1 Certo sábado, enquanto Jesus passava pelas lavouras de cereal, seus discípulos começaram a colher e a debulhar espigas com as mãos, comendo os grãos. 2 Alguns fariseus perguntaram: “Por que vocês estão fazendo o que não é permitido no sábado?” 3 Jesus lhes respondeu: “Vocês nunca leram o que fez Davi quando ele e seus companheiros estavam com fome? 4 Ele entrou na casa de Deus e, tomando os pães da Presença, comeu o que apenas aos sacerdotes era permitido comer e os deu também aos seus companheiros”. 5 E então lhes disse: “O Filho do homem é Senhor do sábado”. 6 Noutro sábado, ele entrou na sinagoga e começou a ensinar; estava ali um homem cuja mão direita era atrofiada. 7 Os fariseus e os mestres da lei estavam procurando um motivo para acusar Jesus; por isso o observavam atentamente, para ver se ele iria curá-lo no sábado. 8 Mas Jesus sabia o que eles estavam pensando e disse ao homem da mão atrofiada: “Levante-se e venha para o meio”. Ele se levantou e foi. 9 Jesus lhes disse: “Eu pergunto: O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar a vida ou destruí-la?” 10 Então, olhou para todos os que estavam à sua volta e disse ao homem: “Estenda a mão”. Ele a estendeu, e ela foi restaurada. 11 Mas eles ficaram furiosos e começaram discutir entre si o que poderiam fazer contra Jesus. 12 Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. 13 Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou apóstolos: 14 Simão, a quem deu o nome de Pedro; seu irmão André; Tiago; João; Filipe; Bartolomeu; 15 Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado zelote; 16 Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor. 17 Jesus desceu com eles e parou num lugar plano. Estavam ali muitos dos seus discípulos e uma imensa multidão procedente de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom, 18 que vieram para ouvi-lo e serem curados de suas doenças. Os que eram perturbados por espíritos imundos ficaram curados, 19 e todos procuravam tocar nele, porque dele saía poder que curava todos. 20 Olhando para os seus discípulos, ele disse:“Bem-aventurados vocês os pobres,pois a vocês pertence o Reino de Deus. 21 Bem-aventurados vocês que agora têm fome,pois serão satisfeitos.Bem-aventurados vocês que agora choram,pois haverão de rir. 22 Bem-aventurados serão vocês quando os odiarem,expulsarem e insultarem,e eliminarem o nome de vocês, como sendo mau,por causa do Filho do homem. 23 “Regozijem-se nesse dia e saltem de alegria, porque grande é a sua recompensa no céu. Pois assim os antepassados deles trataram os profetas. 24 “Mas ai de vocês os ricos,pois já receberam sua consolação. 25 Ai de vocês que agora têm fartura,porque passarão fome.Ai de vocês que agora riem,pois haverão de se lamenter e chorar. 26 Ai de vocês quando todos falarem bem de vocês,pois assim os antepassados deles trataram os falsos profetas. 27 “Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, 28 abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam. 29 Se alguém bater em você numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém tirar de você a capa, não o impeça de tirar a túnica. 30 Dê a todo aquele que pedir, e se alguém tirar o que pertence a você, não lhe exija que o devolva. 31 Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles. 32 “Que mérito vocês terão se amarem aos que os amam? Até os pecadores amam aos que os amam. 33 E que mérito terão se fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? Até os pecadores agem assim. 34 E que mérito terão se emprestarem a pessoas de quem esperam devolução? Até os pecadores emprestam a pecadores, esperando receber devolução integral. 35 Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus. 36 Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso. 37 “Não julguem e vocês não serão julgados. Não condenem e não serão condenados. Perdoem e serão perdoados. 38 Deem e será dado a vocês: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês”. 39 Jesus fez também a seguinte comparação: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois no buraco? 40 O discípulo não está acima do seu mestre, mas todo aquele que for bem preparado será como o seu mestre. 41 “Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? 42 Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Irmão, deixe-me tirar o cisco do seu olho’, se você mesmo não consegue ver a viga que está em seu próprio olho? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão. 43 “Nenhuma árvore boa dá fruto ruim, nenhuma árvore ruim dá fruto bom. 44 Toda árvore é reconhecida por seus frutos. Ninguém colhe figos de espinheiros, nem uvas de ervas daninhas. 45 O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração. 46 “Por que vocês me chamam ‘Senhor, Senhor’ e não fazem o que eu digo? 47 Eu mostrarei com quem se compara aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica. 48 É como um homem que, ao construir uma casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha. Quando veio a inundação, a torrente deu contra aquela casa, mas não a conseguiu abalar, porque estava bem construída. 49 Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as pratica é como um homem que construiu uma casa sobre o chão, sem alicerces. No momento em que a torrente deu contra aquela casa, ela caiu, e a sua destruição foi completa”.
1 Ao final de dois anos, o faraó teve um sonho. Ele estava em pé junto ao rio Nilo, 2 quando saíram do rio sete vacas belas e gordas, que começaram a pastar entre os juncos. 3 Depois saíram do rio mais sete vacas, feias e magras, que foram para junto das outras, à beira do Nilo. 4 Então as vacas feias e magras comeram as sete vacas belas e gordas. Nisso o faraó acordou. 5 Tornou a adormecer e teve outro sonho. Sete espigas de trigo, graúdas e boas, cresciam no mesmo pé. 6 Depois brotaram outras sete espigas, mirradas e ressequidas pelo vento leste. 7 As espigas mirradas engoliram as sete espigas graúdas e cheias. Então o faraó acordou; era um sonho. 8 Pela manhã, perturbado, mandou chamar todos os magos e sábios do Egito e lhes contou os sonhos, mas ninguém foi capaz de interpretá-los. 9 Então o chefe dos copeiros disse ao faraó: “Hoje me lembro de minhas faltas. 10 Certa vez o faraó ficou irado com dois dos seus servos e mandou prender-me junto com o chefe dos padeiros, na casa do capitão da guarda. 11 Certa noite cada um de nós teve um sonho, e cada sonho tinha uma interpretação. 12 Pois bem, havia lá conosco um jovem hebreu, servo do capitão da guarda. Contamos a ele os nossos sonhos, e ele os interpretou, dando a cada um de nós a interpretação do seu próprio sonho. 13 E tudo aconteceu conforme ele nos dissera: eu fui restaurado à minha posição, e o outro foi enforcado”. 14 O faraó mandou chamar José, que foi trazido depressa do calabouço. Depois de se barbear e trocar de roupa, apresentou-se ao faraó. 15 O faraó disse a José: “Tive um sonho que ninguém consegue interpretar. Mas ouvi falar que você, ao ouvir um sonho, é capaz de interpretá-lo”. 16 Respondeu-lhe José: “Isso não depende de mim, mas Deus dará ao faraó uma resposta favorável”. 17 Então o faraó contou o sonho a José: “Sonhei que estava em pé, à beira do Nilo, 18 quando saíram do rio sete vacas, belas e gordas, que começaram a pastar entre os juncos. 19 Depois saíram outras sete, raquíticas, muito feias e magras. Nunca vi vacas tão feias em toda a terra do Egito. 20 As vacas magras e feias comeram as sete vacas gordas que tinham aparecido primeiro. 21 Mesmo depois de havê-las comido, não parecia que o tivessem feito, pois continuavam tão magras como antes. Então acordei. 22 “Depois tive outro sonho. Vi sete espigas de cereal, cheias e boas, que cresciam num mesmo pé. 23 Depois delas, brotaram outras sete, murchas e mirradas, ressequidas pelo vento leste. 24 As espigas magras engoliram as sete espigas boas. Contei isso aos magos, mas ninguém foi capaz de explicá-lo”. 25 “O faraó teve um único sonho”, disse-lhe José. “Deus revelou ao faraó o que ele está para fazer. 26 As sete vacas boas são sete anos, e as sete espigas boas são também sete anos; trata-se de um único sonho. 27 As sete vacas magras e feias que surgiram depois das outras, e as sete espigas mirradas, queimadas pelo vento leste, são sete anos. Serão sete anos de fome. 28 “É exatamente como eu disse ao faraó: Deus mostrou ao faraó aquilo que ele vai fazer. 29 Sete anos de muita fartura estão para vir sobre toda a terra do Egito, 30 mas depois virão sete anos de fome. Então todo o tempo de fartura será esquecido, pois a fome arruinará a terra. 31 A fome que virá depois será tão rigorosa que o tempo de fartura não será mais lembrado na terra. 32 O sonho veio ao faraó duas vezes porque a questão já foi decidida por Deus, que se apressa em realizá-la. 33 “Procure agora o faraó um homem criterioso e sábio e ponha-o no comando da terra do Egito. 34 O faraó também deve estabelecer supervisores para recolher um quinto da colheita do Egito durante os sete anos de fartura. 35 Eles deverão recolher o que puderem nos anos bons que virão e fazer estoques de trigo que, sob o controle do faraó, serão armazenados nas cidades. 36 Esse estoque servirá de reserva para os sete anos de fome que virão sobre o Egito, para que a terra não seja arrasada pela fome”. 37 O plano pareceu bom ao faraó e a todos os seus conselheiros. 38 Por isso o faraó lhes perguntou: “Será que vamos achar alguém como este homem, em quem está o espírito divino?” 39 Disse, pois, o faraó a José: “Uma vez que Deus revelou todas essas coisas, não há ninguém tão criterioso e sábio como você. 40 Você terá o comando de meu palácio, e todo o meu povo se sujeitará às suas ordens. Somente em relação ao trono serei maior que você”. 41 E o faraó prosseguiu: “Entrego a você agora o comando de toda a terra do Egito”. 42 Em seguida, o faraó tirou do dedo o seu anel-selo e o colocou no dedo de José. Mandou-o vestir linho fino e colocou uma corrente de ouro em seu pescoço. 43 Também o fez subir em sua segunda carruagem real, e à frente os arautos iam gritando: “Abram caminho!” Assim José foi posto no comando de toda a terra do Egito. 44 Disse ainda o faraó a José: “Eu sou o faraó, mas sem a sua palavra ninguém poderá levantar a mão nem o pé em todo o Egito”. 45 O faraó deu a José o nome de Zafenate-Paneia e lhe deu por mulher Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om. Depois José foi inspecionar toda a terra do Egito. 46 José tinha trinta anos de idade quando começou a servir ao faraó, rei do Egito. Ele se ausentou da presença do faraó e foi percorrer todo o Egito. 47 Durante os sete anos de fartura a terra teve grande produção. 48 José recolheu todo o excedente dos sete anos de fartura no Egito e o armazenou nas cidades. Em cada cidade ele armazenava o trigo colhido nas lavouras das redondezas. 49 Assim José estocou muito trigo, como a areia do mar. Tal era a quantidade que ele parou de anotar, porque ia além de toda medida. 50 Antes dos anos de fome, Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om, deu a José dois filhos. 51 Ao primeiro, José deu o nome de Manassés, dizendo: “Deus me fez esquecer todo o meu sofrimento e toda a casa de meu pai”. 52 Ao segundo filho, chamou Efraim, dizendo: “Deus me fez prosperar na terra onde tenho sofrido”. 53 Assim chegaram ao fim os sete anos de fartura no Egito, 54 e começaram os sete anos de fome, como José tinha predito. Houve fome em todas as terras, mas em todo o Egito havia alimento. 55 Quando todo o Egito começou a sofrer com a fome, o povo clamou ao faraó por comida, e este respondeu a todos os egípcios: “Dirijam-se a José e façam o que ele disser”. 56 Quando a fome já se havia espalhado por toda a terra, José mandou abrir os locais de armazenamento e começou a vender trigo aos egípcios, pois a fome se agravava em todo o Egito. 57 E de toda a terra vinha gente ao Egito para comprar trigo de José, porquanto a fome se agravava em toda parte.
1 Esse Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, encontrou-se com Abraão quando este voltava, depois de derrotar os reis, e o abençoou; 2 e Abraão lhe deu o dízimo de tudo. Em primeiro lugar, seu nome significa “rei de justiça”; depois, “rei de Salém”, que quer dizer “rei de paz”. 3 Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, feito semelhante ao Filho de Deus, ele permanece sacerdote para sempre. 4 Considerem a grandeza desse homem: até mesmo o patriarca Abraão lhe deu o dízimo dos despojos! 5 A Lei requer dos sacerdotes entre os descendentes de Levi que recebam o dízimo do povo, isto é, dos seus irmãos, embora estes sejam descendentes de Abraão. 6 Este homem, porém, que não pertencia à linhagem de Levi, recebeu os dízimos de Abraão e abençoou aquele que tinha as promessas. 7 Sem dúvida alguma, o inferior é abençoado pelo superior. 8 No primeiro caso, quem recebe o dízimo são homens mortais; no outro caso, é aquele de quem se declara que vive. 9 Pode-se até dizer que Levi, que recebe os dízimos, entregou-os por meio de Abraão, 10 pois, quando Melquisedeque se encontrou com Abraão, Levi ainda não havia sido gerado. 11 Se fosse possível alcançar a perfeição por meio do sacerdócio levítico (visto que em sua vigência o povo recebeu a Lei), por que haveria ainda necessidade de se levantar outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque e não de Arão? 12 Certo é que, quando há mudança de sacerdócio, é necessário que haja mudança de lei. 13 Ora, aquele de quem se dizem essas coisas pertencia a outra tribo, da qual ninguém jamais havia servido diante do altar, 14 pois é bem conhecido que o nosso Senhor descende de Judá, tribo da qual Moisés nada fala quanto a sacerdócio. 15 O que acabamos de dizer fica ainda mais claro quando aparece outro sacerdote semelhante a Melquisedeque, 16 alguém que se tornou sacerdote, não por regras relativas à linhagem, mas segundo o poder de uma vida indestrutível. 17 Porquanto sobre ele é afirmado:“Tu és sacerdote para sempre,segundo a ordem de Melquisedeque”. 18 A ordenança anterior é revogada, porque era fraca e inútil 19 (pois a Lei não havia aperfeiçoado coisa alguma), sendo introduzida uma esperança superior, pela qual nos aproximamos de Deus. 20 E isso não aconteceu sem juramento! Outros se tornaram sacerdotes sem qualquer juramento, 21 mas ele se tornou sacerdote com juramento, quando Deus lhe disse:“O Senhor juroue não se arrependerá:‘Tu és sacerdote para sempre’.” 22 Jesus tornou-se, por isso mesmo, a garantia de uma aliança superior. 23 Ora, daqueles sacerdotes tem havido muitos, porque a morte os impede de continuar em seu ofício; 24 mas, visto que vive para sempre, Jesus tem um sacerdócio permanente. 25 Portanto, ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus, pois vive sempre para interceder por eles. 26 É de um sumo sacerdote como esse que precisávamos: santo, inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos céus. 27 Ao contrário dos outros sumos sacerdotes, ele não tem necessidade de oferecer sacrifícios dia após dia, primeiro por seus próprios pecados e, depois, pelos pecados do povo. E ele o fez uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu. 28 Pois a Lei constitui sumos sacerdotes a homens que têm fraquezas; mas o juramento, que veio depois da Lei, constitui o Filho perfeito para sempre.
1 Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo,àqueles que, mediante a justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, receberam conosco uma fé igualmente valiosa: 2 Graça e paz lhes sejam multiplicadas, pelo pleno conhecimento de Deus e de Jesus, o nosso Senhor. 3 Seu divino poder nos deu tudo de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. 4 Dessa maneira, ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça. 5 Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; 6 ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; 7 à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor. 8 Porque, se essas qualidades existirem e estiverem crescendo em sua vida, elas impedirão que vocês, no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos. 9 Todavia, se alguém não as tem, está cego, só vê o que está perto, esquecendo-se da purificação dos seus antigos pecados. 10 Portanto, irmãos, empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois, se agirem dessa forma, jamais tropeçarão 11 e assim vocês estarão ricamente providos quando entrarem no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 12 Por isso, sempre terei o cuidado de lembrá-los destas coisas, se bem que vocês já as sabem e estão solidamente firmados na verdade que receberam. 13 Considero importante, enquanto estiver no tabernáculo deste corpo, despertar a memória de vocês, 14 porque sei que em breve deixarei este tabernáculo, como o nosso Senhor Jesus Cristo já me revelou. 15 Eu me empenharei para que, também depois da minha partida, vocês sejam sempre capazes de lembrar-se destas coisas. 16 De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando falamos a vocês a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; ao contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 17 Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida a voz que disse: “Este é o meu filho amado, de quem me agrado”. 18 Nós mesmos ouvimos essa voz vinda dos céus, quando estávamos com ele no monte santo. 19 Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês. 20 Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, 21 pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo.
1 Povo meu, escute o meu ensino;incline os ouvidos para o que eu tenho a dizer. 2 Em parábolas abrirei a minha boca,proferirei enigmas do passado; 3 o que ouvimos e aprendemos,o que nossos pais nos contaram. 4 Não os esconderemos dos nossos filhos;contaremos à próxima geraçãoos louváveis feitos do SENHOR,o seu poder e as maravilhas que fez. 5 Ele decretou estatutos para Jacó,e em Israel estabeleceu a lei,e ordenou aos nossos antepassadosque a ensinassem aos seus filhos, 6 de modo que a geração seguinte a conhecesse,e também os filhos que ainda nasceriam,e eles, por sua vez, contassem aos seus próprios filhos. 7 Então eles porão a confiança em Deus;não esquecerão os seus feitose obedecerão aos seus mandamentos. 8 Eles não serão como os seus antepassados,obstinados e rebeldes,povo de coração desleal para com Deus,gente de espírito infiel. 9 Os homens de Efraim, flecheiros armados,viraram as costas no dia da batalha; 10 não guardaram a aliança de Deuse se recusaram a viver de acordo com a sua lei. 11 Esqueceram o que ele tinha feito,as maravilhas que lhes havia mostrado. 12 Ele fez milagres diante dos seus antepassados,na terra do Egito, na região de Zoã. 13 Dividiu o mar para que pudessem passar;fez a água erguer-se como um muro. 14 Ele os guiou com a nuvem de diae com a luz do fogo de noite. 15 Fendeu as rochas no desertoe deu-lhes tanta água como a que flui das profundezas; 16 da pedra fez sair regatose fluir água como um rio. 17 Mas contra ele continuaram a pecar,revoltando-se no deserto contra o Altíssimo. 18 Deliberadamente puseram Deus à prova,exigindo o que desejavam comer. 19 Duvidaram de Deus, dizendo:“Poderá Deus preparar uma mesa no deserto? 20 Sabemos que, quando ele feriu a rocha,a água brotou e jorrou em torrentes.Mas conseguirá também dar-nos de comer?Poderá suprir de carne o seu povo?” 21 O SENHOR os ouviu e enfureceu-se;com fogo atacou Jacó,e sua ira levantou-se contra Israel, 22 pois eles não creram em Deusnem confiaram no seu poder salvador. 23 Contudo, ele deu ordens às nuvense abriu as portas dos céus; 24 fez chover maná para que o povo comesse,deu-lhe o pão dos céus. 25 Os homens comeram o pão dos anjos;enviou-lhes comida à vontade. 26 Enviou dos céus o vento orientale pelo seu poder fez avançar o vento sul. 27 Fez chover carne sobre eles como pó,bandos de aves como a areia da praia. 28 Levou-as a cair dentro do acampamento,ao redor das suas tendas. 29 Comeram à vontade,e assim ele satisfez o desejo deles. 30 Mas, antes de saciarem o apetite,quando ainda tinham a comida na boca, 31 acendeu-se contra eles a ira de Deus;e ele feriu de morte os mais fortes dentre eles,matando os jovens de Israel. 32 A despeito disso tudo, continuaram pecando;não creram nos seus prodígios. 33 Por isso ele encerrou os dias deles como um soproe os anos deles em repentino pavor. 34 Sempre que Deus os castigava com a morte, eles o buscavam;com fervor se voltavam de novo para ele. 35 Lembravam-se de que Deus era a sua Rocha,de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor. 36 Com a boca o adulavam,com a língua o enganavam; 37 o coração deles não era sincero;não foram fiéis à sua aliança. 38 Contudo, ele foi misericordioso;perdoou-lhes as maldadese não os destruiu.Vez após vez conteve a sua ira,sem despertá-la totalmente. 39 Lembrou-se de que eram meros mortais,brisa passageira que não retorna. 40 Quantas vezes mostraram-se rebeldes contra ele no desertoe o entristeceram na terra solitária! 41 Repetidas vezes puseram Deus à prova;irritaram o Santo de Israel. 42 Não se lembravam da sua mão poderosa,do dia em que os redimiu do opressor, 43 do dia em que mostrou os seus prodígios no Egito,as suas maravilhas na região de Zoã, 44 quando transformou os rios e os riachos dos egípcios em sangue,e eles não mais conseguiam beber das suas águas, 45 e enviou enxames de moscas que os devoraram,e rãs que os devastaram; 46 quando entregou as suas plantações às larvas,a produção da terra aos gafanhotos, 47 e destruiu as suas vinhas com a saraivae as suas figueiras bravas com a geada; 48 quando entregou o gado deles ao granizo,os seus rebanhos aos raios; 49 quando os atingiu com a sua ira ardente,com furor, indignação e hostilidade,com muitos anjos destruidores. 50 Abriu caminho para a sua ira;não os poupou da morte,mas os entregou à peste. 51 Matou todos os primogênitos do Egito,as primícias do vigor varonil das tendas de Cam. 52 Mas tirou o seu povo como ovelhase o conduziu como a um rebanho pelo deserto. 53 Ele os guiou em segurança, e não tiveram medo;e os seus inimigos afundaram-se no mar. 54 Assim os trouxe à fronteira da sua terra santa,aos montes que a sua mão direita conquistou. 55 Expulsou nações que lá estavam,distribuiu-lhes as terras por herançae deu suas tendas às tribos de Israelpara que nelas habitassem. 56 Mas eles puseram Deus à provae foram rebeldes contra o Altíssimo;não obedeceram aos seus testemunhos. 57 Foram desleais e infiéis, como os seus antepassados,confiáveis como um arco defeituoso. 58 Eles o irritaram com os altares idólatras;com os seus ídolos lhe provocaram ciúmes. 59 Sabendo-o Deus, enfureceu-see rejeitou totalmente Israel; 60 abandonou o tabernáculo de Siló,a tenda onde habitava entre os homens. 61 Entregou o símbolo do seu poder ao cativeiroe o seu esplendor nas mãos do adversário. 62 Deixou que o seu povo fosse morto à espada,pois enfureceu-se com a sua herança. 63 O fogo consumiu os seus jovens,e as suas moças não tiveram canções de núpcias; 64 os sacerdotes foram mortos à espada!As viúvas já nem podiam chorar! 65 Então o Senhor despertou como que de um sono,como um guerreiro despertado do domínio do vinho. 66 Fez retroceder a golpes os seus adversáriose os entregou a permanente humilhação. 67 Também rejeitou as tendas de Josée não escolheu a tribo de Efraim; 68 ao contrário, escolheu a tribo de Judáe o monte Sião, o qual amou. 69 Construiu o seu santuário como as alturas;como a terra o firmou para sempre. 70 Escolheu o seu servo Davie o tirou do aprisco das ovelhas, 71 do pastoreio de ovelhas,para ser o pastor de Jacó, seu povo,de Israel, sua herança. 72 E de coração íntegro Davi os pastoreou;com mãos experientes os conduziu.
1 O SENHOR repudia balanças desonestas,mas os pesos exatos lhe dão prazer. 2 Quando vem o orgulho, chega a desgraça,mas a sabedoria está com os humildes. 3 A integridade dos justos os guia,mas a falsidade dos infiéis os destrói. 4 De nada vale a riqueza no dia da ira divina,mas a retidão livra da morte. 5 A retidão dos irrepreensíveis lhes abre um caminho reto,mas os ímpios são abatidos por sua própria impiedade. 6 A justiça dos justos os livra,mas o desejo dos infiéis os aprisiona. 7 Quando morre o ímpio, sua esperança perece;tudo o que ele esperava do seu poder dá em nada. 8 O justo é salvo das tribulações,e estas são transferidas para o ímpio. 9 Com a boca o ímpio pretende destruir o próximo,mas pelo seu conhecimento o justo se livra. 10 Quando os justos prosperam, a cidade exulta;quando os ímpios perecem, há cantos de alegria. 11 Pela bênção dos justos a cidade é exaltada,mas pela boca dos ímpios é destruída. 12 O homem que não tem juízo ridiculariza o seu próximo,mas o que tem entendimento refreia a língua. 13 Quem muito fala trai a confidência,mas quem merece confiança guarda o segredo. 14 Sem diretrizes a nação cai;o que a salva é ter muitos conselheiros. 15 Quem serve de fiador certamente sofrerá,mas quem se nega a fazê-lo está seguro. 16 A mulher bondosa conquista o respeito,mas os homens cruéis só conquistam riquezas. 17 Quem faz o bem aos outros, a si mesmo o faz;o homem cruel causa o seu próprio mal. 18 O ímpio recebe salários enganosos,mas quem semeia a retidão colhe segura recompensa. 19 Quem permanece na justiça viverá,mas quem sai em busca do mal corre para a morte. 20 O SENHOR detesta os perversos de coração,mas os de conduta irrepreensível dão-lhe prazer. 21 Esteja certo de que os ímpios não ficarão sem castigo,mas os justos serão poupados. 22 Como anel de ouro em focinho de porco,assim é a mulher bonita, mas indiscreta. 23 O desejo dos justos resulta em bem;a esperança dos ímpios, em ira. 24 Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas;outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza. 25 O generoso prosperará;quem dá alívio aos outros, alívio receberá. 26 O povo amaldiçoa aquele que esconde o trigo,mas a bênção coroa aquele que logo se dispõe a vendê-lo. 27 Quem procura o bem será respeitado;já o mal vai de encontro a quem o busca. 28 Quem confia em suas riquezas certamente cairá,mas os justos florescerão como a folhagem verdejante. 29 Quem causa problemas à sua família herdará somente vento;o insensato será servo do sábio. 30 O fruto da retidão é árvore de vida,e aquele que conquista almas é sábio. 31 Se os justos recebem na terra a punição que merecem,quanto mais o ímpio e o pecador!
1 No mês de nisã do vigésimo ano do rei Artaxerxes, na hora de servir-lhe o vinho, levei-o ao rei. Nunca antes eu tinha estado triste na presença dele; 2 por isso o rei me perguntou: “Por que o seu rosto parece tão triste se você não está doente? Essa tristeza só pode ser do coração!”Com muito medo, 3 eu disse ao rei: Que o rei viva para sempre! Como não estaria triste o meu rosto se a cidade em que estão sepultados os meus pais está em ruínas e as suas portas foram destruídas pelo fogo? 4 O rei me disse: “O que você gostaria de pedir?”Então orei ao Deus dos céus 5 e respondi ao rei: Se for do agrado do rei e se o seu servo puder contar com a sua benevolência, que ele me deixe ir à cidade onde meus pais estão enterrados, em Judá, para que eu possa reconstruí-la. 6 Então o rei, estando presente a rainha, sentada ao seu lado, perguntou-me: “Quanto tempo levará a viagem? Quando você voltará?” Marquei um prazo com o rei, e ele concordou que eu fosse. 7 A seguir, acrescentei: Se for do agrado do rei, eu poderia levar cartas do rei aos governadores do Trans-Eufrates para que me deixem passar até chegar a Judá. 8 E também uma carta para Asafe, guarda da floresta do rei, para que ele me forneça madeira para as portas da cidadela que fica junto ao templo, para os muros da cidade e para a residência que irei ocupar. Visto que a bondosa mão de Deus estava sobre mim, o rei atendeu os meus pedidos. 9 Com isso fui aos governadores do Trans-Eufrates e lhes entreguei as cartas do rei. Acompanhou-me uma escolta de oficiais do exército e de cavaleiros que o rei enviou comigo. 10 Sambalate, o horonita, e Tobias, o oficial amonita, ficaram muito irritados quando viram que havia gente interessada no bem dos israelitas. 11 Cheguei a Jerusalém e, depois de três dias de permanência ali, 12 saí de noite com alguns dos meus amigos. Eu não havia contado a ninguém o que o meu Deus havia posto em meu coração que eu fizesse por Jerusalém. Não levava nenhum outro animal além daquele em que eu estava montado. 13 De noite saí pela porta do Vale na direção da fonte do Dragão e da porta do Esterco, examinando o muro de Jerusalém, que havia sido derrubado e suas portas, que haviam sido destruídas pelo fogo. 14 Fui até a porta da Fonte e do tanque do Rei, mas ali não havia espaço para o meu animal passar; 15 por isso subi o vale, ainda de noite, examinando o muro. Finalmente voltei e tornei a entrar pela porta do Vale. 16 Os oficiais não sabiam aonde eu tinha ido ou o que eu estava fazendo, pois até então eu não tinha dito nada aos judeus, aos sacerdotes, aos nobres, aos oficiais e aos outros que iriam realizar a obra. 17 Então eu lhes disse: Vejam a situação terrível em que estamos: Jerusalém está em ruínas, e suas portas foram destruídas pelo fogo. Venham, vamos reconstruir os muros de Jerusalém, para que não fiquemos mais nesta situação humilhante. 18 Também lhes contei como Deus tinha sido bondoso comigo e o que o rei me tinha dito.Eles responderam: “Sim, vamos começar a reconstrução”. E se encheram de coragem para a realização desse bom projeto. 19 Quando, porém, Sambalate, o horonita, Tobias, o oficial amonita, e Gesém, o árabe, souberam disso, zombaram de nós, desprezaram-nos e perguntaram: “O que vocês estão fazendo? Estão se rebelando contra o rei?” 20 Eu lhes respondi: O Deus dos céus fará que sejamos bem-sucedidos. Nós, os seus servos, começaremos a reconstrução, mas, no que lhes diz respeito, vocês não têm parte nem direito legal sobre Jerusalém, e em sua história não há nada de memorável que favoreça vocês!
1 Palavra do SENHOR que veio a Sofonias, filho de Cuchi, neto de Gedalias, bisneto de Amarias e trineto de Ezequias, durante o reinado de Josias, filho de Amom, rei de Judá: 2 “Destruirei todas as coisasna face da terra”;palavra do SENHOR. 3 “Destruirei tanto os homens quanto os animais;destruirei as aves do céue os peixes do mare os que causam tropeço junto com os ímpios.“Farei isso quando eu ceifar o homemda face da terra”,declara o SENHOR. 4 “Estenderei a mão contra Judáe contra todos os habitantes de Jerusalém.Eliminarei deste lugar o remanescente de Baal,os nomes dos ministros idólatras e dos sacerdotes, 5 aqueles que no alto dos terraçosadoram o exército de estrelase aqueles que se prostram jurando peloe também por Moloque; 6 aqueles que se desviam e deixam de seguir o SENHOR,não o buscam nem o consultam. 7 “Calem-se diante do Soberano, o SENHOR,pois o dia do SENHOR está próximo.O SENHOR preparou um sacrifício;consagrou seus convidados. 8 “No dia do sacrifício docastigarei os líderes e os filhos do reie todos os que estão vestidoscom roupas estrangeiras. 9 Naquele dia, castigareitodos os que evitam pisar a soleira dos ídolose que enchem o templo de seus deusescom violência e engano. 10 “Naquele dia”, declara o SENHOR,“haverá gritos perto da porta dos Peixes,lamentos no novo distritoe estrondos nas colinas. 11 Lamentem-se, vocês que moram na cidade baixa;todos os seus comerciantes serão completamente destruídos,todos os que negociam com prata serão arruinados. 12 Nessa época vasculharei Jerusalém com lamparinase castigarei os complacentes,que são como vinho envelhecido deixado com os seus resíduos,que pensam: ‘O SENHOR nada fará,nem bem nem mal’. 13 A riqueza deles será saqueada,suas casas serão demolidas.Embora construam novas casas,nelas não morarão;plantarão vinhas,mas o vinho não beberão. 14 “O grande dia do SENHOR está próximo;está próximo e logo vem.Ouçam! O dia do SENHOR será amargo;até os guerreiros gritarão. 15 Aquele dia será um dia de ira,dia de aflição e angústia,dia de sofrimento e ruína,dia de trevas e escuridão,dia de nuvens e negridão, 16 dia de toques de trombeta e gritos de guerracontra as cidades fortificadase contra as torres elevadas. 17 “Trarei aflição aos homens;andarão como se fossem cegos,porque pecaram contra o SENHOR.O sangue deles será derramado como poeira,e suas entranhas como lixo. 18 Nem a sua prata nem o seu ouropoderão livrá-losno dia da ira do SENHOR.“No fogo do seu zeloo mundo inteiro será consumido,pois ele dará fim repentinoa todos os que vivem na terra”.
1 Enquanto Pedro e João falavam ao povo, chegaram os sacerdotes, o capitão da guarda do templo e os saduceus. 2 Eles estavam muito perturbados porque os apóstolos estavam ensinando o povo e proclamando em Jesus a ressurreição dos mortos. 3 Agarraram Pedro e João e, como já estava anoitecendo, os colocaram na prisão até o dia seguinte. 4 Mas muitos dos que tinham ouvido a mensagem creram, chegando o número dos homens que creram a perto de cinco mil. 5 No dia seguinte, as autoridades, os líderes religiosos e os mestres da lei reuniram-se em Jerusalém. 6 Estavam ali Anás, o sumo sacerdote, bem como Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da família do sumo sacerdote. 7 Mandaram trazer Pedro e João diante deles e começaram a interrogá-los: “Com que poder ou em nome de quem vocês fizeram isso?” 8 Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: “Autoridades e líderes do povo! 9 Visto que hoje somos chamados para prestar contas de um ato de bondade em favor de um aleijado, sendo interrogados acerca de como ele foi curado, 10 saibam os senhores e todo o povo de Israel que por meio do nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem os senhores crucificaram, mas a quem Deus ressuscitou dos mortos, este homem está aí curado diante dos senhores. 11 Este Jesus é“ ‘a pedra que vocês, construtores, rejeitaram,e que se tornou a pedra angular’. 12 Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos”. 13 Vendo a coragem de Pedro e de João e percebendo que eram homens comuns e sem instrução, ficaram admirados e reconheceram que eles haviam estado com Jesus. 14 E, como podiam ver ali com eles o homem que fora curado, nada podiam dizer contra eles. 15 Assim, ordenaram que se retirassem do Sinédrio e começaram a discutir, 16 perguntando: “Que faremos com esses homens? Todos os que moram em Jerusalém sabem que eles realizaram um milagre notório que não podemos negar. 17 Todavia, para impedir que isso se espalhe ainda mais no meio do povo, precisamos adverti-los de que não falem com mais ninguém sobre esse nome”. 18 Então, chamando-os novamente, ordenaram-lhes que não falassem nem ensinassem em nome de Jesus. 19 Mas Pedro e João responderam: “Julguem os senhores mesmos se é justo aos olhos de Deus obedecer aos senhores e não a Deus. 20 Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos”. 21 Depois de mais ameaças, eles os deixaram ir. Não tinham como castigá-los, porque todo o povo estava louvando a Deus pelo que acontecera, 22 pois o homem que fora curado milagrosamente tinha mais de quarenta anos de idade. 23 Quando foram soltos, Pedro e João voltaram para os seus companheiros e contaram tudo o que os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos lhes tinham dito. 24 Ouvindo isso, levantaram juntos a voz a Deus, dizendo: “Ó Soberano, tu fizeste os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há! 25 Tu falaste pelo Espírito Santo por boca do teu servo, nosso pai Davi:“ ‘Por que se enfurecem as nações,e os povos conspiram em vão? 26 Os reis da terra se levantam,e os governantes se reúnemcontra o Senhore contra o seu Ungido’. 27 De fato, Herodes e Pôncio Pilatos reuniram-se com os gentios e com o povo de Israel nesta cidade, para conspirar contra o teu santo servo Jesus, a quem ungiste. 28 Fizeram o que o teu poder e a tua vontade haviam decidido de antemão que acontecesse. 29 Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente. 30 Estende a tua mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do teu santo servo Jesus”. 31 Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus. 32 Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham. 33 Com grande poder os apóstolos continuavam a testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus, e grandiosa graça estava sobre todos eles. 34 Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois os que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro da venda 35 e o colocavam aos pés dos apóstolos, que o distribuíam segundo a necessidade de cada um. 36 José, um levita de Chipre a quem os apóstolos deram o nome de Barnabé, que significa “encorajador”, 37 vendeu um campo que possuía, trouxe o dinheiro e o colocou aos pés dos apóstolos.