1 Naquela ocasião, alguns dos que estavam presentes contaram a Jesus que Pilatos misturara o sangue de alguns galileus com os sacrifícios deles. 2 Jesus respondeu: “Vocês pensam que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros, por terem sofrido dessa maneira? 3 Eu digo que não! Mas, se não se arrependerem, todos vocês também perecerão. 4 Ou vocês pensam que aqueles dezoito que morreram, quando caiu sobre eles a torre de Siloé, eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? 5 Eu digo que não! Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão”. 6 Então contou esta parábola: “Um homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Foi procurar fruto nela, e não achou nenhum. 7 Por isso disse ao que cuidava da vinha: ‘Já faz três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não acho. Corte-a! Por que deixá-la inutilizar a terra?’ 8 “Respondeu o homem: ‘Senhor, deixe-a por mais um ano, e eu cavarei ao redor dela e a adubarei. 9 Se der fruto no ano que vem, muito bem! Se não, corte-a’.” 10 Certo sábado Jesus estava ensinando numa das sinagogas, 11 e ali estava uma mulher que tinha um espírito que a mantinha doente havia dezoito anos. Ela andava encurvada e de forma alguma podia endireitar-se. 12 Ao vê-la, Jesus chamou-a à frente e lhe disse: “Mulher, você está livre da sua doença”. 13 Então lhe impôs as mãos; e imediatamente ela se endireitou e passou a louvar a Deus. 14 Indignado porque Jesus havia curado no sábado, o dirigente da sinagoga disse ao povo: “Há seis dias em que se deve trabalhar. Venham para ser curados nesses dias, e não no sábado”. 15 O Senhor lhe respondeu: “Hipócritas! Cada um de vocês não desamarra no sábado o seu boi ou jumento do estábulo e o leva dali para dar-lhe água? 16 Então, esta mulher, uma filha de Abraão a quem Satanás mantinha presa por dezoito longos anos, não deveria no dia de sábado ser libertada daquilo que a prendia?” 17 Tendo dito isso, todos os seus oponentes ficaram envergonhados, mas o povo se alegrava com todas as maravilhas que ele estava fazendo. 18 Então Jesus perguntou: “Com que se parece o Reino de Deus? Com que o compararei? 19 É como um grão de mostarda que um homem semeou em sua horta. Ele cresceu e se tornou uma árvore, e as aves do céu fizeram ninhos em seus ramos”. 20 Mais uma vez ele perguntou: “Com que compararei o Reino de Deus? 21 É como o fermento que uma mulher misturou com uma grande quantidade de farinha, e toda a massa ficou fermentada”. 22 Depois Jesus foi pelas cidades e povoados e ensinava, prosseguindo em direção a Jerusalém. 23 Alguém lhe perguntou: “Senhor, serão poucos os salvos?”Ele lhes disse: 24 “Esforcem-se para entrar pela porta estreita, porque eu digo a vocês que muitos tentarão entrar e não conseguirão. 25 Quando o dono da casa se levantar e fechar a porta, vocês ficarão do lado de fora, batendo e pedindo: ‘Senhor, abre-nos a porta’.“Ele, porém, responderá: ‘Não os conheço, nem sei de onde são vocês’. 26 “Então vocês dirão: ‘Comemos e bebemos contigo, e ensinaste em nossas ruas’. 27 “Mas ele responderá: ‘Não os conheço, nem sei de onde são vocês. Afastem-se de mim, todos vocês, que praticam o mal!’ 28 “Ali haverá choro e ranger de dentes, quando vocês virem Abraão, Isaque e Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, mas vocês excluídos. 29 Pessoas virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e ocuparão os seus lugares à mesa no Reino de Deus. 30 De fato, há últimos que serão primeiros e primeiros que serão últimos”. 31 Naquela mesma hora, alguns fariseus aproximaram-se de Jesus e lhe disseram: “Saia e vá embora daqui, pois Herodes quer matá-lo”. 32 Ele respondeu: “Vão dizer àquela raposa: Expulsarei demônios e curarei o povo hoje e amanhã e no terceiro dia estarei pronto. 33 Mas preciso prosseguir hoje, amanhã e depois de amanhã, pois certamente nenhum profeta deve morrer fora de Jerusalém! 34 “Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que são enviados a você! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! 35 Eis que a casa de vocês ficará deserta. Eu digo que vocês não me verão mais até que digam: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor’.”
1 No primeiro mês toda a comunidade de Israel chegou ao deserto de Zim e ficou em Cades. Ali Miriã morreu e foi sepultada. 2 Não havia água para a comunidade, e o povo se juntou contra Moisés e contra Arão. 3 Discutiram com Moisés e disseram: “Quem dera tivéssemos morrido quando os nossos irmãos caíram mortos perante o SENHOR! 4 Por que vocês trouxeram a assembleia do SENHOR a este deserto, para que nós e os nossos rebanhos morrêssemos aqui? 5 Por que vocês nos tiraram do Egito e nos trouxeram para este lugar terrível? Aqui não há cereal, nem figos, nem uvas, nem romãs, nem água para beber!” 6 Moisés e Arão saíram de diante da assembleia para a entrada da Tenda do Encontro e se prostraram com o rosto em terra, e a glória do SENHOR lhes apareceu. 7 E o SENHOR disse a Moisés: 8 “Pegue a vara, e com o seu irmão Arão reúna a comunidade e diante desta fale àquela rocha, e ela verterá água. Vocês tirarão água da rocha para a comunidade e os rebanhos beberem”. 9 Então Moisés pegou a vara que estava diante do SENHOR, como este lhe havia ordenado. 10 Moisés e Arão reuniram a assembleia em frente da rocha, e Moisés disse: “Escutem, rebeldes, será que teremos que tirar água desta rocha para dar a vocês?” 11 Então Moisés ergueu o braço e bateu na rocha duas vezes com a vara. Jorrou água, e a comunidade e os rebanhos beberam. 12 O SENHOR, porém, disse a Moisés e a Arão: “Como vocês não confiaram em mim para honrar minha santidade à vista dos israelitas, vocês não conduzirão esta comunidade para a terra que dou a vocês”. 13 Essas foram as águas de Meribá, onde os israelitas discutiram com o SENHOR e onde ele manifestou sua santidade entre eles. 14 De Cades, Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom, dizendo:“Assim diz o teu irmão Israel: Tu sabes de todas as dificuldades que vieram sobre nós. 15 Os nossos antepassados desceram para o Egito, e ali vivemos durante muitos anos. Os egípcios, porém, nos maltrataram, como também a eles, 16 mas, quando clamamos ao SENHOR, ele ouviu o nosso clamor, enviou um anjo e nos tirou do Egito.“Agora estamos em Cades, cidade na fronteira do teu território. 17 Deixa-nos atravessar a tua terra. Não passaremos por nenhuma plantação ou vinha, nem beberemos água de poço algum. Passaremos pela estrada do rei e não nos desviaremos nem para a direita nem para a esquerda, até que tenhamos atravessado o teu território”. 18 Mas Edom respondeu:“Vocês não poderão passar por aqui; se tentarem, nós os atacaremos com a espada”. 19 E os israelitas disseram:“Iremos pela estrada principal; se nós e os nossos rebanhos bebermos de tua água, pagaremos por ela. Queremos apenas atravessar a pé, e nada mais”. 20 Mas Edom insistiu:“Vocês não poderão atravessar”.Então Edom os atacou com um exército grande e poderoso. 21 Visto que Edom se recusou a deixá-los atravessar o seu território, Israel desviou-se dele. 22 Toda a comunidade israelita partiu de Cades e chegou ao monte Hor. 23 Naquele monte, perto da fronteira de Edom, o SENHOR disse a Moisés e a Arão: 24 “Arão será reunido aos seus antepassados. Não entrará na terra que dou aos israelitas, porque vocês dois se rebelaram contra a minha ordem junto às águas de Meribá. 25 Leve Arão e seu filho Eleazar para o alto do monte Hor. 26 Tire as vestes de Arão e coloque-as em seu filho Eleazar, pois Arão será reunido aos seus antepassados; ele morrerá ali”. 27 Moisés fez conforme o SENHOR ordenou; subiram o monte Hor à vista de toda a comunidade. 28 Moisés tirou as vestes de Arão e as colocou em seu filho Eleazar. E Arão morreu no alto do monte. Depois disso, Moisés e Eleazar desceram do monte, 29 e, quando toda a comunidade soube que Arão tinha morrido, toda a nação de Israel pranteou por ele durante trinta dias.
1 Portanto, irmãos, rogo pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. 2 Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. 3 Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. 4 Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, 5 assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros. 6 Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé. 7 Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; 8 se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria. 9 O amor deve ser sincero. Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é bom. 10 Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a vocês. 11 Nunca falte a vocês o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor. 12 Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração. 13 Compartilhem o que vocês têm com os santos em suas necessidades. Pratiquem a hospitalidade. 14 Abençoem aqueles que os perseguem; abençoem-nos, não os amaldiçoem. 15 Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram. 16 Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior. Não sejam sábios aos seus próprios olhos. 17 Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos. 18 Façam todo o possível para viver em paz com todos. 19 Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: “Minha é a vingança; eu retribuirei”, diz o Senhor. 20 Ao contrário:“Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer;se tiver sede, dê-lhe de beber.Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele”. 21 Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.
1 Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia. 2 Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. 3 Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. 4 Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou”. 5 Aquele que estava assentado no trono disse: “Estou fazendo novas todas as coisas!” E acrescentou: “Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança”. 6 Disse-me ainda: “Está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida. 7 O vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. 8 Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos—o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte”. 9 Um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas aproximou-se e me disse: “Venha, eu mostrarei a você a noiva, a esposa do Cordeiro”. 10 Ele me levou no Espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus. 11 Ela resplandecia com a glória de Deus, e o seu brilho era como o de uma joia muito preciosa, como jaspe, clara como cristal. 12 Tinha um grande e alto muro com doze portas e doze anjos junto às portas. Nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. 13 Havia três portas ao oriente, três ao norte, três ao sul e três ao ocidente. 14 O muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. 15 O anjo que falava comigo tinha como medida uma vara feita de ouro, para medir a cidade, suas portas e seus muros. 16 A cidade era quadrangular, de comprimento e largura iguais. Ele mediu a cidade com a vara; tinha dois mil e duzentos quilômetros de comprimento; a largura e a altura eram iguais ao comprimento. 17 Ele mediu o muro, e deu sessenta e cinco metros de espessura, segundo a medida humana que o anjo estava usando. 18 O muro era feito de jaspe e a cidade era de ouro puro, semelhante ao vidro puro. 19 Os fundamentos dos muros da cidade eram ornamentados com toda sorte de pedras preciosas. O primeiro fundamento era ornamentado com jaspe; o segundo com safira; o terceiro com calcedônia; o quarto com esmeralda; 20 o quinto com sardônio; o sexto com sárdio; o sétimo com crisólito; o oitavo com berilo; o nono com topázio; o décimo com crisópraso; o décimo primeiro com jacinto; e o décimo segundo com ametista. 21 As doze portas eram doze pérolas, cada porta feita de uma única pérola. A rua principal da cidade era de ouro puro, como vidro transparente. 22 Não vi templo algum na cidade, pois o Senhor Deus todo-poderoso e o Cordeiro são o seu templo. 23 A cidade não precisa de sol nem de lua para brilharem sobre ela, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua candeia. 24 As nações andarão em sua luz, e os reis da terra lhe trarão a sua glória. 25 Suas portas jamais se fecharão de dia, pois ali não haverá noite. 26 A glória e a honra das nações lhe serão trazidas. 27 Nela jamais entrará algo impuro, nem ninguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso, mas unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro.
1 Do SENHOR é a terra e tudo o que nela existe,o mundo e os que nele vivem; 2 pois foi ele quem a estabeleceu sobre os marese a firmou sobre as águas. 3 Quem poderá subir o monte do SENHOR?Quem poderá entrar no seu Santo Lugar? 4 Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro,que não recorre aos ídolosnem jura por deuses falsos. 5 Ele receberá bênçãos do SENHOR,e Deus, o seu Salvador, lhe fará justiça. 6 São assim aqueles que o buscam,que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. 7 Abram-se, ó portais;abram-se, ó portas antigas,para que o Rei da glória entre. 8 Quem é o Rei da glória?O SENHOR forte e valente,o SENHOR valente nas guerras. 9 Abram-se, ó portais;abram-se, ó portas antigas,para que o Rei da glória entre. 10 Quem é esse Rei da glória?O SENHOR dos Exércitos;ele é o Rei da glória!
1 A mulher sábia edifica a sua casa,mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua. 2 Quem anda direito teme o SENHOR,mas quem segue caminhos enganosos o despreza. 3 A conversa do insensato traz a vara para as suas costas,mas os lábios dos sábios os protegem. 4 Onde não há bois o celeiro fica vazio,mas da força do boi vem a grande colheita. 5 A testemunha sincera não engana,mas a falsa transborda em mentiras. 6 O zombador busca sabedoria e nada encontra,mas o conhecimento vem facilmente ao que tem discernimento. 7 Mantenha-se longe do tolo,pois você não achará conhecimento no que ele falar. 8 A sabedoria do homem prudente é discernir o seu caminho,mas a insensatez dos tolos é enganosa. 9 Os insensatos zombam da ideia de reparar o pecado cometido,mas a boa vontade está entre os justos. 10 Cada coração conhece a sua própria amargura,e não há quem possa partilhar sua alegria. 11 A casa dos ímpios será destruída,mas a tenda dos justos florescerá. 12 Há caminho que parece certo ao homem,mas no final conduz à morte. 13 Mesmo no riso o coração pode sofrer,e a alegria pode terminar em tristeza. 14 Os infiéis receberão a retribuição de sua conduta,mas o homem bom será recompensado. 15 O inexperiente acredita em qualquer coisa,mas o homem prudente vê bem onde pisa. 16 O sábio é cauteloso e evita o mal,mas o tolo é impetuoso e irresponsável. 17 Quem é irritadiço faz tolices,e o homem cheio de astúcias é odiado. 18 Os inexperientes herdam a insensatez,mas o conhecimento é a coroa dos prudentes. 19 Os maus se inclinarão diante dos homens de bem;e os ímpios, às portas da justiça. 20 Os pobres são evitados até por seus vizinhos,mas os amigos dos ricos são muitos. 21 Quem despreza o próximo comete pecado,mas como é feliz quem trata com bondade os necessitados! 22 Não é certo que se perdem os que só pensam no mal?Mas os que planejam o bem encontram amor e fidelidade. 23 Todo trabalho árduo traz proveito,mas o só falar leva à pobreza. 24 A riqueza dos sábios é a sua coroa,mas a insensatez dos tolos produz apenas insensatez. 25 A testemunha que fala a verdade salva vidas,mas a testemunha falsa é enganosa. 26 Aquele que teme o SENHOR possui uma fortaleza segura,refúgio para os seus filhos. 27 O temor do SENHOR é fonte de vida,e afasta das armadilhas da morte. 28 Uma grande população é a glória do rei,mas, sem súditos, o príncipe está arruinado. 29 O homem paciente dá prova de grande entendimento,mas o precipitado revela insensatez. 30 O coração em paz dá vida ao corpo,mas a inveja apodrece os ossos. 31 Oprimir o pobre é ultrajar o seu Criador,mas tratar com bondade o necessitado é honrar a Deus. 32 Quando chega a calamidade, os ímpios são derrubados;os justos, porém, até em face da morte encontram refúgio. 33 A sabedoria repousa no coração dos que têm discernimento,e mesmo entre os tolos ela se deixa conhecer. 34 A justiça engrandece a nação,mas o pecado é uma vergonha para qualquer povo. 35 O servo sábio agrada o rei,mas o que procede vergonhosamente incorre em sua ira.
1 Os zifeus foram falar com Saul, em Gibeá, e disseram: “Davi está escondido na colina de Haquilá, em frente do deserto de Jesimom”. 2 Então Saul desceu ao deserto de Zife com três mil dos melhores soldados de Israel, em busca de Davi. 3 Saul acampou ao lado da estrada, na colina de Haquilá, em frente do deserto de Jesimom, mas Davi permaneceu no deserto. Quando viu que Saul o estava seguindo, 4 enviou espiões e soube que Saul havia, de fato, chegado. 5 Então Davi foi para onde Saul estava acampado. E viu o lugar onde Saul e Abner, filho de Ner, comandante de seu exército, haviam se deitado. Saul estava deitado no acampamento, com o exército acampado ao redor. 6 Davi perguntou ao hitita Aimeleque e a Abisai, filho de Zeruia, irmão de Joabe: “Quem descerá comigo ao acampamento de Saul?”Disse Abisai: “Irei com você”. 7 Davi e Abisai entraram à noite no acampamento. Saul estava dormindo e tinha fincado sua lança no chão, perto da cabeça. Abner e os soldados estavam deitados à sua volta. 8 Abisai disse a Davi: “Hoje Deus entregou o seu inimigo nas suas mãos. Agora deixe que eu crave a lança nele até o chão, com um só golpe; não precisarei de outro”. 9 Davi, contudo, disse a Abisai: “Não o mate! Quem pode levantar a mão contra o ungido do SENHOR e permanecer inocente? 10 Juro pelo nome do SENHOR”, disse ele, “o SENHOR mesmo o matará; ou chegará a sua hora e ele morrerá, ou ele irá para a batalha e perecerá. 11 O SENHOR me livre de levantar a mão contra o seu ungido. Agora, peguemos a lança e o jarro com água que estão perto da cabeça dele e vamos embora”. 12 Dito isso, Davi apanhou a lança e o jarro que estavam perto da cabeça de Saul, e eles foram embora. Ninguém os viu, ninguém percebeu nada e ninguém acordou. Estavam todos dormindo, pois um sono pesado vindo do SENHOR havia caído sobre eles. 13 Então Davi foi para o outro lado e colocou-se no topo da colina, ao longe, a uma boa distância deles. 14 E gritou para o exército e para Abner, filho de Ner: “Você não vai me responder, Abner?”Abner respondeu: “Quem é que está gritando para o rei?” 15 Disse Davi: “Você é homem, não é? Quem é como você em Israel? Por que você não protegeu o rei, seu senhor? Alguém foi até aí para matá-lo. 16 Não é bom isso que você fez! Juro pelo SENHOR que todos vocês merecem morrer, pois não protegeram o seu rei, o ungido do SENHOR. Agora, olhem! Onde estão a lança e o jarro de água do rei, que estavam perto da cabeça dele?” 17 Saul reconheceu a voz de Davi e disse: “É você, meu filho Davi?”Davi respondeu: “Sim, ó rei, meu senhor”. 18 E acrescentou: “Por que meu senhor está perseguindo este seu servo? O que eu fiz, e de que mal sou culpado? 19 Que o rei, meu senhor, escute as palavras de seu servo. Se o SENHOR o instigou contra mim, queira ele aceitar uma oferta; se, porém, são homens que o fizeram, que sejam amaldiçoados perante o SENHOR! Eles agora me afastaram de minha porção na herança do SENHOR e disseram: ‘Vá, preste culto a outros deuses’. 20 Agora, que o meu sangue não seja derramado longe da presença do SENHOR. O rei de Israel saiu à procura de uma pulga como alguém que sai à caça de uma perdiz nos montes”. 21 Então Saul disse: “Pequei! Volte, meu filho Davi! Como hoje você considerou preciosa a minha vida, não farei mal a você de novo. Tenho agido como um tolo e cometi um grande erro”. 22 Respondeu Davi: “Aqui está a lança do rei. Venha um de seus servos pegá-la. 23 O SENHOR recompensa a justiça e a fidelidade de cada um. Ele te entregou nas minhas mãos hoje, mas eu não levantaria a mão contra o ungido do SENHOR. 24 Assim como eu hoje considerei a tua vida de grande valor, que o SENHOR também considere a minha vida e me livre de toda a angústia”. 25 Então Saul disse a Davi: “Seja você abençoado, meu filho Davi; você fará muitas coisas e em tudo será bem-sucedido”.Assim Davi seguiu seu caminho, e Saul voltou para casa.
1 “Naquele tempo”, declara o SENHOR, “os ossos dos reis e dos líderes de Judá, os ossos dos sacerdotes e dos profetas e os ossos do povo de Jerusalém serão retirados dos seus túmulos. 2 Serão expostos ao sol e à lua e a todos os astros do céu, que eles amaram, aos quais prestaram culto e os quais seguiram, consultaram e adoraram. Não serão ajuntados nem enterrados, antes se tornarão esterco sobre o solo. 3 Todos os sobreviventes dessa nação má preferirão a morte à vida, em todos os lugares para onde eu os expulsar”, diz o SENHOR dos Exércitos. 4 “Diga a eles: Assim diz o SENHOR:“Quando os homens caem, não se levantam mais?Quando alguém se desvia do caminho, não retorna a ele? 5 Por que será, então, que este povo se desviou?Por que Jerusalém persiste em desviar-se?Eles apegam-se ao enganoe recusam-se a voltar. 6 Eu ouvi com atenção,mas eles não dizem o que é certo.Ninguém se arrepende de sua maldadee diz: ‘O que foi que eu fiz?’Cada um se desvia e segue seu próprio curso,como um cavalo que se lança com ímpeto na batalha. 7 Até a cegonha no céuconhece as estações que lhe estão determinadas,e a pomba, a andorinha e o tordoobservam a época de sua migração.Mas o meu povo não conheceas exigências do SENHOR. 8 “Como vocês podem dizer: ‘Somos sábios,pois temos a lei do SENHOR’,quando na verdade a pena mentirosa dos escribasa transformou em mentira? 9 Os sábios serão envergonhados;ficarão amedrontados e serão pegos na armadilha.Visto que rejeitaram a palavra do SENHOR,que sabedoria é essa que eles têm? 10 Por isso, entregarei as suas mulheres a outros homens,e darei os seus campos a outros proprietários.Desde o menor até o maior,todos são gananciosos;tanto os sacerdotes como os profetas,todos praticam a falsidade. 11 Eles tratam da ferida do meu povocomo se ela não fosse grave.‘Paz, paz’, dizem,quando não há paz alguma. 12 Ficaram eles envergonhados de sua conduta detestável?Não, eles não sentem vergonha,nem mesmo sabem corar.Portanto, cairão entre os que caem;serão humilhados quando eu os castigar”,declara o SENHOR. 13 “Eu quis recolher a colheita deles”,declara o SENHOR.“Mas não há uvas na videiranem figos na figueira;as folhas estão secas.O que lhes dei será tomado deles”. 14 Por que estamos sentados aqui?Reúnam-se!Fujamos para as cidades fortificadase pereçamos ali!Pois o SENHOR, o nosso Deus, condenou-nos a perecere nos deu água envenenada para beber,porque temos pecado contra ele. 15 Esperávamos a paz,mas não veio bem algum;esperávamos um tempo de cura,mas há somente terror. 16 O resfolegar dos seus cavalospode-se ouvir desde Dã;ao relinchar dos seus garanhõesa terra toda treme.Vieram para devorar esta terrae tudo o que nela existe,a cidade e todos os que nela habitam. 17 “Vejam, estou enviando contra vocês serpentes venenosas,que ninguém consegue encantar;elas morderão vocês, e não haverá remédio”,diz o SENHOR. 18 A tristeza tomou conta de mim;o meu coração desfalece. 19 Ouça o grito de socorro da minha filha, do meu povo,grito que se estende por toda esta terra:“O SENHOR não está em Sião?Não se acha mais ali o seu rei?”“Por que eles me provocaram à ira com os seus ídolos,com os seus inúteis deuses estrangeiros?” 20 Passou a época da colheita,acabou o verão,e não estamos salvos. 21 Estou arrasado com a devastação sofrida pelo meu povo.Choro muito, e o pavor se apodera de mim. 22 Não há bálsamo em Gileade?Não há médico?Por que será, então, que não há sinal de curapara a ferida do meu povo?
1 Chegou a Derbe e depois a Listra, onde vivia um discípulo chamado Timóteo. Sua mãe era uma judia convertida e seu pai era grego. 2 Os irmãos de Listra e Icônio davam bom testemunho dele. 3 Paulo, querendo levá-lo na viagem, circuncidou-o por causa dos judeus que viviam naquela região, pois todos sabiam que seu pai era grego. 4 Nas cidades por onde passavam, transmitiam as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros em Jerusalém, para que fossem obedecidas. 5 Assim as igrejas eram fortalecidas na fé e cresciam em número cada dia. 6 Paulo e seus companheiros viajaram pela região da Frígia e da Galácia, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na província da Ásia. 7 Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus os impediu. 8 Então, contornaram a Mísia e desceram a Trôade. 9 Durante a noite Paulo teve uma visão, na qual um homem da Macedônia estava em pé e lhe suplicava: “Passe à Macedônia e ajude-nos”. 10 Depois que Paulo teve essa visão, preparamo-nos imediatamente para partir para a Macedônia, concluindo que Deus nos tinha chamado para lhes pregar o evangelho. 11 Partindo de Trôade, navegamos diretamente para Samotrácia e, no dia seguinte, para Neápolis. 12 Dali partimos para Filipos, na Macedônia, que é colônia romana e a principal cidade daquele distrito. Ali ficamos vários dias. 13 No sábado saímos da cidade e fomos para a beira do rio, onde esperávamos encontrar um lugar de oração. Sentamo-nos e começamos a conversar com as mulheres que haviam se reunido ali. 14 Uma das que ouviam era uma mulher temente a Deus chamada Lídia, vendedora de tecido de púrpura, da cidade de Tiatira. O Senhor abriu seu coração para atender à mensagem de Paulo. 15 Tendo sido batizada, bem como os de sua casa, ela nos convidou, dizendo: “Se os senhores me consideram uma crente no Senhor, venham ficar em minha casa”. E nos convenceu. 16 Certo dia, indo nós para o lugar de oração, encontramos uma escrava que tinha um espírito pelo qual predizia o futuro. Ela ganhava muito dinheiro para os seus senhores com adivinhações. 17 Essa moça seguia Paulo e a nós, gritando: “Estes homens são servos do Deus Altíssimo e anunciam o caminho da salvação”. 18 Ela continuou fazendo isso por muitos dias. Finalmente, Paulo ficou indignado, voltou-se e disse ao espírito: “Em nome de Jesus Cristo eu ordeno que saia dela!” No mesmo instante o espírito a deixou. 19 Percebendo que a sua esperança de lucro tinha se acabado, os donos da escrava agarraram Paulo e Silas e os arrastaram para a praça principal, diante das autoridades. 20 E, levando-os aos magistrados, disseram: “Estes homens são judeus e estão perturbando a nossa cidade, 21 propagando costumes que a nós, romanos, não é permitido aceitar nem praticar”. 22 A multidão ajuntou-se contra Paulo e Silas, e os magistrados ordenaram que se lhes tirassem as roupas e fossem açoitados. 23 Depois de serem severamente açoitados, foram lançados na prisão. O carcereiro recebeu instrução para vigiá-los com cuidado. 24 Tendo recebido tais ordens, ele os lançou no cárcere interior e lhes prendeu os pés no tronco. 25 Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam. 26 De repente, houve um terremoto tão violento que os alicerces da prisão foram abalados. Imediatamente todas as portas se abriram, e as correntes de todos se soltaram. 27 O carcereiro acordou e, vendo abertas as portas da prisão, desembainhou sua espada para se matar, porque pensava que os presos tivessem fugido. 28 Mas Paulo gritou: “Não faça isso! Estamos todos aqui!” 29 O carcereiro pediu luz, entrou correndo e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. 30 Então levou-os para fora e perguntou: “Senhores, que devo fazer para ser salvo?” 31 Eles responderam: “Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa”. 32 E pregaram a palavra de Deus, a ele e a todos os de sua casa. 33 Naquela mesma hora da noite o carcereiro lavou as feridas deles; em seguida, ele e todos os seus foram batizados. 34 Então os levou para a sua casa, serviu-lhes uma refeição e com todos os de sua casa alegrou-se muito por haver crido em Deus. 35 Quando amanheceu, os magistrados mandaram os seus soldados ao carcereiro com esta ordem: “Solte estes homens”. 36 O carcereiro disse a Paulo: “Os magistrados deram ordens para que você e Silas sejam libertados. Agora podem sair. Vão em paz”. 37 Mas Paulo disse aos soldados: “Sendo nós cidadãos romanos, eles nos açoitaram publicamente sem processo formal e nos lançaram na prisão. E agora querem livrar-se de nós secretamente? Não! Venham eles mesmos e nos libertem”. 38 Os soldados relataram isso aos magistrados, os quais, ouvindo que Paulo e Silas eram romanos, ficaram atemorizados. 39 Vieram para se desculpar diante deles e, conduzindo-os para fora da prisão, pediram-lhes que saíssem da cidade. 40 Depois de saírem da prisão, Paulo e Silas foram à casa de Lídia, onde se encontraram com os irmãos e os encorajaram. E então partiram.