1 Tendo terminado de dizer tudo isso ao povo, Jesus entrou em Cafarnaum. 2 Ali estava o servo de um centurião, doente e quase à morte, a quem seu senhor estimava muito. 3 Ele ouviu falar de Jesus e enviou-lhe alguns líderes religiosos dos judeus, pedindo-lhe que fosse curar o seu servo. 4 Chegando-se a Jesus, suplicaram-lhe com insistência: “Este homem merece que lhe faças isso, 5 porque ama a nossa nação e construiu a nossa sinagoga”. 6 Jesus foi com eles.Já estava perto da casa quando o centurião mandou amigos dizerem a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois não mereço receber-te debaixo do meu teto. 7 Por isso, nem me considerei digno de ir ao teu encontro. Mas dize uma palavra, e o meu servo será curado. 8 Pois eu também sou homem sujeito a autoridade e com soldados sob o meu comando. Digo a um: Vá, e ele vai; e a outro: Venha, e ele vem. Digo a meu servo: Faça isto, e ele faz”. 9 Ao ouvir isso, Jesus admirou-se dele e, voltando-se para a multidão que o seguia, disse: “Eu digo que nem em Israel encontrei tamanha fé”. 10 Então os homens que haviam sido enviados voltaram para casa e encontraram o servo restabelecido. 11 Logo depois, Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e com ele iam os seus discípulos e uma grande multidão. 12 Ao se aproximar da porta da cidade, estava saindo o enterro do filho único de uma viúva; e uma grande multidão da cidade estava com ela. 13 Ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e disse: “Não chore”. 14 Depois, aproximou-se e tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Jesus disse: “Jovem, eu digo, levante-se!” 15 O jovem sentou-se e começou a conversar, e Jesus o entregou à sua mãe. 16 Todos ficaram cheios de temor e louvavam a Deus. “Um grande profeta se levantou dentre nós”, diziam eles. “Deus interveio em favor do seu povo”. 17 Essas notícias sobre Jesus espalharam-se por toda a Judeia e regiões circunvizinhas. 18 Os discípulos de João contaram-lhe todas essas coisas. Chamando dois deles, 19 enviou-os ao Senhor para perguntarem: “És tu aquele que haveria de vir ou devemos esperar algum outro?” 20 Dirigindo-se a Jesus, aqueles homens disseram: “João Batista nos enviou para te perguntarmos: ‘És tu aquele que haveria de vir ou devemos esperar algum outro?’ ” 21 Naquele momento Jesus curou muitos que tinham males, doenças graves e espíritos malignos, e concedeu visão a muitos que eram cegos. 22 Então ele respondeu aos mensageiros: “Voltem e anunciem a João o que vocês viram e ouviram: os cegos veem, os aleijados andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e as boas-novas são pregadas aos pobres; 23 e feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa”. 24 Depois que os mensageiros de João foram embora, Jesus começou a falar à multidão a respeito de João: “O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 25 Ou, o que foram ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem roupas esplêndidas e se entregam ao luxo estão nos palácios. 26 Afinal, o que foram ver? Um profeta? Sim, eu digo a vocês, e mais que profeta. 27 Este é aquele a respeito de quem está escrito:“ ‘Enviarei o meu mensageiro à tua frente;ele preparará o teu caminho diante de ti’. 28 Eu digo que entre os que nasceram de mulher não há ninguém maior do que João; todavia, o menor no Reino de Deus é maior do que ele”. 29 Todo o povo, até os publicanos, ouvindo as palavras de Jesus, reconheceram que o caminho de Deus era justo, sendo batizados por João. 30 Mas os fariseus e os peritos na lei rejeitaram o propósito de Deus para eles, não sendo batizados por João. 31 “A que posso, pois, comparar os homens desta geração?”, prosseguiu Jesus. “Com que se parecem? 32 São como crianças que ficam sentadas na praça e gritam umas às outras:“ ‘Nós tocamos flauta,mas vocês não dançaram;cantamos um lamento,mas vocês não choraram’. 33 Pois veio João Batista, que jejua e não bebe vinho, e vocês dizem: ‘Ele tem demônio’. 34 Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e vocês dizem: ‘Aí está um comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores’. 35 Mas a sabedoria é comprovada por todos os seus discípulos”. 36 Convidado por um dos fariseus para jantar, Jesus foi à casa dele e reclinou-se à mesa. 37 Ao saber que Jesus estava comendo na casa do fariseu, certa mulher daquela cidade, uma pecadora, trouxe um frasco de alabastro com perfume 38 e se colocou atrás de Jesus, a seus pés. Chorando, começou a molhar-lhe os pés com suas lágrimas. Depois os enxugou com seus cabelos, beijou-os e os ungiu com o perfume. 39 Ao ver isso, o fariseu que o havia convidado disse a si mesmo: “Se este homem fosse profeta, saberia quem nele está tocando e que tipo de mulher ela é: uma pecadora”. 40 Então lhe disse Jesus: “Simão, tenho algo a dizer a você”.“Dize, Mestre”, disse ele. 41 “Dois homens deviam a certo credor. Um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta. 42 Nenhum dos dois tinha com que lhe pagar, por isso perdoou a dívida a ambos. Qual deles o amará mais?” 43 Simão respondeu: “Suponho que aquele a quem foi perdoada a dívida maior”.“Você julgou bem”, disse Jesus. 44 Em seguida, virou-se para a mulher e disse a Simão: “Vê esta mulher? Entrei em sua casa, mas você não me deu água para lavar os pés; ela, porém, molhou os meus pés com suas lágrimas e os enxugou com seus cabelos. 45 Você não me saudou com um beijo, mas esta mulher, desde que entrei aqui, não parou de beijar os meus pés. 46 Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas ela derramou perfume nos meus pés. 47 Portanto, eu digo, os muitos pecados dela lhe foram perdoados; pois ela amou muito. Mas aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama”. 48 Então Jesus disse a ela: “Seus pecados estão perdoados”. 49 Os outros convidados começaram a perguntar: “Quem é este que até perdoa pecados?” 50 Jesus disse à mulher: “Sua fé a salvou; vá em paz”.
1 Naquela noite toda a comunidade começou a chorar em alta voz. 2 Todos os israelitas queixaram-se contra Moisés e contra Arão, e toda a comunidade lhes disse: “Quem dera tivéssemos morrido no Egito! Ou neste deserto! 3 Por que o SENHOR está nos trazendo para esta terra? Só para nos deixar cair à espada? Nossas mulheres e nossos filhos serão tomados como despojo de guerra. Não seria melhor voltar para o Egito?” 4 E disseram uns aos outros: “Escolheremos um chefe e voltaremos para o Egito!” 5 Então Moisés e Arão prostraram-se com o rosto em terra, diante de toda a assembleia dos israelitas. 6 Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que haviam observado a terra, rasgaram as suas vestes 7 e disseram a toda a comunidade dos israelitas: “A terra que percorremos em missão de reconhecimento é excelente. 8 Se o SENHOR se agradar de nós, ele nos fará entrar nessa terra, onde há leite e mel com fartura, e a dará a nós. 9 Somente não sejam rebeldes contra o SENHOR. E não tenham medo do povo da terra, porque nós os devoraremos como se fossem pão. A proteção deles se foi, mas o SENHOR está conosco. Não tenham medo deles!” 10 Mas a comunidade toda falou em apedrejá-los. Então a glória do SENHOR apareceu a todos os israelitas na Tenda do Encontro. 11 E o SENHOR disse a Moisés: “Até quando este povo me tratará com pouco caso? Até quando se recusará a crer em mim, apesar de todos os sinais que realizei entre eles? 12 Eu os ferirei com praga e os destruirei, mas farei de você uma nação maior e mais forte do que eles”. 13 Moisés disse ao SENHOR: “Então os egípcios ouvirão que pelo teu poder fizeste este povo sair dentre eles, 14 e falarão disso aos habitantes desta terra. Eles ouviram que tu, ó SENHOR, estás com este povo e que te veem face a face, SENHOR, e que a tua nuvem paira sobre eles, e que vais adiante deles numa coluna de nuvem de dia e numa coluna de fogo de noite. 15 Se exterminares este povo, as nações que ouvirem falar do que fizeste dirão: 16 ‘O SENHOR não conseguiu levar esse povo à terra que lhes prometeu em juramento; por isso os matou no deserto’. 17 “Mas agora, que a força do Senhor se manifeste, segundo prometeste: 18 ‘O SENHOR é muito paciente e grande em fidelidade e perdoa a iniquidade e a rebelião, se bem que não deixa o pecado sem punição e castiga os filhos pela iniquidade dos pais até a terceira e quarta gerações’. 19 Segundo a tua grande fidelidade, perdoa a iniquidade deste povo, como a este povo tens perdoado desde que saíram do Egito até agora”. 20 O SENHOR respondeu: “Eu o perdoei, conforme você pediu. 21 No entanto, juro pela glória do SENHOR, que enche toda a terra, 22 que nenhum dos que viram a minha glória e os sinais milagrosos que realizei no Egito e no deserto e me puseram à prova e me desobedeceram dez vezes— 23 nenhum deles chegará a ver a terra que prometi com juramento aos seus antepassados. Ninguém que me tratou com desprezo a verá. 24 Mas, como o meu servo Calebe tem outro espírito e me segue com integridade, eu o farei entrar na terra que foi observar, e seus descendentes a herdarão. 25 Visto que os amalequitas e os cananeus habitam nos vales, amanhã deem meia-volta e partam em direção ao deserto pelo caminho que vai para o mar Vermelho”. 26 Disse mais o SENHOR a Moisés e a Arão: 27 “Até quando esta comunidade ímpia se queixará contra mim? Tenho ouvido as queixas desses israelitas murmuradores. 28 Diga-lhes: Juro pelo meu nome, declara o SENHOR, que farei a vocês tudo o que pediram: 29 Cairão neste deserto os cadáveres de todos vocês, de vinte anos para cima, que foram contados no recenseamento e que se queixaram contra mim. 30 Nenhum de vocês entrará na terra que, com mão levantada, jurei dar-lhes para sua habitação, exceto Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. 31 Mas, quanto aos seus filhos, sobre os quais vocês disseram que seriam tomados como despojo de guerra, eu os farei entrar para desfrutarem a terra que vocês rejeitaram. 32 Os cadáveres de vocês, porém, cairão neste deserto. 33 Seus filhos serão pastores aqui durante quarenta anos, sofrendo pela infidelidade de vocês, até que o último cadáver de vocês seja destruído no deserto. 34 Durante quarenta anos vocês sofrerão a consequência dos seus pecados e experimentarão a minha rejeição; cada ano corresponderá a cada um dos quarenta dias em que vocês observaram a terra. 35 Eu, o SENHOR, falei, e certamente farei essas coisas a toda esta comunidade ímpia, que conspirou contra mim. Encontrarão o seu fim neste deserto; aqui morrerão”. 36 Os homens enviados por Moisés em missão de reconhecimento daquela terra voltaram e fizeram toda a comunidade queixar-se contra ele ao espalharem um relatório negativo; 37 esses homens responsáveis por espalhar o relatório negativo sobre a terra morreram subitamente de praga perante o SENHOR. 38 De todos os que foram observar a terra, somente Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, sobreviveram. 39 Quando Moisés transmitiu essas palavras a todos os israelitas, eles choraram amargamente. 40 Na madrugada seguinte subiram para o alto da região montanhosa e disseram: “Subiremos ao lugar que o SENHOR prometeu, pois cometemos pecado”. 41 Moisés, porém, disse: “Por que vocês estão desobedecendo à ordem do SENHOR? Isso não terá sucesso! 42 Não subam, porque o SENHOR não está com vocês. Vocês serão derrotados pelos inimigos, 43 pois os amalequitas e os cananeus os enfrentarão ali, e vocês cairão à espada. Visto que deixaram de seguir o SENHOR, ele não estará com vocês”. 44 Apesar disso, eles subiram desafiadoramente ao alto da região montanhosa, mas nem Moisés nem a arca da aliança do SENHOR saíram do acampamento. 45 Então os amalequitas e os cananeus que lá viviam desceram, derrotaram-nos e os perseguiram até Hormá.
1 Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? 2 De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? 3 Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte? 4 Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. 5 Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição. 6 Pois sabemos que o nosso velho homem, foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído e não mais sejamos escravos do pecado; 7 pois quem morreu foi justificado do pecado. 8 Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos. 9 Pois sabemos que, tendo sido ressuscitado dos mortos, Cristo não pode morrer outra vez: a morte não tem mais domínio sobre ele. 10 Porque, morrendo, ele morreu para o pecado uma vez por todas; mas, vivendo, vive para Deus. 11 Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. 12 Portanto, não permitam que o pecado continue dominando o corpo mortal de vocês, fazendo que obedeçam aos seus desejos. 13 Não ofereçam os membros do corpo de vocês ao pecado, como instrumentos de injustiça; antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros do corpo de vocês a ele, como instrumentos de justiça. 14 Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça. 15 E então? Vamos pecar porque não estamos debaixo da Lei, mas debaixo da graça? De maneira nenhuma! 16 Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a quem obedecem: escravos do pecado que leva à morte, ou da obediência que leva à justiça? 17 Mas, graças a Deus, porque, embora vocês tenham sido escravos do pecado, passaram a obedecer de coração à forma de ensino que lhes foi transmitida. 18 Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça. 19 Falo isso em termos humanos, por causa das suas limitações humanas. Assim como vocês ofereceram os membros do seu corpo em escravidão à impureza e à maldade que leva à maldade, ofereçam-nos agora em escravidão à justiça que leva à santidade. 20 Quando vocês eram escravos do pecado, estavam livres da justiça. 21 Que fruto colheram então das coisas das quais agora vocês se envergonham? O fim delas é a morte! 22 Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna. 23 Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
1 Vi no céu outro sinal, grande e maravilhoso: sete anjos com as sete últimas pragas, pois com elas se completa a ira de Deus. 2 Vi algo semelhante a um mar de vidro misturado com fogo, e, em pé, junto ao mar, os que tinham vencido a besta, a sua imagem e o número do seu nome. Eles seguravam harpas que lhes haviam sido dadas por Deus, 3 e cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro:“Grandes e maravilhosas são as tuas obras,Senhor Deus todo-poderoso.Justos e verdadeiros são os teus caminhos,ó Rei das nações. 4 Quem não te temerá, ó Senhor?Quem não glorificará o teu nome?Pois tu somente és santo.Todas as nações virão à tua presençae te adorarão,pois os teus atos de justice se tornaram manifestos”. 5 Depois disso olhei e vi que se abriu nos céus o santuário, o tabernáculo da aliança. 6 Saíram do santuário os sete anjos com as sete pragas. Eles estavam vestidos de linho puro e resplandecente e tinham cinturões de ouro ao redor do peito. 7 E um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre. 8 O santuário ficou cheio da fumaça da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia entrar no santuário enquanto não se completassem as sete pragas dos sete anjos.
1 Eu te amo, ó SENHOR, minha força. 2 O SENHOR é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador;o meu Deus é o meu rochedo, em quem me refugio.Ele é o meu escudo e o poder que me salva,a minha torre alta. 3 Clamo ao SENHOR, que é digno de louvor,e estou salvo dos meus inimigos. 4 As cordas da morte me enredaram;as torrentes da destruição me surpreenderam. 5 As cordas do Sheol me envolveram;os laços da morte me alcançaram. 6 Na minha aflição clamei ao SENHOR;gritei por socorro ao meu Deus.Do seu templo ele ouviu a minha voz;meu grito chegou à sua presença, aos seus ouvidos. 7 A terra tremeu e agitou-se,e os fundamentos dos montes se abalaram;estremeceram porque ele se irou. 8 Das suas narinas subiu fumaça;da sua boca saíram brasas vivase fogo consumidor. 9 Ele abriu os céus e desceu;nuvens escuras estavam sob os seus pés. 10 Montou um querubim e voou,deslizando sobre as asas do vento. 11 Fez das trevas o seu esconderijo;das escuras nuvens, cheias de água, o abrigo que o envolvia. 12 Com o fulgor da sua presençaas nuvens se desfizeram em granizo e raios, 13 quando dos céus trovejou o SENHOR,e ressoou a voz do Altíssimo. 14 Atirou suas flechas e dispersou meus inimigos,com seus raios os derrotou. 15 O fundo do mar apareceu,e os fundamentos da terra foram expostospela tua repreensão, ó SENHOR,com o forte sopro das tuas narinas. 16 Das alturas estendeu a mão e me segurou;tirou-me das águas profundas. 17 Livrou-me do meu inimigo poderoso,dos meus adversários, fortes demais para mim. 18 Eles me atacaram no dia da minha desgraça,mas o SENHOR foi o meu amparo. 19 Ele me deu total libertação;livrou-me porque me quer bem. 20 O SENHOR me tratou conforme a minha justiça;conforme a pureza das minhas mãos recompensou-me. 21 Pois segui os caminhos do SENHOR;não agi como ímpio, afastando-me do meu Deus. 22 Todas as suas ordenanças estão diante de mim;não me desviei dos seus decretos. 23 Tenho sido irrepreensível para com elee guardei-me de praticar o mal. 24 O SENHOR me recompensou conforme a minha justiça,conforme a pureza das minhas mãos diante dos seus olhos. 25 Ao fiel te revelas fiel,ao irrepreensível te revelas irrepreensível, 26 ao puro te revelas puro,mas com o perverso reages à altura. 27 Salvas os que são humildes,mas humilhas os de olhos altivos. 28 Tu, SENHOR, manténs acesa a minha lâmpada;o meu Deus transforma em luz as minhas trevas. 29 Com o teu auxílio posso atacar uma tropa;com o meu Deus posso transpor muralhas. 30 Este é o Deus cujo caminho é perfeito;a palavra do SENHOR é comprovadamente genuína.Ele é um escudo para todos os que nele se refugiam. 31 Pois quem é Deus além do SENHOR?E quem é rocha senão o nosso Deus? 32 Ele é o Deus que me reveste de forçae torna perfeito o meu caminho. 33 Torna os meus pés ágeis como os da corça,sustenta-me firme nas alturas. 34 Ele treina as minhas mãos para a batalhae os meus braços para vergar um arco de bronze. 35 Tu me dás o teu escudo de vitória;tua mão direita me sustém;desces ao meu encontro para exaltar-me. 36 Deixaste livre o meu caminho,para que não se torçam os meus tornozelos. 37 Persegui os meus inimigos e os alcancei;e não voltei enquanto não foram destruídos. 38 Massacrei-os, e não puderam levantar-se;jazem debaixo dos meus pés. 39 Deste-me força para o combate;subjugaste os que se rebelaram contra mim. 40 Puseste os meus inimigos em fugae exterminei os que me odiavam. 41 Gritaram por socorro, mas não houve quem os salvasse;clamaram ao SENHOR, mas ele não respondeu. 42 Eu os reduzi a pó, pó que o vento leva.Pisei-os como à lama das ruas. 43 Tu me livraste de um povo em revolta;fizeste-me o cabeça de nações;um povo que não conheci sujeita-se a mim. 44 Assim que me ouvem, me obedecem;são estrangeiros que se submetem a mim. 45 Todos eles perderam a coragem;tremendo, saem das suas fortalezas. 46 O SENHOR vive! Bendita seja a minha Rocha!Exaltado seja Deus, o meu Salvador! 47 Este é o Deus que em meu favor executa vingança,que a mim sujeita nações. 48 Tu me livraste dos meus inimigos;sim, fizeste-me triunfar sobre os meus agressores,e de homens violentos me libertaste. 49 Por isso eu te louvarei entre as nações, ó SENHOR;cantarei louvores ao teu nome. 50 Ele dá grandes vitórias ao seu rei;é bondoso com o seu ungido,com Davi e os seus descendentes para sempre.
1 A sabedoria está clamando,o discernimento ergue a sua voz; 2 nos lugares altos, junto ao caminho,nos cruzamentos ela se coloca; 3 ao lado das portas, à entrada da cidade,portas adentro, ela clama em alta voz: 4 “A vocês, homens, eu clamo;a todos levanto a minha voz. 5 Vocês, inexperientes, adquiram a prudência;e vocês, tolos, tenham bom senso. 6 Ouçam, pois tenho coisas importantes para dizer;os meus lábios falarão do que é certo. 7 Minha boca fala a verdade,pois a maldade causa repulsa aos meus lábios. 8 Todas as minhas palavras são justas;nenhuma delas é distorcida ou perversa. 9 Para os que têm discernimento, são todas claras,e retas para os que têm conhecimento. 10 Prefiram a minha instrução à prata,e o conhecimento ao ouro puro, 11 pois a sabedoria é mais preciosa do que rubis;nada do que vocês possam desejar compara-se a ela. 12 “Eu, a sabedoria, moro com a prudência,e tenho o conhecimento que vem do bom senso. 13 Temer o SENHOR é odiar o mal;odeio o orgulho e a arrogância,o mau comportamento e o falar perverso. 14 Meu é o conselho sensato;a mim pertencem o entendimento e o poder. 15 Por meu intermédio os reis governam,e as autoridades exercem a justiça; 16 também por meu intermédiogovernam os nobres, todos os juízes da terra. 17 Amo os que me amam,e quem me procura me encontra. 18 Comigo estão riquezas e honra,prosperidade e justiça duradouras. 19 Meu fruto é melhor do que o ouro, do que o ouro puro;o que ofereço é superior à prata escolhida. 20 Ando pelo caminho da retidão,pelas veredas da justiça, 21 concedendo riqueza aos que me amame enchendo os seus tesouros. 22 “O SENHOR me criou, como o princípio de seu caminhoantes das suas obras mais antigas; 23 fui formada desde a eternidade,desde o princípio, antes de existir a terra. 24 Nasci quando ainda não havia abismos,quando não existiam fontes de águas; 25 antes de serem estabelecidos os montese de existirem colinas eu nasci. 26 Ele ainda não havia feito a terra, nem os campos,nem o pó com o qual formou o mundo. 27 Quando ele estabeleceu os céus, lá estava eu;quando traçou o horizonte sobre a superfície do abismo, 28 quando colocou as nuvens em cimae estabeleceu as fontes do abismo, 29 quando determinou as fronteiras do marpara que as águas não violassem a sua ordem,quando marcou os limites dos alicerces da terra, 30 eu estava ao seu lado e era o seu arquiteto;dia a dia eu era o seu prazere me alegrava continuamente com a sua presença. 31 Eu me alegrava com o mundo que ele criou,e a humanidade me dava alegria. 32 “Ouçam-me agora, meus filhos:Como são felizes os que guardam os meus caminhos! 33 Ouçam a minha instrução e serão sábios.Não a desprezem. 34 Como é feliz o homem que me ouve,vigiando diariamente à minha porta,esperando junto às portas da minha casa. 35 Pois todo aquele que me encontra, encontra a vidae recebe o favor do SENHOR. 36 Mas aquele que de mim se afasta, a si mesmo se agride;todos os que me odeiam amam a morte”.
1 Depois Davi fugiu de Naiote, em Ramá, foi falar com Jônatas e lhe perguntou: “O que foi que eu fiz? Qual é o meu crime? Qual foi o pecado que cometi contra seu pai para que ele queira tirar a minha vida?” 2 “Nem pense nisso”, respondeu Jônatas; “você não será morto! Meu pai não fará coisa alguma sem antes me avisar, quer importante quer não. Por que ele iria esconder isso de mim? Não é nada disso!” 3 Davi, contudo, fez um juramento e disse: “Seu pai sabe muito bem que eu conto com a sua simpatia, e pensou: ‘Jônatas não deve saber disso para não se entristecer’. No entanto, eu juro pelo nome do SENHOR e por sua vida que estou a um passo da morte”. 4 Jônatas disse a Davi: “Eu farei o que você achar necessário”. 5 Então disse Davi: “Amanhã é a festa da lua nova, e devo jantar com o rei; mas deixe que eu vá esconder-me no campo até o final da tarde de depois de amanhã. 6 Se seu pai sentir minha falta, diga-lhe: Davi insistiu comigo que lhe permitisse ir a Belém, sua cidade natal, por causa do sacrifício anual que está sendo feito lá por todo o seu clã. 7 Se ele disser: ‘Está bem’, então seu servo estará seguro. Se ele, porém, ficar muito irado, você pode estar certo de que está decidido a me fazer mal. 8 Mas seja leal a seu servo, porque fizemos um acordo perante o SENHOR. Se sou culpado, mate-me você mesmo! Por que entregar-me a seu pai?” 9 Disse Jônatas: “Nem pense nisso! Se eu tiver a menor suspeita de que meu pai está decidido a matá-lo, certamente o avisarei!” 10 Davi perguntou: “Quem irá contar-me, se seu pai responder asperamente?” 11 Jônatas disse: “Venha, vamos ao campo”. Eles foram, 12 e Jônatas disse a Davi: “Pelo SENHOR, o Deus de Israel, prometo que sondarei meu pai, a esta hora, depois de amanhã! Saberei se as suas intenções são boas ou não para com você, e mandarei avisá-lo. 13 E, se meu pai quiser fazer algum mal a você, que o SENHOR me castigue com todo o rigor, se eu não o informar disso e não deixá-lo ir em segurança. O SENHOR esteja com você assim como esteve com meu pai. 14 Se eu continuar vivo, seja leal comigo, com a lealdade do SENHOR; mas, se eu morrer, 15 jamais deixe de ser leal com a minha família, mesmo quando o SENHOR eliminar da face da terra todos os inimigos de Davi”. 16 Assim Jônatas fez uma aliança com a família de Davi, dizendo: “Que o SENHOR chame os inimigos de Davi para prestar contas”. 17 E Jônatas fez Davi reafirmar seu juramento de amizade, pois era seu amigo leal. 18 Então Jônatas disse a Davi: “Amanhã é a festa da lua nova. Vão sentir sua falta, pois sua cadeira estará vazia. 19 Depois de amanhã, vá ao lugar onde você se escondeu quando tudo isto começou e espere junto à pedra de Ezel. 20 Atirarei três flechas para o lado dela, como se estivesse atirando num alvo, 21 e mandarei um menino procurar as flechas. Se eu gritar para ele: As flechas estão mais para cá, traga-as aqui, você poderá vir, pois juro pelo nome do SENHOR que você estará seguro; não haverá perigo algum. 22 Mas, se eu gritar para ele: Olhe, as flechas estão mais para lá, vá embora, pois o SENHOR o manda ir. 23 Quanto ao nosso acordo, o SENHOR é testemunha entre mim e você para sempre”. 24 Então Davi escondeu-se no campo. Quando chegou a festa da lua nova, o rei sentou-se à mesa. 25 Ocupou o lugar de costume, junto à parede, em frente de Jônatas, e Abner sentou-se ao lado de Saul, mas o lugar de Davi ficou vazio. 26 Saul não disse nada naquele dia, pois pensou: “Algo deve ter acontecido a Davi, deixando-o cerimonialmente impuro. Com certeza ele está impuro”. 27 No dia seguinte, o segundo dia da festa da lua nova, o lugar de Davi continuou vazio. Então Saul perguntou a seu filho Jônatas: “Por que o filho de Jessé não veio para a refeição, nem ontem nem hoje?” 28 Jônatas respondeu: “Davi me pediu, com insistência, permissão para ir a Belém, 29 dizendo: ‘Deixe-me ir, pois nossa família oferecerá um sacrifício na cidade, e meu irmão ordenou que eu estivesse lá. Se conto com a sua simpatia, deixe-me ir ver meus irmãos’. Por isso ele não veio à mesa do rei”. 30 A ira de Saul se acendeu contra Jônatas, e ele lhe disse: “Filho de uma mulher perversa e rebelde! Será que eu não sei que você tem apoiado o filho de Jessé para a sua própria vergonha e para vergonha daquela que o deu à luz? 31 Enquanto o filho de Jessé viver, nem você nem seu reino serão estabelecidos. Agora mande chamá-lo e traga-o a mim, pois ele deve morrer!” 32 Jônatas perguntou a seu pai: “Por que ele deve morrer? O que ele fez?” 33 Então Saul atirou sua lança contra Jônatas para matá-lo. E assim Jônatas viu que seu pai estava mesmo decidido a matar Davi. 34 Jônatas levantou-se da mesa muito irado; naquele segundo dia da festa da lua nova ele não comeu, entristecido porque seu pai havia humilhado Davi. 35 Pela manhã, Jônatas saiu ao campo para o encontro combinado com Davi. Levava consigo um menino 36 e lhe disse: “Vá correndo buscar as flechas que eu atirar”. O menino correu, e Jônatas atirou uma flecha para além dele. 37 Quando o menino chegou ao lugar onde a flecha havia caído, Jônatas gritou: “A flecha não está mais para lá? 38 Vamos! Rápido! Não pare!” O menino apanhou a flecha e voltou 39 sem saber de nada, pois somente Jônatas e Davi sabiam do que tinham combinado. 40 Então Jônatas deu suas armas ao menino e disse: “Vá, leve-as de volta à cidade”. 41 Depois que o menino foi embora, Davi saiu do lado sul da pedra e inclinou-se três vezes perante Jônatas com o rosto em terra. Então despediram-se beijando um ao outro e chorando; Davi chorou ainda mais do que Jônatas. 42 E ele disse a Davi: “Vá em paz, pois temos jurado um ao outro, em nome do SENHOR, quando dissemos: O SENHOR para sempre é testemunha entre nós e entre os nossos descendentes”. 43 Então Davi partiu, e Jônatas voltou à cidade.
1 A palavra do SENHOR veio a mim: 2 “Vá proclamar aos ouvidos de Jerusalém:“Eu me lembro de sua fidelidade quando você era jovem:como noiva, você me amavae me seguia pelo deserto,por uma terra não semeada. 3 Israel, meu povo, era santo para o SENHOR,os primeiros frutos de sua colheita;todos os que o devoravam eram considerados culpados,e a desgraça os alcançava”,declara o SENHOR. 4 Ouça a palavra do SENHOR, ó comunidade de Jacó,todos os clãs da comunidade de Israel. 5 Assim diz o SENHOR:“Que falta os seus antepassados encontraram em mim,para que me deixassem e se afastassem de mim?Eles seguiram ídolos sem valor,tornando-se eles próprios sem valor. 6 Eles não perguntaram: ‘Onde está o SENHOR,que nos trouxe do Egitoe nos conduziu pelo deserto,por uma terra árida e cheia de covas,terra de seca e de trevas,terra pela qual ninguém passa e onde ninguém vive?’ 7 Eu trouxe vocês a uma terra fértil,para que comessem dos seus frutos e dos seus bons produtos.Entretanto, vocês contaminaram a minha terra;tornaram a minha herança repugnante. 8 Os sacerdotes não perguntavam pelo SENHOR;os intérpretes da lei não me conheciam,e os líderes do povose rebelaram contra mim.Os profetas profetizavam em nome de Baal,seguindo deuses inúteis. 9 “Por isso, eu ainda faço denúnciascontra vocês”, diz o SENHOR,“e farei denúncias contra os seus descendentes. 10 Atravessem o mar até o litoral de Chipre e vejam;mandem observadores a Quedar e reparem de perto;e vejam se alguma vez aconteceu algo assim: 11 alguma nação já trocou os seus deuses?E eles nem sequer são deuses!Mas o meu povo trocou a sua Glóriapor deuses inúteis. 12 Espantem-se diante disso, ó céus!Fiquem horrorizados e abismados”,diz o SENHOR. 13 “O meu povo cometeu dois crimes:eles me abandonaram,a mim, a fonte de água viva;e cavaram as suas próprias cisternas,cisternas rachadas que não retêm água. 14 Acaso Israel, meu povo, é escravo, escravo de nascimento?Por que foi então que se tornou presa 15 de leões que rugem e urram contra ele?Arrasaram a sua terra,queimaram as suas cidadese as deixaram desabitadas. 16 Até mesmo os homensde Mênfis e de Tafnesraparam a sua cabeça. 17 Não foi você mesmo o responsávelpelo que aconteceu a você,ao abandonar o Senhor, o seu Deus? 18 Agora, por que você vai ao Egitobeber água do Nilo?E por que vai à Assíriabeber água do Eufrates? 19 O seu crime a castigaráe a sua rebelião a repreenderá.Compreenda e vejacomo é mau e amargoabandonar o SENHOR, o seu Deus,e não ter temor de mim”,diz o Soberano, o Senhor dos Exércitos. 20 “Há muito tempo eu quebrei o seu jugoe despedacei as correias que a prendiam.Mas você disse: ‘Eu não servirei!’Ao contrário, em todo monte elevadoe debaixo de toda árvore verdejante,você se deitava como uma prostituta. 21 Eu a plantei como uma videira seleta,de semente absolutamente pura.Como, então, contra mimvocê se tornou uma videira degenerada e selvagem? 22 Mesmo que você se lave com sodae com muito sabão,a mancha da sua iniquidade permanecerá diante de mim”,diz o Soberano SENHOR. 23 “Como você pode dizer que não se contaminoue que não correu atrás dos baalins?Reveja o seu procedimento no valee considere o que você tem feito.Você é como uma camela jovem e ariscaque corre para todos os lados; 24 como uma jumenta selvagem habituada ao deserto,farejando o vento em seu desejo.Quem é capaz de controlá-la quando está no cio?Os machos que a procuram não precisam se cansar,porque logo encontrarão a que está no mês do cio. 25 Não deixe que os seus pés se esfolemnem que a sua garganta fique seca.Mas você disse: ‘Não adianta!Eu amo os deuses estrangeirose continuarei a ir atrás deles’. 26 “Assim como o ladrão fica envergonhado quando é apanhado em flagrante,também a comunidade de Israel ficará envergonhada:seus reis e oficiais,seus sacerdotes e profetas. 27 Pois dizem à madeira: ‘Você é meu pai’e à pedra: ‘Você me deu à luz’.Voltaram para mim as costase não o rosto,mas na hora da adversidade dizem:‘Venha salvar-nos!’ 28 E onde estão os deuses que você fabricou para si?Que eles venham, se puderem salvá-lana hora da adversidade!Porque os seus deuses são tão numerososcomo as suas cidades, ó Judá! 29 “Por que vocês fazem denúncias contra mim?Todos vocês se rebelaram contra mim”,declara o SENHOR. 30 “De nada adiantou castigar o seu povo,eles não aceitaram a correção.A sua espada tem destruído os seus profetascomo um leão devorador. 31 “Vocês, desta geração, considerem a palavra do SENHOR:“Tenho sido um deserto para Israel?Uma terra de grandes trevas?Por que o meu povo diz: ‘Nós assumimos o controle!Não mais viremos a ti’? 32 Será que uma jovem se esquece das suas joias,ou uma noiva, de seus enfeites nupciais?Contudo, o meu povo esqueceu-se de mimpor dias sem fim. 33 Com quanta habilidade você busca o amor!Mesmo as mulheres da pior espécie aprenderam com o seu procedimento. 34 Nas suas roupas encontrou-seo sangue de pobres inocentes,que não foram flagrados arrombando casas.Contudo, apesar de tudo isso, 35 você diz: ‘Sou inocente;ele não está irado comigo’.Mas eu passarei sentença contra vocêporque você disse que não pecou. 36 Por que você não leva a sérioa sua mudança de rumo?Você ficará decepcionada com o Egito,como ficou com a Assíria. 37 Você também deixará aquele lugarcom as mãos na cabeça,pois o SENHOR rejeitou aqueles em quem você confia;você não receberá a ajuda deles.
1 Havia em Cesareia um homem chamado Cornélio, centurião do regimento conhecido como Italiano. 2 Ele e toda a sua família eram religiosos e tementes, a Deus; dava muitas esmolas ao povo e orava continuamente a Deus. 3 Certo dia, por volta das três horas da tarde ele teve uma visão. Viu claramente um anjo de Deus que se aproximava dele e dizia: “Cornélio!” 4 Atemorizado, Cornélio olhou para ele e perguntou: “Que é, Senhor?”O anjo respondeu: “Suas orações e esmolas subiram como oferta memorial diante de Deus. 5 Agora, mande alguns homens a Jope para trazerem um certo Simão, também conhecido como Pedro, 6 que está hospedado na casa de Simão, o curtidor de couro, que fica perto do mar”. 7 Depois que o anjo que lhe falou se foi, Cornélio chamou dois dos seus servos e um soldado religioso dentre os seus auxiliares 8 e, contando-lhes tudo o que tinha acontecido, enviou-os a Jope. 9 No dia seguinte, por volta do meio-dia, enquanto eles viajavam e se aproximavam da cidade, Pedro subiu ao terraço para orar. 10 Tendo fome, queria comer; enquanto a refeição estava sendo preparada, caiu em êxtase. 11 Viu o céu aberto e algo semelhante a um grande lençol que descia à terra, preso pelas quatro pontas, 12 contendo toda espécie de quadrúpedes, bem como de répteis da terra e aves do céu. 13 Então uma voz lhe disse: “Levante-se, Pedro; mate e coma”. 14 Mas Pedro respondeu: “De modo nenhum, Senhor! Jamais comi algo impuro ou imundo!” 15 A voz lhe falou segunda vez: “Não chame impuro ao que Deus purificou”. 16 Isso aconteceu três vezes, e em seguida o lençol foi recolhido ao céu. 17 Enquanto Pedro estava refletindo no significado da visão, os homens enviados por Cornélio descobriram onde era a casa de Simão e chegaram à porta. 18 Chamando, perguntaram se ali estava hospedado Simão, conhecido como Pedro. 19 Enquanto Pedro ainda estava pensando na visão, o Espírito lhe disse: “Simão, três homens estão procurando por você. 20 Portanto, levante-se e desça. Não hesite em ir com eles, pois eu os enviei”. 21 Pedro desceu e disse aos homens: “Eu sou quem vocês estão procurando. Por que motivo vieram?” 22 Os homens responderam: “Viemos da parte do centurião Cornélio. Ele é um homem justo e temente a Deus, respeitado por todo o povo judeu. Um santo anjo lhe disse que o chamasse à sua casa, para que ele ouça o que você tem para dizer”. 23 Pedro os convidou a entrar e os hospedou.No dia seguinte Pedro partiu com eles, e alguns dos irmãos de Jope o acompanharam. 24 No outro dia chegaram a Cesareia. Cornélio os esperava com seus parentes e amigos mais íntimos que tinha convidado. 25 Quando Pedro ia entrando na casa, Cornélio dirigiu-se a ele e prostrou-se aos seus pés, adorando-o. 26 Mas Pedro o fez levantar-se, dizendo: “Levante-se, eu sou homem como você”. 27 Conversando com ele, Pedro entrou e encontrou ali reunidas muitas pessoas 28 e lhes disse: “Vocês sabem muito bem que é contra a nossa lei um judeu associar-se a um gentio ou mesmo visitá-lo. Mas Deus me mostrou que eu não deveria chamar impuro ou imundo a homem nenhum. 29 Por isso, quando fui procurado, vim sem qualquer objeção. Posso perguntar por que vocês me mandaram buscar?” 30 Cornélio respondeu: “Há quatro dias eu estava em minha casa orando a esta hora, às três horas da tarde. De repente, apresentou-se diante de mim um homem com roupas resplandecentes 31 que disse: ‘Cornélio, Deus ouviu sua oração e lembrou-se de suas esmolas. 32 Mande buscar em Jope a Simão, chamado Pedro. Ele está hospedado na casa de Simão, o curtidor de couro, que mora perto do mar’. 33 Assim, mandei buscar-te imediatamente, e foi bom que tenhas vindo. Agora estamos todos aqui na presença de Deus, para ouvir tudo que o Senhor te mandou dizer-nos”. 34 Então Pedro começou a falar: “Agora percebo verdadeiramente que Deus não trata as pessoas com parcialidade, 35 mas de todas as nações aceita todo aquele que o teme e faz o que é justo. 36 Vocês conhecem a mensagem enviada por Deus ao povo de Israel, que fala das boas-novas de paz por meio de Jesus Cristo, Senhor de todos. 37 Sabem o que aconteceu em toda a Judeia, começando na Galileia, depois do batismo que João pregou, 38 como Deus ungiu Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, e como ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava com ele. 39 “Nós somos testemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém, onde o mataram, suspendendo-o num madeiro. 40 Deus, porém, o ressuscitou no terceiro dia e fez que ele fosse visto, 41 não por todo o povo, mas por testemunhas que designara de antemão, por nós que comemos e bebemos com ele depois que ressuscitou dos mortos. 42 Ele nos mandou pregar ao povo e testemunhar que foi a ele que Deus constituiu juiz de vivos e de mortos. 43 Todos os profetas dão testemunho dele, de que todo o que nele crê recebe o perdão dos pecados mediante o seu nome”. 44 Enquanto Pedro ainda estava falando estas palavras, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a mensagem. 45 Os judeus convertidos que vieram com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo fosse derramado até sobre os gentios, 46 pois os ouviam falando em línguas e exaltando a Deus.A seguir Pedro disse: 47 “Pode alguém negar a água, impedindo que estes sejam batizados? Eles receberam o Espírito Santo como nós!” 48 Então ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Depois pediram a Pedro que ficasse com eles alguns dias.