1 Jesus entrou em Jericó e atravessava a cidade. 2 Havia ali um homem rico chamado Zaqueu, chefe dos publicanos. 3 Ele queria ver quem era Jesus, mas, sendo de pequena estatura, não o conseguia, por causa da multidão. 4 Assim, correu adiante e subiu numa figueira brava para vê-lo, pois Jesus ia passar por ali. 5 Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e lhe disse: “Zaqueu, desça depressa. Quero ficar em sua casa hoje”. 6 Então ele desceu rapidamente e o recebeu com alegria. 7 Todo o povo viu isso e começou a se queixar: “Ele se hospedou na casa de um pecador”. 8 Mas Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor: “Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais”. 9 Jesus lhe disse: “Hoje houve salvação nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão. 10 Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido”. 11 Estando eles a ouvi-lo, Jesus passou a contar-lhes uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e o povo pensava que o Reino de Deus ia se manifestar de imediato. 12 Ele disse: “Um homem de nobre nascimento foi para uma terra distante para ser coroado rei e depois voltar. 13 Então, chamou dez dos seus servos e lhes deu dez minas. Disse ele: ‘Façam esse dinheiro render até a minha volta’. 14 “Mas os seus súditos o odiavam e por isso enviaram uma delegação para lhe dizer: ‘Não queremos que este homem seja nosso rei’. 15 “Contudo, ele foi feito rei e voltou. Então mandou chamar os servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber quanto tinham lucrado. 16 “O primeiro veio e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu outras dez’. 17 “ ‘Muito bem, meu bom servo!’, respondeu o seu senhor. ‘Por ter sido confiável no pouco, governe sobre dez cidades’. 18 “O segundo veio e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu cinco vezes mais’. 19 “O seu senhor respondeu: ‘Também você, encarregue-se de cinco cidades’. 20 “Então veio outro servo e disse: ‘Senhor, aqui está a tua mina; eu a conservei guardada num pedaço de pano. 21 Tive medo, porque és um homem severo. Tiras o que não puseste e colhes o que não semeaste’. 22 “O seu senhor respondeu: ‘Eu o julgarei pelas suas próprias palavras, servo mau! Você sabia que sou homem severo, que tiro o que não pus e colho o que não semeei. 23 Então, por que não confiou o meu dinheiro ao banco? Assim, quando eu voltasse o receberia com os juros’. 24 “E disse aos que estavam ali: ‘Tomem dele a sua mina e deem-na ao que tem dez’. 25 “ ‘Senhor’, disseram, ‘ele já tem dez!’ 26 “Ele respondeu: ‘Eu digo a vocês que a quem tem, mais será dado, mas a quem não tem, até o que tiver lhe será tirado. 27 E aqueles inimigos meus, que não queriam que eu reinasse sobre eles, tragam-nos aqui e matem-nos na minha frente!’ ” 28 Depois de dizer isso, Jesus foi adiante, subindo para Jerusalém. 29 Ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia, no monte chamado das Oliveiras, enviou dois dos seus discípulos, dizendo-lhes: 30 “Vão ao povoado que está adiante e, ao entrarem, encontrarão um jumentinho amarrado, no qual ninguém jamais montou. Desamarrem-no e tragam-no aqui. 31 Se alguém perguntar: ‘Por que o estão desamarrando?’ digam-lhe: O Senhor precisa dele”. 32 Os que tinham sido enviados foram e encontraram o animal exatamente como ele lhes tinha dito. 33 Quando estavam desamarrando o jumentinho, os seus donos lhes perguntaram: “Por que vocês estão desamarrando o jumentinho?” 34 Eles responderam: “O Senhor precisa dele”. 35 Levaram-no a Jesus, lançaram seus mantos sobre o jumentinho e fizeram que Jesus montasse nele. 36 Enquanto ele prosseguia, o povo estendia os seus mantos pelo caminho. 37 Quando ele já estava perto da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos começou a louvar a Deus alegremente e em alta voz, por todos os milagres que tinham visto. Exclamavam: 38 “Bendito é o rei que vem em nome do Senhor!”“Paz no céu e glória nas alturas!” 39 Alguns dos fariseus que estavam no meio da multidão disseram a Jesus: “Mestre, repreende os teus discípulos!” 40 “Eu digo a vocês”, respondeu ele; “se eles se calarem, as pedras clamarão”. 41 Quando se aproximou e viu a cidade, Jesus chorou sobre ela 42 e disse: “Se você compreendesse neste dia, sim, você também, o que traz a paz! Mas agora isso está oculto aos seus olhos. 43 Virão dias em que os seus inimigos construirão trincheiras contra você, a rodearão e a cercarão de todos os lados. 44 Também a lançarão por terra, você e os seus filhos. Não deixarão pedra sobre pedra, porque você não reconheceu a oportunidade que Deus concedeu”. 45 Então ele entrou no templo e começou a expulsar os que estavam vendendo. 46 Disse-lhes: “Está escrito: ‘A minha casa será casa de oração’; mas vocês fizeram dela ‘um covil de ladrões’.” 47 Todos os dias ele ensinava no templo. Mas os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes do povo procuravam matá-lo. 48 Todavia, não conseguiam encontrar uma forma de fazê-lo, porque todo o povo estava fascinado pelas suas palavras.
1 Depois da praga, o SENHOR disse a Moisés e a Eleazar, filho do sacerdote Arão: 2 “Façam um recenseamento de toda a comunidade de Israel, segundo as suas famílias; contem todos os de vinte anos para cima que possam servir no exército de Israel”. 3 Nas campinas de Moabe, junto ao Jordão, frente a Jericó, Moisés e o sacerdote Eleazar falaram com eles e disseram: 4 “Façam um recenseamento dos homens de vinte anos para cima”, conforme o SENHOR tinha ordenado a Moisés.Estes foram os israelitas que saíram do Egito: 5 Os descendentes de Rúben, filho mais velho de Israel, foram:de Enoque, o clã enoquita;de Palu, o clã paluíta; 6 de Hezrom, o clã hezronita;de Carmi, o clã carmita. 7 Esses foram os clãs de Rúben; foram contados 43.730 homens. 8 O filho de Palu foi Eliabe, 9 e os filhos de Eliabe foram Nemuel, Datã e Abirão. Estes, Datã e Abirão, foram os líderes da comunidade que se rebelaram contra Moisés e contra Arão, estando entre os seguidores de Corá quando se rebelaram contra o SENHOR. 10 A terra abriu a boca e os engoliu juntamente com Corá, cujos seguidores morreram quando o fogo devorou duzentos e cinquenta homens, que serviram como sinal de advertência. 11 A descendência de Corá, contudo, não desapareceu. 12 Os descendentes de Simeão segundo os seus clãs foram:de Nemuel, o clã nemuelita;de Jamim, o clã jaminita;de Jaquim, o clã jaquinita; 13 de Zerá, o clã zeraíta;de Saul, o clã saulita. 14 Esses foram os clãs de Simeão; havia 22.200 homens. 15 Os descendentes de Gade segundo os seus clãs foram:de Zefom, o clã zefonita;de Hagi, o clã hagita;de Suni, o clã sunita; 16 de Ozni, o clã oznita;de Eri, o clã erita; 17 de Arodi, o clã arodita;de Areli, o clã arelita. 18 Esses foram os clãs de Gade; foram contados 40.500 homens. 19 Er e Onã eram filhos de Judá, mas morreram em Canaã. 20 Os descendentes de Judá segundo os seus clãs foram:de Selá, o clã selanita;de Perez, o clã perezita;de Zerá, o clã zeraíta. 21 Os descendentes de Perez foram:de Hezrom, o clã hezronita;de Hamul, o clã hamulita. 22 Esses foram os clãs de Judá; foram contados 76.500 homens. 23 Os descendentes de Issacar segundo os seus clãs foram:de Tolá, o clã tolaíta;de Puá, o clã punita; 24 de Jasube, o clã jasubita;de Sinrom, o clã sinronita. 25 Esses foram os clãs de Issacar; foram contados 64.300 homens. 26 Os descendentes de Zebulom segundo os seus clãs foram:de Serede, o clã seredita;de Elom, o clã elonita;de Jaleel, o clã jaleelita. 27 Esses foram os clãs de Zebulom; foram contados 60.500 homens. 28 Os descendentes de José segundo os seus clãs, por meio de Manassés e Efraim, foram: 29 Os descendentes de Manassés:de Maquir, o clã maquirita (Maquir foi o pai de Gileade);de Gileade, o clã gileadita. 30 Estes foram os descendentes de Gileade:de Jezer, o clã jezerita;de Heleque, o clã helequita; 31 de Asriel, o clã asrielita;de Siquém, o clã siquemita; 32 de Semida, o clã semidaíta;de Héfer, o clã heferita. 33 (Zelofeade, filho de Héfer, não teve filhos; teve somente filhas, cujos nomes eram Maalá, Noa, Hogla, Milca e Tirza.) 34 Esses foram os clãs de Manassés; foram contados 52.700 homens. 35 Os descendentes de Efraim segundo os seus clãs foram:de Sutela, o clã sutelaíta;de Bequer, o clã bequerita;de Taã, o clã taanita. 36 Estes foram os descendentes de Sutela:de Erã, o clã eranita. 37 Esses foram os clãs de Efraim; foram contados 32.500 homens.Esses foram os descendentes de José segundo os seus clãs. 38 Os descendentes de Benjamim segundo os seus clãs foram:de Belá, o clã belaíta;de Asbel, o clã asbelita;de Airã, o clã airamita; 39 de Sufã, o clã sufamita;de Hufã, o clã hufamita. 40 Os descendentes de Belá, por meio de Arde e Naamã, foram:de Arde, o clã ardita;de Naamã, o clã naamanita. 41 Esses foram os clãs de Benjamim; foram contados 45.600 homens. 42 Os descendentes de Dã segundo os seus clãs foram:de Suã, o clã suamita.Esses foram os clãs de Dã, 43 todos eles clãs suamitas; foram contados 64.400 homens. 44 Os descendentes de Aser segundo os seus clãs foram:de Imna, o clã imnaíta;de Isvi, o clã isvita;de Berias, o clã beriaíta; 45 e dos descendentes de Berias:de Héber, o clã heberita;de Malquiel, o clã malquielita. 46 Aser teve uma filha chamada Sera. 47 Esses foram os clãs de Aser; foram contados 53.400 homens. 48 Os descendentes de Naftali segundo os seus clãs foram:de Jazeel, o clã jazeelita;de Guni, o clã gunita; 49 de Jezer, o clã jezerita;de Silém, o clã silemita. 50 Esses foram os clãs de Naftali; foram contados 45.400 homens. 51 O número total dos homens de Israel foi 601.730. 52 Disse ainda o SENHOR a Moisés: 53 “A terra será repartida entre eles como herança, de acordo com o número dos nomes alistados. 54 A um clã maior dê uma herança maior, e a um clã menor, uma herança menor; cada um receberá a sua herança de acordo com o seu número de recenseados. 55 A terra, porém, será distribuída por sorteio. Cada um herdará sua parte de acordo com o nome da tribo de seus antepassados. 56 Cada herança será distribuída por sorteio entre os clãs maiores e os menores”. 57 Estes foram os levitas contados segundo os seus clãs:de Gérson, o clã gersonita;de Coate, o clã coatita;de Merari, o clã merarita. 58 Estes também eram clãs levitas:o clã libnita;o clã hebronita;o clã malita;o clã musita;o clã coreíta.Coate foi o pai de Anrão; 59 o nome da mulher de Anrão era Joquebede, descendente de Levi, que nasceu no Egito. Ela lhe deu à luz Arão, Moisés e Miriã, irmã deles. 60 Arão foi o pai de Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. 61 Mas Nadabe e Abiú morreram quando apresentaram uma oferta com fogo profano perante o SENHOR. 62 O total de levitas do sexo masculino, de um mês de idade para cima, que foram contados foi 23.000. Não foram contados junto com os outros israelitas porque não receberam herança entre eles. 63 São esses os que foram recenseados por Moisés e pelo sacerdote Eleazar quando contaram os israelitas nas campinas de Moabe, junto ao Jordão, frente a Jericó. 64 Nenhum deles estava entre os que foram contados por Moisés e pelo sacerdote Arão quando contaram os israelitas no deserto do Sinai. 65 Pois o SENHOR tinha dito àqueles israelitas que eles iriam morrer no deserto, e nenhum deles sobreviveu, exceto Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.
1 Eu mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloquente nem com muita sabedoria para proclamar o mistério de Deus. 2 Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este crucificado. 3 E foi com fraqueza, temor e com muito tremor que estive entre vocês. 4 Minha mensagem e minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do poder do Espírito, 5 para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus. 6 Entretanto, falamos de sabedoria entre os que já têm maturidade, mas não da sabedoria desta era ou dos poderosos desta era, que estão sendo reduzidos a nada. 7 Ao contrário, falamos da sabedoria de Deus, do mistério que estava oculto, o qual Deus preordenou, antes do princípio das eras, para a nossa glória. 8 Nenhum dos poderosos desta era o entendeu, pois, se o tivessem entendido, não teriam crucificado o Senhor da glória. 9 Todavia, como está escrito:“Olho nenhum viu,ouvido nenhum ouviu,mente nenhuma imaginouo que Deus preparou para aqueles que o amam”; 10 mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito.O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus. 11 Pois quem conhece os pensamentos do homem, a não ser o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, ninguém conhece os pensamentos de Deus, a não ser o Espírito de Deus. 12 Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as coisas que Deus nos tem dado gratuitamente. 13 Delas também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito, interpretando verdades espirituais para os que são espirituais. 14 Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente. 15 Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois 16 “quem conheceu a mente do Senhorpara que possa instruí-lo?”Nós, porém, temos a mente de Cristo.
1 Eu te exaltarei, SENHOR,pois tu me reerguestee não deixaste que os meus inimigosse divertissem à minha custa. 2 SENHOR meu Deus, a ti clamei por socorro,e tu me curaste. 3 SENHOR, tiraste-me da sepultura;prestes a descer à cova, devolveste-me à vida. 4 Cantem louvores ao SENHOR, vocês, os seus fiéis;louvem o seu santo nome. 5 Pois a sua ira só dura um instante,mas o seu favor dura a vida toda;o choro pode persistir uma noite,mas de manhã irrompe a alegria. 6 Quando me senti seguro, disse:Jamais serei abalado! 7 SENHOR, com o teu favor,deste-me firmeza e estabilidade;mas, quando escondeste a tua face,fiquei aterrorizado. 8 A ti, SENHOR, clamei,ao Senhor pedi misericórdia: 9 Se eu morrer, se eu descer à cova,que vantagem haverá?Acaso o pó te louvará?Proclamará a tua fidelidade? 10 Ouve, SENHOR, e tem misericórdia de mim;SENHOR, sê tu o meu auxílio. 11 Mudaste o meu pranto em dança,a minha veste de lamento em veste de alegria, 12 para que o meu coração cante louvores a ti e não se cale.SENHOR, meu Deus, eu te darei graças para sempre.
1 O vinho é zombador e a bebida fermentada provoca brigas;não é sábio deixar-se dominar por eles. 2 O medo que o rei provoca é como o do rugido de um leão;quem o irrita põe em risco a própria vida. 3 É uma honra dar fim a contendas,mas todos os insensatos envolvem-se nelas. 4 O preguiçoso não ara a terra na estação própria;mas na época da colheita procura, e não acha nada. 5 Os propósitos do coração do homem são águas profundas,mas quem tem discernimento os traz à tona. 6 Muitos se dizem amigos leais;mas um homem fiel, quem poderá achar? 7 O homem justo leva uma vida íntegra;como são felizes os seus filhos! 8 Quando o rei se assenta no trono para julgar,com o olhar esmiúça todo o mal. 9 Quem poderá dizer: “Purifiquei o coração;estou livre do meu pecado”? 10 Pesos adulterados e medidas falsificadassão coisas que o SENHOR detesta. 11 Até a criança mostra o que é por suas ações;o seu procedimento revelará se ela é pura e justa. 12 Os ouvidos que ouvem e os olhos que veemforam feitos pelo SENHOR. 13 Não ame o sono, senão você acabará ficando pobre;fique desperto, e terá alimento de sobra. 14 “Não vale isso! Não vale isso!”, diz o comprador,mas, quando se vai, gaba-se do bom negócio. 15 Mesmo onde há ouro e rubis em grande quantidade,os lábios que transmitem conhecimento são uma rara preciosidade. 16 Tome-se a veste de quem serve de fiador ao estranho;sirva ela de penhor de quem dá garantia a uma mulher leviana. 17 Saborosa é a comida que se obtém com mentiras,mas depois dá areia na boca. 18 Os conselhos são importantes para quem quiser fazer planos,e quem sai à guerra precisa de orientação. 19 Quem vive contando casos não guarda segredo;por isso, evite quem fala demais. 20 Se alguém amaldiçoar seu pai ou sua mãe,a luz de sua vida se extinguirá na mais profunda escuridão. 21 A herança que se obtém com ganância no princípiono final não será abençoada. 22 Não diga: “Eu o farei pagar pelo mal que me fez!”Espere pelo SENHOR, e ele dará a vitória a você. 23 O SENHOR detesta pesos adulterados,e balanças falsificadas não o agradam. 24 Os passos do homem são dirigidos pelo SENHOR.Como poderia alguém discernir o seu próprio caminho? 25 É uma armadilha consagrar algo precipitadamente,e só pensar nas consequências depois que se fez o voto. 26 O rei sábio abana os ímpiose passa sobre eles a roda de debulhar. 27 O espírito do homem é a lâmpada do SENHOR,e vasculha cada parte do seu ser. 28 A bondade e a fidelidade preservam o rei;por sua bondade ele dá firmeza ao seu trono. 29 A beleza dos jovens está na sua força;a glória dos idosos, nos seus cabelos brancos. 30 Os golpes e os ferimentos eliminam o mal;os açoites limpam as profundezas do ser.
1 Depois da morte de Saul, Davi retornou de sua vitória sobre os amalequitas. Fazia dois dias que ele estava em Ziclague 2 quando, no terceiro dia, chegou um homem que vinha do acampamento de Saul, com as roupas rasgadas e terra na cabeça. Ao aproximar-se de Davi, prostrou-se com o rosto em terra, em sinal de respeito. 3 Davi então lhe perguntou: “De onde você vem?”Ele respondeu: “Fugi do acampamento israelita”. 4 Disse Davi: “Conte-me o que aconteceu”.E o homem contou: “O nosso exército fugiu da batalha, e muitos morreram. Saul e Jônatas também estão mortos”. 5 Então Davi perguntou ao jovem que lhe trouxera as notícias: “Como você sabe que Saul e Jônatas estão mortos?” 6 O jovem respondeu: “Cheguei por acaso ao monte Gilboa, e lá estava Saul, apoiado em sua lança. Os carros de guerra e os oficiais da cavalaria estavam a ponto de alcançá-lo. 7 Quando ele se virou e me viu, chamou-me gritando, e eu disse: Aqui estou. 8 “Ele me perguntou: ‘Quem é você?’“Sou amalequita, respondi. 9 “Então ele me ordenou: ‘Venha aqui e mate-me! Estou na angústia da morte!’. 10 “Por isso aproximei-me dele e o matei, pois sabia que ele não sobreviveria ao ferimento. Peguei a coroa e o bracelete dele e trouxe-os a ti, meu senhor”. 11 Então Davi rasgou suas vestes; e os homens que estavam com ele fizeram o mesmo. 12 E se lamentaram, chorando e jejuando até o fim da tarde, por Saul e por seu filho Jônatas, pelo exército do SENHOR e pelo povo de Israel, porque muitos haviam sido mortos à espada. 13 E Davi perguntou ao jovem que lhe trouxera as notícias: “De onde você é?”E ele respondeu: “Sou filho de um estrangeiro, sou amalequita”. 14 Davi lhe perguntou: “Como você não temeu levantar a mão para matar o ungido do SENHOR?” 15 Então Davi chamou um dos seus soldados e lhe disse: “Venha aqui e mate-o!” O servo o feriu, e o homem morreu. 16 Davi tinha dito ao jovem: “Você é responsável por sua própria morte. Sua boca testemunhou contra você, quando disse: ‘Matei o ungido do SENHOR’.” 17 Davi cantou este lamento sobre Saul e seu filho Jônatas, 18 e ordenou que se ensinasse aos homens de Judá; é o Lamento do Arco, que foi registrado no Livro de Jasar: 19 “O seu esplendor, ó Israel, está morto sobre os seus montes.Como caíram os guerreiros! 20 “Não conte isso em Gate,não o proclame nas ruas de Ascalom,para que não se alegrem as filhas dos filisteusnem exultem as filhas dos incircuncisos. 21 “Ó colinas de Gilboa,nunca mais haja orvalho nem chuva sobre vocês,nem campos que produzam trigo para as ofertas.Porque ali foi profanado o escudo dos guerreiros,o escudo de Saul, que nunca mais será polido com óleo. 22 “Do sangue dos mortos,da carne dos guerreiros,o arco de Jônatas nunca recuou,a espada de Saul sempre cumpriu a sua tarefa. 23 “Saul e Jônatas, mui amados,nem na vida nem na morteforam separados.Eram mais ágeis que as águias,mais fortes que os leões. 24 “Chorem por Saul,ó filhas de Israel!Chorem aquele que as vestia de rubros ornamentose que suas roupas enfeitava com adornos de ouro. 25 “Como caíram os guerreiros no meio da batalha!Jônatas está morto sobre os montes de Israel. 26 Como estou triste por você, Jônatas, meu irmão!Como eu lhe queria bem!Sua amizade era, para mim, mais preciosaque o amor das mulheres! 27 “Caíram os guerreiros!As armas de guerra foram destruídas!”
1 Esta é a palavra que o SENHOR dirigiu a Jeremias acerca da seca: 2 “Judá pranteia,as suas cidades estão definhandoe os seus habitantes se lamentam, prostrados no chão!O grito de Jerusalém sobe. 3 Os nobres mandam os seus servosà procura de água;eles vão às cisternas mas nada encontram.Voltam com os potes vaziose, decepcionados e desesperados,cobrem a cabeça. 4 A terra nada produziu,porque não houve chuva;e os lavradores, decepcionados,cobrem a cabeça. 5 Até mesmo a corça no campoabandona a cria recém-nascida,porque não há capim. 6 Os jumentos selvagens permanecem nos altos,farejando o vento como os chacais,mas a sua visão falha,por falta de pastagem”. 7 Embora os nossos pecados nos acusem,age por amor do teu nome, ó SENHOR!Nossas infidelidades são muitas;temos pecado contra ti. 8 Ó Esperança de Israel,tu que o salvas na hora da adversidade,por que te comportas como um estrangeiro na terra,ou como um viajante que fica somente uma noite? 9 Por que ages como um homem que foi pego de surpresa,como um guerreiro que não pode salvar?Tu estás em nosso meio, ó SENHOR,e nós pertencemos a ti;não nos abandones! 10 Assim diz o SENHOR acerca deste povo:“Eles gostam muito de vaguear;não controlam os pés.Por isso o SENHOR não os aceita;agora ele se lembrará da iniquidade delese os castigará por causa dos seus pecados”. 11 Então o SENHOR me disse: “Não ore pelo bem-estar deste povo. 12 Ainda que jejuem, não escutarei o clamor deles; ainda que ofereçam holocaustos e ofertas de cereal, não os aceitarei. Mas eu os destruirei pela guerra, pela fome e pela peste”. 13 Mas eu disse: Ah, Soberano SENHOR, os profetas estão dizendo a eles: “Vocês não verão a guerra nem a fome; eu lhes darei prosperidade duradoura neste lugar”. 14 Então o SENHOR me disse: “É mentira o que os profetas estão profetizando em meu nome. Eu não os enviei nem lhes dei ordem nenhuma, nem falei com eles. Eles estão profetizando para vocês falsas visões, adivinhações inúteis e ilusões de suas próprias mentes”. 15 Por isso, assim diz o SENHOR: “Quanto aos profetas que estão profetizando em meu nome, embora eu não os tenha enviado, e que dizem: ‘Nem guerra nem fome alcançarão esta terra’, aqueles mesmos profetas perecerão pela guerra e pela fome! 16 E aqueles a quem estão profetizando serão jogados nas ruas de Jerusalém, por causa da fome e da guerra. E não haverá ninguém para sepultá-los, nem para sepultar as suas mulheres, os seus filhos e as suas filhas. Despejarei sobre eles o castigo que merecem. 17 “Diga-lhes isto:“Que os meus olhos derramem lágrimas,noite e dia sem cessar;pois a minha filha virgem, o meu povo,sofreu um ferimento terrível,um golpe fatal. 18 Se vou para o campo,vejo os que morreram à espada;se entro na cidade,vejo a devastação da fome.Tanto o profeta como o sacerdotepercorrem a terra sem nada compreender”. 19 Rejeitaste Judá completamente?Desprezaste Sião?Por que nos feriste a pontode não podermos ser curados?Esperávamos a paz,mas não veio bem algum;esperávamos um tempo de cura,mas há somente terror. 20 SENHOR, reconhecemos a nossa impiedadee a iniquidade dos nossos pais;temos de fato pecado contra ti. 21 Por amor do teu nome não nos desprezes;não desonres o teu trono glorioso.Lembra-te da tua aliança conoscoe não a quebres. 22 Entre os ídolos inúteis das nações, existe algum que possa trazer chuva?Podem os céus, por si mesmos, produzir chuvas copiosas?Somente tu o podes, SENHOR, nosso Deus!Portanto, a nossa esperança está em ti,pois tu fazes todas essas coisas.
1 “Irmãos e pais, ouçam agora a minha defesa”. 2 Quando ouviram que lhes falava em aramaico, ficaram em absoluto silêncio.Então Paulo disse: 3 “Sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade. Fui instruído rigorosamente por Gamaliel na lei de nossos antepassados, sendo tão zeloso por Deus quanto qualquer de vocês hoje. 4 Persegui os seguidores deste Caminho até a morte, prendendo tanto homens como mulheres e lançando-os na prisão, 5 como o podem testemunhar o sumo sacerdote e todo o Sinédrio; deles cheguei a obter cartas para seus irmãos em Damasco e fui até lá, a fim de trazer essas pessoas a Jerusalém como prisioneiras, para serem punidas. 6 “Por volta do meio-dia, eu me aproximava de Damasco, quando de repente uma forte luz vinda do céu brilhou ao meu redor. 7 Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo, por que você está me perseguindo?’ 8 Então perguntei: Quem és tu, Senhor? E ele respondeu: ‘Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem você persegue’. 9 Os que me acompanhavam viram a luz, mas não entenderam a voz daquele que falava comigo. 10 “Assim perguntei: Que devo fazer, Senhor? Disse o Senhor: ‘Levante-se, entre em Damasco, onde lhe será dito o que você deve fazer’. 11 Os que estavam comigo me levaram pela mão até Damasco, porque o resplendor da luz me deixara cego. 12 “Um homem chamado Ananias, fiel seguidor da lei e muito respeitado por todos os judeus que ali viviam, 13 veio ver-me e, pondo-se junto a mim, disse: ‘Irmão Saulo, recupere a visão’. Naquele mesmo instante pude vê-lo. 14 “Então ele disse: ‘O Deus dos nossos antepassados o escolheu para conhecer a sua vontade, ver o Justo e ouvir as palavras de sua boca. 15 Você será testemunha dele a todos os homens, daquilo que viu e ouviu. 16 E, agora, que está esperando? Levante-se, seja batizado e lave os seus pecados, invocando o nome dele’. 17 “Quando voltei a Jerusalém, estando eu a orar no templo, caí em êxtase e 18 vi o Senhor, que me dizia: ‘Depressa! Saia de Jerusalém imediatamente, pois não aceitarão seu testemunho a meu respeito’. 19 “Eu respondi: Senhor, estes homens sabem que eu ia de uma sinagoga a outra, a fim de prender e açoitar os que creem em ti. 20 E, quando foi derramado o sangue de tua testemunha Estêvão, eu estava lá, dando minha aprovação e cuidando das roupas dos que o matavam. 21 “Então o Senhor me disse: ‘Vá, eu o enviarei para longe, aos gentios’.” 22 A multidão ouvia Paulo até que ele disse isso. Então todos levantaram a voz e gritaram: “Tira esse homem da face da terra! Ele não merece viver!” 23 Estando eles gritando, tirando suas capas e lançando poeira para o ar, 24 o comandante ordenou que Paulo fosse levado à fortaleza e fosse açoitado e interrogado, para saber por que o povo gritava daquela forma contra ele. 25 Enquanto o amarravam a fim de açoitá-lo, Paulo disse ao centurião que ali estava: “Vocês têm o direito de açoitar um cidadão romano sem que ele tenha sido condenado?” 26 Ao ouvir isso, o centurião foi prevenir o comandante: “Que vais fazer? Este homem é cidadão romano”. 27 O comandante dirigiu-se a Paulo e perguntou: “Diga-me, você é cidadão romano?”Ele respondeu: “Sim, sou”. 28 Então o comandante disse: “Eu precisei pagar um elevado preço por minha cidadania”. Respondeu Paulo: “Eu a tenho por direito de nascimento”. 29 Os que iam interrogá-lo retiraram-se imediatamente. O próprio comandante ficou alarmado, ao saber que havia prendido um cidadão romano. 30 No dia seguinte, visto que o comandante queria descobrir exatamente por que Paulo estava sendo acusado pelos judeus, libertou-o e ordenou que se reunissem os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio. Então, trazendo Paulo, apresentou-o a eles.