1 Disse o SENHOR a Moisés: 2 “Diga a Arão e a seus filhos que tratem com respeito as ofertas sagradas que os israelitas me consagrarem, para que não profanem o meu santo nome. Eu sou o SENHOR. 3 “Avise-lhes que, se, em suas futuras gerações, algum dos seus descendentes estiver impuro ao se aproximar das ofertas sagradas que os israelitas consagrarem ao SENHOR, será eliminado da minha presença. Eu sou o SENHOR. 4 “Nenhum descendente de Arão que tenha lepra ou fluxo no corpo poderá comer das ofertas sagradas até que esteja purificado. Também estará impuro se tocar em algo contaminado por um cadáver, ou se lhe sair o sêmen, 5 ou se tocar em alguma criatura ou em alguém que o torne impuro, seja qual for a impureza. 6 Aquele que neles tocar ficará impuro até a tarde. Não poderá comer das ofertas sagradas, a menos que se tenha banhado com água. 7 Depois do pôr do sol estará puro e então poderá comer as ofertas sagradas, pois são o seu alimento. 8 Também não poderá comer animal encontrado morto ou despedaçado por animais selvagens, pois se tornaria impuro por causa deles. Eu sou o SENHOR. 9 “Os sacerdotes obedecerão aos meus preceitos, para que não sofram as consequências do seu pecado nem sejam executados por tê-los profanado. Eu sou o SENHOR, que os santifico. 10 “Somente o sacerdote e a sua família poderão comer da oferta sagrada; não poderá comê-la o seu hóspede nem o seu empregado. 11 Mas, se um sacerdote comprar um escravo, ou se um escravo nascer em sua casa, esse escravo poderá comer do seu alimento. 12 Se a filha de um sacerdote se casar com alguém que não seja sacerdote, não poderá comer das ofertas sagradas. 13 Mas, se a filha de um sacerdote ficar viúva ou se divorciar, não tiver filhos e voltar a viver na casa do pai como na sua juventude, poderá comer do alimento do pai, mas dele não poderá comer ninguém que não seja da família do sacerdote. 14 “Se alguém, sem intenção, comer uma oferta sagrada, fará restituição da oferta ao sacerdote e lhe acrescentará um quinto do seu valor. 15 “Os sacerdotes não profanarão as ofertas sagradas que os israelitas apresentam ao SENHOR, 16 permitindo-lhes comê-las e trazendo assim sobre eles culpa que exige reparação. Eu sou o SENHOR que os santifico”. 17 Disse o SENHOR a Moisés: 18 “Diga o seguinte a Arão e a seus filhos e a todos os israelitas: Se algum de vocês—seja israelita, seja estrangeiro residente em Israel—, apresentar uma oferta como holocausto ao SENHOR—quer para cumprir voto, quer como oferta voluntária—, 19 apresentará um macho sem defeito do rebanho, isto é, um boi, um carneiro ou um bode, a fim de que seja aceito em seu favor. 20 Não tragam nenhum animal defeituoso, porque não será aceito em favor de vocês. 21 Quando alguém trouxer um animal do gado ou do rebanho de ovelhas como oferta de comunhão para o SENHOR, em cumprimento de voto ou como oferta voluntária, o animal, para ser aceitável, não poderá ter defeito nem mácula. 22 Não ofereçam ao SENHOR animal cego, aleijado, mutilado, ulceroso, cheio de feridas purulentas ou com fluxo. Não coloquem nenhum desses animais sobre o altar como oferta ao SENHOR, preparada no fogo. 23 Todavia, poderão apresentar como oferta voluntária um boi ou um carneiro ou um cabrito deformados ou atrofiados, mas no caso do cumprimento de voto não serão aceitos. 24 Não poderão oferecer ao SENHOR um animal cujos testículos estejam machucados, esmagados, despedaçados ou cortados. Não façam isso em sua própria terra 25 nem aceitem animais como esses das mãos de um estrangeiro para oferecê-los como alimento do seu Deus. Não serão aceitos em favor de vocês, pois são deformados e apresentam defeitos”. 26 Disse ainda o SENHOR a Moisés: 27 “Quando nascer um bezerro, um cordeiro ou um cabrito, ficará sete dias com sua mãe. Do oitavo dia em diante será aceito como oferta ao SENHOR preparada no fogo. 28 Não matem uma vaca ou uma ovelha ou uma cabra e sua cria no mesmo dia. 29 “Quando vocês oferecerem um sacrifício de gratidão ao SENHOR, ofereçam-no de maneira que seja aceito em favor de vocês. 30 Será comido naquele mesmo dia; não deixem nada até a manhã seguinte. Eu sou o SENHOR. 31 “Obedeçam aos meus mandamentos e ponham-nos em prática. Eu sou o SENHOR. 32 Não profanem o meu santo nome. Eu serei reconhecido como santo pelos israelitas. Eu sou o SENHOR, eu os santifico, 33 eu os tirei do Egito para ser o Deus de vocês. Eu sou o SENHOR”.
1 Escutem-me, vocês, ilhas;ouçam, vocês, nações distantes:Antes de eu nascero SENHOR me chamou;desde o meu nascimentoele fez menção de meu nome. 2 Ele fez de minha boca uma espada afiada,na sombra de sua mão ele me escondeu;ele me tornou uma flecha polidae escondeu-me na sua aljava. 3 Ele me disse: “Você é meu servo,Israel, em quem mostrarei o meu esplendor”. 4 Mas eu disse: Tenho me afadigado sem qualquer propósito;tenho gastado minha força em vão e para nada.Contudo, o que me é devido está na mão do SENHOR,e a minha recompensa está com o meu Deus. 5 E agora o SENHOR diz,aquele que me formou no ventre para ser o seu servo,para trazer de volta Jacóe reunir Israel a ele mesmo,pois sou honrado aos olhos do SENHOR,e o meu Deus tem sido a minha força; 6 ele diz:“Para você é coisa pequena demais ser meu servopara restaurar as tribos de Jacóe trazer de volta aqueles de Israel que eu guardei.Também farei de você uma luz para os gentios,para que você leve a minha salvação até os confins da terra”. 7 Assim diz o SENHOR,o Redentor, o Santo de Israel,àquele que foi desprezado e detestado pela nação,ao servo de governantes:“Reis o verão e se levantarão,líderes o verão e se encurvarão,por causa do SENHOR, que é fiel,o Santo de Israel, que o escolheu”. 8 Assim diz o SENHOR:“No tempo favorável eu responderei a vocêe no dia da salvação eu o ajudarei;eu o guardarei e farei que vocêseja uma aliança para o povo,para restaurar a terra e distribuirsuas propriedades abandonadas, 9 para dizer aos cativos: ‘Saiam’,e àqueles que estão nas trevas: ‘Apareçam!’“Eles se apascentarão junto aos caminhose acharão pastagem em toda colina estéril. 10 Não terão fome nem sede;o calor do deserto e o sol não os atingirão.Aquele que tem compaixão deles os guiaráe os conduzirá às fontes de água. 11 Transformarei todos os meus montes em estradas,e os meus caminhos serão erguidos. 12 Veja, eles virão de bem longe;alguns do norte, alguns do oeste,alguns de Assuã”. 13 Gritem de alegria, ó céus,regozije-se, ó terra;irrompam em canção, ó montes!Pois o SENHOR consola o seu povoe terá compaixão de seus afligidos. 14 Sião, porém, disse: “O SENHOR me abandonou,o Senhor me desamparou”. 15 “Haverá mãe que possa esquecer seu bebê que ainda mamae não ter compaixão do filho que gerou?Embora ela possa esquecê-lo,eu não me esquecerei de você! 16 Veja, eu gravei você nas palmas das minhas mãos;seus muros estão sempre diante de mim. 17 Seus filhos apressam-se em voltar,e aqueles que a despojaram afastam-se de você. 18 Erga os olhos e olhe ao redor;todos os seus filhos se ajuntam e vêm até você.Juro pela minha vidaque você se vestirá deles todos como ornamento;você se vestirá deles como uma noiva”, declara o SENHOR. 19 “Apesar de você ter sido arruinada e abandonadae apesar de sua terra ter sido arrasada,agora você será pequena demais para o seu povo,e aqueles que a devoraram estarão bem distantes. 20 Os filhos nascidos durante seu lutoainda dirão ao alcance dos seus ouvidos:‘Este lugar é pequeno demais para nós;dê-nos mais espaço para nele vivermos’. 21 Então você dirá em seu coração:‘Quem me gerou estes filhos?Eu estava enlutada e estéril;estava exilada e rejeitada.Quem os criou?Fui deixada totalmente só,mas estes…de onde vieram?’ ” 22 Assim diz o Soberano, o SENHOR:“Veja, eu acenarei para os gentios,erguerei minha bandeira para os povos;eles trarão nos braços os seus filhose carregarão nos ombros as suas filhas. 23 Reis serão os seus padrastos,e suas rainhas serão as suas amas de leite.Eles se inclinarão diante de você, com o rosto em terra;lamberão o pó dos seus pés.Então você saberá que eu sou o SENHOR;aqueles que esperam em mim não ficarão decepcionados”. 24 Será que se pode tirar o despojo dos guerreiros,ou será que os prisioneiros podem ser resgatados do poder dos violentos? 25 Assim, porém, diz o SENHOR: 26 “Sim, prisioneiros serão tirados de guerreiros,e despojo será retomado dos violentos;brigarei com os que brigam com você,e seus filhos, eu os salvarei.Farei seus opressores comerem sua própria carne;ficarão bêbados com seu próprio sangue, como com vinho.Então todo mundo saberá que eu,o SENHOR, sou o seu Salvador,seu Redentor, o Poderoso de Jacó”.
1 Havia certo homem de Ramataim, zufita, dos montes de Efraim, chamado Elcana, filho de Jeroão, neto de Eliú e bisneto de Toú, filho do efraimita Zufe. 2 Ele tinha duas mulheres: uma se chamava Ana e a outra Penina. Penina tinha filhos; Ana, porém, não tinha. 3 Todos os anos esse homem subia de sua cidade a Siló para adorar e sacrificar ao SENHOR dos Exércitos. Lá, Hofni e Fineias, os dois filhos de Eli, eram sacerdotes do SENHOR. 4 No dia em que Elcana oferecia sacrifícios, dava porções à sua mulher Penina e a todos os filhos e filhas dela. 5 Mas a Ana dava uma porção dupla, porque a amava, apesar de o SENHOR tê-la deixado estéril. 6 E porque o SENHOR a tinha deixado estéril, sua rival a provocava continuamente, a fim de irritá-la. 7 Isso acontecia ano após ano. Sempre que Ana subia à casa do SENHOR, sua rival a provocava, e ela chorava e não comia. 8 Elcana, seu marido, lhe perguntava: “Ana, por que você está chorando? Por que não come? Por que está triste? Será que eu não sou melhor para você do que dez filhos?” 9 Certa vez quando terminou de comer e beber em Siló, estando o sacerdote Eli sentado numa cadeira junto à entrada do santuário do SENHOR, Ana se levantou 10 e, com a alma amargurada, chorou muito e orou ao SENHOR. 11 E fez um voto, dizendo: “Ó SENHOR dos Exércitos, se tu deres atenção à humilhação de tua serva, te lembrares de mim e não te esqueceres de tua serva, mas lhe deres um filho, então eu o dedicarei ao SENHOR por todos os dias de sua vida, e o seu cabelo e a sua barba nunca serão cortados”. 12 Enquanto ela continuava a orar diante do SENHOR, Eli observava sua boca. 13 Como Ana orava silenciosamente, seus lábios se mexiam, mas não se ouvia sua voz. Então Eli pensou que ela estivesse embriagada 14 e lhe disse: “Até quando você continuará embriagada? Abandone o vinho!” 15 Ana respondeu: “Não se trata disso, meu senhor. Sou uma mulher muito angustiada. Não bebi vinho nem bebida fermentada; eu estava derramando minha alma diante do SENHOR. 16 Não julgues tua serva uma mulher vadia; estou orando aqui até agora por causa de minha grande angústia e tristeza”. 17 Eli respondeu: “Vá em paz, e que o Deus de Israel conceda a você o que pediu”. 18 Ela disse: “Espero que sejas benevolente para com tua serva!” Então ela seguiu seu caminho, comeu, e seu rosto já não estava mais abatido. 19 Na manhã seguinte, eles se levantaram e adoraram o SENHOR; então voltaram para casa, em Ramá. Elcana teve relações com sua mulher Ana, e o SENHOR se lembrou dela. 20 Assim Ana engravidou e, no devido tempo, deu à luz um filho. E deu-lhe o nome de Samuel, dizendo: “Eu o pedi ao SENHOR”. 21 Quando no ano seguinte Elcana subiu com toda a família para oferecer o sacrifício anual ao SENHOR e para cumprir o seu voto, 22 Ana não foi e disse a seu marido: “Depois que o menino for desmamado, eu o levarei e o apresentarei ao SENHOR, e ele morará ali para sempre”. 23 Disse Elcana, seu marido: “Faça o que parecer melhor a você. Fique aqui até desmamá-lo; que o SENHOR apenas confirme a palavra dele!” Então ela ficou em casa e criou seu filho até que o desmamou. 24 Depois de desmamá-lo, levou o menino, ainda pequeno, à casa do SENHOR, em Siló, com um novilho de três anos de idade, uma arroba de farinha e uma vasilha de couro cheia de vinho. 25 Eles sacrificaram o novilho e levaram o menino a Eli, 26 e ela lhe disse: “Meu senhor, juro por tua vida que eu sou a mulher que esteve aqui a teu lado, orando ao SENHOR. 27 Era este menino que eu pedia, e o SENHOR concedeu-me o pedido. 28 Por isso, agora, eu o dedico ao SENHOR. Por toda a sua vida será dedicado ao SENHOR”. E ali adorou o SENHOR.
1 Senhores, deem aos seus escravos o que é justo e direito, sabendo que vocês também têm um Senhor nos céus. 2 Dediquem-se à oração, estejam alerta e sejam agradecidos. 3 Ao mesmo tempo, orem também por nós, para que Deus abra uma porta para a nossa mensagem, a fim de que possamos proclamar o mistério de Cristo, pelo qual estou preso. 4 Orem para que eu possa manifestá-lo abertamente, como me cumpre fazê-lo. 5 Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades. 6 O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um. 7 Tíquico informará vocês de todas as coisas a meu respeito. Ele é um irmão amado, ministro fiel e cooperador no serviço do Senhor. 8 Eu o envio a vocês precisamente com o propósito de que saibam de tudo o que se passa conosco, e para que ele lhes fortaleça o coração. 9 Ele irá com Onésimo, fiel e amado irmão, que é um de vocês. Eles irão contar tudo o que está acontecendo aqui. 10 Aristarco, meu companheiro de prisão, envia saudações, bem como Marcos, primo de Barnabé. Vocês receberam instruções a respeito de Marcos, e, se ele for visitá-los, recebam-no. 11 Jesus, chamado Justo, também envia saudações. Esses são os únicos da circuncisão que são meus cooperadores em favor do Reino de Deus. Eles têm sido uma fonte de ânimo para mim. 12 Epafras, que é um de vocês e servo de Cristo Jesus, envia saudações. Ele está sempre batalhando por vocês em oração, para que, como pessoas maduras e plenamente convictas, continuem firmes em toda a vontade de Deus. 13 Dele dou testemunho de que se esforça muito por vocês e pelos que estão em Laodiceia e em Hierápolis. 14 Lucas, o médico amado, e Demas enviam saudações. 15 Saúdem os irmãos de Laodiceia, bem como Ninfa e a igreja que se reúne em sua casa. 16 Depois que esta carta for lida entre vocês, façam que também seja lida na igreja dos laodicenses e que vocês igualmente leiam a carta de Laodiceia. 17 Digam a Arquipo: “Cuide em cumprir o ministério que você recebeu no Senhor”. 18 Eu, Paulo, escrevo esta saudação de próprio punho. Lembrem-se das minhas algemas. A graça seja com vocês.
1 Refleti nisso tudo e cheguei à conclusão de que os justos e os sábios, e aquilo que eles fazem, estão nas mãos de Deus. O que os espera, seja amor ou ódio, ninguém sabe. 2 Todos partilham um destino comum: o justo e o ímpio, o bom e o mau, o puro e o impuro, o que oferece sacrifícios e o que não os oferece.O que acontece com o homem bom,acontece com o pecador;o que acontece com quem faz juramentos,acontece com quem teme fazê-los. 3 Este é o mal que há em tudo o que acontece debaixo do sol: o destino de todos é o mesmo. O coração dos homens, além do mais, está cheio de maldade e de loucura durante toda a vida; e por fim eles se juntarão aos mortos. 4 Quem está entre os vivos tem esperança; até um cachorro vivo é melhor do que um leão morto! 5 Pois os vivos sabem que morrerão,mas os mortos nada sabem;para eles não haverá mais recompensa,e já não se tem lembrança deles. 6 Para eles o amor, o ódio e a invejahá muito desapareceram;nunca mais terão parte em nadado que acontece debaixo do sol. 7 Portanto, vá, coma com prazer a sua comida e beba o seu vinho de coração alegre, pois Deus já se agradou do que você faz. 8 Esteja sempre vestido com roupas de festa, e unja sempre a sua cabeça com óleo. 9 Desfrute a vida com a mulher a quem você ama, todos os dias desta vida sem sentido que Deus dá a você debaixo do sol; todos os seus dias sem sentido! Pois essa é a sua recompensa na vida pelo seu árduo trabalho debaixo do sol. 10 O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois na sepultura, para onde você vai, não há atividade nem planejamento, não há conhecimento nem sabedoria. 11 Percebi ainda outra coisa debaixo do sol:Os velozes nem sempre vencem a corrida;os fortes nem sempre triunfam na guerra;os sábios nem sempre têm comida;os prudentes nem sempre são ricos;os instruídos nem sempre têm prestígio;pois o tempo e o acaso afetam a todos. 12 Além do mais, ninguém sabe quando virá a sua hora:Assim como os peixes são apanhados numa rede fatale os pássaros são pegos numa armadilha,também os homens são enredados pelos tempos de desgraçaque caem inesperadamente sobre eles. 13 Também vi debaixo do sol este exemplo de sabedoria que muito me impressionou: 14 Havia uma pequena cidade, de poucos habitantes. Um rei poderoso veio contra ela, cercou-a com muitos dispositivos de guerra. 15 Ora, naquela cidade vivia um homem pobre mas sábio, e com sua sabedoria ele salvou a cidade. No entanto, ninguém se lembrou mais daquele pobre. 16 Por isso pensei: Embora a sabedoria seja melhor do que a força, a sabedoria do pobre é desprezada, e logo suas palavras são esquecidas. 17 As palavras dos sábios devem ser ouvidas com mais atençãodo que os gritos de quem domina sobre tolos. 18 A sabedoria é melhor do que as armas de guerra,mas um só pecador destrói muita coisa boa.
1 Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, atravessando as regiões altas, chegou a Éfeso. Ali encontrou alguns discípulos 2 e lhes perguntou: “Vocês receberam o Espírito Santo quando creram?”Eles responderam: “Não, nem sequer ouvimos que existe o Espírito Santo”. 3 “Então, que batismo vocês receberam?”, perguntou Paulo.“O batismo de João”, responderam eles. 4 Disse Paulo: “O batismo de João foi um batismo de arrependimento. Ele dizia ao povo que cresse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus”. 5 Ouvindo isso, eles foram batizados no nome do Senhor Jesus. 6 Quando Paulo lhes impôs as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e começaram a falar em línguas e a profetizar. 7 Eram ao todo uns doze homens. 8 Paulo entrou na sinagoga e ali falou com liberdade durante três meses, argumentando convincentemente acerca do Reino de Deus. 9 Mas alguns deles se endureceram e se recusaram a crer, e começaram a falar mal do Caminho diante da multidão. Paulo, então, afastou-se deles. Tomando consigo os discípulos, passou a ensinar diariamente na escola de Tirano. 10 Isso continuou por dois anos, de forma que todos os judeus e os gregos que viviam na província da Ásia ouviram a palavra do Senhor. 11 Deus fazia milagres extraordinários por meio de Paulo, 12 de modo que até lenços e aventais que Paulo usava eram levados e colocados sobre os enfermos. Estes eram curados de suas doenças, e os espíritos malignos saíam deles. 13 Alguns judeus que andavam expulsando espíritos malignos tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os endemoninhados, dizendo: “Em nome de Jesus, a quem Paulo prega, eu ordeno que saiam!” 14 Os que estavam fazendo isso eram os sete filhos de Ceva, um dos chefes dos sacerdotes dos judeus. 15 Um dia, o espírito maligno lhes respondeu: “Jesus, eu conheço, Paulo, eu sei quem é; mas vocês, quem são?” 16 Então o endemoninhado saltou sobre eles e os dominou, espancando-os com tamanha violência que eles fugiram da casa nus e feridos. 17 Quando isso se tornou conhecido de todos os judeus e gregos que viviam em Éfeso, todos eles foram tomados de temor; e o nome do Senhor Jesus era engrandecido. 18 Muitos dos que creram vinham, e confessavam, e declaravam abertamente suas más obras. 19 Grande número dos que tinham praticado ocultismo reuniram seus livros e os queimaram publicamente. Calculado o valor total, este chegou a cinquenta mil dracmas. 20 Dessa maneira a palavra do Senhor muito se difundia e se fortalecia. 21 Depois dessas coisas, Paulo decidiu no espírito ir a Jerusalém, passando pela Macedônia e pela Acaia. Ele dizia: “Depois de haver estado ali, é necessário também que eu vá visitar Roma”. 22 Então enviou à Macedônia dois dos seus auxiliares, Timóteo e Erasto, e permaneceu mais um pouco na província da Ásia. 23 Naquele tempo houve um grande tumulto por causa do Caminho. 24 Um ourives chamado Demétrio, que fazia miniaturas de prata do templo de Ártemis e que dava muito lucro aos artífices, 25 reuniu-os com os trabalhadores dessa profissão e disse: “Senhores, vocês sabem que temos uma boa fonte de lucro nesta atividade 26 e estão vendo e ouvindo como este indivíduo, Paulo, está convencendo e desviando grande número de pessoas aqui em Éfeso e em quase toda a província da Ásia. Diz ele que deuses feitos por mãos humanas não são deuses. 27 Não somente há o perigo de nossa profissão perder sua reputação, mas também de o templo da grande deusa Ártemis cair em descrédito e de a própria deusa, adorada em toda a província da Ásia e em todo o mundo, ser destituída de sua majestade divina”. 28 Ao ouvirem isso, eles ficaram furiosos e começaram a gritar: “Grande é a Ártemis dos efésios!” 29 Em pouco tempo a cidade toda estava em tumulto. O povo foi às pressas para o teatro, arrastando os companheiros de viagem de Paulo, os macedônios Gaio e Aristarco. 30 Paulo queria apresentar-se à multidão, mas os discípulos não o permitiram. 31 Alguns amigos de Paulo dentre as autoridades da província chegaram a mandar-lhe um recado, pedindo-lhe que não se arriscasse a ir ao teatro. 32 A assembleia estava em confusão: uns gritavam uma coisa, outros gritavam outra. A maior parte do povo nem sabia por que estava ali. 33 Alguns da multidão julgaram que Alexandre era a causa do tumulto, quando os judeus o empurraram para a frente. Ele fez sinal pedindo silêncio, com a intenção de fazer sua defesa diante do povo. 34 Mas, quando ficaram sabendo que ele era judeu, todos gritaram a uma só voz durante cerca de duas horas: “Grande é a Ártemis dos efésios!” 35 O escrivão da cidade acalmou a multidão e disse: “Efésios, quem não sabe que a cidade de Éfeso é a guardiã do templo da grande Ártemis e da sua imagem que caiu do céu? 36 Portanto, visto que estes fatos são inegáveis, acalmem-se e não façam nada precipitadamente. 37 Vocês trouxeram estes homens aqui, embora eles não tenham roubado templos nem blasfemado contra a nossa deusa. 38 Se Demétrio e seus companheiros de profissão têm alguma queixa contra alguém, os tribunais estão abertos, e há procônsules. Eles que apresentem suas queixas ali. 39 Se há mais alguma coisa que vocês desejam apresentar, isso será decidido em assembleia, conforme a lei. 40 Da maneira como está, corremos o perigo de sermos acusados de perturbar a ordem pública por causa dos acontecimentos de hoje. Nesse caso, não seríamos capazes de justificar este tumulto, visto que não há razão para tal”. 41 E, tendo dito isso, encerrou a assembleia.
1 Novamente Jesus começou a ensinar à beira-mar. Reuniu-se ao seu redor uma multidão tão grande que ele teve que entrar num barco e assentar-se nele. O barco estava no mar, enquanto todo o povo ficava na beira da praia. 2 Ele lhes ensinava muitas coisas por parábolas, dizendo em seu ensino: 3 “Ouçam! O semeador saiu a semear. 4 Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram. 5 Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda. 6 Mas, quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz. 7 Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas, de forma que ela não deu fruto. 8 Outra ainda caiu em boa terra, germinou, cresceu e deu boa colheita, a trinta, sessenta e até cem por um”. 9 E acrescentou: “Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!” 10 Quando ele ficou sozinho, os Doze e os outros que estavam ao seu redor lhe fizeram perguntas acerca das parábolas. 11 Ele lhes disse: “A vocês foi dado o mistério do Reino de Deus, mas aos que estão fora tudo é dito por parábolas, 12 a fim de que,“ ‘ainda que vejam, não percebam;ainda que ouçam, não entendam;de outro modo, poderiam converter-se e ser perdoados!’” 13 Então Jesus lhes perguntou: “Vocês não entendem esta parábola? Como, então, compreenderão todas as outras? 14 O semeador semeia a palavra. 15 Algumas pessoas são como a semente à beira do caminho, onde a palavra é semeada. Logo que a ouvem, Satanás vem e retira a palavra nelas semeada. 16 Outras, como a semente lançada em terreno pedregoso, ouvem a palavra e logo a recebem com alegria. 17 Todavia, visto que não têm raiz em si mesmas, permanecem por pouco tempo. Quando surge alguma tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo a abandonam. 18 Outras ainda, como a semente lançada entre espinhos, ouvem a palavra; 19 mas, quando chegam as preocupações desta vida, o engano das riquezas e os anseios por outras coisas sufocam a palavra, tornando-a infrutífera. 20 Outras pessoas são como a semente lançada em boa terra: ouvem a palavra, aceitam-na e dão uma colheita de trinta, sessenta e até cem por um”. 21 Ele lhes disse: “Quem traz uma candeia para ser colocada debaixo de uma vasilha ou de uma cama? Acaso não a coloca num lugar apropriado? 22 Porque não há nada oculto, senão para ser revelado, e nada escondido, senão para ser trazido à luz. 23 Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça! 24 “Considerem atentamente o que vocês estão ouvindo”, continuou ele. “Com a medida com que medirem, vocês serão medidos; e ainda mais acrescentarão para vocês. 25 A quem tiver, mais lhe será dado; de quem não tiver, até o que tem lhe será tirado”. 26 Ele prosseguiu dizendo: “O Reino de Deus é semelhante a um homem que lança a semente sobre a terra. 27 Noite e dia, estando ele dormindo ou acordado, a semente germina e cresce, embora ele não saiba como. 28 A terra por si própria produz o grão: primeiro o talo, depois a espiga e, então, o grão cheio na espiga. 29 Logo que o grão fica maduro, o homem lhe passa a foice, porque chegou a colheita”. 30 Novamente ele disse: “Com que compararemos o Reino de Deus? Que parábola usaremos para descrevê-lo? 31 É como um grão de mostarda, que é a menor semente que se planta na terra. 32 No entanto, uma vez plantado, cresce e se torna uma das maiores plantas, com ramos tão grandes que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra”. 33 Com muitas parábolas semelhantes Jesus lhes anunciava a palavra, tanto quanto podiam receber. 34 Não lhes dizia nada sem usar alguma parábola. Quando, porém, estava a sós com os seus discípulos, explicava-lhes tudo. 35 Naquele dia, ao anoitecer, disse ele aos seus discípulos: “Vamos para o outro lado”. 36 Deixando a multidão, eles o levaram no barco, assim como estava. Outros barcos também o acompanhavam. 37 Levantou-se um forte vendaval, e as ondas se lançavam sobre o barco, de forma que este ia se enchendo de água. 38 Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e clamaram: “Mestre, não te importas que morramos?” 39 Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: “Aquiete-se! Acalme-se!” O vento se aquietou, e fez-se completa bonança. 40 Então perguntou aos seus discípulos: “Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?” 41 Eles estavam apavorados e perguntavam uns aos outros: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?”
1 O vinho é zombador e a bebida fermentada provoca brigas;não é sábio deixar-se dominar por eles. 2 O medo que o rei provoca é como o do rugido de um leão;quem o irrita põe em risco a própria vida. 3 É uma honra dar fim a contendas,mas todos os insensatos envolvem-se nelas. 4 O preguiçoso não ara a terra na estação própria;mas na época da colheita procura, e não acha nada. 5 Os propósitos do coração do homem são águas profundas,mas quem tem discernimento os traz à tona. 6 Muitos se dizem amigos leais;mas um homem fiel, quem poderá achar? 7 O homem justo leva uma vida íntegra;como são felizes os seus filhos! 8 Quando o rei se assenta no trono para julgar,com o olhar esmiúça todo o mal. 9 Quem poderá dizer: “Purifiquei o coração;estou livre do meu pecado”? 10 Pesos adulterados e medidas falsificadassão coisas que o SENHOR detesta. 11 Até a criança mostra o que é por suas ações;o seu procedimento revelará se ela é pura e justa. 12 Os ouvidos que ouvem e os olhos que veemforam feitos pelo SENHOR. 13 Não ame o sono, senão você acabará ficando pobre;fique desperto, e terá alimento de sobra. 14 “Não vale isso! Não vale isso!”, diz o comprador,mas, quando se vai, gaba-se do bom negócio. 15 Mesmo onde há ouro e rubis em grande quantidade,os lábios que transmitem conhecimento são uma rara preciosidade. 16 Tome-se a veste de quem serve de fiador ao estranho;sirva ela de penhor de quem dá garantia a uma mulher leviana. 17 Saborosa é a comida que se obtém com mentiras,mas depois dá areia na boca. 18 Os conselhos são importantes para quem quiser fazer planos,e quem sai à guerra precisa de orientação. 19 Quem vive contando casos não guarda segredo;por isso, evite quem fala demais. 20 Se alguém amaldiçoar seu pai ou sua mãe,a luz de sua vida se extinguirá na mais profunda escuridão. 21 A herança que se obtém com ganância no princípiono final não será abençoada. 22 Não diga: “Eu o farei pagar pelo mal que me fez!”Espere pelo SENHOR, e ele dará a vitória a você. 23 O SENHOR detesta pesos adulterados,e balanças falsificadas não o agradam. 24 Os passos do homem são dirigidos pelo SENHOR.Como poderia alguém discernir o seu próprio caminho? 25 É uma armadilha consagrar algo precipitadamente,e só pensar nas consequências depois que se fez o voto. 26 O rei sábio abana os ímpiose passa sobre eles a roda de debulhar. 27 O espírito do homem é a lâmpada do SENHOR,e vasculha cada parte do seu ser. 28 A bondade e a fidelidade preservam o rei;por sua bondade ele dá firmeza ao seu trono. 29 A beleza dos jovens está na sua força;a glória dos idosos, nos seus cabelos brancos. 30 Os golpes e os ferimentos eliminam o mal;os açoites limpam as profundezas do ser.
1 Aleluia!Cantem ao SENHOR uma nova canção,louvem-no na assembleia dos fiéis. 2 Alegre-se Israel no seu Criador,exulte o povo de Sião no seu Rei! 3 Louvem eles o seu nome com danças;ofereçam-lhe música com tamborim e harpa. 4 O SENHOR agrada-se do seu povo;ele coroa de vitória os oprimidos. 5 Regozijem-se os seus fiéis nessa glóriae em seu leito cantem alegremente! 6 Altos louvores estejam em seus lábiose uma espada de dois gumes em suas mãos, 7 para impor vingança às naçõese trazer castigo aos povos; 8 para prender os seus reis com grilhõese seus nobres com algemas de ferro; 9 para executar a sentença escrita contra eles.Esta é a glória de todos os seus fiéis.Aleluia!