1 Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. 2 Ele disse: “Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. 3 E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. 4 “Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens, 5 esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha mais me importunar’.” 6 E o Senhor continuou: “Ouçam o que diz o juiz injusto. 7 Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? 8 Eu digo a vocês: Ele lhes fará justiça e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?” 9 A alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: 10 “Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano. 11 O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano. 12 Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’. 13 “Mas o publicano ficou a distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’. 14 “Eu digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”. 15 O povo também estava trazendo criancinhas para que Jesus tocasse nelas. Ao verem isso, os discípulos repreendiam aqueles que as tinham trazido. 16 Mas Jesus chamou a si as crianças e disse: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. 17 Digo a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele”. 18 Certo homem importante lhe perguntou: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” 19 “Por que você me chama bom?”, respondeu Jesus. “Não há ninguém que seja bom, a não ser somente Deus. 20 Você conhece os mandamentos: ‘Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe’.” 21 “A tudo isso tenho obedecido desde a adolescência”, disse ele. 22 Ao ouvir isso, disse-lhe Jesus: “Falta ainda uma coisa. Venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois venha e siga-me”. 23 Ouvindo isso, ele ficou triste, porque era muito rico. 24 Vendo-o entristecido, Jesus disse: “Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus! 25 De fato, é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”. 26 Os que ouviram isso perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?” 27 Jesus respondeu: “O que é impossível para os homens é possível para Deus”. 28 Pedro lhe disse: “Nós deixamos tudo o que tínhamos para seguir-te!” 29 Respondeu Jesus: “Digo a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos, pai ou filhos por causa do Reino de Deus 30 deixará de receber, na presente era, muitas vezes mais e, na era futura, a vida eterna”. 31 Jesus chamou à parte os Doze e lhes disse: “Estamos subindo para Jerusalém, e tudo o que está escrito pelos profetas acerca do Filho do homem se cumprirá. 32 Ele será entregue aos gentios que zombarão dele, o insultarão, cuspirão nele, o açoitarão e o matarão. 33 No terceiro dia ele ressuscitará”. 34 Os discípulos não entenderam nada dessas coisas. O significado dessas palavras lhes estava oculto, e eles não sabiam do que ele estava falando. 35 Ao aproximar-se Jesus de Jericó, um homem cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmola. 36 Quando ouviu a multidão passando, ele perguntou o que estava acontecendo. 37 Disseram-lhe: “Jesus de Nazaré está passando”. 38 Então ele se pôs a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim!” 39 Os que iam adiante o repreendiam para que ficasse quieto, mas ele gritava ainda mais: “Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” 40 Jesus parou e ordenou que o homem lhe fosse trazido. Quando ele chegou perto, Jesus perguntou-lhe: 41 “O que você quer que eu faça?”“Senhor, eu quero ver”, respondeu ele. 42 Jesus lhe disse: “Recupere a visão! A sua fé o curou”. 43 Imediatamente ele recuperou a visão e seguia Jesus glorificando a Deus. Quando todo o povo viu isso, deu louvores a Deus.
1 O SENHOR disse a Moisés e a Arão, no Egito: 2 “Este deverá ser o primeiro mês do ano para vocês. 3 Digam a toda a comunidade de Israel que no décimo dia deste mês todo homem deverá separar um cordeiro ou um cabrito, para a sua família, um para cada casa. 4 Se uma família for pequena demais para um animal inteiro, deve dividi-lo com seu vizinho mais próximo, conforme o número de pessoas e conforme o que cada um puder comer. 5 O animal escolhido será macho de um ano, sem defeito, e pode ser cordeiro ou cabrito. 6 Guardem-no até o décimo quarto dia do mês, quando toda a comunidade de Israel irá sacrificá-lo, ao pôr do sol. 7 Passem, então, um pouco do sangue nas laterais e nas vigas superiores das portas das casas nas quais vocês comerão o animal. 8 Naquela mesma noite comerão a carne assada no fogo, com ervas amargas e pão sem fermento. 9 Não comam a carne crua, nem cozida em água, mas assada no fogo: cabeça, pernas e vísceras. 10 Não deixem sobrar nada até pela manhã; caso isso aconteça, queimem o que restar. 11 Ao comerem, estejam prontos para sair: cinto no lugar, sandálias nos pés e cajado na mão. Comam apressadamente. Esta é a Páscoa do SENHOR. 12 “Naquela mesma noite passarei pelo Egito e matarei todos os primogênitos, tanto dos homens como dos animais, e executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR! 13 O sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês estiverem; quando eu vir o sangue, passarei adiante. A praga de destruição não os atingirá quando eu ferir o Egito. 14 “Este dia será um memorial que vocês e todos os seus descendentes celebrarão como festa ao SENHOR. Celebrem-no como decreto perpétuo. 15 Durante sete dias comam pão sem fermento. No primeiro dia tirem de casa o fermento, porque quem comer qualquer coisa fermentada, do primeiro ao sétimo dia, será eliminado de Israel. 16 Convoquem uma reunião santa no primeiro dia e outra no sétimo. Não façam nenhum trabalho nesses dias, exceto o da preparação da comida para todos. É só o que poderão fazer. 17 “Celebrem a festa dos pães sem fermento, porque foi nesse mesmo dia que eu tirei os exércitos de vocês do Egito. Celebrem esse dia como decreto perpétuo por todas as suas gerações. 18 No primeiro mês comam pão sem fermento, desde o entardecer do décimo quarto dia até o entardecer do vigésimo primeiro. 19 Durante sete dias vocês não deverão ter fermento em casa. Quem comer qualquer coisa fermentada será eliminado da comunidade de Israel, seja estrangeiro, seja natural da terra. 20 Não comam nada fermentado. Onde quer que morarem, comam apenas pão sem fermento”. 21 Então Moisés convocou todas as autoridades de Israel e lhes disse: “Escolham um cordeiro ou um cabrito para cada família. Sacrifiquem-no para celebrar a Páscoa! 22 Molhem um feixe de hissopo no sangue que estiver na bacia e passem o sangue na viga superior e nas laterais das portas. Nenhum de vocês poderá sair de casa até o amanhecer. 23 Quando o SENHOR passar pela terra para matar os egípcios, verá o sangue na viga superior e nas laterais da porta e passará sobre aquela porta, e não permitirá que o destruidor entre na casa de vocês para matá-los. 24 “Obedeçam a essas instruções como decreto perpétuo para vocês e para os seus descendentes. 25 Quando entrarem na terra que o SENHOR prometeu dar a vocês, celebrem essa cerimônia. 26 Quando os seus filhos perguntarem: ‘O que significa esta cerimônia?’, 27 respondam-lhes: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou sobre as casas dos israelitas no Egito e poupou nossas casas quando matou os egípcios”. Então o povo curvou-se em adoração. 28 Depois os israelitas se retiraram e fizeram conforme o SENHOR tinha ordenado a Moisés e a Arão. 29 Então, à meia-noite, o SENHOR matou todos os primogênitos do Egito, desde o filho mais velho do faraó, herdeiro do trono, até o filho mais velho do prisioneiro que estava no calabouço, e também todas as primeiras crias do gado. 30 No meio da noite o faraó, todos os seus conselheiros e todos os egípcios se levantaram. E houve grande pranto no Egito, pois não havia casa que não tivesse um morto. 31 Naquela mesma noite o faraó mandou chamar Moisés e Arão e lhes disse: “Saiam imediatamente do meio do meu povo, vocês e os israelitas! Vão prestar culto ao SENHOR, como vocês pediram. 32 Levem os seus rebanhos, como tinham dito, e abençoem a mim também”. 33 Os egípcios pressionavam o povo para que se apressasse em sair do país, dizendo: “Todos nós morreremos!” 34 Então o povo tomou a massa de pão ainda sem fermento e a carregou nos ombros, nas amassadeiras embrulhadas em suas roupas. 35 Os israelitas obedeceram à ordem de Moisés e pediram aos egípcios objetos de prata e de ouro, bem como roupas. 36 O SENHOR concedeu ao povo uma disposição favorável da parte dos egípcios, de modo que lhes davam o que pediam; assim eles despojaram os egípcios. 37 Os israelitas foram de Ramessés até Sucote. Havia cerca de seiscentos mil homens a pé, além de mulheres e crianças. 38 Grande multidão de estrangeiros de todo tipo seguiu com eles, além de grandes rebanhos, tanto de bois como de ovelhas e cabras. 39 Com a massa que haviam levado do Egito, fizeram pães sem fermento. A massa não tinha fermentado, pois eles foram expulsos do Egito e não tiveram tempo de preparar comida. 40 Ora, o período que os israelitas viveram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. 41 No dia em que se completaram os quatrocentos e trinta anos, todos os exércitos do SENHOR saíram do Egito. 42 Assim como o SENHOR passou em vigília aquela noite para tirar do Egito os israelitas, estes também devem passar em vigília essa mesma noite, para honrar o SENHOR, por todas as suas gerações. 43 Disse o SENHOR a Moisés e a Arão: “Estas são as leis da Páscoa: Nenhum estrangeiro poderá comê-la. 44 O escravo comprado poderá comer da Páscoa, depois de circuncidado, 45 mas o residente temporário e o trabalhador contratado dela não comerão. 46 “Vocês a comerão numa só casa; não levem nenhum pedaço de carne para fora da casa nem quebrem nenhum dos ossos. 47 Toda a comunidade de Israel terá que celebrar a Páscoa. 48 “Qualquer estrangeiro residente entre vocês que quiser celebrar a Páscoa do SENHOR terá que circuncidar todos os do sexo masculino da sua família; então poderá participar como o natural da terra. Nenhum incircunciso poderá participar. 49 A mesma lei se aplicará ao natural da terra e ao estrangeiro residente”. 50 Todos os israelitas fizeram como o SENHOR tinha ordenado a Moisés e a Arão. 51 No mesmo dia o SENHOR tirou os israelitas do Egito, organizados segundo as suas divisões.
1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, 2 aos santos e fiéis irmãos em Cristo que estão em Colossos:A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. 3 Sempre agradecemos a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vocês, 4 pois temos ouvido falar da fé que vocês têm em Cristo Jesus e do amor que têm por todos os santos, 5 por causa da esperança que está reservada a vocês nos céus, a respeito da qual ouviram por meio da palavra da verdade, o evangelho 6 que chegou até vocês. Por todo o mundo este evangelho vai frutificando e crescendo, como também ocorre entre vocês, desde o dia em que o ouviram e entenderam a graça de Deus em toda a sua verdade. 7 Vocês o aprenderam de Epafras, nosso amado cooperador, fiel ministro de Cristo para conosco, 8 que também nos falou do amor que vocês têm no Espírito. 9 Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual. 10 E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus e 11 sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria, 12 dando graças ao Pai, que nos, tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz. 13 Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, 14 em quem temos a redenção a saber, o perdão dos pecados. 15 Ele é a imagemdo Deus invisível,o primogênitosobre toda a criação, 16 pois nele foram criadastodas as coisasnos céus e na terra,as visíveis e as invisíveis,sejam tronos sejam soberanias,poderes ou autoridades;todas as coisas foram criadas por ele e para ele. 17 Ele é antes de todas as coisas,e nele tudo subsiste. 18 Ele é a cabeça do corpo,que é a igreja;é o princípio e o primogênitodentre os mortos,para que em tudo tenha a supremacia. 19 Pois foi do agrado de Deusque nele habitasse toda a plenitude 20 e por meio dele reconciliasse consigotodas as coisas,tanto as que estão na terraquanto as que estão nos céus,estabelecendo a pazpelo seu sangue derramado na cruz. 21 Antes vocês estavam separados de Deus e, na mente de vocês, eram inimigos por causa do mau, procedimento de vocês. 22 Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo mediante a morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação, 23 desde que continuem alicerçados e firmes na fé, sem se afastarem da esperança do evangelho, que vocês ouviram e que tem sido proclamado a todos os que estão debaixo do céu. Esse é o evangelho do qual eu, Paulo, me tornei ministro. 24 Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja. 25 Dela me tornei ministro de acordo com a responsabilidade, por Deus a mim atribuída, de apresentar a vocês plenamente a palavra de Deus, 26 o mistério que esteve oculto durante épocas e gerações, mas que agora foi manifestado a seus santos. 27 A ele quis Deus dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vocês, a esperança da glória. 28 Nós o proclamamos, advertindo e ensinando a cada um com toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo. 29 Para isso eu me esforço, lutando conforme a sua força, que atua poderosamente em mim.
1 Depois disso ouvi nos céus algo semelhante à voz de uma grande multidão, que exclamava:“Aleluia!A salvação, a glória e o poderpertencem ao nosso Deus, 2 pois verdadeiros e justossão os seus juízos.Ele condenou a grande prostitutaque corrompia a terracom a sua prostituição.Ele cobrou dela o sanguedos seus servos”. 3 E mais uma vez a multidão exclamou:“Aleluia!A fumaça que dela vem,sobe para todo o sempre”. 4 Os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que estava assentado no trono, e exclamaram:“Amém, Aleluia!” 5 Então veio do trono uma voz, conclamando:“Louvem o nosso Deus,todos vocês, seus servos,vocês que o temem,tanto pequenos como grandes!” 6 Então ouvi algo semelhante ao som de uma grande multidão, como o estrondo de muitas águas e fortes trovões, que bradava:“Aleluia!,pois reina o Senhor, o nosso Deus,o Todo-poderoso. 7 Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nose dar-lhe glória!Pois chegou a horado casamento do Cordeiro,e a sua noiva já se aprontou. 8 Para vestir-se, foi-lhe dadolinho fino, brilhante e puro”.O linho fino são os atos justos dos santos. 9 E o anjo me disse: “Escreva: Felizes os convidados para o banquete do casamento do Cordeiro!” E acrescentou: “Estas são as palavras verdadeiras de Deus”. 10 Então caí aos seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: “Não faça isso! Sou servo como você e como os seus irmãos que se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus. Adore a Deus! O testemunho de Jesus é o espírito de profecia”. 11 Vi os céus abertos e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça. 12 Seus olhos são como chamas de fogo, e em sua cabeça há muitas coroas e um nome que só ele conhece, e ninguém mais. 13 Está vestido com um manto tingido de sangue, e o seu nome é Palavra de Deus. 14 Os exércitos dos céus o seguiam, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos brancos. 15 De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações. “Ele as governará com cetro de ferro”. Ele pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso. 16 Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome:REI DOS REISE SENHOR DOS SENHORES. 17 Vi um anjo que estava em pé no sol e que clamava em alta voz a todas as aves que voavam pelo meio do céu: “Venham, reúnam-se para o grande banquete de Deus, 18 para comerem carne de reis, generais e poderosos, carne de cavalos e seus cavaleiros, carne de todos—livres e escravos, pequenos e grandes”. 19 Então vi a besta, os reis da terra e os seus exércitos reunidos para guerrearem contra aquele que está montado no cavalo e contra o seu exército. 20 Mas a besta foi presa, e com ela o falso profeta que havia realizado os sinais milagrosos em nome dela, com os quais ele havia enganado os que receberam a marca da besta e adoraram a imagem dela. Os dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. 21 Os demais foram mortos com a espada que saía da boca daquele que está montado no cavalo. E todas as aves se fartaram com a carne deles.
1 Ah, quem dera você fosse meu irmão,amamentado nos seios de minha mãe!Então, se eu o encontrasse fora de casa,eu o beijaria,e ninguém me desprezaria. 2 Eu o conduziriae o traria à casa de minha mãe,e você me ensinaria.Eu daria a você vinho aromatizado para beber,o néctar das minhas romãs. 3 O seu braço esquerdo esteja debaixo da minha cabeça,e o seu braço direito me abrace. 4 Mulheres de Jerusalém, eu as faço jurar:Não despertem nem incomodem o amorenquanto ele não o quiser. 5 Quem vem subindo do deserto,apoiada em seu amado?Debaixo da macieira eu o despertei;ali esteve a sua mãe em trabalho de parto,ali sofreu as dores aquela que o deu à luz. 6 Ponha-me como um selo sobreo seu coração;como um selo sobre o seu braço;pois o amor é tão forte quanto a mortee o ciúme é tão inflexívelquanto a sepultura.Suas brasas são fogo ardente,são labaredas do Senhor. 7 Nem muitas águas conseguem apagar o amor;os rios não conseguem levá-lo na correnteza.Se alguém oferecesse todas as riquezasda sua casa para adquirir o amor,seria totalmente desprezado. 8 Temos uma irmãzinha;seus seios ainda não estão crescidos.Que faremos com nossa irmãno dia em que for pedida em casamento? 9 Se ela for um muro,construiremos sobre ela uma torre de prata.Se ela for uma porta,nós a reforçaremos com tábuas de cedro. 10 Eu sou um muro,e meus seios são as suas torres.Assim me tornei aos olhos delecomo alguém que inspira paz. 11 Salomão possuía uma vinha em Baal-Hamom;ele entregou a sua vinha a arrendatários.Cada um devia trazer pelos frutos da vinhadoze quilos de prata. 12 Quanto à minha própria vinha, essa está em meu poder;os doze quilos de prata são para você, ó Salomão,e dois quilos e meio são para os que tomaram conta dos seus frutos. 13 Você, que habita nos jardins,os amigos desejam ouvi-la;deixe-me ouvir a sua voz! 14 Venha depressa, meu amado,e seja como uma gazela,ou como um cervo novosaltando sobre os montes cobertos de especiarias.
1 A minha alma descansa somente em Deus;dele vem a minha salvação. 2 Somente ele é a rocha que me salva;ele é a minha torre segura! Jamais serei abalado! 3 Até quando todos vocês atacarão um homemque está como um muro inclinado,como uma cerca prestes a cair? 4 Todo o propósito deles é derrubá-lode sua posição elevada;eles se deliciam com mentiras.Com a boca abençoam,mas no íntimo amaldiçoam. 5 Descanse somente em Deus, ó minha alma;dele vem a minha esperança. 6 Somente ele é a rocha que me salva;ele é a minha torre alta! Não serei abalado! 7 A minha salvação e a minha honra de Deus dependem;ele é a minha rocha firme, o meu refúgio. 8 Confie nele em todos os momentos, ó povo;derrame diante dele o coração,pois ele é o nosso refúgio. 9 Os homens de origem humilde não passam de um sopro,os de origem importante não passam de mentira;pesados na balança,juntos não chegam ao peso de um sopro. 10 Não confiem na extorsãonem ponham a esperança em bens roubados;se as suas riquezas aumentam,não ponham nelas o coração. 11 Uma vez Deus falou,duas vezes eu ouvi,que o poder pertence a Deus. 12 Contigo também, Senhor, está a fidelidade.É certo que retribuirás a cada umconforme o seu procedimento.
1 Ditados do rei Lemuel; uma exortação que sua mãe lhe fez: 2 “Ó meu filho, filho do meu ventre,filho de meus votos, 3 não gaste sua força com mulheres,seu vigor com aquelas que destroem reis. 4 “Não convém aos reis, ó Lemuel;não convém aos reis beber vinho,não convém aos governantes desejar bebida fermentada, 5 para não suceder que bebam e se esqueçam do que a lei determinae deixem de fazer justiça aos oprimidos. 6 Dê bebida fermentada aos que estão prestes a morrer,vinho aos que estão angustiados; 7 para que bebam e se esqueçam da sua pobreza,e não mais se lembrem da sua infelicidade. 8 “Erga a voz em favor dos que não podem defender-se,seja o defensor de todos os desamparados. 9 Erga a voz e julgue com justiça;defenda os direitos dos pobres e dos necessitados”. 10 Uma esposa exemplar; feliz quem a encontrar!É muito mais valiosa que os rubis. 11 Seu marido tem plena confiança nelae nunca lhe falta coisa alguma. 12 Ela só lhe faz o bem, e nunca o mal,todos os dias da sua vida. 13 Escolhe a lã e o linhoe com prazer trabalha com as mãos. 14 Como os navios mercantes,ela traz de longe as suas provisões. 15 Antes de clarear o dia ela se levanta,prepara comida para todos os de casae dá tarefas às suas servas. 16 Ela avalia um campo e o compra;com o que ganha planta uma vinha. 17 Entrega-se com vontade ao seu trabalho;seus braços são fortes e vigorosos. 18 Administra bem o seu comércio lucrativo,e a sua lâmpada fica acesa durante a noite. 19 Nas mãos segura o fusoe com os dedos pega a roca. 20 Acolhe os necessitadose estende as mãos aos pobres. 21 Não teme por seus familiares quando chega a neve,pois todos eles vestem agasalhos. 22 Faz cobertas para a sua cama;veste-se de linho fino e de púrpura. 23 Seu marido é respeitado na porta da cidade,onde toma assento entre as autoridades da sua terra. 24 Ela faz vestes de linho e as vende,e fornece cintos aos comerciantes. 25 Reveste-se de força e dignidade;sorri diante do futuro. 26 Fala com sabedoriae ensina com amor. 27 Cuida dos negócios de sua casae não dá lugar à preguiça. 28 Seus filhos se levantam e a elogiam;seu marido também a elogia, dizendo: 29 “Muitas mulheres são exemplares,mas você a todas supera”. 30 A beleza é enganosa, e a formosura é passageira;mas a mulher que teme o SENHOR será elogiada. 31 Que ela receba a recompensa merecida,e as suas obras sejam elogiadas à porta da cidade.
1 Saul tinha trinta anos de idade quando começou a reinar e reinou sobre Israel quarenta e dois anos. 2 Saul escolheu três mil homens de Israel; dois mil ficaram com ele em Micmás e nos montes de Betel e mil ficaram com Jônatas em Gibeá de Benjamim. O restante dos homens ele mandou de volta para suas tendas. 3 Jônatas atacou os destacamentos dos filisteus em Gibeá, e os filisteus foram informados disso. Então Saul mandou tocar a trombeta por todo o país, dizendo: “Que os hebreus fiquem sabendo disto!” 4 E todo o Israel ouviu a notícia de que Saul tinha atacado o destacamento dos filisteus, atraindo o ódio dos filisteus sobre Israel. Então os homens foram convocados para se unirem a Saul em Gilgal. 5 Os filisteus reuniram-se para lutar contra Israel com três mil carros de guerra, seis mil condutores de carros e tantos soldados quanto a areia da praia. Eles foram a Micmás, a leste de Bete-Áven, e lá acamparam. 6 Quando os soldados de Israel viram que a situação era difícil e que o seu exército estava sendo muito pressionado, esconderam-se em cavernas e buracos, entre as rochas e em poços e cisternas. 7 Alguns hebreus até atravessaram o Jordão para chegar à terra de Gade e de Gileade.Saul ficou em Gilgal, e os soldados que estavam com ele tremiam de medo. 8 Ele esperou sete dias, o prazo estabelecido por Samuel; mas este não chegou a Gilgal, e os soldados de Saul começaram a se dispersar. 9 E ele ordenou: “Tragam-me o holocausto e os sacrifícios de comunhão”. Saul então ofereceu o holocausto; 10 quando terminou de oferecê-lo, Samuel chegou, e Saul foi saudá-lo. 11 Perguntou-lhe Samuel: “O que você fez?”Saul respondeu: “Quando vi que os soldados estavam se dispersando e que não tinhas chegado no prazo estabelecido, e que os filisteus estavam reunidos em Micmás, 12 pensei: Agora, os filisteus me atacarão em Gilgal, e eu não busquei o SENHOR. Por isso senti-me obrigado a oferecer o holocausto”. 13 Disse Samuel: “Você agiu como tolo, desobedecendo ao mandamento que o SENHOR, o seu Deus, deu a você; se tivesse obedecido, ele teria estabelecido para sempre o seu reinado sobre Israel. 14 Mas agora o seu reinado não permanecerá; o SENHOR procurou um homem segundo o seu coração e o designou líder de seu povo, pois você não obedeceu ao mandamento do SENHOR”. 15 Então Samuel partiu de Gilgal e foi a Gibeá de Benjamim, e Saul contou os soldados que estavam com ele. Eram cerca de seiscentos. 16 Saul e seu filho Jônatas, acompanhados de seus soldados, ficaram em Gibeá de Benjamim, enquanto os filisteus estavam acampados em Micmás. 17 Uma tropa de ataque saiu do acampamento filisteu em três divisões. Uma foi em direção a Ofra, nos arredores de Sual, 18 outra em direção a Bete-Horom, e a terceira em direção à região fronteiriça de onde se avista o vale de Zeboim, diante do deserto. 19 Naquela época não havia nem mesmo um único ferreiro em toda a terra de Israel, pois os filisteus não queriam que os hebreus fizessem espadas e lanças. 20 Assim, eles tinham que ir aos filisteus para afiar seus arados, enxadas, machados e foices. 21 O preço para afiar rastelos e enxadas era oito gramas de prata, e quatro gramas de prata para afiar tridentes, machados e pontas de aguilhadas. 22 Por isso, no dia da batalha, nenhum soldado de Saul e Jônatas tinha espada ou lança nas mãos, exceto o próprio Saul e seu filho Jônatas. 23 Aconteceu que um destacamento filisteu foi para o desfiladeiro de Micmás.
1 Por amor de Sião eu não sossegarei,por amor de Jerusalém não descansareienquanto a sua justiça não resplandecer como a alvorada,e a sua salvação, como as chamas de uma tocha. 2 As nações verão a sua justiça,e todos os reis, a sua glória;você será chamada por um novo nomeque a boca do SENHOR lhe dará. 3 Será uma esplêndida coroa na mão do SENHOR,um diadema real na mão do seu Deus. 4 Não mais a chamarão abandonada,nem desamparada à sua terra.Você, porém, será chamada Hefzibá,e a sua terra, Beulá,pois o SENHOR terá prazer em você,e a sua terra estará casada. 5 Assim como um jovem se casa com sua noiva,os seus filhos se casarão com você;assim como o noivo se regozija por sua noiva,assim o seu Deus se regozija por você. 6 Coloquei sentinelas em seus muros, ó Jerusalém;jamais descansarão, dia e noite.Vocês que clamam pelonão se entreguem ao repouso 7 e não lhe concedam descanso até que ele estabeleça Jerusaléme faça dela o louvor da terra. 8 O SENHOR jurou por sua mão direitae por seu braço poderoso:“Nunca mais darei o seu trigocomo alimento para os seus inimigos,e nunca mais estrangeiros beberão o vinho novopelo qual se afadigaram; 9 mas aqueles que colherem o trigo, dele comerãoe louvarão o SENHOR,e aqueles que juntarem as uvas delas beberãonos pátios do meu santuário”. 10 Passem, passem pelas portas!Preparem o caminho para o povo.Construam, construam a estrada!Removam as pedras.Ergam uma bandeira para as nações. 11 O SENHOR proclamouaos confins da terra:“Digam à cidade de Sião:Veja! O seu Salvador vem!Veja! Ele traz a sua recompensae o seu galardão o acompanha”. 12 Eles serão chamados povo santo,redimidos do SENHOR;e você será chamada procurada,cidade não abandonada.
1 Naqueles dias, crescendo o número de discípulos, os judeus de fala grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica, porque suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimento. 2 Por isso os Doze reuniram todos os discípulos e disseram: “Não é certo negligenciarmos o ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas. 3 Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa 4 e nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra”. 5 Tal proposta agradou a todos. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, além de Filipe, Prócoro, Nicanor, Timom, Pármenas e Nicolau, um convertido ao judaísmo, proveniente de Antioquia. 6 Apresentaram esses homens aos apóstolos, os quais oraram e lhes impuseram as mãos. 7 Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de discípulos em Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé. 8 Estêvão, homem cheio da graça e do poder de Deus, realizava grandes maravilhas e sinais no meio do povo. 9 Contudo, levantou-se oposição dos membros da chamada sinagoga dos Libertos, dos judeus de Cirene e de Alexandria, bem como das províncias da Cilícia e da Ásia. Esses homens começaram a discutir com Estêvão, 10 mas não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. 11 Então subornaram alguns homens para dizerem: “Ouvimos Estêvão falar palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus”. 12 Com isso agitaram o povo, os líderes religiosos e os mestres da lei. E, prendendo Estêvão, levaram-no ao Sinédrio. 13 Ali apresentaram falsas testemunhas, que diziam: “Este homem não para de falar contra este lugar santo e contra a Lei. 14 Pois o ouvimos dizer que esse Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os costumes que Moisés nos deixou”. 15 Olhando para ele, todos os que estavam sentados no Sinédrio viram que o seu rosto parecia o rosto de um anjo.