1 Faltavam apenas dois dias para a Páscoa e para a festa dos pães sem fermento. Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei estavam procurando um meio de flagrar Jesus em algum erro e matá-lo. 2 Mas diziam: “Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo”. 3 Estando Jesus em Betânia, reclinado à mesa na casa de um homem conhecido como Simão, o leproso, aproximou-se dele certa mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela quebrou o frasco e derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus. 4 Alguns dos presentes começaram a dizer uns aos outros, indignados: “Por que este desperdício de perfume? 5 Ele poderia ser vendido por trezentos denários, e o dinheiro ser dado aos pobres”. E eles a repreendiam severamente. 6 “Deixem-na em paz”, disse Jesus. “Por que a estão perturbando? Ela praticou uma boa ação para comigo. 7 Pois os pobres vocês sempre terão com vocês e poderão ajudá-los sempre que o desejarem. Mas a mim vocês nem sempre terão. 8 Ela fez o que pôde. Derramou o perfume em meu corpo antecipadamente, preparando-o para o sepultamento. 9 Eu asseguro que onde quer que o evangelho for anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória”. 10 Então Judas Iscariotes, um dos Doze, dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes a fim de lhes entregar Jesus. 11 A proposta muito os alegrou, e lhe prometeram dinheiro. Assim, ele procurava uma oportunidade para entregá-lo. 12 No primeiro dia da festa dos pães sem fermento, quando se costumava sacrificar o cordeiro pascal, os discípulos de Jesus lhe perguntaram: “Aonde queres que vamos e te preparemos a refeição da Páscoa?” 13 Então ele enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: “Entrem na cidade, e um homem carregando um pote de água virá ao encontro de vocês. Sigam-no 14 e digam ao dono da casa em que ele entrar: O Mestre pergunta: Onde é o meu salão de hóspedes, no qual poderei comer a Páscoa com meus discípulos? 15 Ele mostrará uma ampla sala no andar superior, mobiliada e pronta. Façam ali os preparativos para nós”. 16 Os discípulos se retiraram, entraram na cidade e encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito. E prepararam a Páscoa. 17 Ao anoitecer, Jesus chegou com os Doze. 18 Quando estavam comendo, reclinados à mesa, Jesus disse: “Digo que certamente um de vocês me trairá, alguém que está comendo comigo”. 19 Eles ficaram tristes e, um por um, lhe disseram: “Com certeza não sou eu!” 20 Afirmou Jesus: “É um dos Doze, alguém que come comigo do mesmo prato. 21 O Filho do homem vai, como está escrito a seu respeito. Mas ai daquele que trai o Filho do homem! Melhor lhe seria não haver nascido”. 22 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos discípulos, dizendo: “Tomem; isto é o meu corpo”. 23 Em seguida tomou o cálice, deu graças, ofereceu-o aos discípulos, e todos beberam. 24 E disse-lhes: “Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25 Eu afirmo que não beberei outra vez do fruto da videira, até aquele dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus”. 26 Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. 27 Disse-lhes Jesus: “Vocês todos me abandonarão. Pois está escrito:“ ‘Ferirei o pastor,e as ovelhas serão dispersas’. 28 Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galileia”. 29 Pedro declarou: “Ainda que todos te abandonem, eu não te abandonarei!” 30 Respondeu Jesus: “Asseguro que ainda hoje, esta noite, antes que duas vezes cante o galo, três vezes você me negará”. 31 Mas Pedro insistia ainda mais: “Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei”. E todos os outros disseram o mesmo. 32 Então foram para um lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse aos seus discípulos: “Sentem-se aqui enquanto vou orar”. 33 Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a ficar aflito e angustiado. 34 E disse-lhes: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem”. 35 Indo um pouco mais adiante, prostrou-se e orava para que, se possível, fosse afastada dele aquela hora. 36 E dizia: “Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres”. 37 Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Simão”, disse ele a Pedro, “você está dormindo? Não pôde vigiar nem por uma hora? 38 Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. 39 Mais uma vez ele se afastou e orou, repetindo as mesmas palavras. 40 Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. Eles não sabiam o que lhe dizer. 41 Voltando pela terceira vez, ele lhes disse: “Vocês ainda dormem e descansam? Basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores. 42 Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que me trai!” 43 Enquanto ele ainda falava, apareceu Judas, um dos Doze. Com ele estava uma multidão armada de espadas e varas, enviada pelos chefes dos sacerdotes, mestres da lei e líderes religiosos. 44 O traidor havia combinado um sinal com eles: “Aquele a quem eu saudar com um beijo, é ele: prendam-no e levem-no em segurança”. 45 Dirigindo-se imediatamente a Jesus, Judas disse: “Mestre!”, e o beijou. 46 Os homens agarraram Jesus e o prenderam. 47 Então, um dos que estavam por perto puxou a espada e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha. 48 Disse Jesus: “Estou eu chefiando alguma rebelião, para que vocês venham me prender com espadas e varas? 49 Todos os dias eu estive com vocês, ensinando no templo, e vocês não me prenderam. Mas as Escrituras precisam ser cumpridas”. 50 Então todos o abandonaram e fugiram. 51 Um jovem, vestindo apenas um lençol de linho, estava seguindo Jesus. Quando tentaram prendê-lo, 52 ele fugiu nu, deixando o lençol para trás. 53 Levaram Jesus ao sumo sacerdote; e então se reuniram todos os chefes dos sacerdotes, os líderes religiosos e os mestres da lei. 54 Pedro o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote. Sentando-se ali com os guardas, esquentava-se junto ao fogo. 55 Os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio estavam procurando depoimentos contra Jesus, para que pudessem condená-lo à morte, mas não encontravam nenhum. 56 Muitos testemunharam falsamente contra ele, mas as declarações deles não eram coerentes. 57 Então se levantaram alguns e declararam falsamente contra ele: 58 “Nós o ouvimos dizer: ‘Destruirei este templo feito por mãos humanas e em três dias construirei outro, não feito por mãos de homens’.” 59 Mas, nem mesmo assim, o depoimento deles era coerente. 60 Depois o sumo sacerdote levantou-se diante deles e perguntou a Jesus: “Você não vai responder à acusação que estes fazem sobre você?” 61 Mas Jesus permaneceu em silêncio e nada respondeu.Outra vez o sumo sacerdote lhe perguntou: “Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?” 62 “Sou”, disse Jesus. “E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu”. 63 O sumo sacerdote, rasgando as próprias vestes, perguntou: “Por que precisamos de mais testemunhas? 64 Vocês ouviram a blasfêmia. Que acham?”Todos o julgaram digno de morte. 65 Então alguns começaram a cuspir nele; vendaram-lhe os olhos e, dando-lhe murros, diziam: “Profetize!” E os guardas o levaram, dando-lhe tapas. 66 Estando Pedro embaixo, no pátio, uma das criadas do sumo sacerdote passou por ali. 67 Vendo Pedro a aquecer-se, olhou bem para ele e disse:“Você também estava com Jesus, o Nazareno”. 68 Contudo ele o negou, dizendo: “Não o conheço, nem sei do que você está falando”. E saiu para o alpendre. 69 Quando a criada o viu lá, disse novamente aos que estavam por perto: “Esse aí é um deles”. 70 De novo ele negou.Pouco tempo depois, os que estavam sentados ali perto disseram a Pedro: “Certamente você é um deles. Você é galileu!” 71 Ele começou a se amaldiçoar e a jurar: “Não conheço o homem de quem vocês estão falando!” 72 E logo o galo cantou pela segunda vez. Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: “Antes que duas vezes cante o galo, você me negará três vezes”. E se pôs a chorar.
1 Quando Jacó olhou e viu que Esaú estava se aproximando com quatrocentos homens, dividiu as crianças entre Lia, Raquel e as duas servas. 2 Colocou as servas e os seus filhos à frente; Lia e seus filhos, depois; e Raquel com José, por último. 3 Ele mesmo passou à frente e, ao aproximar-se do seu irmão, curvou-se até o chão sete vezes. 4 Mas Esaú correu ao encontro de Jacó e abraçou-se ao seu pescoço, e o beijou. E eles choraram. 5 Então Esaú ergueu o olhar e viu as mulheres e as crianças. E perguntou: “Quem são estes?”Jacó respondeu: “São os filhos que Deus concedeu ao teu servo”. 6 Então as servas e os seus filhos se aproximaram e se curvaram. 7 Depois, Lia e os seus filhos vieram e se curvaram. Por último, chegaram José e Raquel, e também se curvaram. 8 Esaú perguntou: “O que você pretende com todos os rebanhos que encontrei pelo caminho?”“Ser bem recebido por ti, meu senhor”, respondeu Jacó. 9 Disse, porém, Esaú: “Eu já tenho muito, meu irmão. Guarde para você o que é seu”. 10 Mas Jacó insistiu: “Não! Se te agradaste de mim, aceita este presente de minha parte, porque ver a tua face é como contemplar a face de Deus; além disso, tu me recebeste tão bem! 11 Aceita, pois, o presente que te foi trazido, pois Deus tem sido favorável para comigo, e eu já tenho tudo o que necessito”. Jacó tanto insistiu que Esaú acabou aceitando. 12 Então disse Esaú: “Vamos seguir em frente. Eu o acompanharei”. 13 Jacó, porém, lhe disse: “Meu senhor sabe que as crianças são frágeis e que estão sob os meus cuidados ovelhas e vacas que amamentam suas crias. Se forçá-las demais na caminhada, um só dia que seja, todo o rebanho morrerá. 14 Por isso, meu senhor, vai à frente do teu servo, e eu sigo atrás, devagar, no passo dos rebanhos e das crianças, até que eu chegue ao meu senhor em Seir”. 15 Esaú sugeriu: “Permita-me, então, deixar alguns homens com você”.Jacó perguntou: “Mas para quê, meu senhor? Ter sido bem recebido já me foi suficiente!” 16 Naquele dia, Esaú voltou para Seir. 17 Jacó, todavia, foi para Sucote, onde construiu uma casa para si e abrigos para o seu gado. Foi por isso que o lugar recebeu o nome de Sucote. 18 Tendo voltado de Padã-Arã, Jacó chegou a salvo à. cidade de Siquém, em Canaã, e acampou próximo da cidade. 19 Por cem peças de prata comprou dos filhos de Hamor, pai de Siquém, a parte do campo onde tinha armado acampamento. 20 Ali edificou um altar e lhe chamou El Elohe Israel
1 Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. 2 Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. 3 Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. 4 Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória. 5 Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. 6 É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência,, 7 as quais vocês praticaram no passado, quando costumavam viver nelas. 8 Mas, agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. 9 Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas 10 e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador. 11 Nessa nova vida já não há diferença entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro e cita escravo e livre, mas Cristo é tudo e está em todos. 12 Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. 13 Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. 14 Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito. 15 Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. 16 Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração. 17 Tudo o que fizerem, seja em palavra seja em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai. 18 Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como convém a quem está no Senhor. 19 Maridos, ame cada um a sua mulher e não a tratem com amargura. 20 Filhos, obedeçam a seus pais em tudo, pois isso agrada ao Senhor. 21 Pais, não irritem seus filhos, para que eles não desanimem. 22 Escravos, obedeçam em tudo a seus senhores terrenos, não somente para agradá-los quando eles estão observando, mas com sinceridade de coração, pelo fato de vocês temerem o Senhor. 23 Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, 24 sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo. 25 Quem cometer injustiça receberá de volta injustiça, e não haverá exceção para ninguém.
1 Meus irmãos, não sejam muitos de vocês mestres, pois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor. 2 Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo. 3 Quando colocamos freios na boca dos cavalos para que eles nos obedeçam, podemos controlar o animal todo. 4 Tomem também como exemplo os navios; embora sejam tão grandes e impelidos por fortes ventos, são dirigidos por um leme muito pequeno, conforme a vontade do piloto. 5 Semelhantemente, a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha. 6 Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniquidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno. 7 Toda espécie de animais, aves, répteis e criaturas do mar doma-se e tem sido domada pela espécie humana; 8 a língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero. 9 Com a língua bendizemos o Senhor e Pai e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. 10 Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim! 11 Acaso podem sair água doce e água amarga da mesma fonte? 12 Meus irmãos, pode uma figueira produzir azeitonas ou uma videira figos? Da mesma forma, uma fonte de água salgada não pode produzir água doce. 13 Quem é sábio e tem entendimento entre vocês? Que o demonstre por seu bom procedimento, mediante obras praticadas com a humildade que provém da sabedoria. 14 Contudo, se vocês abrigam no coração inveja amarga e ambição egoísta, não se gloriem disso nem neguem a verdade. 15 Esse tipo de “sabedoria” não vem dos céus, mas é terrena; não é espiritual, mas é demoníaca. 16 Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males. 17 Mas a sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura; depois, pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera. 18 O fruto da justiça semeia-se em paz para os pacificadores.
1 Livra-me, ó Deus!Apressa-te, SENHOR, a ajudar-me! 2 Sejam humilhados e frustradosos que procuram tirar-me a vida;retrocedam desprezadosos que desejam a minha ruína. 3 Retrocedam em desgraçaos que zombam de mim. 4 Mas regozijem-se e alegrem-se em titodos os que te buscam;digam sempre os que amam a tua salvação:“Como Deus é grande!” 5 Quanto a mim, sou pobre e necessitado;apressa-te, ó Deus.Tu és o meu socorro e o meu libertador;SENHOR, não te demores!
1 Meu filho, não se esqueça da minha lei,mas guarde no coração os meus mandamentos, 2 pois eles prolongarão a sua vida por muitos anose darão a você prosperidade e paz. 3 Que o amor e a fidelidade jamais o abandonem;prenda-os ao redor do seu pescoço,escreva-os na tábua do seu coração. 4 Então você terá o favorde Deus e dos homens e boa reputação. 5 Confie no SENHOR de todo o seu coraçãoe não se apoie em seu próprio entendimento; 6 reconheça o SENHOR em todos os seus caminhos,e ele endireitará as suas veredas. 7 Não seja sábio aos seus próprios olhos;tema o SENHOR e evite o mal. 8 Isso dará a você saúde ao corpoe vigor aos ossos. 9 Honre o SENHOR com todos os seus recursose com os primeiros frutos de todas as suas plantações; 10 os seus celeiros ficarão plenamente cheios,e os seus barris transbordarão de vinho. 11 Meu filho, não despreze a disciplina donem se magoe com a sua repreensão, 12 pois o SENHOR disciplina a quem ama,assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem. 13 Como é feliz o homem que acha a sabedoria,o homem que obtém entendimento, 14 pois a sabedoria é mais proveitosa do que a pratae rende mais do que o ouro. 15 É mais preciosa do que rubis;nada do que você possa desejar se compara a ela. 16 Na mão direita, a sabedoria garante a você vida longa;na mão esquerda, riquezas e honra. 17 Os caminhos da sabedoria são caminhos agradáveis,e todas as suas veredas são paz. 18 A sabedoria é árvore que dá vida a quem a abraça;quem a ela se apega será abençoado. 19 Por sua sabedoria o SENHOR lançou os alicerces da terra,por seu entendimento fixou no lugar os céus, 20 por seu conhecimento as fontes profundas se rompeme as nuvens gotejam o orvalho. 21 Meu filho, guarde consigo a sensatez e o equilíbrio,nunca os perca de vista; 22 trarão vida a vocêe serão um enfeite para o seu pescoço. 23 Então você seguirá o seu caminhoem segurança e não tropeçará; 24 quando se deitar, não terá medo,e o seu sono será tranquilo. 25 Não terá medo da calamidade repentinanem da ruína que atinge os ímpios, 26 pois o SENHOR será a sua segurançae o impedirá de cair em armadilha. 27 Quanto for possível,não deixe de fazer o bema quem dele precisa. 28 Não diga ao seu próximo:“Volte amanhã, e eu darei algo a você”,se pode ajudá-lo hoje. 29 Não planeje o mal contra o seu próximoque confiantemente mora perto de você. 30 Não acuse alguém sem motivose ele não fez nenhum mal a você. 31 Não tenha inveja de quem é violentonem adote nenhum dos seus procedimentos, 32 pois o SENHOR detesta o perverso,mas o justo é seu grande amigo. 33 A maldição do SENHOR está sobre a casa dos ímpios,mas ele abençoa o lar dos justos. 34 Ele zomba dos zombadores,mas concede graça aos humildes. 35 A honra é herança dos sábios,mas o SENHOR expõe os tolos ao ridículo.
1 Quando os inimigos de Judá e de Benjamim souberam que os exilados estavam reconstruindo o templo do SENHOR, o Deus de Israel, 2 foram falar com Zorobabel e com os chefes das famílias: “Vamos ajudá-los nessa obra porque, como vocês, nós buscamos o Deus de vocês e temos sacrificado a ele desde a época de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos trouxe para cá”. 3 Contudo, Zorobabel, Jesua e os demais chefes das famílias de Israel responderam: “Não compete a vocês a reconstrução do templo de nosso Deus. Somente nós o construiremos para o SENHOR, o Deus de Israel, conforme Ciro, o rei da Pérsia, nos ordenou”. 4 Então a gente da região começou a desanimar o povo de Judá e a atemorizá-lo, para que não continuasse a construção. 5 Pagaram alguns funcionários para que se opusessem ao povo e frustrassem o seu plano. E fizeram isso durante todo o reinado de Ciro até o reinado de Dario, reis da Pérsia. 6 No início do reinado de Xerxes, apresentaram uma acusação contra o povo de Judá e de Jerusalém. 7 E nos dias de Artaxerxes, rei da Pérsia, Bislão, Mitredate, Tabeel e o restante dos seus companheiros escreveram uma carta a Artaxerxes. A carta foi escrita em aramaico, com caracteres aramaicos. 8 O comandante Reum e o secretário Sinsai escreveram uma carta contra Jerusalém ao rei Artaxerxes: 9 O comandante Reum e o secretário Sinsai, e o restante de seus companheiros—os juízes e os oficiais de Trípoli, da Pérsia, de Ereque e da Babilônia, os elamitas de Susã, 10 e das outras nações que o grande e renomado Assurbanípal deportou e assentou na cidade de Samaria e noutros lugares a oeste do Eufrates—escreveram, nos seguintes termos: 11 (Esta é uma cópia da carta que lhe enviaram.)“Ao rei Artaxerxes,De seus servos que vivem a oeste do Eufrates: 12 “Informamos o rei que os judeus que chegaram a nós da tua parte vieram a Jerusalém e estão reconstruindo aquela cidade rebelde e má. Estão fazendo reparos nos muros e consertando os alicerces. 13 “Além disso, é preciso que o rei saiba que, se essa cidade for reconstruída e os seus muros reparados, não mais se pagarão impostos, tributos ou taxas, e as rendas do rei sofrerão prejuízo. 14 Agora, visto que estamos a serviço do palácio e não nos é conveniente ver a desonra do rei, nós enviamos esta mensagem ao rei, 15 a fim de que se faça uma pesquisa nos arquivos de seus antecessores. Nesses arquivos o rei descobrirá e saberá que essa cidade é uma cidade rebelde, problemática para reis e províncias, um lugar de revoltas desde épocas antigas, motivo pelo qual foi destruída. 16 Informamos ao rei que, se essa cidade for reconstruída e seus muros reparados, nada sobrará a oeste do Eufrates”. 17 O rei enviou-lhes a seguinte resposta:“Ao comandante Reum, ao secretário Sinsai e aos seus demais companheiros que vivem em Samaria e em outras partes, a oeste do Eufrates:Saudações de paz! 18 “A carta que vocês nos enviaram foi traduzida e lida na minha presença. 19 Sob minhas ordens fez-se uma pesquisa e descobriu-se que essa cidade tem uma longa história de rebeldia contra os reis e que tem sido um lugar de rebeliões e revoltas. 20 Jerusalém teve reis poderosos que governaram toda a região a oeste do Eufrates, aos quais se pagavam impostos, tributos e taxas. 21 Ordene agora a esses homens que parem a obra, para que essa cidade não seja reconstruída enquanto eu não mandar. 22 Tenham cuidado, não sejam negligentes neste assunto, para que os interesses reais não sofram prejuízo”. 23 Lida a cópia da carta do rei Artaxerxes para Reum, para o secretário Sinsai e para os seus companheiros, eles foram depressa a Jerusalém e forçaram os judeus a parar a obra. 24 Assim a obra do templo de Deus em Jerusalém foi interrompida e ficou parada até o segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia.
1 Ouçam o que diz o SENHOR:“Fique em pé, defenda a sua causa;que as colinas ouçam o que você tem para dizer. 2 “Ouçam, ó montes, a acusação do SENHOR;escutem, alicerces eternos da terra.Pois o SENHOR tem uma acusação contra o seu povo;ele está entrando em juízo contra Israel. 3 “Meu povo, o que fiz contra você?Fui muito exigente? Responda-me. 4 Eu o tirei do Egito,e o redimi da terra da escravidão;enviei Moisés, Arão e Miriãpara conduzi-lo. 5 Meu povo, lembre-se do que Balaque,rei de Moabe, pediue do que Balaão, filho de Beor, respondeu.Recorde a viagem que você fez desde Sitim até Gilgal,e reconheça que os atos do SENHOR são justos”. 6 Com que eu poderia comparecer diante doe curvar-me perante o Deus exaltado?Deveria oferecer holocaustosde bezerros de um ano? 7 Ficaria o SENHOR satisfeito com milhares de carneiros,com dez mil ribeiros de azeite?Devo oferecer o meu filho mais velho por causa da minha transgressão,o fruto do meu corpo por causa do pecado que eu cometi? 8 Ele mostrou a você, ó homem, o que é bome o que o SENHOR exige:pratique a justiça, ame a fidelidadee ande humildemente com o seu Deus. 9 A voz do SENHOR está clamando à cidade;é sensato temer o seu nome!“Ouçam, tribo de Judá e assembleia da cidade! 10 Não há, na casa do ímpio, o tesouro da impiedadee a medida falsificada, que é maldita? 11 Poderia alguém ser puro com balanças desonestase pesos falsos? 12 Os ricos que vivem entre vocês são violentos;o seu povo é mentirosoe as suas línguas falam enganosamente. 13 Por isso, eu mesmo os farei sofrer,e os arruinarei por causa dos seus pecados. 14 Vocês comerão, mas não ficarão satisfeitos;continuarão de estômago vazio.Vocês ajuntarão, mas nada preservarão,porquanto o que guardarem, à espada entregarei. 15 Vocês plantarão, mas não colherão;espremerão azeitonas, mas não se ungirão com o azeite;espremerão uvas, mas não beberão o vinho. 16 Vocês têm obedecido aos decretos de Onrie a todas as práticas da família de Acabe,e têm seguido as tradições deles.Por isso os entregarei à ruína,e o seu povo ao desprezo;vocês sofrerão a zombaria das nações”.
1 Cinco dias depois, o sumo sacerdote Ananias desceu a Cesareia com alguns dos líderes dos judeus e um advogado chamado Tértulo, os quais apresentaram ao governador suas acusações contra Paulo. 2 Quando Paulo foi chamado, Tértulo apresentou sua causa a Félix: “Temos desfrutado de um longo período de paz durante o teu governo, e o teu providente cuidado resultou em reformas nesta nação. 3 Em tudo e em toda parte, excelentíssimo Félix, reconhecemos estes benefícios com profunda gratidão. 4 Todavia, a fim de não tomar-te mais tempo, peço-te o favor de ouvir-nos apenas por um pouco. 5 Verificamos que este homem é um perturbador, que promove tumultos entre os judeus pelo mundo todo. Ele é o principal cabeça da seita dos nazarenos 6 e tentou até mesmo profanar o templo; então o prendemos e quisemos julgá-lo segundo a nossa lei. 7 as o comandante Lísias interveio e com muita força o arrebatou de nossas mãos e ordenou que os seus acusadores se apresentassem. 8 Se tu mesmo o interrogares, poderás verificar a verdade a respeito de todas estas acusações que estamos fazendo contra ele”. 9 Os judeus confirmaram a acusação, garantindo que as afirmações eram verdadeiras. 10 Quando o governador lhe deu sinal para que falasse, Paulo declarou: “Sei que há muitos anos tens sido juiz nesta nação; por isso, de bom grado faço minha defesa. 11 Facilmente poderás verificar que há menos de doze dias subi a Jerusalém para adorar a Deus. 12 Meus acusadores não me encontraram discutindo com ninguém no templo, nem incitando uma multidão nas sinagogas ou em qualquer outro lugar da cidade. 13 Tampouco podem provar-te as acusações que agora estão levantando contra mim. 14 Confesso-te, porém, que adoro o Deus dos nossos antepassados como seguidor do Caminho, a que chamam seita. Creio em tudo o que concorda com a Lei e no que está escrito nos Profetas 15 e tenho em Deus a mesma esperança desses homens: de que haverá ressurreição tanto de justos como de injustos. 16 Por isso procuro sempre conservar minha consciência limpa diante de Deus e dos homens. 17 “Depois de estar ausente por vários anos, vim a Jerusalém para trazer esmolas ao meu povo e apresentar ofertas. 18 Enquanto fazia isso, já cerimonialmente puro, encontraram-me no templo, sem envolver-me em nenhum ajuntamento ou tumulto. 19 Mas há alguns judeus da província da Ásia que deveriam estar aqui diante de ti e apresentar acusações, se é que têm algo contra mim. 20 Ou os que aqui se acham deveriam declarar que crime encontraram em mim quando fui levado perante o Sinédrio, 21 a não ser que tenha sido este: quando me apresentei a eles, bradei: Por causa da ressurreição dos mortos estou sendo julgado hoje diante de vocês”. 22 Então Félix, que tinha bom conhecimento do Caminho, adiou a causa e disse: “Quando chegar o comandante Lísias, decidirei o caso de vocês”. 23 E ordenou ao centurião que mantivesse Paulo sob custódia, mas que lhe desse certa liberdade e permitisse que os seus amigos o servissem. 24 Vários dias depois, Félix veio com Drusila, sua mulher, que era judia, mandou chamar Paulo e o ouviu falar sobre a fé em Cristo Jesus. 25 Quando Paulo se pôs a discorrer acerca da justiça, do domínio próprio e do juízo vindouro, Félix teve medo e disse: “Basta, por enquanto! Pode sair. Quando achar conveniente, mandarei chamá-lo de novo”. 26 Ao mesmo tempo esperava que Paulo lhe oferecesse algum dinheiro, pelo que mandava buscá-lo frequentemente e conversava com ele. 27 Passados dois anos, Félix foi sucedido por Pórcio Festo; todavia, porque desejava manter a simpatia dos judeus, Félix deixou Paulo na prisão.