1 Reunindo os Doze, Jesus deu-lhes poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças 2 e os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos. 3 E disse-lhes: “Não levem nada pelo caminho: nem bordão, nem saco de viagem, nem pão, nem dinheiro, nem túnica extra. 4 Na casa em que vocês entrarem, fiquem ali até partirem. 5 Se não os receberem, sacudam a poeira dos seus pés quando saírem daquela cidade, como testemunho contra eles”. 6 Então, eles saíram e foram pelos povoados, pregando o evangelho e fazendo curas por toda parte. 7 Herodes, o tetrarca, ouviu falar de tudo o que estava acontecendo e ficou perplexo, porque algumas pessoas estavam dizendo que João tinha ressuscitado dos mortos; 8 outros, que Elias tinha aparecido; e ainda outros, que um dos profetas do passado tinha voltado à vida. 9 Mas Herodes disse: “João, eu decapitei! Quem, pois, é este de quem ouço essas coisas?” E procurava vê-lo. 10 Ao voltarem, os apóstolos relataram a Jesus o que tinham feito. Então ele os tomou e retiraram-se para uma cidade chamada Betsaida; 11 mas as multidões ficaram sabendo, e o seguiram. Ele as acolheu e falava-lhes acerca do Reino de Deus e curava os que precisavam de cura. 12 Ao fim da tarde os Doze aproximaram-se dele e disseram: “Manda embora a multidão para que eles possam ir aos campos vizinhos e aos povoados, e encontrem comida e pousada, porque aqui estamos em lugar deserto”. 13 Ele, porém, respondeu: “Deem-lhes vocês algo para comer”.Eles disseram: “Temos apenas cinco pães e dois peixes—a menos que compremos alimento para toda esta multidão”. 14 (E estavam ali cerca de cinco mil homens.)Mas ele disse aos seus discípulos: “Façam-nos sentar-se em grupos de cinquenta”. 15 Os discípulos assim fizeram, e todos se assentaram. 16 Tomando os cinco pães e os dois peixes e, olhando para o céu, deu graças e os partiu. Em seguida, entregou-os aos discípulos para que os servissem ao povo. 17 Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram. 18 Certa vez Jesus estava orando em particular, e com ele estavam os seus discípulos; então lhes perguntou: “Quem as multidões dizem que eu sou?” 19 Eles responderam: “Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, que és um dos profetas do passado que ressuscitou”. 20 “E vocês, o que dizem?”, perguntou. “Quem vocês dizem que eu sou?”Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. 21 Jesus os advertiu severamente que não contassem isso a ninguém. 22 E disse: “É necessário que o Filho do homem sofra muitas coisas e seja rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, seja morto e ressuscite no terceiro dia”. 23 Jesus dizia a todos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. 24 Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa, este a salvará. 25 Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder-se ou destruir a si mesmo? 26 Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier em sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos. 27 Garanto a vocês que alguns que aqui se acham de modo nenhum experimentarão a morte antes de verem o Reino de Deus”. 28 Aproximadamente oito dias depois de dizer essas coisas, Jesus tomou a Pedro, João e Tiago e subiu a um monte para orar. 29 Enquanto orava, a aparência de seu rosto se transformou, e suas roupas ficaram alvas e resplandecentes como o brilho de um relâmpago. 30 Surgiram dois homens que começaram a conversar com Jesus. Eram Moisés e Elias. 31 Apareceram em glorioso esplendor e falavam sobre a partida de Jesus, que estava para se cumprir em Jerusalém. 32 Pedro e os seus companheiros estavam dominados pelo sono; acordando subitamente, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele. 33 Quando estes iam se retirando, Pedro disse a Jesus: “Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias”. (Ele não sabia o que estava dizendo.) 34 Enquanto ele estava falando, uma nuvem apareceu e os envolveu, e eles ficaram com medo ao entrarem na nuvem. 35 Dela saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho, o Escolhido; ouçam-no!” 36 Tendo-se ouvido a voz, Jesus ficou só. Os discípulos guardaram isto somente para si; naqueles dias, não contaram a ninguém o que tinham visto. 37 No dia seguinte, quando desceram do monte, uma grande multidão veio ao encontro dele. 38 Um homem da multidão bradou: “Mestre, rogo-te que dês atenção ao meu filho, pois é o único que tenho. 39 Um espírito o domina; de repente ele grita, lança-o em convulsões e o faz espumar; quase nunca o abandona e o está destruindo. 40 Roguei aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não conseguiram”. 41 Respondeu Jesus: “Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei com vocês e terei que suportá-los? Traga-me aqui o seu filho”. 42 Quando o menino vinha vindo, o demônio o lançou por terra, em convulsão. Mas Jesus repreendeu o espírito imundo, curou o menino e o entregou de volta a seu pai. 43 E todos ficaram atônitos ante a grandeza de Deus.Estando todos maravilhados com tudo o que Jesus fazia, ele disse aos seus discípulos: 44 “Ouçam atentamente o que vou dizer: O Filho do homem será traído e entregue nas mãos dos homens”. 45 Mas eles não entendiam o que isso significava; era-lhes encoberto, para que não o entendessem. E tinham receio de perguntar-lhe a respeito dessa palavra. 46 Começou uma discussão entre os discípulos acerca de qual deles seria o maior. 47 Jesus, conhecendo os seus pensamentos, tomou uma criança e a colocou em pé, a seu lado. 48 Então lhes disse: “Quem recebe esta criança em meu nome está me recebendo; e quem me recebe está recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre vocês for o menor, este será o maior”. 49 Disse João: “Mestre, vimos um homem expulsando demônios em teu nome e procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos”. 50 “Não o impeçam”, disse Jesus, “pois quem não é contra vocês, é a favor de vocês”. 51 Aproximando-se o tempo em que seria elevado aos céus, Jesus partiu resolutamente em direção a Jerusalém. 52 E enviou mensageiros à sua frente. Indo estes, entraram num povoado samaritano para lhe fazer os preparativos; 53 mas o povo dali não o recebeu porque se notava que ele se dirigia para Jerusalém. 54 Ao verem isso, os discípulos Tiago e João perguntaram: “Senhor, queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los?” 55 Mas Jesus, voltando-se, os repreendeu, dizendo: “Vocês não sabem de que espécie de espírito vocês são, pois o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los”; 56 e foram para outro povoado. 57 Quando andavam pelo caminho, um homem lhe disse: “Eu te seguirei por onde quer que fores”. 58 Jesus respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”. 59 A outro disse: “Siga-me”.Mas o homem respondeu: “Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai”. 60 Jesus lhe disse: “Deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos; você, porém, vá e proclame o Reino de Deus”. 61 Ainda outro disse: “Vou seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro voltar e despedir-me da minha família”. 62 Jesus respondeu: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.
1 José deu as seguintes ordens ao administrador de sua casa: “Encha as bagagens desses homens com todo o mantimento que puderem carregar e coloque a prata de cada um na boca de sua bagagem. 2 Depois coloque a minha taça, a taça de prata, na boca da bagagem do caçula, junto com a prata paga pelo trigo”. E ele fez tudo conforme as ordens de José. 3 Assim que despontou a manhã, despediram os homens com os seus jumentos. 4 Ainda não tinham se afastado da cidade, quando José disse ao administrador de sua casa: “Vá atrás daqueles homens e, quando os alcançar, diga-lhes: Por que retribuíram o bem com o mal? 5 Não é esta a taça que o meu senhor usa para beber e para fazer adivinhações? Vocês cometeram grande maldade!” 6 Quando ele os alcançou, repetiu-lhes essas palavras. 7 Mas eles lhe responderam: “Por que o meu senhor diz isso? Longe dos seus servos fazer tal coisa! 8 Nós lhe trouxemos de volta, da terra de Canaã, a prata que encontramos na boca de nossa bagagem. Como roubaríamos prata ou ouro da casa do seu senhor? 9 Se algum dos seus servos for encontrado com ela, morrerá; e nós, os demais, seremos escravos do meu senhor”. 10 E disse ele: “Concordo. Somente quem for encontrado com ela será meu escravo; os demais estarão livres”. 11 Cada um deles descarregou depressa a sua bagagem e abriu-a. 12 O administrador começou então a busca, desde a bagagem do mais velho até a do mais novo. E a taça foi encontrada na bagagem de Benjamim. 13 Diante disso, eles rasgaram as suas vestes. Em seguida, todos puseram a carga de novo em seus jumentos e retornaram à cidade. 14 Quando Judá e seus irmãos chegaram à casa de José, ele ainda estava lá. Então eles se lançaram ao chão perante ele. 15 E José lhes perguntou: “Que foi que vocês fizeram? Vocês não sabem que um homem como eu tem poder para adivinhar?” 16 Respondeu Judá: “O que diremos a meu senhor? Que podemos falar? Como podemos provar nossa inocência? Deus trouxe à luz a culpa dos teus servos. Agora somos escravos do meu senhor, como também aquele que foi encontrado com a taça”. 17 Disse, porém, José: “Longe de mim fazer tal coisa! Somente aquele que foi encontrado com a taça será meu escravo. Os demais podem voltar em paz para a casa do seu pai”. 18 Então Judá dirigiu-se a ele, dizendo: “Por favor, meu senhor, permite-me dizer-te uma palavra. Não se acenda a tua ira contra o teu servo, embora sejas igual ao próprio faraó. 19 Meu senhor perguntou a estes seus servos se ainda tínhamos pai e algum outro irmão. 20 E nós respondemos: Temos um pai já idoso, cujo filho caçula nasceu-lhe em sua velhice. O irmão deste já morreu, e ele é o único filho da mesma mãe que restou, e seu pai o ama muito. 21 “Então disseste a teus servos que o trouxessem a ti para que os teus olhos pudessem vê-lo. 22 E nós respondemos a meu senhor que o jovem não poderia deixar seu pai, pois, caso o fizesse, seu pai morreria. 23 Todavia disseste a teus servos que, se o nosso irmão caçula não viesse conosco, nunca mais veríamos a tua face. 24 Quando voltamos a teu servo, a meu pai, contamos-lhe o que o meu senhor tinha dito. 25 “Quando o nosso pai nos mandou voltar para comprar um pouco mais de comida, 26 nós lhe dissemos: ‘Só poderemos voltar para lá, se o nosso irmão caçula for conosco. Pois não poderemos ver a face daquele homem, a não ser que o nosso irmão caçula esteja conosco’. 27 “Teu servo, meu pai, nos disse então: ‘Vocês sabem que minha mulher me deu apenas dois filhos. 28 Um deles se foi, e eu disse: Com certeza foi despedaçado. E, até hoje, nunca mais o vi. 29 Se agora vocês também levarem este de mim, e algum mal lhe acontecer, a tristeza que me causarão fará com que os meus cabelos brancos desçam à sepultura’. 30 “Agora, pois, se eu voltar a teu servo, a meu pai, sem levar o jovem conosco, logo que meu pai, que é tão apegado a ele, 31 perceber que o jovem não está conosco, morrerá. Teus servos farão seu velho pai descer seus cabelos brancos à sepultura com tristeza. 32 “Além disso, teu servo garantiu a segurança do jovem a seu pai, dizendo-lhe: ‘Se eu não o trouxer de volta, suportarei essa culpa diante de ti pelo resto da minha vida!’ 33 “Por isso agora te peço, por favor, deixa o teu servo ficar como escravo do meu senhor no lugar do jovem e permite que ele volte com os seus irmãos. 34 Como poderei eu voltar a meu pai sem levar o jovem comigo? Não! Não posso ver o mal que sobreviria a meu pai”.
1 A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a sua realidade. Por isso ela nunca consegue, mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após ano, aperfeiçoar os que se aproximam para adorar. 2 Se pudesse fazê-lo, não deixariam de ser oferecidos? Pois os adoradores, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais se sentiriam culpados de seus pecados. 3 Contudo, esses sacrifícios são uma recordação anual dos pecados, 4 pois é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados. 5 Por isso, quando Cristo veio ao mundo, disse:“Sacrifício e oferta não quiseste,mas um corpo me preparaste; 6 de holocaustos e ofertas pelo pecadonão te agradaste. 7 Então eu disse: Aqui estou, no livro está escrito a meu respeito;vim para fazer a tua vontade, ó Deus”. 8 Primeiro ele disse: “Sacrifícios, ofertas, holocaustos e ofertas pelo pecado não quiseste nem deles te agradaste” (os quais eram feitos conforme a Lei). 9 Então acrescentou: “Aqui estou; vim para fazer a tua vontade”. Ele cancela o primeiro para estabelecer o segundo. 10 Pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas. 11 Dia após dia, todo sacerdote apresenta-se e exerce os seus deveres religiosos; repetidamente oferece os mesmos sacrifícios, que nunca podem remover os pecados. 12 Mas, quando esse sacerdote acabou de oferecer, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus. 13 Daí em diante, ele está esperando até que os seus inimigos sejam como estrado dos seus pés; 14 porque, por meio de um único sacrifício, ele aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados. 15 O Espírito Santo também nos testifica a esse respeito. Primeiro ele diz: 16 “Esta é a aliança que farei com eles,depois daqueles dias, diz o Senhor.Porei as minhas leis em seu coraçãoe as escreverei em sua mente”; 17 e acrescenta:“Dos seus pecados e iniquidadesnão me lembrarei mais”. 18 Onde esses pecados foram perdoados, não há mais necessidade de sacrifício por eles. 19 Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Lugar Santíssimo pelo sangue de Jesus, 20 por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. 21 Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus. 22 Assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e os nossos corpos lavados com água pura. 23 Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel. 24 E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. 25 Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia. 26 Se continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebemos o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, 27 mas tão somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus. 28 Quem rejeitava a Lei de Moisés morria sem misericórdia pelo depoimento de duas ou três testemunhas. 29 Quão mais severo castigo, julgam vocês, merece aquele que pisou aos pés o Filho de Deus, profanou o sangue da aliança pelo qual ele foi santificado e insultou o Espírito da graça? 30 Pois conhecemos aquele que disse: “A mim pertence a vingança; eu retribuirei”; e outra vez: “O Senhor julgará o seu povo”. 31 Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo! 32 Lembrem-se dos primeiros dias, depois que vocês foram iluminados, quando suportaram muita luta e muito sofrimento. 33 Algumas vezes vocês foram expostos a insultos e tribulações; em outras ocasiões fizeram-se solidários com os que assim foram tratados. 34 Vocês se compadeceram dos que estavam na prisão e aceitaram alegremente o confisco dos seus próprios bens, pois sabiam que possuíam bens superiores e permanentes. 35 Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada. 36 Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu; 37 pois em breve, muito em breve“Aquele que vem viráe não demorará. 38 Mas o meu justo viverá pela fé.E, se retroceder,não me agradarei dele”. 39 Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que creem e são salvos.
1 Para tudo há uma ocasião certa;há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu: 2 Tempo de nascer e tempo de morrer,tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, 3 tempo de matar e tempo de curar,tempo de derrubar e tempo de construir, 4 tempo de chorar e tempo de rir,tempo de prantear e tempo de dançar, 5 tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las,tempo de abraçar e tempo de se conter, 6 tempo de procurar e tempo de desistir,tempo de guardar e tempo de jogar fora, 7 tempo de rasgar e tempo de costurar,tempo de calar e tempo de falar, 8 tempo de amar e tempo de odiar,tempo de lutar e tempo de viver em paz. 9 O que ganha o trabalhador com todo o seu esforço? 10 Tenho visto o fardo que Deus impôs aos homens. 11 Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim ele não consegue compreender inteiramente o que Deus fez. 12 Descobri que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto vive. 13 Descobri também que poder comer, beber e ser recompensado pelo seu trabalho é um presente de Deus. 14 Sei que tudo o que Deus faz permanecerá para sempre; a isso nada se pode acrescentar, e disso nada se pode tirar. Deus assim faz para que os homens o temam. 15 Aquilo que é, já foi,e o que será, já foi anteriormente;Deus investigará o passado. 16 Descobri também que debaixo do sol:No lugar da justiça havia impiedade;no lugar da retidão, ainda mais impiedade. 17 Fiquei pensando:O justo e o ímpio,Deus julgará ambos,pois há um tempo para todo propósito,um tempo para tudo o que acontece. 18 Também pensei: Deus prova os homens para que vejam que são como os animais. 19 O destino do homem é o mesmo do animal; o mesmo destino os aguarda. Assim como morre um, também morre o outro. Todos têm o mesmo fôlego de vida; o homem não tem vantagem alguma sobre o animal. Nada faz sentido! 20 Todos vão para o mesmo lugar; vieram todos do pó, e ao pó todos retornarão. 21 Quem pode dizer se o fôlego do homem sobe às alturas e se o fôlego do animal desce para a terra? 22 Por isso concluí que não há nada melhor para o homem do que desfrutar do seu trabalho, porque esta é a sua recompensa. Pois, quem poderá fazê-lo ver o que acontecerá depois de morto?
1 Cantem de alegria a Deus, nossa força;aclamem o Deus de Jacó! 2 Comecem o louvor, façam ressoar o tamborim,toquem a lira e a harpa melodiosa. 3 Toquem a trombeta na lua novae no dia de lua cheia, dia da nossa festa; 4 porque este é um decreto para Israel,uma ordenança do Deus de Jacó, 5 que ele estabeleceu como estatuto para José,quando atacou o Egito.Ali ouvimos uma língua que não conhecíamos. 6 Ele diz: “Tirei o peso dos seus ombros;suas mãos ficaram livres dos cestos de cargas. 7 Na sua aflição vocês clamaram e eu os livrei,do esconderijo dos trovões lhes respondi;eu os pus à prova nas águas de Meribá. 8 “Ouça, meu povo, as minhas advertências;se tão somente você me escutasse, ó Israel! 9 Não tenha deus estrangeiro no seu meio;não se incline perante nenhum deus estranho. 10 Eu sou o SENHOR, o seu Deus,que o tirei da terra do Egito.Abra a sua boca, e eu o alimentarei. 11 “Mas o meu povo não quis ouvir-me;Israel não quis obedecer-me. 12 Por isso os entreguei ao seu coração obstinado,para seguirem os seus próprios planos. 13 “Se o meu povo apenas me ouvisse,se Israel seguisse os meus caminhos, 14 com rapidez eu subjugaria os seus inimigose voltaria a minha mão contra os seus adversários! 15 Os que odeiam o SENHOR se renderiam diante delee receberiam um castigo perpétuo. 16 Mas eu sustentaria Israel com o melhor trigo,e com o mel da rocha eu o satisfaria”.
1 A mulher sábia edifica a sua casa,mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua. 2 Quem anda direito teme o SENHOR,mas quem segue caminhos enganosos o despreza. 3 A conversa do insensato traz a vara para as suas costas,mas os lábios dos sábios os protegem. 4 Onde não há bois o celeiro fica vazio,mas da força do boi vem a grande colheita. 5 A testemunha sincera não engana,mas a falsa transborda em mentiras. 6 O zombador busca sabedoria e nada encontra,mas o conhecimento vem facilmente ao que tem discernimento. 7 Mantenha-se longe do tolo,pois você não achará conhecimento no que ele falar. 8 A sabedoria do homem prudente é discernir o seu caminho,mas a insensatez dos tolos é enganosa. 9 Os insensatos zombam da ideia de reparar o pecado cometido,mas a boa vontade está entre os justos. 10 Cada coração conhece a sua própria amargura,e não há quem possa partilhar sua alegria. 11 A casa dos ímpios será destruída,mas a tenda dos justos florescerá. 12 Há caminho que parece certo ao homem,mas no final conduz à morte. 13 Mesmo no riso o coração pode sofrer,e a alegria pode terminar em tristeza. 14 Os infiéis receberão a retribuição de sua conduta,mas o homem bom será recompensado. 15 O inexperiente acredita em qualquer coisa,mas o homem prudente vê bem onde pisa. 16 O sábio é cauteloso e evita o mal,mas o tolo é impetuoso e irresponsável. 17 Quem é irritadiço faz tolices,e o homem cheio de astúcias é odiado. 18 Os inexperientes herdam a insensatez,mas o conhecimento é a coroa dos prudentes. 19 Os maus se inclinarão diante dos homens de bem;e os ímpios, às portas da justiça. 20 Os pobres são evitados até por seus vizinhos,mas os amigos dos ricos são muitos. 21 Quem despreza o próximo comete pecado,mas como é feliz quem trata com bondade os necessitados! 22 Não é certo que se perdem os que só pensam no mal?Mas os que planejam o bem encontram amor e fidelidade. 23 Todo trabalho árduo traz proveito,mas o só falar leva à pobreza. 24 A riqueza dos sábios é a sua coroa,mas a insensatez dos tolos produz apenas insensatez. 25 A testemunha que fala a verdade salva vidas,mas a testemunha falsa é enganosa. 26 Aquele que teme o SENHOR possui uma fortaleza segura,refúgio para os seus filhos. 27 O temor do SENHOR é fonte de vida,e afasta das armadilhas da morte. 28 Uma grande população é a glória do rei,mas, sem súditos, o príncipe está arruinado. 29 O homem paciente dá prova de grande entendimento,mas o precipitado revela insensatez. 30 O coração em paz dá vida ao corpo,mas a inveja apodrece os ossos. 31 Oprimir o pobre é ultrajar o seu Criador,mas tratar com bondade o necessitado é honrar a Deus. 32 Quando chega a calamidade, os ímpios são derrubados;os justos, porém, até em face da morte encontram refúgio. 33 A sabedoria repousa no coração dos que têm discernimento,e mesmo entre os tolos ela se deixa conhecer. 34 A justiça engrandece a nação,mas o pecado é uma vergonha para qualquer povo. 35 O servo sábio agrada o rei,mas o que procede vergonhosamente incorre em sua ira.
1 Ora, o povo, homens e mulheres, começou a reclamar muito de seus irmãos judeus. 2 Alguns diziam: “Nós, nossos filhos e nossas filhas somos numerosos; precisamos de trigo para comer e continuar vivos”. 3 Outros diziam: “Tivemos que penhorar nossas terras, nossas vinhas e nossas casas para conseguir trigo para matar a fome”. 4 E havia ainda outros que diziam: “Tivemos que tomar dinheiro emprestado para pagar o imposto cobrado sobre as nossas terras e as nossas vinhas. 5 Apesar de sermos do mesmo sangue dos nossos compatriotas, e de nossos filhos serem tão bons quanto os deles, ainda assim temos que sujeitar os nossos filhos e as nossas filhas à escravidão. E, de fato, algumas de nossas filhas já foram entregues como escravas e não podemos fazer nada, pois as nossas terras e as nossas vinhas pertencem a outros”. 6 Quando ouvi a reclamação e essas acusações, fiquei furioso. 7 Fiz uma avaliação de tudo e então repreendi os nobres e os oficiais, dizendo-lhes: “Vocês estão cobrando juros dos seus compatriotas!” Por isso convoquei uma grande reunião contra eles 8 e disse: Na medida do possível nós compramos de volta nossos irmãos judeus que haviam sido vendidos aos outros povos. Agora vocês estão até vendendo os seus irmãos! Assim eles terão que ser vendidos a nós de novo! Eles ficaram em silêncio, pois não tinham resposta. 9 Por isso prossegui: O que vocês estão fazendo não está certo. Vocês devem andar no temor do nosso Deus para evitar a zombaria dos outros povos, os nossos inimigos. 10 Eu, os meus irmãos e os meus homens de confiança também estamos emprestando dinheiro e trigo ao povo. Mas vamos acabar com a cobrança de juros! 11 Devolvam-lhes imediatamente suas terras, suas vinhas, suas oliveiras e suas casas, e também os juros que cobraram deles, a centésima parte do dinheiro, do trigo, do vinho e do azeite. 12 E eles responderam: “Nós devolveremos tudo o que você citou, e não exigiremos mais nada deles. Vamos fazer o que você está pedindo”.Então convoquei os sacerdotes e os fiz declarar sob juramento que cumpririam a promessa feita. 13 Também sacudi a dobra do meu manto e disse: Deus assim sacuda de sua casa e de seus bens todo aquele que não mantiver a sua promessa. Tal homem seja sacudido e esvaziado!Toda a assembleia disse: “Amém!”, e louvou o SENHOR. E o povo cumpriu o que prometeu. 14 Além disso, desde o vigésimo ano do rei Artaxerxes, quando fui nomeado governador deles na terra de Judá, até o trigésimo segundo ano do seu reinado, durante doze anos, nem eu nem meus irmãos comemos a comida destinada ao governador. 15 Mas os governantes anteriores, aqueles que me precederam, puseram um peso sobre o povo e tomavam dele quatrocentos e oitenta gramas de prata, além de comida e vinho. Até os seus auxiliares oprimiam o povo. Mas, por temer a Deus, não agi dessa maneira. 16 Ao contrário, eu mesmo me dediquei ao trabalho neste muro. Todos os meus homens de confiança foram reunidos ali para o trabalho; e não compramos nenhum pedaço de terra. 17 Além do mais, cento e cinquenta homens, entre judeus do povo e seus oficiais, comiam à minha mesa, como também pessoas das nações vizinhas que vinham visitar-nos. 18 Todos os dias eram preparados, à minha custa, um boi, seis das melhores ovelhas e aves, e a cada dez dias eu recebia uma grande remessa de vinhos de todo tipo. Apesar de tudo isso, jamais exigi a comida destinada ao governador, pois eram demasiadas as exigências que pesavam sobre o povo. 19 Lembra-te de mim, ó meu Deus, levando em conta tudo o que fiz por este povo.
1 No primeiro dia do sexto mês do segundo ano do reinado de Dario, a palavra do SENHOR veio por meio do profeta Ageu ao governador de Judá, Zorobabel, filho de Sealtiel, e ao sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, dizendo: 2 “Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Este povo afirma: ‘Ainda não chegou o tempo de reconstruir a casa do SENHOR’.” 3 Por isso, a palavra do SENHOR veio novamente por meio do profeta Ageu: 4 “Acaso é tempo de vocês morarem em casas de fino acabamento, enquanto a minha casa continua destruída?” 5 Agora, assim diz o SENHOR dos Exércitos: “Vejam aonde os seus caminhos os levaram. 6 Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada”. 7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: “Vejam aonde os seus caminhos os levaram! 8 Subam o monte para trazer madeira. Construam o templo, para que eu me alegre e nele seja glorificado”, diz o SENHOR. 9 “Vocês esperavam muito, mas, eis que veio pouco. E o que vocês trouxeram para casa eu dissipei com um sopro. E por que o fiz?”, pergunta o SENHOR dos Exércitos. “Por causa do meu templo, que ainda está destruído enquanto cada um de vocês se ocupa com a sua própria casa. 10 Por isso, por causa de vocês, o céu reteve o orvalho e a terra deixou de dar o seu fruto. 11 Nos campos e nos montes provoquei uma seca que atingiu o trigo, o vinho, o azeite e tudo mais que a terra produz, e também os homens e o gado. O trabalho das mãos de vocês foi prejudicado”. 12 Zorobabel, filho de Sealtiel, o sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e todo o restante do povo obedeceram à voz do SENHOR, o seu Deus, por causa das palavras do profeta Ageu, a quem o SENHOR, o seu Deus, enviara. E o povo temeu o SENHOR. 13 Então Ageu, o mensageiro do SENHOR, trouxe esta mensagem do SENHOR para o povo: “Eu estou com vocês”, declara o SENHOR. 14 Assim o SENHOR encorajou o governador de Judá, Zorobabel, filho de Sealtiel, o sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e todo o restante do povo, e eles começaram a trabalhar no templo do SENHOR dos Exércitos, o seu Deus, 15 no vigésimo quarto dia do sexto mês do segundo ano do reinado de Dario.
1 Então o sumo sacerdote perguntou a Estêvão: “São verdadeiras estas acusações?” 2 A isso ele respondeu: “Irmãos e pais, ouçam-me! O Deus glorioso apareceu a Abraão, nosso pai, estando ele ainda na Mesopotâmia, antes de morar em Harã, e lhe disse: 3 ‘Saia da sua terra e do meio dos seus parentes e vá para a terra que eu lhe mostrarei’. 4 “Então ele saiu da terra dos caldeus e se estabeleceu em Harã. Depois da morte de seu pai, Deus o trouxe a esta terra, onde vocês agora vivem. 5 Deus não lhe deu nenhuma herança aqui, nem mesmo o espaço de um pé. Mas lhe prometeu que ele e, depois dele, seus descendentes, possuiriam a terra, embora, naquele tempo, Abraão não tivesse filhos. 6 Deus lhe falou desta forma: ‘Seus descendentes serão peregrinos numa terra estrangeira, escravizados e maltratados por quatrocentos anos. 7 Mas eu castigarei a nação a quem servirão como escravos, e depois sairão dali e me adorarão neste lugar’. 8 E deu a Abraão a aliança da circuncisão. Por isso, Abraão gerou Isaque e o circuncidou oito dias depois do seu nascimento. Mais tarde, Isaque gerou Jacó, e este os doze patriarcas. 9 “Os patriarcas, tendo inveja de José, venderam-no como escravo para o Egito. Mas Deus estava com ele 10 e o libertou de todas as suas tribulações, dando a José favor e sabedoria diante do faraó, rei do Egito; este o tornou governador do Egito e de todo o seu palácio. 11 “Depois houve fome em todo o Egito e em Canaã, trazendo grande sofrimento, e os nossos antepassados não encontravam alimento. 12 Ouvindo que havia trigo no Egito, Jacó enviou nossos antepassados em sua primeira viagem. 13 Na segunda viagem deles, José fez-se reconhecer por seus irmãos, e o faraó pôde conhecer a família de José. 14 Depois disso, José mandou buscar seu pai, Jacó, e toda a sua família, que eram setenta e cinco pessoas. 15 Então Jacó desceu ao Egito, onde faleceram ele e os nossos antepassados. 16 Seus corpos foram levados de volta a Siquém e colocados no túmulo que Abraão havia comprado ali dos filhos de Hamor, por certa quantia. 17 “Ao se aproximar o tempo em que Deus cumpriria sua promessa a Abraão, aumentou muito o número do nosso povo no Egito. 18 Então outro rei, que nada sabia a respeito de José, passou a governar o Egito. 19 Ele agiu traiçoeiramente para com o nosso povo e oprimiu os nossos antepassados, obrigando-os a abandonar os seus recém-nascidos, para que não sobrevivessem. 20 “Naquele tempo nasceu Moisés, que era um menino extraordinário. Por três meses ele foi criado na casa de seu pai. 21 Quando foi abandonado, a filha do faraó o tomou e o criou como seu próprio filho. 22 Moisés foi educado em toda a sabedoria dos egípcios e veio a ser poderoso em palavras e obras. 23 “Ao completar quarenta anos, Moisés decidiu visitar seus irmãos israelitas. 24 Ao ver um deles sendo maltratado por um egípcio, saiu em defesa do oprimido e o vingou, matando o egípcio. 25 Ele pensava que seus irmãos compreenderiam que Deus o estava usando para salvá-los, mas eles não o compreenderam. 26 No dia seguinte, Moisés dirigiu-se a dois israelitas que estavam brigando, e tentou reconciliá-los, dizendo: ‘Homens, vocês são irmãos; por que ferem um ao outro?’ 27 “Mas o homem que maltratava o outro empurrou Moisés e disse: ‘Quem o nomeou líder e juiz sobre nós? 28 Quer matar-me como matou o egípcio ontem?’ 29 Ouvindo isso, Moisés fugiu para Midiã, onde ficou morando como estrangeiro e teve dois filhos. 30 “Passados quarenta anos, apareceu a Moisés um anjo nas labaredas de uma sarça em chamas no deserto, perto do monte Sinai. 31 Vendo aquilo, ficou atônito. E, aproximando-se para observar, ouviu a voz do Senhor: 32 ‘Eu sou o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó’. Moisés, tremendo de medo, não ousava olhar. 33 “Então o Senhor lhe disse: ‘Tire as sandálias dos pés, porque o lugar em que você está é terra santa. 34 De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito. Ouvi seus gemidos e desci para livrá-lo. Venha agora, e eu o enviarei de volta ao Egito’. 35 “Este é o mesmo Moisés que tinham rejeitado com estas palavras: ‘Quem o nomeou líder e juiz?’ Ele foi enviado pelo próprio Deus para ser líder e libertador deles, por meio do anjo que lhe tinha aparecido na sarça. 36 Ele os tirou de lá, fazendo maravilhas e sinais no Egito, no mar Vermelho e no deserto durante quarenta anos. 37 “Este é aquele Moisés que disse aos israelitas: ‘Deus levantará dentre seus irmãos um profeta como eu’. 38 Ele estava na congregação, no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos antepassados, e recebeu palavras vivas, para transmiti-las a nós. 39 “Mas nossos antepassados se recusaram a obedecer-lhe; ao contrário, rejeitaram-no e em seu coração voltaram para o Egito. 40 Disseram a Arão: ‘Faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu!’ 41 Naquela ocasião fizeram um ídolo em forma de bezerro. Trouxeram-lhe sacrifícios e fizeram uma celebração em honra ao que suas mãos tinham feito. 42 Mas Deus afastou-se deles e os entregou à adoração dos astros, conforme o que foi escrito no livro dos profetas:“ ‘Foi a mim que vocês apresentaram sacrifícios e ofertasdurante os quarenta anos no deserto, ó nação de Israel? 43 Em vez disso, levantaram o santuário de Moloquee a estrela do seu deus Renfã,ídolos que vocês fizeram para adorar!Portanto, eu os enviarei para o exílio, para além da Babilônia’. 44 “No deserto os nossos antepassados tinham o tabernáculo da aliança, que fora feito segundo a ordem de Deus a Moisés, de acordo com o modelo que ele tinha visto. 45 Tendo recebido o tabernáculo, nossos antepassados o levaram, sob a liderança de Josué, quando tomaram a terra das nações que Deus expulsou de diante deles. Esse tabernáculo permaneceu nesta terra até a época de Davi, 46 que encontrou graça diante de Deus e pediu que ele lhe permitisse providenciar uma habitação para o Deus de Jacó. 47 Mas foi Salomão quem lhe construiu a casa. 48 “Todavia, o Altíssimo não habita em casas feitas por homens. Como diz o profeta: 49 “ ‘O céu é o meu trono;a terra, o estrado dos meus pés.Que espécie de casa vocês me edificarão?diz o Senhor,ou, onde seria meu lugar de descanso? 50 Não foram as minhas mãos que fizeram todas estas coisas?’ 51 “Povo rebelde, obstinado de coração e de ouvidos! Vocês são iguais aos seus antepassados: sempre resistem ao Espírito Santo! 52 Qual dos profetas os seus antepassados não perseguiram? Eles mataram aqueles que prediziam a vinda do Justo, de quem agora vocês se tornaram traidores e assassinos— 53 vocês, que receberam a Lei por intermédio de anjos, mas não lhe obedeceram”. 54 Ouvindo isso, ficaram furiosos e rangeram os dentes contra ele. 55 Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé, à direita de Deus, 56 e disse: “Vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé, à direita de Deus”. 57 Mas eles taparam os ouvidos e, dando fortes gritos, lançaram-se todos juntos contra ele, 58 arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram seus mantos aos pés de um jovem chamado Saulo. 59 Enquanto apedrejavam Estêvão, este orava: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito”. 60 Então caiu de joelhos e bradou: “Senhor, não os consideres culpados deste pecado”. E, tendo dito isso, adormeceu.