1 Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé e Betânia, perto do monte das Oliveiras, Jesus enviou dois de seus discípulos, 2 dizendo-lhes: “Vão ao povoado que está adiante de vocês; logo que entrarem, encontrarão um jumentinho amarrado, no qual ninguém jamais montou. Desamarrem-no e tragam-no aqui. 3 Se alguém perguntar: ‘Por que vocês estão fazendo isso?’, digam-lhe: O Senhor precisa dele e logo o devolverá”. 4 Eles foram e encontraram um jumentinho na rua, amarrado a um portão. Enquanto o desamarravam, 5 alguns dos que ali estavam lhes perguntaram: “O que vocês estão fazendo, desamarrando esse jumentinho?” 6 Os discípulos responderam como Jesus lhes tinha dito, e eles os deixaram ir. 7 Trouxeram o jumentinho a Jesus, puseram sobre ele os seus mantos; e Jesus montou. 8 Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam cortado nos campos. 9 Os que iam adiante dele e os que o seguiam gritavam:“Hosana!”“Bendito é o que vem em nome do Senhor!” 10 “Bendito é o Reino vindouro de nosso pai Davi!”“Hosana nas alturas!” 11 Jesus entrou em Jerusalém e dirigiu-se ao templo. Observou tudo à sua volta e, como já era tarde, foi para Betânia com os Doze. 12 No dia seguinte, quando estavam saindo de Betânia, Jesus teve fome. 13 Vendo a distância uma figueira com folhas, foi ver se encontraria nela algum fruto. Aproximando-se dela, nada encontrou, a não ser folhas, porque não era tempo de figos. 14 Então lhe disse: “Ninguém mais coma de seu fruto”. E os seus discípulos ouviram-no dizer isso. 15 Chegando a Jerusalém, Jesus entrou no templo e ali começou a expulsar os que estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas 16 e não permitia que ninguém carregasse mercadorias pelo templo. 17 E ele os ensinava, dizendo: “Não está escrito:“ ‘A minha casa será chamadacasa de oraçãopara todos os povos’?Mas vocês fizeram dela um ‘covil de ladrões’.” 18 Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei ouviram essas palavras e começaram a procurar uma forma de matá-lo, pois o temiam, visto que toda a multidão estava maravilhada com o seu ensino. 19 Ao cair da tarde, eles saíram da cidade. 20 De manhã, ao passarem, viram a figueira seca desde as raízes. 21 Pedro, lembrando-se, disse a Jesus: “Mestre! Vê! A figueira que amaldiçoaste secou!” 22 Respondeu Jesus: “Tenham fé em Deus. 23 Eu asseguro que, se alguém disser a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e não duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o que diz, assim lhe será feito. 24 Portanto, eu digo: Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim sucederá. 25 E, quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial perdoe os seus pecados. 26 Mas, se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está nos céus não perdoará os seus pecados”. 27 Chegaram novamente a Jerusalém e, quando Jesus estava passando pelo templo, aproximaram-se dele os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos e lhe perguntaram: 28 “Com que autoridade estás fazendo estas coisas? Quem te deu autoridade para fazê-las?” 29 Respondeu Jesus: “Eu farei uma pergunta. Respondam-me, e eu direi com que autoridade estou fazendo estas coisas. 30 O batismo de João era do céu ou dos homens? Digam-me!” 31 Eles discutiam entre si, dizendo: “Se dissermos: Dos céus, ele perguntará: ‘Então por que vocês não creram nele?’ 32 Mas, se dissermos: Dos homens…”. Eles temiam o povo, pois todos realmente consideravam João um profeta. 33 Eles responderam a Jesus: “Não sabemos”.Disse então Jesus: “Tampouco direi com que autoridade estou fazendo estas coisas”.
1 Aconteceu que o povo começou a queixar-se das suas dificuldades aos ouvidos do SENHOR. Quando ele os ouviu, a sua ira acendeu-se, e fogo da parte do SENHOR queimou entre eles e consumiu algumas extremidades do acampamento. 2 Então o povo clamou a Moisés, este orou ao SENHOR, e o fogo extinguiu-se. 3 Por isso aquele lugar foi chamado Taberá, porque o fogo da parte do SENHOR queimou entre eles. 4 Um bando de estrangeiros que havia no meio deles encheu-se de gula, e até os próprios israelitas tornaram a queixar-se e diziam: “Ah, se tivéssemos carne para comer! 5 Nós nos lembramos dos peixes que comíamos de graça no Egito, e também dos pepinos, das melancias, dos alhos-porós, das cebolas e dos alhos. 6 Mas agora perdemos o apetite; nunca vemos nada, a não ser este maná!” 7 O maná era como semente de coentro e tinha aparência de resina. 8 O povo saía recolhendo o maná nas redondezas e o moía num moinho manual ou socava-o num pilão; depois cozinhava o maná e com ele fazia bolos. Tinha gosto de bolo amassado com azeite de oliva. 9 Quando o orvalho caía sobre o acampamento à noite, também caía o maná. 10 Moisés ouviu gente de todas as famílias se queixando, cada uma à entrada de sua tenda. Então acendeu-se a ira do SENHOR, e isso pareceu mal a Moisés. 11 E ele perguntou ao SENHOR: “Por que trouxeste este mal sobre o teu servo? Foi por não te agradares de mim, que colocaste sobre os meus ombros a responsabilidade de todo esse povo? 12 Por acaso fui eu quem o concebeu? Fui eu quem o deu à luz? Por que me pedes para carregá-lo nos braços, como uma ama carrega um recém-nascido, para levá-lo à terra que prometeste sob juramento aos seus antepassados? 13 Onde conseguirei carne para todo esse povo? Eles ficam se queixando contra mim, dizendo: ‘Dê-nos carne para comer!’ 14 Não posso levar todo esse povo sozinho; essa responsabilidade é grande demais para mim. 15 Se é assim que vais me tratar, mata-me agora mesmo; se te agradas de mim, não me deixes ver a minha própria ruína”. 16 E o SENHOR disse a Moisés: “Reúna setenta autoridades de Israel, que você sabe que são líderes e supervisores entre o povo. Leve-os à Tenda do Encontro, para que estejam ali com você. 17 Eu descerei e falarei com você; e tirarei do Espírito que está sobre você e o porei sobre eles. Eles o ajudarão na árdua responsabilidade de conduzir o povo, de modo que você não tenha que assumir tudo sozinho. 18 “Diga ao povo: Consagrem-se para amanhã, pois vocês comerão carne. O SENHOR os ouviu quando se queixaram a ele, dizendo: ‘Ah, se tivéssemos carne para comer! Estávamos melhor no Egito!’ Agora o SENHOR dará carne a vocês, e vocês a comerão. 19 Vocês não comerão carne apenas um dia, ou dois, ou cinco, ou dez ou vinte, 20 mas um mês inteiro, até que saia carne pelo nariz de vocês e vocês tenham nojo dela, porque rejeitaram o SENHOR, que está no meio de vocês, e se queixaram a ele, dizendo: ‘Por que saímos do Egito?’ ” 21 Disse, porém, Moisés: “Aqui estou eu no meio de seiscentos mil homens em pé, e dizes: ‘Darei a eles carne para comerem durante um mês inteiro!’ 22 Será que haveria o suficiente para eles se todos os rebanhos fossem abatidos? Será que haveria o suficiente para eles se todos os peixes do mar fossem apanhados?” 23 O SENHOR respondeu a Moisés: “Estará limitado o poder do SENHOR? Agora você verá se a minha palavra se cumprirá ou não”. 24 Então Moisés saiu e contou ao povo o que o SENHOR tinha dito. Reuniu setenta autoridades dentre eles e as dispôs ao redor da Tenda. 25 O SENHOR desceu na nuvem e lhe falou e tirou do Espírito que estava sobre Moisés e o pôs sobre as setenta autoridades. Quando o Espírito veio sobre elas, profetizaram, mas depois nunca mais tornaram a fazê-lo. 26 Entretanto, dois homens, chamados Eldade e Medade, tinham ficado no acampamento. Ambos estavam na lista das autoridades, mas não tinham ido para a Tenda. O Espírito também veio sobre eles, e profetizaram no acampamento. 27 Então, certo jovem correu e contou a Moisés: “Eldade e Medade estão profetizando no acampamento”. 28 Josué, filho de Num, que desde jovem era auxiliar de Moisés, interferiu e disse: “Moisés, meu senhor, proíba-os!” 29 Mas Moisés respondeu: “Você está com ciúmes por mim? Quem dera todo o povo do SENHOR fosse profeta e que o SENHOR pusesse o seu Espírito sobre eles!” 30 Então Moisés e as autoridades de Israel voltaram para o acampamento. 31 Depois disso, veio um vento da parte do SENHOR que trouxe codornizes do mar e as fez cair por todo o acampamento, a uma altura de noventa centímetros, espalhando-as em todas as direções num raio de um dia de caminhada. 32 Durante todo aquele dia e aquela noite e durante todo o dia seguinte, o povo saiu e recolheu codornizes. Ninguém recolheu menos de dez barris Então eles as estenderam para secar ao redor de todo o acampamento. 33 Mas, enquanto a carne ainda estava entre os seus dentes e antes que a ingerissem, a ira do SENHOR acendeu-se contra o povo, e ele o feriu com uma praga terrível. 34 Por isso o lugar foi chamado Quibrote-Hataavá, porque ali foram enterrados os que tinham sido dominados pela gula. 35 De Quibrote-Hataavá o povo partiu para Hazerote, e lá ficou.
1 Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão. 2 Ouçam bem o que eu, Paulo, tenho a dizer: Caso se deixem circuncidar, Cristo de nada lhes servirá. 3 De novo declaro a todo homem que se deixa circuncidar que ele está obrigado a cumprir toda a Lei. 4 Vocês, que procuram ser justificados pela Lei, separaram-se de Cristo; caíram da graça. 5 Pois é mediante o Espírito que nós aguardamos pela fé a justiça, que é a nossa esperança. 6 Porque em Cristo Jesus nem circuncisão nem incircuncisão têm efeito algum, mas sim a fé que atua pelo amor. 7 Vocês corriam bem. Quem os impediu de continuar obedecendo à verdade? 8 Tal persuasão não provém daquele que os chama. 9 “Um pouco de fermento leveda toda a massa”. 10 Estou convencido no Senhor de que vocês não pensarão de nenhum outro modo. Aquele que os perturba, seja quem for, sofrerá a condenação. 11 Irmãos, se ainda estou pregando a circuncisão, por que continuo sendo perseguido? Nesse caso, o escândalo da cruz foi removido. 12 Quanto a esses que os perturbam, quem dera que se castrassem! 13 Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor. 14 Toda a Lei se resume num só mandamento: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. 15 Mas, se vocês se mordem e se devoram uns aos outros, cuidado para não se destruírem mutuamente. 16 Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. 17 Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam. 18 Mas, se vocês são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da Lei. 19 Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; 20 idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções 21 e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus. 22 Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, 23 mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. 24 Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. 25 Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito. 26 Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros.
1 Vi descer dos céus um anjo que trazia na mão a chave do Abismo e uma grande corrente. 2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo, Satanás, e o acorrentou por mil anos; 3 lançou-o no Abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, para assim impedi-lo de enganar as nações, até que terminassem os mil anos. Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo. 4 Vi tronos em que se assentaram aqueles a quem havia sido dada autoridade para julgar. Vi as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus. Eles não tinham adorado a besta nem a sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa nem nas mãos. Eles ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos. 5 (O restante dos mortos não voltou a viver até se completarem os mil anos.) Esta é a primeira ressurreição. 6 Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele durante mil anos. 7 Quando terminarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão 8 e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. Seu número é como a areia do mar. 9 As nações marcharam por toda a superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos, a cidade amada; mas um fogo desceu do céu e as devorou. 10 O Diabo, que as enganava, foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre. 11 Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar para eles. 12 Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros. 13 O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito. 14 Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. 15 Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo.
1 Como é feliz quem teme o SENHOR,quem anda em seus caminhos! 2 Você comerá do fruto do seu trabalhoe será feliz e próspero. 3 Sua mulher será como videira frutíferaem sua casa;seus filhos serão como brotos de oliveiraao redor da sua mesa. 4 Assim será abençoadoo homem que teme o SENHOR! 5 Que o SENHOR o abençoe desde Sião,para que você veja a prosperidade de Jerusalémtodos os dias da sua vida 6 e veja os filhos dos seus filhos.Haja paz em Israel!
1 Ouçam, meus filhos, a instrução de um pai;estejam atentos e obterão discernimento. 2 O ensino que ofereço a vocês é bom;por isso não abandonem a minha instrução. 3 Quando eu era menino, ainda pequeno,em companhia de meu pai, um filho muito especial para minha mãe, 4 ele me ensinava e me dizia:“Apegue-se às minhas palavras de todo o coração;obedeça aos meus mandamentos, e você terá vida. 5 Procure obter sabedoria e entendimento;não se esqueça das minhas palavras nem delas se afaste. 6 Não abandone a sabedoria, e ela o protegerá;ame-a, e ela cuidará de você. 7 O conselho da sabedoria é: Procure obter sabedoria;use tudo o que você possui para adquirir entendimento. 8 Dedique alta estima à sabedoria, e ela o exaltará;abrace-a, e ela o honrará. 9 Ela porá um belo diadema sobre a sua cabeçae dará de presente a você uma coroa de esplendor”. 10 Ouça, meu filho, e aceite o que digo,e você terá vida longa. 11 Eu o conduzi pelo caminho da sabedoriae o encaminhei por veredas retas. 12 Assim, quando você por elas seguir, não encontrará obstáculos;quando correr, não tropeçará. 13 Apegue-se à instrução, não a abandone;guarde-a bem, pois dela depende a sua vida. 14 Não siga pela vereda dos ímpiosnem ande no caminho dos maus. 15 Evite-o, não passe por ele;afaste-se e não se detenha. 16 Porque eles não conseguem dormir enquanto não fazem o mal;perdem o sono se não causarem a ruína de alguém. 17 Pois eles se alimentam de maldade,e se embriagam de violência. 18 A vereda do justo é como a luz da alvorada,que brilha cada vez mais até a plena claridade do dia. 19 Mas o caminho dos ímpios é como densas trevas;nem sequer sabem em que tropeçam. 20 Meu filho, escute o que digo a você;preste atenção às minhas palavras. 21 Nunca as perca de vista;guarde-as no fundo do coração, 22 pois são vida para quem as encontrae saúde para todo o seu ser. 23 Acima de tudo, guarde o seu coração,pois dele depende toda a sua vida. 24 Afaste da sua boca as palavras perversas;fique longe dos seus lábios a maldade. 25 Olhe sempre para a frente,mantenha o olhar fixo no que está adiante de você. 26 Veja bem por onde anda,e os seus passos serão seguros. 27 Não se desvie nem para a direita nem para a esquerda;afaste os seus pés da maldade.
1 “Agora, filho do homem, apanhe uma espada afiada e use-a como navalha de barbeiro para rapar a cabeça e a barba. Depois tome uma balança de pesos e reparta o cabelo. 2 Quando os dias do cerco da cidade chegarem ao fim, queime no fogo um terço do cabelo dentro da cidade. Pegue um terço e corte-o com a espada ao redor de toda a cidade. E espalhe um terço ao vento. Porque eu os perseguirei com espada desembainhada. 3 Mas apanhe umas poucas mechas de cabelo e esconda-as nas dobras de sua roupa. 4 E, destas ainda, pegue algumas e atire-as ao fogo, para que se queimem. Dali um fogo se espalhará por toda a nação de Israel. 5 “Assim diz o Soberano, o SENHOR: ‘Esta é Jerusalém, que pus no meio dos povos, com nações ao seu redor. 6 Contudo, em sua maldade, ela se revoltou contra as minhas leis e contra os meus decretos mais do que os povos e as nações ao seu redor. Ela rejeitou as minhas leis e não agiu segundo os meus decretos’. 7 “Portanto assim diz o Soberano, o SENHOR: Você tem sido mais rebelde do que as nações ao seu redor e não agiu segundo os meus decretos nem obedeceu às minhas leis. Você nem mesmo alcançou os padrões das nações ao seu redor. 8 “Por isso diz o Soberano, o SENHOR: Eu estou contra você, Jerusalém, e lhe infligirei castigo à vista das nações. 9 Por causa de todos os seus ídolos detestáveis, farei com você o que nunca fiz nem jamais voltarei a fazer. 10 Por isso, entre vocês sucederá que os pais comerão os seus próprios filhos, e os filhos comerão os seus pais. Castigarei você e dispersarei aos ventos os seus sobreviventes. 11 Por isso, juro pela minha vida, palavra do Soberano, o SENHOR, que, por ter contaminado meu santuário com suas imagens detestáveis e com suas práticas repugnantes, eu retirarei a minha bênção. Não olharei com piedade para você e não a pouparei. 12 Um terço de seu povo morrerá de peste ou perecerá de fome dentro de seus muros; um terço cairá à espada fora da cidade; e um terço dispersarei aos ventos e perseguirei com a espada em punho. 13 “Então a minha ira cessará, diminuirá a minha indignação contra eles, e serei vingado. E, quando tiver esgotado a minha ira sobre eles, saberão que eu, o SENHOR, falei segundo o meu zelo. 14 “Farei de você uma ruína e a tornarei desprezível entre as nações ao seu redor, à vista de todos quantos passarem por você. 15 Você será objeto de desprezo e de escárnio, e servirá de advertência e de causa de pavor às nações ao redor, quando eu castigar você com ira, indignação e violência. Eu, o SENHOR, falei. 16 Quando eu atirar em você minhas flechas mortais e destruidoras, minhas flechas de fome, atirarei para destruí-la. Aumentarei a sua fome e cortarei o seu sustento. 17 Enviarei contra você a fome e animais selvagens, que acabarão com os seus filhos. A peste e o derramamento de sangue a alcançarão, e trarei a espada contra você. Eu, o SENHOR, falei”.
1 Chegou a Derbe e depois a Listra, onde vivia um discípulo chamado Timóteo. Sua mãe era uma judia convertida e seu pai era grego. 2 Os irmãos de Listra e Icônio davam bom testemunho dele. 3 Paulo, querendo levá-lo na viagem, circuncidou-o por causa dos judeus que viviam naquela região, pois todos sabiam que seu pai era grego. 4 Nas cidades por onde passavam, transmitiam as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros em Jerusalém, para que fossem obedecidas. 5 Assim as igrejas eram fortalecidas na fé e cresciam em número cada dia. 6 Paulo e seus companheiros viajaram pela região da Frígia e da Galácia, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na província da Ásia. 7 Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus os impediu. 8 Então, contornaram a Mísia e desceram a Trôade. 9 Durante a noite Paulo teve uma visão, na qual um homem da Macedônia estava em pé e lhe suplicava: “Passe à Macedônia e ajude-nos”. 10 Depois que Paulo teve essa visão, preparamo-nos imediatamente para partir para a Macedônia, concluindo que Deus nos tinha chamado para lhes pregar o evangelho. 11 Partindo de Trôade, navegamos diretamente para Samotrácia e, no dia seguinte, para Neápolis. 12 Dali partimos para Filipos, na Macedônia, que é colônia romana e a principal cidade daquele distrito. Ali ficamos vários dias. 13 No sábado saímos da cidade e fomos para a beira do rio, onde esperávamos encontrar um lugar de oração. Sentamo-nos e começamos a conversar com as mulheres que haviam se reunido ali. 14 Uma das que ouviam era uma mulher temente a Deus chamada Lídia, vendedora de tecido de púrpura, da cidade de Tiatira. O Senhor abriu seu coração para atender à mensagem de Paulo. 15 Tendo sido batizada, bem como os de sua casa, ela nos convidou, dizendo: “Se os senhores me consideram uma crente no Senhor, venham ficar em minha casa”. E nos convenceu. 16 Certo dia, indo nós para o lugar de oração, encontramos uma escrava que tinha um espírito pelo qual predizia o futuro. Ela ganhava muito dinheiro para os seus senhores com adivinhações. 17 Essa moça seguia Paulo e a nós, gritando: “Estes homens são servos do Deus Altíssimo e anunciam o caminho da salvação”. 18 Ela continuou fazendo isso por muitos dias. Finalmente, Paulo ficou indignado, voltou-se e disse ao espírito: “Em nome de Jesus Cristo eu ordeno que saia dela!” No mesmo instante o espírito a deixou. 19 Percebendo que a sua esperança de lucro tinha se acabado, os donos da escrava agarraram Paulo e Silas e os arrastaram para a praça principal, diante das autoridades. 20 E, levando-os aos magistrados, disseram: “Estes homens são judeus e estão perturbando a nossa cidade, 21 propagando costumes que a nós, romanos, não é permitido aceitar nem praticar”. 22 A multidão ajuntou-se contra Paulo e Silas, e os magistrados ordenaram que se lhes tirassem as roupas e fossem açoitados. 23 Depois de serem severamente açoitados, foram lançados na prisão. O carcereiro recebeu instrução para vigiá-los com cuidado. 24 Tendo recebido tais ordens, ele os lançou no cárcere interior e lhes prendeu os pés no tronco. 25 Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam. 26 De repente, houve um terremoto tão violento que os alicerces da prisão foram abalados. Imediatamente todas as portas se abriram, e as correntes de todos se soltaram. 27 O carcereiro acordou e, vendo abertas as portas da prisão, desembainhou sua espada para se matar, porque pensava que os presos tivessem fugido. 28 Mas Paulo gritou: “Não faça isso! Estamos todos aqui!” 29 O carcereiro pediu luz, entrou correndo e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. 30 Então levou-os para fora e perguntou: “Senhores, que devo fazer para ser salvo?” 31 Eles responderam: “Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa”. 32 E pregaram a palavra de Deus, a ele e a todos os de sua casa. 33 Naquela mesma hora da noite o carcereiro lavou as feridas deles; em seguida, ele e todos os seus foram batizados. 34 Então os levou para a sua casa, serviu-lhes uma refeição e com todos os de sua casa alegrou-se muito por haver crido em Deus. 35 Quando amanheceu, os magistrados mandaram os seus soldados ao carcereiro com esta ordem: “Solte estes homens”. 36 O carcereiro disse a Paulo: “Os magistrados deram ordens para que você e Silas sejam libertados. Agora podem sair. Vão em paz”. 37 Mas Paulo disse aos soldados: “Sendo nós cidadãos romanos, eles nos açoitaram publicamente sem processo formal e nos lançaram na prisão. E agora querem livrar-se de nós secretamente? Não! Venham eles mesmos e nos libertem”. 38 Os soldados relataram isso aos magistrados, os quais, ouvindo que Paulo e Silas eram romanos, ficaram atemorizados. 39 Vieram para se desculpar diante deles e, conduzindo-os para fora da prisão, pediram-lhes que saíssem da cidade. 40 Depois de saírem da prisão, Paulo e Silas foram à casa de Lídia, onde se encontraram com os irmãos e os encorajaram. E então partiram.