1 Então Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém. Convocou as autoridades, os líderes, os juízes e os oficiais de Israel, e eles compareceram diante de Deus. 2 Josué disse a todo o povo: “Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: ‘Há muito tempo, os seus antepassados, inclusive Terá, pai de Abraão e de Naor, viviam além do Eufrates e prestavam culto a outros deuses. 3 Mas eu tirei seu pai Abraão da terra que fica além do Eufrates e o conduzi por toda a Canaã e lhe dei muitos descendentes. Dei-lhe Isaque, 4 e a Isaque dei Jacó e Esaú. A Esaú dei os montes de Seir, mas Jacó e seus filhos desceram para o Egito. 5 “ ‘Então enviei Moisés e Arão e feri os egípcios com pragas, com as quais os castiguei, e depois tirei vocês de lá. 6 Quando tirei os seus antepassados do Egito, vocês vieram para o mar, e os egípcios os perseguiram com carros de guerra e cavaleiros até o mar Vermelho. 7 Mas os seus antepassados clamaram a mim, e eu coloquei trevas entre vocês e os egípcios; fiz voltar o mar sobre eles e os encobrir. Vocês viram com os seus próprios olhos o que eu fiz com os egípcios. Depois disso vocês viveram no deserto longo tempo. 8 “ ‘Eu os trouxe para a terra dos amorreus que viviam a leste do Jordão. Eles lutaram contra vocês, mas eu os entreguei nas suas mãos. Eu os destruí diante de vocês, e vocês se apossaram da terra deles. 9 Quando Balaque, rei de Moabe, filho de Zipor, se preparava para lutar contra Israel, mandou buscar Balaão, filho de Beor, para lançar maldição sobre vocês. 10 Mas eu não quis ouvir Balaão, de modo que ele os abençoou vez após vez, e eu os livrei das mãos dele. 11 “ ‘Depois vocês atravessaram o Jordão e chegaram a Jericó. Os chefes de Jericó lutaram contra vocês, assim como os amorreus, os ferezeus, os cananeus, os hititas, os girgaseus, os heveus e os jebuseus, mas eu os entreguei nas mãos de vocês. 12 Eu lhes causei pânico para expulsá-los de diante de vocês, como fiz aos dois reis amorreus. Não foram a espada e o arco que lhes deram a vitória. 13 Foi assim que dei a vocês uma terra que não cultivaram e cidades que vocês não construíram. Nelas vocês moram e comem de vinhas e olivais que não plantaram’. 14 “Agora temam o SENHOR e sirvam-no com integridade e fidelidade. Joguem fora os deuses que os seus antepassados adoraram além do Eufrates e no Egito e sirvam ao SENHOR. 15 Se, porém, não agrada a vocês servir ao SENHOR, escolham hoje a quem irão servir, se aos deuses que os seus antepassados serviram além do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra vocês estão vivendo. Mas eu e a minha família serviremos ao SENHOR”. 16 Então o povo respondeu: “Longe de nós abandonar o SENHOR para servir outros deuses! 17 Foi o próprio SENHOR, o nosso Deus, que nos tirou, a nós e a nossos pais, do Egito, daquela terra de escravidão, e realizou aquelas grandes maravilhas diante dos nossos olhos. Ele nos protegeu no caminho e entre as nações pelas quais passamos. 18 Além disso, o SENHOR expulsou de diante de nós todas as nações, inclusive os amorreus, que viviam nesta terra. Nós também serviremos ao SENHOR, porque ele é o nosso Deus”. 19 Josué disse ao povo: “Vocês não têm condições de servir ao SENHOR. Ele é Deus santo! É Deus zeloso! Ele não perdoará a rebelião e o pecado de vocês. 20 Se abandonarem o SENHOR e servirem a deuses estrangeiros, ele se voltará contra vocês e os castigará. Mesmo depois de ter sido bondoso com vocês, ele os exterminará”. 21 O povo, porém, respondeu a Josué: “De maneira nenhuma! Nós serviremos ao SENHOR”. 22 Disse então Josué: “Vocês são testemunhas contra vocês mesmos de que escolheram servir ao SENHOR”.“Somos”, responderam eles. 23 Disse Josué: “Agora, então, joguem fora os deuses estrangeiros que estão com vocês e voltem-se de coração para o SENHOR, o Deus de Israel”. 24 E o povo disse a Josué: “Serviremos ao SENHOR, o nosso Deus, e lhe obedeceremos”. 25 Naquele dia Josué firmou um acordo com o povo em Siquém e lhe deu decretos e leis. 26 Josué registrou essas coisas no Livro da Lei de Deus. Depois ergueu uma grande pedra ali, sob a Grande Árvore, perto do santuário do SENHOR. 27 Então disse ele a todo o povo: “Vejam esta pedra! Ela será uma testemunha contra nós, pois ouviu todas as palavras que o SENHOR nos disse. Será uma testemunha contra vocês, caso sejam infiéis ao seu Deus”. 28 Depois Josué despediu o povo, e cada um foi para a sua propriedade. 29 Passado algum tempo, Josué, filho de Num, servo do SENHOR, morreu. Tinha cento e dez anos de idade. 30 E o sepultaram na terra que tinha recebido por herança, em Timnate-Sera, nos montes de Efraim, ao norte do monte Gaás. 31 Israel serviu ao SENHOR durante toda a vida de Josué e dos líderes que lhe sobreviveram e que sabiam de tudo o que o SENHOR fizera em favor de Israel. 32 Os ossos de José, que os israelitas haviam trazido do Egito, foram enterrados em Siquém, no quinhão de terra que Jacó havia comprado dos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de prata. Aquele terreno tornou-se herança dos descendentes de José. 33 Sucedeu também que Eleazar, filho de Arão, morreu e foi sepultado em Gibeá, que fora dada a seu filho Fineias, nos montes de Efraim.
1 “Assim Bezalel, Aoliabe e todos os homens capazes, a quem o SENHOR concedeu destreza e habilidade para fazer toda a obra de construção do santuário, realizarão a obra como o SENHOR ordenou”. 2 Então Moisés chamou Bezalel e Aoliabe e todos os homens capazes a quem o SENHOR dera habilidade e que estavam dispostos a vir realizar a obra. 3 Receberam de Moisés todas as ofertas que os israelitas tinham trazido para a obra de construção do santuário. E o povo continuava a trazer voluntariamente ofertas, manhã após manhã. 4 Por isso, todos os artesãos habilidosos que trabalhavam no santuário interromperam o trabalho 5 e disseram a Moisés: “O povo está trazendo mais do que o suficiente para realizar a obra que o SENHOR ordenou”. 6 Então Moisés ordenou que fosse feita esta proclamação em todo o acampamento: “Nenhum homem ou mulher deverá fazer mais nada para ser oferecido ao santuário”. Assim, o povo foi impedido de trazer mais, 7 pois o que já haviam recebido era mais que suficiente para realizar toda a obra. 8 Todos os homens capazes dentre os trabalhadores fizeram o tabernáculo com dez cortinas internas de linho fino trançado e de fios de tecidos azul, roxo e vermelho, com os querubins bordados sobre eles. 9 Todas as cortinas internas tinham o mesmo tamanho: doze metros e sessenta centímetros de comprimento por um metro e oitenta centímetros de largura. 10 Prenderam cinco cortinas internas e fizeram o mesmo com as outras cinco. 11 Em seguida, fizeram laçadas de tecido azul ao longo da borda da última cortina interna do primeiro conjunto de cortinas internas, fazendo o mesmo com o segundo conjunto. 12 Fizeram também cinquenta laçadas na primeira cortina interna e cinquenta laçadas na última cortina interna do segundo conjunto; as laçadas estavam opostas umas às outras. 13 Depois fizeram cinquenta ganchos de ouro e com eles prenderam um conjunto de cortinas internas ao outro, para que o tabernáculo formasse um todo. 14 Com o total de onze cortinas internas de pelos de cabra fizeram uma tenda para cobrir o tabernáculo. 15 As onze cortinas internas tinham a mesma medida: treze metros e meio de comprimento por um metro e oitenta centímetros de largura. 16 Prenderam cinco cortinas internas num conjunto e as outras seis noutro conjunto. 17 Depois fizeram cinquenta laçadas em volta da borda da última cortina interna de um dos conjuntos e também na borda da última cortina interna do outro conjunto. 18 Fizeram também cinquenta ganchos de bronze para unir a tenda, formando um todo. 19 Em seguida, fizeram para a tenda uma cobertura de pele de carneiro tingida de vermelho, e por cima desta uma cobertura de couro. 20 Fizeram ainda armações verticais de madeira de acácia para o tabernáculo. 21 Cada armação tinha quatro metros e meio de comprimento por setenta centímetros de largura, 22 com dois encaixes paralelos um ao outro. E fizeram todas as armações do tabernáculo dessa madeira. 23 Fizeram também vinte armações para o lado sul do tabernáculo 24 e quarenta bases de prata para serem colocadas debaixo delas; duas bases para cada armação, uma debaixo de cada encaixe. 25 Para o outro lado, o lado norte do tabernáculo, fizeram vinte armações 26 e quarenta bases de prata, duas debaixo de cada armação. 27 Fizeram ainda seis armações na parte de trás do tabernáculo, isto é, para o lado ocidental, 28 e duas armações foram montadas nos cantos, na parte de trás do tabernáculo. 29 Nesses dois cantos as armações eram duplas, desde a parte inferior até a mais alta, colocadas numa só argola, ambas feitas do mesmo modo. 30 Havia, pois, oito armações e dezesseis bases de prata, duas debaixo de cada armação. 31 Também fizeram travessões de madeira de acácia: cinco para as armações de um lado do tabernáculo, 32 cinco para as do outro lado e cinco para as do lado ocidental, na parte de trás do tabernáculo. 33 Fizeram o travessão central de uma extremidade à outra, passando pelo meio das armações. 34 Revestiram de ouro as armações e fizeram argolas de ouro para sustentar os travessões, os quais também revestiram de ouro. 35 Fizeram o véu de linho fino trançado e de fios de tecidos azul, roxo e vermelho, e mandaram bordar nele querubins. 36 Fizeram-lhe quatro colunas de madeira de acácia e as revestiram de ouro. Fizeram-lhe ainda ganchos de ouro e fundiram as suas bases de prata. 37 Para a entrada da tenda fizeram uma cortina de linho fino trançado e de fios de tecidos azul, roxo e vermelho—obra de bordador; 38 e fizeram-lhe cinco colunas com ganchos. Revestiram de ouro as partes superior e lateral das colunas e fizeram de bronze as suas cinco bases.
1 Advertência contra Tiro:Pranteiem, navios de Társis!Pois Tiro foi destruídae ficou sem nenhuma casa e sem porto.De Chipre veio a você essa mensagem. 2 Fiquem calados, habitantes das regiões litorâneas,e vocês, mercadores de Sidom,enriquecidos pelos que atravessam o mar 3 e as grandes águas.O trigo de Siore a colheita do Nilo eram a sua renda,e vocês se tornaram o suprimento das nações. 4 Envergonhe-se, Sidom,pois o mar, a fortaleza do mar, falou:“Não estive em trabalho de parto nem dei à luz;não criei filhos nem eduquei filhas”. 5 Quando a notícia chegar ao Egito,ficarão angustiados com as novidades de Tiro. 6 Cruzem o mar para Társis;pranteiem, vocês, habitantes das regiões litorâneas. 7 É esta a cidade jubilosaque existe desde tempos muito antigos,cujos pés a levaram a conquistarterras distantes? 8 Quem planejou isso contra Tiro,contra aquela que dava coroas,cujos comerciantes são príncipes,cujos negociantes são famosos em toda a terra? 9 O SENHOR dos Exércitos o planejoupara abater todo orgulho e vaidadee humilhar todos os que têm fama na terra. 10 Cultive a sua terra como se cultivam as margens do Nilo,ó povo de Társis,pois você não tem mais porto. 11 O SENHOR estendeu a mão sobre o mare fez tremer seus reinos.Acerca da Fenícia ordenouque as suas fortalezas sejam destruídas, 12 e disse: “Você não se alegrará mais,ó cidade de Sidom, virgem derrotada!“Levante-se, atravesse o mar até Chipre;nem lá você terá descanso”. 13 Olhem para a terra dos babilônios;esse é o povo que não existe mais!Os assírios a deixarampara as criaturas do deserto;ergueram torres de vigia,despojaram suas cidadelase fizeram dela uma ruína. 14 Pranteiem, vocês, navios de Társis;destruída está a sua fortaleza! 15 Naquele tempo, Tiro será esquecida por setenta anos, o tempo da vida de um rei. Mas, no fim dos setenta anos, acontecerá com Tiro o que diz a canção da prostituta: 16 “Pegue a harpa, vá pela cidade,ó prostituta esquecida;toque a harpa, cante muitas canções,para se lembrarem de você”. 17 No fim dos setenta anos o SENHOR se lembrará de Tiro. Esta voltará ao seu ofício de prostituta e servirá a todos os reinos que há na face da terra. 18 Mas o seu lucro e a sua renda serão separados para o SENHOR; não serão guardados nem depositados. Seus lucros irão para os que vivem na presença do SENHOR, para que tenham bastante comida e roupas finas.
1 Depois de nos separarmos deles, embarcamos e navegamos diretamente para Cós. No dia seguinte fomos para Rodes e dali até Pátara. 2 Encontrando um navio que ia fazer a travessia para a Fenícia, embarcamos nele e partimos. 3 Depois de avistarmos Chipre e seguirmos rumo sul, navegamos para a Síria. Desembarcamos em Tiro, onde o nosso navio deveria deixar sua carga. 4 Encontrando os discípulos dali, ficamos com eles sete dias. Eles, pelo Espírito, recomendavam a Paulo que não fosse a Jerusalém. 5 Mas, quando terminou o nosso tempo ali, partimos e continuamos nossa viagem. Todos os discípulos, com suas mulheres e filhos, nos acompanharam até fora da cidade e ali na praia nos ajoelhamos e oramos. 6 Depois de nos despedirmos, embarcamos, e eles voltaram para casa. 7 Demos prosseguimento à nossa viagem partindo de Tiro e aportamos em Ptolemaida, onde saudamos os irmãos e passamos um dia com eles. 8 Partindo no dia seguinte, chegamos a Cesareia e ficamos na casa de Filipe, o evangelista, um dos sete. 9 Ele tinha quatro filhas virgens, que profetizavam. 10 Depois de passarmos ali vários dias, desceu da Judeia um profeta chamado Ágabo. 11 Vindo ao nosso encontro, tomou o cinto de Paulo e, amarrando as suas próprias mãos e pés, disse: “Assim diz o Espírito Santo: ‘Desta maneira os judeus amarrarão o dono deste cinto em Jerusalém e o entregarão aos gentios’.” 12 Quando ouvimos isso, nós e o povo dali rogamos a Paulo que não subisse para Jerusalém. 13 Então Paulo respondeu: “Por que vocês estão chorando e partindo o meu coração? Estou pronto não apenas para ser amarrado, mas também para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus”. 14 Como não pudemos dissuadi-lo, desistimos e dissemos: “Seja feita a vontade do Senhor”. 15 Depois disso, preparamo-nos e subimos para Jerusalém. 16 Alguns dos discípulos de Cesareia nos acompanharam e nos levaram à casa de Mnasom, onde devíamos ficar. Ele era natural de Chipre e um dos primeiros discípulos. 17 Quando chegamos a Jerusalém, os irmãos nos receberam com alegria. 18 No dia seguinte Paulo foi conosco encontrar-se com Tiago, e todos os presbíteros estavam presentes. 19 Paulo os saudou e relatou minuciosamente o que Deus havia feito entre os gentios por meio do seu ministério. 20 Ouvindo isso, eles louvaram a Deus e disseram a Paulo: “Veja, irmão, quantos milhares de judeus creram, e todos eles são zelosos da lei. 21 Eles foram informados de que você ensina todos os judeus que vivem entre os gentios a se afastarem de Moisés, dizendo-lhes que não circuncidem seus filhos nem vivam de acordo com os nossos costumes. 22 Que faremos? Certamente eles saberão que você chegou; 23 portanto, faça o que dizemos. Estão conosco quatro homens que fizeram um voto. 24 Participe com esses homens dos rituais de purificação e pague as despesas deles, para que rapem a cabeça. Assim, todos saberão que não é verdade o que falam de você, mas que você continua vivendo em obediência à lei. 25 Quanto aos gentios convertidos, já lhes escrevemos a nossa decisão de que eles devem abster-se de comida sacrificada aos ídolos, do sangue, da carne de animais estrangulados e da imoralidade sexual”. 26 No dia seguinte Paulo tomou aqueles homens e purificou-se com eles. Depois foi ao templo para declarar o prazo do cumprimento dos dias da purificação e da oferta que seria feita individualmente em favor deles. 27 Quando já estavam para terminar os sete dias, alguns judeus da província da Ásia, vendo Paulo no templo, agitaram toda a multidão e o agarraram, 28 gritando: “Israelitas, ajudem-nos! Este é o homem que ensina a todos em toda parte contra o nosso povo, contra a nossa lei e contra este lugar. Além disso, ele fez entrar gregos no templo e profanou este santo lugar”. 29 Anteriormente eles haviam visto o efésio Trófimo na cidade com Paulo e julgaram que Paulo o tinha introduzido no templo. 30 Toda a cidade ficou alvoroçada, e juntou-se uma multidão. Agarrando Paulo, arrastaram-no para fora do templo, e imediatamente as portas foram fechadas. 31 Tentando eles matá-lo, chegaram notícias ao comandante das tropas romanas de que toda a cidade de Jerusalém estava em tumulto. 32 Ele reuniu imediatamente alguns oficiais e soldados e com eles correu para o meio da multidão. Quando viram o comandante e os seus soldados, pararam de espancar Paulo. 33 O comandante chegou, prendeu-o e ordenou que ele fosse amarrado com duas correntes. Então perguntou quem era ele e o que tinha feito. 34 Alguns da multidão gritavam uma coisa, outros gritavam outra; não conseguindo saber ao certo o que havia acontecido, por causa do tumulto, o comandante ordenou que Paulo fosse levado para a fortaleza. 35 Quando chegou às escadas, a violência do povo era tão grande que ele precisou ser carregado pelos soldados. 36 A multidão que o seguia continuava gritando: “Acaba com ele!” 37 Quando os soldados estavam para introduzir Paulo na fortaleza, ele perguntou ao comandante: “Posso dizer-te algo?”“Você fala grego?”, perguntou ele. 38 “Não é você o egípcio que iniciou uma revolta e há algum tempo levou quatro mil assassinos para o deserto?” 39 Paulo respondeu: “Sou judeu, cidadão de Tarso, cidade importante da Cilícia. Permite-me falar ao povo”. 40 Tendo recebido permissão do comandante, Paulo levantou-se na escadaria e fez sinal à multidão. Quando todos fizeram silêncio, dirigiu-se a eles em aramaico:
1 Amados, visto que temos essas promessas, purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus. 2 Concedam-nos lugar no coração de vocês. A ninguém prejudicamos, a ninguém causamos dano, a ninguém exploramos. 3 Não digo isso para condená-los; já disse que vocês estão em nosso coração para juntos morrermos ou vivermos. 4 Tenho grande confiança em vocês, e de vocês tenho muito orgulho. Sinto-me bastante encorajado; minha alegria transborda em todas as tribulações. 5 Pois, quando chegamos à Macedônia, não tivemos nenhum descanso, mas fomos atribulados de toda forma: conflitos externos, temores internos. 6 Deus, porém, que consola os abatidos, consolou-nos com a chegada de Tito, 7 e não apenas com a vinda dele, mas também com a consolação que vocês lhe deram. Ele nos falou da saudade, da tristeza e da preocupação de vocês por mim, de modo que a minha alegria se tornou ainda maior. 8 Mesmo que a minha carta tenha causado tristeza a vocês, não me arrependo. É verdade que a princípio me arrependi, pois percebi que a minha carta os entristeceu, ainda que por pouco tempo. 9 Agora, porém, me alegro, não porque vocês foram entristecidos, mas porque a tristeza os levou ao arrependimento. Pois vocês se entristeceram como Deus desejava e de forma alguma foram prejudicados por nossa causa. 10 A tristeza segundo Deus não produz remorso, mas sim um arrependimento que leva à salvação, e a tristeza segundo o mundo produz morte. 11 Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que desculpas, que indignação, que temor, que saudade, que preocupação, que desejo de ver a justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a esse respeito. 12 Assim, se escrevi, não foi por causa daquele que cometeu o erro nem daquele que foi prejudicado, mas para que diante de Deus vocês pudessem ver por vocês mesmos como são dedicados a nós. 13 Por isso tudo fomos revigorados.Além de encorajados, ficamos mais contentes ainda ao ver como Tito estava alegre, porque seu espírito recebeu refrigério de todos vocês. 14 Eu lhe tinha dito que estava orgulhoso de vocês, e vocês não me decepcionaram. Da mesma forma que era verdade tudo o que dissemos, o orgulho que temos de vocês diante de Tito também mostrou-se verdadeiro. 15 E a afeição dele por vocês fica maior ainda, quando lembra que todos vocês foram obedientes, recebendo-o com temor e tremor. 16 Alegro-me por poder ter plena confiança em vocês.
1 Não repreenda asperamente o homem idoso, mas exorte-o como se ele fosse seu pai; trate os jovens como a irmãos; 2 as mulheres idosas, como a mães; e as moças, como a irmãs, com toda a pureza. 3 Trate adequadamente as viúvas que são realmente necessitadas. 4 Mas, se uma viúva tem filhos ou netos, que estes aprendam primeiramente a pôr a sua religião em prática, cuidando de sua própria família e retribuindo o bem recebido de seus pais e avós, pois isso agrada a Deus. 5 A viúva realmente necessitada e desamparada põe sua esperança em Deus e persiste dia e noite em oração e em súplica. 6 Mas a que vive para os prazeres, ainda que esteja viva, está morta. 7 Dê-lhes estas ordens, para que sejam irrepreensíveis. 8 Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente. 9 Nenhuma mulher deve ser inscrita na lista de viúvas, a não ser que tenha mais de sessenta anos de idade, tenha sido fiel a seu marido 10 e seja bem conhecida por suas boas obras, tais como criar filhos, ser hospitaleira, lavar os pés dos santos, socorrer os atribulados e dedicar-se a todo tipo de boa obra. 11 Não inclua nessa lista as viúvas mais jovens, pois, quando os seus desejos sensuais superam a sua dedicação a Cristo, querem se casar. 12 Assim elas trazem condenação sobre si, por haverem rompido seu primeiro compromisso. 13 Além disso, aprendem a ficar ociosas, andando de casa em casa; e não se tornam apenas ociosas, mas também fofoqueiras e indiscretas, falando coisas que não devem. 14 Portanto, aconselho que as viúvas mais jovens se casem, tenham filhos, administrem suas casas e não deem ao inimigo nenhum motivo para maledicência. 15 Algumas, na verdade, já se desviaram, para seguir a Satanás. 16 Se alguma mulher crente tem viúvas em sua família, deve ajudá-las. Não seja a igreja sobrecarregada com elas, a fim de que as viúvas realmente necessitadas sejam auxiliadas. 17 Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino, 18 pois a Escritura diz: “Não amordace o boi enquanto está debulhando o cereal”, e “o trabalhador merece o seu salário”. 19 Não aceite acusação contra um presbítero, se não for apoiada por duas ou três testemunhas. 20 Os que pecarem deverão ser repreendidos em público, para que os demais também temam. 21 Eu o exorto solenemente, diante de Deus, de Cristo Jesus e dos anjos eleitos, a que procure observar essas instruções sem parcialidade; e não faça nada por favoritismo. 22 Não se precipite em impor as mãos sobre ninguém e não participe dos pecados dos outros. Conserve-se puro. 23 Não continue a beber somente água; tome também um pouco de vinho, por causa do seu estômago e das suas frequentes enfermidades. 24 Os pecados de alguns são evidentes, mesmo antes de serem submetidos a julgamento, ao passo que os pecados de outros se manifestam posteriormente. 25 Da mesma forma, as boas obras são evidentes, e as que não o são não podem permanecer ocultas.
1 “Tenham o cuidado de não praticar suas ‘obras de justiça’ diante dos outros para serem vistos por eles. Se fizerem isso, vocês não terão nenhuma recompensa do Pai celestial. 2 “Portanto, quando você der esmola, não anuncie isso com trombetas, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem honrados pelos outros. Eu garanto que eles já receberam sua plena recompensa. 3 Mas, quando você der esmola, que a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita, 4 de forma que você preste a sua ajuda em segredo. E seu Pai, que vê o que é feito em segredo, o recompensará. 5 “E, quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de ficar orando em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos outros. Eu asseguro que eles já receberam sua plena recompensa. 6 Mas, quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará. 7 E, quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos. 8 Não sejam iguais a eles, porque o seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem. 9 Vocês, orem assim:“Pai nosso, que estás nos céus!Santificado seja o teu nome. 10 Venha o teu Reino;seja feita a tua vontade,assim na terra como no céu. 11 Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. 12 Perdoa as nossas dívidas,assim como perdoamos aos nossos devedores. 13 E não nos deixes cair em tentação,mas livra-nos do mal,porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém. 14 Pois, se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também perdoará vocês. 15 Mas, se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não perdoará as ofensas de vocês. 16 “Quando jejuarem, não mostrem uma aparência triste como os hipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto a fim de que os outros vejam que eles estão jejuando. Eu digo verdadeiramente que eles já receberam sua plena recompensa. 17 Ao jejuar, arrume o cabelo e lave o rosto, 18 para que não pareça aos outros que você está jejuando, mas apenas a seu Pai, que vê em secreto. E seu Pai, que vê em secreto, o recompensará. 19 “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e onde os ladrões arrombam e furtam. 20 Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam. 21 Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração. 22 “Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. 23 Mas, se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são! 24 “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro. 25 “Portanto eu digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa? 26 Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? 27 Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida? 28 “Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. 29 Contudo, eu digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. 30 Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé? 31 Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer?’ ou ‘Que vamos beber?’ ou ‘Que vamos vestir?’ 32 Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. 33 Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas a vocês. 34 Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.
1 Estes são outros provérbios de Salomão, compilados pelos servos de Ezequias, rei de Judá: 2 A glória de Deus é ocultar certas coisas;tentar descobri-las é a glória dos reis. 3 Assim como o céu é elevado e a terra é profunda,também o coração dos reis é insondável. 4 Quando se retira a escória da prata,nesta se tem material para o ourives; 5 quando os ímpios são retirados da presença do rei,a justiça firma o seu trono. 6 Não se engrandeça na presença do reie não reivindique lugar entre os homens importantes; 7 é melhor que o rei lhe diga: “Suba para cá!”,do que ter que humilhá-lo diante de uma autoridade.O que você viu com os olhos 8 não leve precipitadamente ao tribunal,pois o que você faráse o seu próximo o desacreditar? 9 Procure resolver sua causa diretamente com o seu próximoe não revele o segredo de outra pessoa, 10 caso contrário, quem o ouvir poderá recriminá-lo,e você jamais perderá sua má reputação. 11 A palavra proferida no tempo certo é como frutas de ouroincrustadas numa escultura de prata. 12 Como brinco de ouro e enfeite de ouro finoé a repreensão dada com sabedoria a quem se dispõe a ouvir. 13 Como o frescor da neve na época da colheitaé o mensageiro de confiança para aqueles que o enviam;ele revigora o ânimo de seus senhores. 14 Como nuvens e ventos sem chuvaé aquele que se gaba de presentes que não deu. 15 Com muita paciência pode-se convencer a autoridade,e a língua branda quebra até ossos. 16 Se você encontrar mel, coma apenas o suficiente,para que não fique enjoado e vomite. 17 Não faça visitas frequentes à casa do seu vizinhopara que ele não se canse de você e passe a odiá-lo. 18 Como um pedaço de pau, uma espada ou uma flecha agudaé o que dá falso testemunho contra o seu próximo. 19 Como dente estragado ou pé deslocadoé a confiança no hipócrita na hora da dificuldade. 20 Como tirar a própria roupa num dia de frio,ou derramar vinagre numa feridaé cantar com o coração entristecido. 21 Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer;se tiver sede, dê-lhe de beber. 22 Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele,e o SENHOR recompensará você. 23 Como o vento norte traz chuva,assim a língua fingida traz o olhar irado. 24 Melhor é viver num canto sob o telhadodo que repartir a casa com uma mulher briguenta. 25 Como água fresca para a garganta sedentaé a boa notícia que chega de uma terra distante. 26 Como fonte contaminada ou nascente poluída,assim é o justo que fraqueja diante do ímpio. 27 Comer mel demais não é bom,nem é honroso buscar a própria honra. 28 Como a cidade com seus muros derrubados,assim é quem não sabe dominar-se.
1 A ti levanto os meus olhos,a ti, que ocupas o teu trono nos céus. 2 Assim como os olhos dos servos estão atentos à mão de seu senhore como os olhos das servas estão atentos à mão de sua senhora,também os nossos olhos estão atentos ao SENHOR, ao nosso Deus,esperando que ele tenha misericórdia de nós. 3 Misericórdia, SENHOR! Tem misericórdia de nós!Já estamos cansados de tanto desprezo. 4 Estamos cansados de tanta zombariados orgulhosose do desprezo dos arrogantes.