do rei Xerxes, para atacar os que buscavam a sua destruição. Ninguém conseguia resistir-lhes, porque todos os povos estavam com medo deles. 3 E todos os nobres das províncias, os sátrapas, os governadores e os administradores do rei apoiaram os judeus, porque o medo que tinham de Mardoqueu havia se apoderado deles. 4 Mardoqueu era influente no palácio; sua fama espalhou-se pelas províncias, e ele se tornava cada vez mais poderoso. 5 Os judeus feriram todos os seus inimigos à espada, matando-os e destruindo-os, e fizeram o que quiseram com eles. 6 Na cidadela de Susã os judeus mataram e destruíram quinhentos homens. 7 Também mataram Parsandata, Dalfom, Aspata, 8 Porata, Adalia, Aridata, 9 Farmasta, Arisai, Aridai e Vaisata, 10 os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata, o inimigo dos judeus. Mas não se apossaram dos seus bens. 11 Naquele mesmo dia, o total de mortos na cidadela de Susã foi relatado ao rei, 12 que disse à rainha Ester: “Os judeus mataram e destruíram quinhentos homens e os dez filhos de Hamã na cidadela de Susã. Que terão feito nas outras províncias do império? Agora, diga qual é o seu pedido, e você será atendida. Tem ainda algum desejo? Este será concedido a você”. 13 Respondeu Ester: “Se for do agrado do rei, que os judeus de Susã tenham autorização para executar também amanhã o decreto de hoje, para que os corpos dos dez filhos de Hamã sejam pendurados na forca”. 14 Então o rei deu ordens para que assim fosse feito. O decreto foi publicado em Susã, e os corpos dos dez filhos de Hamã foram pendurados na forca. 15 Os judeus de Susã ajuntaram-se no décimo quarto dia do mês de adar e mataram trezentos homens em Susã, mas não se apossaram dos seus bens. 16 Enquanto isso, o restante dos judeus que viviam nas províncias do império também se ajuntaram para se protegerem e se livrarem dos seus inimigos. Eles mataram setenta e cinco mil deles, mas não se apossaram dos seus bens. 17 Isso aconteceu no décimo terceiro dia do mês de adar, e no décimo quarto dia descansaram e fizeram dessa data um dia de festa e de alegria. 18 Os judeus de Susã, porém, tinham se reunido no décimo terceiro e no décimo quarto dias e no décimo quinto descansaram e dele fizeram um dia de festa e de alegria. 19 Por isso os judeus que vivem em vilas e povoados comemoram o décimo quarto dia do mês de adar como um dia de festa e de alegria, um dia de troca de presentes. 20 Mardoqueu registrou esses acontecimentos e enviou cartas a todos os judeus de todas as províncias do rei Xerxes, próximas e distantes, 21 determinando que anualmente se comemorassem o décimo quarto e o décimo quinto dias do mês de adar, 22 pois nesses dias os judeus livraram-se dos seus inimigos; nesse mês a sua tristeza tornou-se em alegria; e o seu pranto, num dia de festa. Escreveu-lhes dizendo que comemorassem aquelas datas como dias de festa e de alegria, de troca de presentes e de ofertas aos pobres. 23 E assim os judeus adotaram como costume aquela comemoração, conforme o que Mardoqueu lhes tinha ordenado por escrito. 24 Pois Hamã, filho do agagita Hamedata, inimigo de todos os judeus, tinha tramado contra eles para destruí-los e tinha lançado o pur, isto é, a sorte para a ruína e destruição deles. 25 Mas, quando isso chegou ao conhecimento do rei, ele deu ordens escritas para que o plano maligno de Hamã contra os judeus se voltasse contra a sua própria cabeça, e para que ele e seus filhos fossem enforcados. 26 Por isso aqueles dias foram chamados Purim, da palavra pur. Considerando tudo o que estava escrito nessa carta, o que tinham visto e o que tinha acontecido, 27 os judeus decidiram estabelecer o costume de que eles e os seus descendentes e todos os que se tornassem judeus não deixariam de comemorar anualmente esses dois dias, na forma prescrita e na data certa. 28 Esses dias seriam lembrados e comemorados em cada família de cada geração, em cada província e em cada cidade, e jamais deveriam deixar de ser comemorados pelos judeus. E os seus descendentes jamais deveriam esquecer-se de tais dias. 29 Então a rainha Ester, filha de Abiail, e o judeu Mardoqueu escreveram com toda a autoridade uma segunda carta para confirmar a primeira, acerca do Purim. 30 Mardoqueu enviou cartas a todos os judeus das cento e vinte e sete províncias do império de Xerxes, desejando-lhes paz e segurança, 31 e confirmando que os dias de Purim deveriam ser comemorados nas datas determinadas, conforme o judeu Mardoqueu e a rainha Ester tinham decretado e estabelecido para si mesmos, para todos os judeus e para os seus descendentes, e acrescentou observações sobre tempos de jejum e de lamentação. 32 O decreto de Ester confirmou as regras do Purim, e isso foi escrito nos registros.
1 “E agora esta advertência é para vocês, ó sacerdotes. 2 Se vocês não derem ouvidos e não se dispuserem a honrar o meu nome”, diz o SENHOR dos Exércitos, “lançarei maldição sobre vocês e até amaldiçoarei as suas bênçãos. Aliás, já as amaldiçoei, porque vocês não me honram de coração. 3 “Por causa de vocês eu destruirei; a sua descendência esfregarei na cara de vocês os excrementos dos animais oferecidos em sacrifício em suas festas e lançarei vocês fora, com os excrementos. 4 Então vocês saberão que fui eu que fiz a vocês esta advertência para que a minha aliança com Levi fosse mantida”, diz o SENHOR dos Exércitos. 5 “A minha aliança com ele foi uma aliança de vida e de paz, que na verdade lhe dei para que me temesse. Ele me temeu e tremeu diante do meu nome. 6 A verdadeira lei estava em sua boca e nenhuma falsidade achou-se em seus lábios. Ele andou comigo em paz e retidão e desviou muitos do pecado. 7 “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca todos esperam a instrução na Lei, porque ele é o mensageiro do SENHOR dos Exércitos. 8 Mas vocês se desviaram do caminho e pelo seu ensino causaram a queda de muita gente; vocês quebraram a aliança de Levi”, diz o SENHOR dos Exércitos. 9 “Por isso eu fiz que fossem desprezados e humilhados diante de todo o povo, porque vocês não seguem os meus caminhos, mas são parciais quando ensinam a Lei”. 10 Não temos todos o mesmo Pai? Não fomos todos criados pelo mesmo Deus? Por que será, então, que quebramos a aliança dos nossos antepassados sendo infiéis uns com os outros? 11 Judá tem sido infiel. Uma coisa repugnante foi cometida em Israel e em Jerusalém; Judá desonrou o santuário que o SENHOR ama; homens casaram-se com mulheres que adoram deuses estrangeiros. 12 Que o SENHOR lance fora das tendas de Jacó o homem que faz isso, seja ele quem for, mesmo que esteja trazendo ofertas ao SENHOR dos Exércitos. 13 Há outra coisa que vocês fazem: Enchem de lágrimas o altar do SENHOR; choram e gemem porque ele já não dá atenção às suas ofertas nem as aceita com prazer. 14 E vocês ainda perguntam: “Por quê?” É porque o SENHOR é testemunha entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial. 15 Não foi o SENHOR que os fez um só? Em corpo e em espírito eles lhe pertencem. E por que um só? Porque ele desejava uma descendência consagrada. Portanto, tenham cuidado: Ninguém seja infiel à mulher da sua mocidade. 16 “Eu odeio o divórcio”, diz o SENHOR, o Deus de Israel, “e também odeio homem que se cobre de violência como se cobre de roupas”, diz o SENHOR dos Exércitos.Por isso, tenham bom senso; não sejam infiéis. 17 Vocês têm cansado o SENHOR com as suas palavras.“Como o temos cansado?”, vocês ainda perguntam. Quando dizem: “Todos os que fazem o mal são bons aos olhos do SENHOR, e ele se agrada deles” e também quando perguntam: “Onde está o Deus da justiça?”
1 Cinco dias depois, o sumo sacerdote Ananias desceu a Cesareia com alguns dos líderes dos judeus e um advogado chamado Tértulo, os quais apresentaram ao governador suas acusações contra Paulo. 2 Quando Paulo foi chamado, Tértulo apresentou sua causa a Félix: “Temos desfrutado de um longo período de paz durante o teu governo, e o teu providente cuidado resultou em reformas nesta nação. 3 Em tudo e em toda parte, excelentíssimo Félix, reconhecemos estes benefícios com profunda gratidão. 4 Todavia, a fim de não tomar-te mais tempo, peço-te o favor de ouvir-nos apenas por um pouco. 5 Verificamos que este homem é um perturbador, que promove tumultos entre os judeus pelo mundo todo. Ele é o principal cabeça da seita dos nazarenos 6 e tentou até mesmo profanar o templo; então o prendemos e quisemos julgá-lo segundo a nossa lei. 7 as o comandante Lísias interveio e com muita força o arrebatou de nossas mãos e ordenou que os seus acusadores se apresentassem. 8 Se tu mesmo o interrogares, poderás verificar a verdade a respeito de todas estas acusações que estamos fazendo contra ele”. 9 Os judeus confirmaram a acusação, garantindo que as afirmações eram verdadeiras. 10 Quando o governador lhe deu sinal para que falasse, Paulo declarou: “Sei que há muitos anos tens sido juiz nesta nação; por isso, de bom grado faço minha defesa. 11 Facilmente poderás verificar que há menos de doze dias subi a Jerusalém para adorar a Deus. 12 Meus acusadores não me encontraram discutindo com ninguém no templo, nem incitando uma multidão nas sinagogas ou em qualquer outro lugar da cidade. 13 Tampouco podem provar-te as acusações que agora estão levantando contra mim. 14 Confesso-te, porém, que adoro o Deus dos nossos antepassados como seguidor do Caminho, a que chamam seita. Creio em tudo o que concorda com a Lei e no que está escrito nos Profetas 15 e tenho em Deus a mesma esperança desses homens: de que haverá ressurreição tanto de justos como de injustos. 16 Por isso procuro sempre conservar minha consciência limpa diante de Deus e dos homens. 17 “Depois de estar ausente por vários anos, vim a Jerusalém para trazer esmolas ao meu povo e apresentar ofertas. 18 Enquanto fazia isso, já cerimonialmente puro, encontraram-me no templo, sem envolver-me em nenhum ajuntamento ou tumulto. 19 Mas há alguns judeus da província da Ásia que deveriam estar aqui diante de ti e apresentar acusações, se é que têm algo contra mim. 20 Ou os que aqui se acham deveriam declarar que crime encontraram em mim quando fui levado perante o Sinédrio, 21 a não ser que tenha sido este: quando me apresentei a eles, bradei: Por causa da ressurreição dos mortos estou sendo julgado hoje diante de vocês”. 22 Então Félix, que tinha bom conhecimento do Caminho, adiou a causa e disse: “Quando chegar o comandante Lísias, decidirei o caso de vocês”. 23 E ordenou ao centurião que mantivesse Paulo sob custódia, mas que lhe desse certa liberdade e permitisse que os seus amigos o servissem. 24 Vários dias depois, Félix veio com Drusila, sua mulher, que era judia, mandou chamar Paulo e o ouviu falar sobre a fé em Cristo Jesus. 25 Quando Paulo se pôs a discorrer acerca da justiça, do domínio próprio e do juízo vindouro, Félix teve medo e disse: “Basta, por enquanto! Pode sair. Quando achar conveniente, mandarei chamá-lo de novo”. 26 Ao mesmo tempo esperava que Paulo lhe oferecesse algum dinheiro, pelo que mandava buscá-lo frequentemente e conversava com ele. 27 Passados dois anos, Félix foi sucedido por Pórcio Festo; todavia, porque desejava manter a simpatia dos judeus, Félix deixou Paulo na prisão.