1 De manhã bem cedo, os chefes dos sacerdotes com os líderes religiosos, os mestres da lei e todo o Sinédrio chegaram a uma decisão. Amarrando Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos. 2 “Você é o rei dos judeus?”, perguntou Pilatos.“Tu o dizes”, respondeu Jesus. 3 Os chefes dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas. 4 Então Pilatos lhe perguntou novamente: “Você não vai responder? Veja de quantas coisas o estão acusando”. 5 Mas Jesus não respondeu nada, e Pilatos ficou impressionado. 6 Por ocasião da festa, era costume soltar um prisioneiro que o povo pedisse. 7 Um homem chamado Barrabás estava na prisão com os rebeldes que haviam cometido assassinato durante uma rebelião. 8 A multidão chegou e pediu a Pilatos que lhe fizesse o que costumava fazer. 9 “Vocês querem que eu solte o rei dos judeus?”, perguntou Pilatos, 10 sabendo que fora por inveja que os chefes dos sacerdotes lhe haviam entregado Jesus. 11 Mas os chefes dos sacerdotes incitaram a multidão a pedir que Pilatos, ao contrário, soltasse Barrabás. 12 “Então, que farei com aquele a quem vocês chamam rei dos judeus?”, perguntou-lhes Pilatos. 13 “Crucifica-o!”, gritaram eles. 14 “Por quê? Que crime ele cometeu?”, perguntou Pilatos.Mas eles gritavam ainda mais: “Crucifica-o!” 15 Desejando agradar a multidão, Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado. 16 Os soldados levaram Jesus para dentro do palácio, isto é, ao Pretório, e reuniram toda a tropa. 17 Vestiram-no com um manto de púrpura, depois fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram nele. 18 E começaram a saudá-lo: “Salve, rei dos judeus!” 19 Batiam-lhe na cabeça com uma vara e cuspiam nele. Ajoelhavam-se e lhe prestavam adoração. 20 Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto de púrpura e vestiram-lhe suas próprias roupas. Então o levaram para fora, a fim de crucificá-lo. 21 Certo homem de Cirene, chamado Simão, pai de Alexandre e de Rufo, passava por ali, chegando do campo. Eles o forçaram a carregar a cruz. 22 Levaram Jesus ao lugar chamado Gólgota, que quer dizer lugar da Caveira. 23 Então lhe deram vinho misturado com mirra, mas ele não o bebeu. 24 E o crucificaram. Dividindo as roupas dele, tiraram sortes para saber com o que cada um iria ficar. 25 Eram nove horas da manhã quando o crucificaram. 26 E assim estava escrito na acusação contra ele: O REI DOS JUDEUS. 27 Com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda, 28 e cumpriu-se a Escritura que diz: “Ele foi contado entre os transgressores”. 29 Os que passavam lançavam-lhe insultos, balançando a cabeça e dizendo: “Ora, você que destrói o templo e o reedifica em três dias, 30 desça da cruz e salve-se a si mesmo!” 31 Da mesma forma, os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei zombavam dele entre si, dizendo: “Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo! 32 O Cristo, o Rei de Israel…. Desça da cruz, para que o vejamos e creiamos!” Os que foram crucificados com ele também o insultavam. 33 E houve trevas sobre toda a terra, do meio-dia às três horas da tarde. 34 Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz: “Eloí, Eloí, lamá sabactâni?”, que significa “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” 35 Quando alguns dos que estavam presentes ouviram isso, disseram: “Ouçam! Ele está chamando Elias”. 36 Um deles correu, embebeu uma esponja em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e deu-a a Jesus para beber. E disse: “Deixem-no. Vejamos se Elias vem tirá-lo daí”. 37 Mas Jesus, com um alto brado, expirou. 38 E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. 39 Quando o centurião que estava em frente de Jesus ouviu o seu brado e viu como ele morreu, disse: “Realmente este homem era o Filho de Deus!” 40 Algumas mulheres estavam observando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, o mais jovem, e de José. 41 Na Galileia elas tinham seguido e servido a Jesus. Muitas outras mulheres que tinham subido com ele para Jerusalém também estavam ali. 42 Era o Dia da Preparação, isto é, a véspera do sábado, 43 José de Arimateia, membro de destaque do Sinédrio, que também esperava o Reino de Deus, dirigiu-se corajosamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 44 Pilatos ficou surpreso ao ouvir que ele já tinha morrido. Chamando o centurião, perguntou-lhe se Jesus já tinha morrido. 45 Sendo informado pelo centurião, entregou o corpo a José. 46 Então José comprou um lençol de linho, baixou o corpo da cruz, envolveu-o no lençol e o colocou num sepulcro cavado na rocha. Depois, fez rolar uma pedra sobre a entrada do sepulcro. 47 Maria Madalena e Maria, mãe de José, viram onde ele fora colocado.
1 Certa vez, Diná, a filha que Lia dera a Jacó, saiu para conhecer as mulheres daquela terra. 2 Siquém, filho de Hamor, o heveu, governador daquela região, viu-a, agarrou-a e a violentou. 3 Mas o seu coração foi atraído por Diná, filha de Jacó, e ele amou a moça e falou-lhe com ternura. 4 Por isso Siquém foi dizer a Hamor, seu pai: “Consiga-me aquela moça para que seja minha mulher”. 5 Quando Jacó soube que sua filha Diná tinha sido desonrada, seus filhos estavam no campo, com os rebanhos; por isso esperou calado até que regressassem. 6 Então Hamor, pai de Siquém, foi conversar com Jacó. 7 Quando os filhos de Jacó voltaram do campo e souberam de tudo, ficaram profundamente entristecidos e irados, porque Siquém tinha cometido um ato vergonhoso em Israel, ao deitar-se com a filha de Jacó—coisa que não se faz. 8 Mas Hamor lhes disse: “Meu filho Siquém apaixonou-se pela filha de vocês. Por favor, entreguem-na a ele para que seja sua mulher. 9 Casem-se entre nós; deem-nos suas filhas e tomem para vocês as nossas. 10 Estabeleçam-se entre nós. A terra está aberta para vocês: habitem-na, façam comércio nela e adquiram propriedades”. 11 Então Siquém disse ao pai e aos irmãos de Diná: “Concedam-me este favor, e eu lhes darei o que me pedirem. 12 Aumentem quanto quiserem o preço e o presente pela noiva, e pagarei o que me pedirem. Tão somente me deem a moça por mulher”. 13 Os filhos de Jacó, porém, responderam com falsidade a Siquém e a seu pai, Hamor, por ter Siquém desonrado Diná, a irmã deles. 14 Disseram: “Não podemos fazer isso; jamais entregaremos nossa irmã a um homem que não seja circuncidado. Seria uma vergonha para nós. 15 Daremos nosso consentimento a vocês com uma condição: que vocês se tornem como nós, circuncidando todos os do sexo masculino. 16 Só então lhes daremos as nossas filhas e poderemos casar-nos com as suas. Nós nos estabeleceremos entre vocês e seremos um só povo. 17 Mas, se não aceitarem circuncidar-se, tomaremos nossa irmã e partiremos”. 18 A proposta deles pareceu boa a Hamor e a seu filho Siquém. 19 O jovem, que era o mais respeitado de todos os da casa de seu pai, não demorou em cumprir o que pediram, porque realmente gostava da filha de Jacó. 20 Assim Hamor e seu filho Siquém dirigiram-se à porta da cidade para conversar com os seus concidadãos. E disseram: 21 “Esses homens são de paz. Permitam que eles habitem em nossa terra e façam comércio entre nós; a terra tem bastante lugar para eles. Poderemos casar com as suas filhas, e eles com as nossas. 22 Mas eles só consentirão em viver conosco como um só povo sob a condição de que todos os nossos homens sejam circuncidados, como eles. 23 Lembrem-se de que os seus rebanhos, os seus bens e todos os seus outros animais passarão a ser nossos. Aceitemos então a condição para que se estabeleçam em nosso meio”. 24 Todos os que saíram para reunir-se à porta da cidade concordaram com Hamor e com seu filho Siquém, e todos os homens e meninos da cidade foram circuncidados. 25 Três dias depois, quando ainda sofriam dores, dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, pegaram suas espadas e atacaram a cidade desprevenida, matando todos os homens. 26 Mataram ao fio da espada Hamor e seu filho Siquém, tiraram Diná da casa de Siquém e partiram. 27 Vieram então os outros filhos de Jacó e, passando pelos corpos, saquearam a cidade onde sua irmã tinha sido desonrada. 28 Apoderaram-se das ovelhas, dos bois e dos jumentos, e de tudo o que havia na cidade e no campo. 29 Levaram as mulheres e as crianças, e saquearam todos os bens e tudo o que havia nas casas. 30 Então Jacó disse a Simeão e a Levi: “Vocês me puseram em grandes apuros, atraindo sobre mim o ódio dos cananeus e dos ferezeus, habitantes desta terra. Somos poucos, e, se eles juntarem suas forças e nos atacarem, eu e a minha família seremos destruídos”. 31 Mas eles responderam: “Está certo ele tratar nossa irmã como uma prostituta?”
1 Senhores, deem aos seus escravos o que é justo e direito, sabendo que vocês também têm um Senhor nos céus. 2 Dediquem-se à oração, estejam alerta e sejam agradecidos. 3 Ao mesmo tempo, orem também por nós, para que Deus abra uma porta para a nossa mensagem, a fim de que possamos proclamar o mistério de Cristo, pelo qual estou preso. 4 Orem para que eu possa manifestá-lo abertamente, como me cumpre fazê-lo. 5 Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades. 6 O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um. 7 Tíquico informará vocês de todas as coisas a meu respeito. Ele é um irmão amado, ministro fiel e cooperador no serviço do Senhor. 8 Eu o envio a vocês precisamente com o propósito de que saibam de tudo o que se passa conosco, e para que ele lhes fortaleça o coração. 9 Ele irá com Onésimo, fiel e amado irmão, que é um de vocês. Eles irão contar tudo o que está acontecendo aqui. 10 Aristarco, meu companheiro de prisão, envia saudações, bem como Marcos, primo de Barnabé. Vocês receberam instruções a respeito de Marcos, e, se ele for visitá-los, recebam-no. 11 Jesus, chamado Justo, também envia saudações. Esses são os únicos da circuncisão que são meus cooperadores em favor do Reino de Deus. Eles têm sido uma fonte de ânimo para mim. 12 Epafras, que é um de vocês e servo de Cristo Jesus, envia saudações. Ele está sempre batalhando por vocês em oração, para que, como pessoas maduras e plenamente convictas, continuem firmes em toda a vontade de Deus. 13 Dele dou testemunho de que se esforça muito por vocês e pelos que estão em Laodiceia e em Hierápolis. 14 Lucas, o médico amado, e Demas enviam saudações. 15 Saúdem os irmãos de Laodiceia, bem como Ninfa e a igreja que se reúne em sua casa. 16 Depois que esta carta for lida entre vocês, façam que também seja lida na igreja dos laodicenses e que vocês igualmente leiam a carta de Laodiceia. 17 Digam a Arquipo: “Cuide em cumprir o ministério que você recebeu no Senhor”. 18 Eu, Paulo, escrevo esta saudação de próprio punho. Lembrem-se das minhas algemas. A graça seja com vocês.
1 De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês? 2 Vocês cobiçam coisas, mas não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem. 3 Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres. 4 Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus. 5 Ou vocês acham que é sem razão que a Escritura diz que o Espírito que ele fez habitar em nós tem fortes ciúmes? 6 Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura:“Deus se opõe aos orgulhosos,mas concede graça aos humildes”. 7 Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês. 8 Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração. 9 Entristeçam-se, lamentem-se e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. 10 Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará. 11 Irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala contra o seu irmão ou julga o seu irmão fala contra a Lei e a julga. Quando você julga a Lei, não a está cumprindo, mas está agindo como juiz. 12 Há apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir. Mas quem é você para julgar o seu próximo? 13 Ouçam agora, vocês que dizem: “Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro”. 14 Vocês nem sabem o que acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. 15 Em vez disso, deveriam dizer: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo”. 16 Agora, porém, vocês se vangloriam das suas pretensões. Toda vanglória como essa é maligna. 17 Portanto, pensem nisto: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz comete pecado.
1 Em ti, SENHOR, busquei refúgio;nunca permitas que eu seja humilhado. 2 Resgata-me e livra-me por tua justiça;inclina o teu ouvido para mim e salva-me. 3 Peço-te que sejas a minha rocha de refúgio,para onde eu sempre possa ir;dá ordem para que me libertem,pois és a minha rocha e a minha fortaleza. 4 Livra-me, ó meu Deus, das mãos dos ímpios,das garras dos perversos e cruéis. 5 Pois tu és a minha esperança, ó Soberano SENHOR,em ti está a minha confiança desde a juventude. 6 Desde o ventre materno dependo de ti;tu me sustentaste desde as entranhas de minha mãe.Eu sempre te louvarei! 7 Tornei-me um exemplo para muitos,porque tu és o meu refúgio seguro. 8 Do teu louvor transborda a minha boca,que o tempo todo proclama o teu esplendor. 9 Não me rejeites na minha velhice;não me abandones quando se vão as minhas forças. 10 Pois os meus inimigos me caluniam;os que estão à espreita juntam-se e planejam matar-me. 11 “Deus o abandonou”, dizem eles;“persigam-no e prendam-no,pois ninguém o livrará”. 12 Não fiques longe de mim, ó Deus;ó meu Deus, apressa-te em ajudar-me. 13 Pereçam humilhados os meus acusadores;sejam cobertos de zombaria e vergonhaos que querem prejudicar-me. 14 Mas eu sempre terei esperançae te louvarei cada vez mais. 15 A minha boca falará sem cessar da tua justiçae dos teus incontáveis atos de salvação. 16 Falarei dos teus feitos poderosos, ó Soberano SENHOR;proclamarei a tua justiça, unicamente a tua justiça. 17 Desde a minha juventude, ó Deus, tens me ensinado,e até hoje eu anuncio as tuas maravilhas. 18 Agora que estou velho, de cabelos brancos,não me abandones, ó Deus,para que eu possa falar da tua força aos nossos filhos,e do teu poder às futuras gerações. 19 Tua justiça chega até as alturas, ó Deus,tu, que tens feito coisas grandiosas.Quem se compara a ti, ó Deus? 20 Tu, que me fizeste passarmuitas e duras tribulações,restaurarás a minha vida,e das profundezas da terrade novo me farás subir. 21 Tu me farás mais honradoe mais uma vez me consolarás. 22 E eu te louvarei com a lirapor tua fidelidade, ó meu Deus;cantarei louvores a ti com a harpa,ó Santo de Israel. 23 Os meus lábios gritarão de alegriaquando eu cantar louvores a ti,pois tu me redimiste. 24 Também a minha língua sempre falarádos teus atos de justiça,pois os que queriam prejudicar-meforam humilhados e ficaram frustrados.
1 Ouçam, meus filhos, a instrução de um pai;estejam atentos e obterão discernimento. 2 O ensino que ofereço a vocês é bom;por isso não abandonem a minha instrução. 3 Quando eu era menino, ainda pequeno,em companhia de meu pai, um filho muito especial para minha mãe, 4 ele me ensinava e me dizia:“Apegue-se às minhas palavras de todo o coração;obedeça aos meus mandamentos, e você terá vida. 5 Procure obter sabedoria e entendimento;não se esqueça das minhas palavras nem delas se afaste. 6 Não abandone a sabedoria, e ela o protegerá;ame-a, e ela cuidará de você. 7 O conselho da sabedoria é: Procure obter sabedoria;use tudo o que você possui para adquirir entendimento. 8 Dedique alta estima à sabedoria, e ela o exaltará;abrace-a, e ela o honrará. 9 Ela porá um belo diadema sobre a sua cabeçae dará de presente a você uma coroa de esplendor”. 10 Ouça, meu filho, e aceite o que digo,e você terá vida longa. 11 Eu o conduzi pelo caminho da sabedoriae o encaminhei por veredas retas. 12 Assim, quando você por elas seguir, não encontrará obstáculos;quando correr, não tropeçará. 13 Apegue-se à instrução, não a abandone;guarde-a bem, pois dela depende a sua vida. 14 Não siga pela vereda dos ímpiosnem ande no caminho dos maus. 15 Evite-o, não passe por ele;afaste-se e não se detenha. 16 Porque eles não conseguem dormir enquanto não fazem o mal;perdem o sono se não causarem a ruína de alguém. 17 Pois eles se alimentam de maldade,e se embriagam de violência. 18 A vereda do justo é como a luz da alvorada,que brilha cada vez mais até a plena claridade do dia. 19 Mas o caminho dos ímpios é como densas trevas;nem sequer sabem em que tropeçam. 20 Meu filho, escute o que digo a você;preste atenção às minhas palavras. 21 Nunca as perca de vista;guarde-as no fundo do coração, 22 pois são vida para quem as encontrae saúde para todo o seu ser. 23 Acima de tudo, guarde o seu coração,pois dele depende toda a sua vida. 24 Afaste da sua boca as palavras perversas;fique longe dos seus lábios a maldade. 25 Olhe sempre para a frente,mantenha o olhar fixo no que está adiante de você. 26 Veja bem por onde anda,e os seus passos serão seguros. 27 Não se desvie nem para a direita nem para a esquerda;afaste os seus pés da maldade.
1 Ora, o profeta Ageu e o profeta Zacarias, descendente de Ido, profetizaram aos judeus de Judá e de Jerusalém, em nome do Deus de Israel, que estava sobre eles. 2 Então Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesua, filho de Jozadaque, começaram a reconstruir o templo de Deus em Jerusalém. E os profetas de Deus estavam com eles e os ajudavam. 3 Tatenai, governador do território a oeste do Eufrates, Setar-Bozenai e seus companheiros foram logo perguntar a eles: “Quem os autorizou a reconstruir este templo e estes muros? 4 E como se chamam os homens que estão construindo este edifício?” 5 Mas os olhos do seu Deus estavam sobre os líderes dos judeus, e eles não foram impedidos de trabalhar até que um relatório fosse enviado a Dario e dele se recebesse uma ordem oficial a respeito do assunto. 6 Esta é uma cópia da carta que Tatenai, governador do território situado a oeste do Eufrates, Setar-Bozenai e seus companheiros, os oficiais do oeste do Eufrates, enviaram ao rei Dario. 7 O relatório que lhe enviaram dizia o seguinte:“Ao rei Dario:Paz e prosperidade! 8 “Informamos ao rei que fomos à província de Judá, ao templo do grande Deus. O povo o está reconstruindo com grandes pedras e já estão fixando as vigas de madeira nas paredes. A obra está sendo executada com diligência e apresentando rápido progresso. 9 “Então perguntamos aos líderes: Quem os autorizou a reconstruir este templo e estes muros? 10 Também perguntamos os nomes dos líderes deles, para que os registrássemos para a tua informação. 11 “Esta é a resposta que nos deram:“ ‘Somos servos do Deus dos céus e da terra e estamos reconstruindo o templo edificado há muitos anos, templo que foi construído e terminado por um grande rei de Israel. 12 Mas, visto que os nossos antepassados irritaram o Deus dos céus, ele os entregou nas mãos do babilônio Nabucodonosor, rei da Babilônia, que destruiu este templo e deportou o povo para a Babilônia. 13 “ ‘Contudo, no seu primeiro ano como rei da Babilônia, o rei Ciro emitiu um decreto ordenando a reconstrução desta casa de Deus. 14 Ele até mesmo tirou do templo da Babilônia os utensílios de ouro e de prata da casa de Deus, os quais Nabucodonosor havia tirado do templo de Jerusalém e levado para o templo da Babilônia.“ ‘O rei Ciro os confiou a um homem chamado Sesbazar, que ele tinha nomeado governador, 15 e lhe disse: “Leve estes utensílios, coloque-os no templo de Jerusalém e reconstrua a casa de Deus em seu antigo local”. 16 Então Sesbazar veio e lançou os alicerces do templo de Deus em Jerusalém. Desde aquele dia o templo tem estado em construção, mas ainda não foi concluído’. 17 “Agora, se for do agrado do rei, que se faça uma pesquisa nos arquivos reais da Babilônia para verificar se o rei Ciro de fato emitiu um decreto ordenando a reconstrução da casa de Deus em Jerusalém. Aguardamos do rei a decisão sobre o assunto”.
1 Que desgraça a minha!Sou como quem colhe frutos de verãona respiga da vinha;não há nenhum cacho de uvas para provar,nenhum figo novo que eu tanto desejo. 2 Os piedosos desapareceram do país;não há um justo sequer.Todos estão à espreita para derramar sangue;cada um caça seu irmão com uma armadilha. 3 Com as mãos prontas para fazer o malo governante exige presentes,o juiz aceita suborno,os poderosos impõem o que querem;todos tramam em conjunto. 4 O melhor deles é como espinheiro,e o mais correto é pior que uma cerca de espinhos.Chegou o dia anunciado pelas suas sentinelas,o dia do castigo de Deus.Agora reinará a confusão entre eles. 5 Não confie nos vizinhos;nem acredite nos amigos.Até com aquela que o abraçatenha cada um cuidado com o que diz. 6 Pois o filho despreza o pai,a filha se rebela contra a mãe,a nora, contra a sogra;os inimigos do homem são os seus próprios familiares. 7 Mas, quanto a mim, ficarei atento ao SENHOR,esperando em Deus, o meu Salvador,pois o meu Deus me ouvirá. 8 Não se alegre a minha inimiga com a minha desgraça.Embora eu tenha caído, eu me levantarei.Embora eu esteja morando nas trevas,o SENHOR será a minha luz. 9 Por eu ter pecado contra o SENHOR,suportarei a sua iraaté que ele apresente a minha defesae estabeleça o meu direito.Ele me fará sair para a luz;contemplarei a sua justiça. 10 Então a minha inimiga o veráe ficará coberta de vergonha,ela, que me disse:“Onde está o SENHOR, o seu Deus?”Meus olhos verão a sua queda;ela será pisada como o barro das ruas. 11 O dia da reconstrução dos seus muros chegará,o dia em que se ampliarão as suas fronteiras virá. 12 Naquele dia, virá a você gentedesde a Assíria até o Egito,e desde o Egito até o Eufrates,de mar a mare de montanha a montanha. 13 Mas a terra será desolada por causa dos seus habitantes,em consequência de suas ações. 14 Pastoreia o teu povo com o teu cajado,o rebanho da tua herançaque vive à parte numa floresta,em férteis pastagens.Deixa-o pastar em Basã e em Gileade,como antigamente. 15 “Como nos dias em que você saiu do Egito,ali mostrarei as minhas maravilhas”. 16 As nações verão isso e se envergonharão,despojadas de todo o seu poder.Porão a mão sobre a bocae taparão os ouvidos. 17 Lamberão o pó como a serpente,como animais que se arrastam no chão.Sairão tremendo das suas fortalezas;com temor se voltarão para o SENHOR, o nosso Deus,e terão medo de ti. 18 Quem é comparável a ti, ó Deus,que perdoas o pecado e esqueces a transgressãodo remanescente da sua herança?Tu, que não permaneces irado para sempre,mas tens prazer em mostrar amor. 19 De novo terás compaixão de nós;pisarás as nossas maldadese atirarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar. 20 Mostrarás fidelidade a Jacó,e bondade a Abraão,conforme prometeste sob juramento aos nossos antepassados,na antiguidade.
1 Três dias depois de chegar à província, Festo subiu de Cesareia para Jerusalém, 2 onde os chefes dos sacerdotes e os judeus mais importantes compareceram diante dele, apresentando as acusações contra Paulo. 3 Pediram a Festo o favor de transferir Paulo para Jerusalém, contra os interesses do próprio Paulo, pois estavam preparando uma emboscada para matá-lo no caminho. 4 Festo respondeu: “Paulo está preso em Cesareia, e eu mesmo vou para lá em breve. 5 Desçam comigo alguns dos seus líderes e apresentem ali as acusações que têm contra esse homem, se realmente ele fez algo de errado”. 6 Tendo passado com eles de oito a dez dias, desceu para Cesareia e, no dia seguinte, convocou o tribunal e ordenou que Paulo fosse trazido perante ele. 7 Quando Paulo apareceu, os judeus que tinham chegado de Jerusalém se aglomeraram ao seu redor, fazendo contra ele muitas e graves acusações que não podiam provar. 8 Então Paulo fez sua defesa: “Nada fiz de errado contra a lei dos judeus, contra o templo ou contra César”. 9 Festo, querendo prestar um favor aos judeus, perguntou a Paulo: “Você está disposto a ir a Jerusalém e ali ser julgado diante de mim, acerca destas acusações?” 10 Paulo respondeu: “Estou agora diante do tribunal de César, onde devo ser julgado. Não fiz nenhum mal aos judeus, como bem sabes. 11 Se, de fato, sou culpado de ter feito algo que mereça pena de morte, não me recuso a morrer. Mas, se as acusações feitas contra mim por estes judeus não são verdadeiras, ninguém tem o direito de me entregar a eles. Apelo para César!” 12 Depois de ter consultado seus conselheiros, Festo declarou: “Você apelou para César, para César irá!” 13 Alguns dias depois, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia para saudar Festo. 14 Visto que estavam passando muitos dias ali, Festo explicou o caso de Paulo ao rei: “Há aqui um homem que Félix deixou preso. 15 Quando fui a Jerusalém, os chefes dos sacerdotes e os líderes dos judeus fizeram acusações contra ele, pedindo que fosse condenado. 16 “Eu lhes disse que não é costume romano condenar ninguém antes que ele se defronte pessoalmente com seus acusadores e tenha a oportunidade de se defender das acusações que lhe fazem. 17 Vindo eles comigo para cá, não retardei o caso; convoquei o tribunal no dia seguinte e ordenei que o homem fosse apresentado. 18 Quando os seus acusadores se levantaram para falar, não o acusaram de nenhum dos crimes que eu esperava. 19 Ao contrário, tinham alguns pontos de divergência com ele acerca de sua própria religião e de um certo Jesus, já morto, o qual Paulo insiste que está vivo. 20 Fiquei sem saber como investigar tais assuntos; por isso perguntei-lhe se ele estaria disposto a ir a Jerusalém e ser julgado ali acerca dessas acusações. 21 Apelando Paulo para que fosse guardado até a decisão do Imperador, ordenei que ficasse sob custódia até que eu pudesse enviá-lo a César”. 22 Então Agripa disse a Festo: “Eu também gostaria de ouvir esse homem”.Ele respondeu: “Amanhã o ouvirás”. 23 No dia seguinte, Agripa e Berenice vieram com grande pompa e entraram na sala de audiências com os altos oficiais e os homens importantes da cidade. Por ordem de Festo, Paulo foi trazido. 24 Então Festo disse: “Ó rei Agripa e todos os senhores aqui presentes conosco, vejam este homem! Toda a comunidade judaica me fez petições a respeito dele em Jerusalém e aqui em Cesareia, gritando que ele não deveria mais viver. 25 Mas verifiquei que ele nada fez que mereça pena de morte; todavia, porque apelou para o Imperador, decidi enviá-lo a Roma. 26 No entanto, não tenho nada definido a respeito dele para escrever a Sua Majestade. Por isso, eu o trouxe diante dos senhores, e especialmente diante de ti, rei Agripa, de forma que, feita esta investigação, eu tenha algo para escrever. 27 Pois não me parece razoável enviar um preso sem especificar as acusações contra ele”.