1 Poucos dias depois, tendo Jesus entrado novamente em Cafarnaum, o povo ouviu falar que ele estava em casa. 2 Então muita gente se reuniu ali, de forma que não havia lugar nem junto à porta; e ele lhes pregava a palavra. 3 Vieram alguns homens, trazendo-lhe um paralítico, carregado por quatro deles. 4 Não podendo levá-lo até Jesus, por causa da multidão, removeram parte da cobertura do lugar onde Jesus estava e, pela abertura no teto, baixaram a maca em que estava deitado o paralítico. 5 Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os seus pecados estão perdoados”. 6 Estavam sentados ali alguns mestres da lei, raciocinando em seu íntimo: 7 “Por que esse homem fala assim? Está blasfemando! Quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus?” 8 Jesus percebeu logo em seu espírito que era isso que eles estavam pensando e lhes disse: “Por que vocês estão remoendo essas coisas em seu coração? 9 Que é mais fácil dizer ao paralítico: Os seus pecados estão perdoados, ou: Levante-se, pegue a sua maca e ande? 10 Mas, para que vocês saibam que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados”—disse ao paralítico— 11 “eu digo a você: Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa”. 12 Ele se levantou, pegou a maca e saiu à vista de todos, que, atônitos, glorificaram a Deus, dizendo: “Nunca vimos nada igual!” 13 Jesus saiu outra vez para beira-mar. Uma grande multidão aproximou-se, e ele começou a ensiná-los. 14 Passando por ali, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: “Siga-me”. Levi levantou-se e o seguiu. 15 Durante uma refeição na casa de Levi, muitos publicanos e pecadores estavam comendo com Jesus e seus discípulos, pois havia muitos que o seguiam. 16 Quando os mestres da lei que eram fariseus o viram comendo com pecadores e publicanos, perguntaram aos discípulos de Jesus: “Por que ele come com publicanos e pecadores?” 17 Ouvindo isso, Jesus lhes disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores”. 18 Os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Algumas pessoas vieram a Jesus e lhe perguntaram: “Por que os discípulos de João e os dos fariseus jejuam, mas os teus não?” 19 Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo jejuar enquanto este está com eles? Não podem, enquanto o têm consigo. 20 Mas virão dias quando o noivo lhes será tirado; e nesse tempo jejuarão. 21 “Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, pois o remendo forçará a roupa, tornando pior o rasgo. 22 E ninguém põe vinho novo em vasilha de couro velha; se o fizer, o vinho rebentará a vasilha, e tanto o vinho quanto a vasilha se estragarão. Ao contrário, põe-se vinho novo em vasilha de couro nova”. 23 Certo sábado Jesus estava passando pelas lavouras de cereal. Enquanto caminhavam, seus discípulos começaram a colher espigas. 24 Os fariseus lhe perguntaram: “Olha, por que eles estão fazendo o que não é permitido no sábado?” 25 Ele respondeu: “Vocês nunca leram o que fez Davi quando ele e seus companheiros estavam necessitados e com fome? 26 Nos dias do sumo sacerdote Abiatar, Davi entrou na casa de Deus e comeu os pães da Presença, que apenas aos sacerdotes era permitido comer, e os deu também aos seus companheiros”. 27 E então lhes disse: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. 28 Assim, pois, o Filho do homem é Senhor até mesmo do sábado”.
1 O SENHOR disse a Moisés e a Arão: 2 “Os israelitas acamparão ao redor da Tenda do Encontro, a certa distância, cada homem junto à sua bandeira com os emblemas da sua família”. 3 A leste, os exércitos de Judá acamparão junto à sua bandeira. O líder de Judá será Naassom, filho de Aminadabe. 4 Seu exército é de 74.600 homens. 5 A tribo de Issacar acampará ao lado de Judá. O líder de Issacar será Natanael, filho de Zuar. 6 Seu exército é de 54.400 homens. 7 A tribo de Zebulom virá em seguida. O líder de Zebulom será Eliabe, filho de Helom. 8 Seu exército é de 57.400 homens. 9 O número total dos homens recenseados do acampamento de Judá, de acordo com os seus exércitos, foi 186.400. Esses marcharão primeiro. 10 Ao sul estarão os exércitos do acampamento de Rúben, junto à sua bandeira. O líder de Rúben será Elizur, filho de Sedeur. 11 Seu exército é de 46.500 homens. 12 A tribo de Simeão acampará ao lado de Rúben. O líder de Simeão será Selumiel, filho de Zurisadai. 13 Seu exército é de 59.300 homens. 14 A tribo de Gade virá em seguida. O líder de Gade será Eliasafe, filho de Deuel. 15 Seu exército é de 45.650 homens. 16 O número total dos homens recenseados do acampamento de Rúben, de acordo com os seus exércitos, foi 151.450. Esses marcharão em segundo lugar. 17 Em seguida, os levitas marcharão levando a Tenda do Encontro no meio dos outros acampamentos, na mesma ordem em que acamparem, cada um em seu próprio lugar, junto à sua bandeira. 18 A oeste estarão os exércitos do acampamento de Efraim, junto à sua bandeira. O líder de Efraim será Elisama, filho de Amiúde. 19 Seu exército é de 40.500 homens. 20 A tribo de Manassés acampará ao lado de Efraim. O líder de Manassés será Gamaliel, filho de Pedazur. 21 Seu exército é de 32.200 homens. 22 A tribo de Benjamim virá em seguida. O líder de Benjamim será Abidã, filho de Gideoni. 23 Seu exército é de 35.400 homens. 24 O número total dos homens recenseados do acampamento de Efraim, de acordo com os seus exércitos, foi 108.100. Esses marcharão em terceiro lugar. 25 Ao norte estarão os exércitos do acampamento de Dã, junto à sua bandeira. O líder de Dã será Aieser, filho de Amisadai. 26 Seu exército é de 62.700 homens. 27 A tribo de Aser acampará ao lado de Dã. O líder de Aser será Pagiel, filho de Ocrã. 28 Seu exército é de 41.500 homens. 29 A tribo de Naftali virá em seguida. O líder de Naftali será Aira, filho de Enã. 30 Seu exército é de 53.400 homens. 31 O número total dos homens recenseados do acampamento de Dã, de acordo com os seus exércitos, foi 157.600. Esses marcharão por último, junto às suas bandeiras. 32 Foram esses os israelitas contados de acordo com as suas famílias. O número total dos que foram contados nos acampamentos, de acordo com os seus exércitos, foi 603.550. 33 Os levitas, contudo, não foram contados com os outros israelitas, conforme o SENHOR tinha ordenado a Moisés. 34 Assim os israelitas fizeram tudo o que o SENHOR tinha ordenado a Moisés; eles acampavam junto às suas bandeiras e depois partiam, cada um com o seu clã e com a sua família.
1 Não tenho necessidade de escrever a respeito dessa assistência aos santos. 2 Reconheço a sua disposição em ajudar e já mostrei aos macedônios o orgulho que tenho de vocês, dizendo-lhes que, desde o ano passado, vocês da Acaia estavam prontos a contribuir; e a dedicação de vocês motivou a muitos. 3 Contudo, estou enviando os irmãos para que o orgulho que temos de vocês a esse respeito não seja em vão, mas que vocês estejam preparados, como eu disse que estariam, 4 a fim de que, se alguns macedônios forem comigo e os encontrarem despreparados, nós, para não mencionar vocês, não fiquemos envergonhados por tanta confiança que tivemos. 5 Assim, achei necessário recomendar que os irmãos os visitem antes e concluam os preparativos para a contribuição que vocês prometeram. Então ela estará pronta como oferta generosa, e não como algo dado com avareza. 6 Lembrem-se: aquele que semeia pouco também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura também colherá fartamente. 7 Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. 8 E Deus é poderoso para fazer que toda a graça lhes seja acrescentada, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra. 9 Como está escrito:“Distribuiu, deu os seus bens aos necessitados;a sua justiça dura para sempre”. 10 Aquele que supre a semente ao que semeia e o pão ao que come também lhes suprirá e multiplicará a semente e fará crescer os frutos da sua justiça. 11 Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso intermédio, a sua generosidade resulte em ação de graças a Deus. 12 O serviço ministerial que vocês estão realizando não está apenas suprindo as necessidades do povo de Deus, mas também transbordando em muitas expressões de gratidão a Deus. 13 Por meio dessa prova de serviço ministerial, outros louvarão a Deus pela obediência que acompanha a confissão que vocês fazem do evangelho de Cristo e pela generosidade de vocês em compartilhar seus bens com eles e com todos os outros. 14 E nas orações que fazem por vocês, eles estarão cheios de amor por vocês, por causa da insuperável graça que Deus tem dado a vocês. 15 Graças a Deus por seu dom indescritível!
1 Deram-me um caniço semelhante a uma vara de medir e me disseram: “Vá e meça o templo de Deus e o altar, e conte os adoradores que lá estiverem. 2 Exclua, porém, o pátio exterior; não o meça, pois ele foi dado aos gentios. Eles pisarão a cidade santa durante quarenta e dois meses. 3 Darei poder às minhas duas testemunhas, e elas profetizarão durante mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco”. 4 Estas são as duas oliveiras e os dois candelabros que permanecem diante do Senhor da terra. 5 Se alguém quiser causar-lhes dano, da boca deles sairá fogo que devorará os seus inimigos. É assim que deve morrer qualquer pessoa que quiser causar-lhes dano. 6 Estes homens têm poder para fechar o céu, de modo que não chova durante o tempo em que estiverem profetizando, e têm poder para transformar a água em sangue e ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes desejarem. 7 Quando eles tiverem terminado o seu testemunho, a besta que vem do Abismo os atacará. E irá vencê-los e matá-los. 8 Os seus cadáveres ficarão expostos na rua principal da grande cidade, que figuradamente é chamada Sodoma e Egito, onde também foi crucificado o seu Senhor. 9 Durante três dias e meio, gente de todos os povos, tribos, línguas e nações contemplarão os seus cadáveres e não permitirão que sejam sepultados. 10 Os habitantes da terra se alegrarão por causa deles e festejarão, enviando presentes uns aos outros, pois esses dois profetas haviam atormentado os que habitam na terra. 11 Mas, depois dos três dias e meio, entrou neles um sopro de vida da parte de Deus, e eles ficaram em pé, e um grande terror tomou conta daqueles que os viram. 12 Então eles ouviram uma forte voz dos céus, que lhes disse: “Subam para cá”. E eles subiram para os céus numa nuvem, enquanto os seus inimigos olhavam. 13 Naquela mesma hora houve um forte terremoto, e um décimo da cidade ruiu. Sete mil pessoas foram mortas no terremoto; os sobreviventes ficaram aterrorizados e deram glória ao Deus dos céus. 14 O segundo ai passou; o terceiro ai virá em breve. 15 O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve fortes vozes nos céus, que diziam:“O reino do mundose tornou de nosso Senhor e do seu Cristo,e ele reinará para todo o sempre”. 16 Os vinte e quatro anciãos que estavam assentados em seus tronos diante de Deus prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, 17 dizendo:“Graças te damos, Senhor Deus todo-poderoso,que és e que eras,porque assumiste o teu grande podere começaste a reinar. 18 As nações se iraram;e chegou a tua ira.Chegou o tempo de julgares os mortose de recompensares os teus servos,os profetas, os teus santose os que temem o teu nome,tanto pequenos como grandes,e de destruir os que destroem a terra”. 19 Então foi aberto o santuário de Deus nos céus, e ali foi vista a arca da sua aliança. Houve relâmpagos, vozes, trovões, um terremoto e um grande temporal de granizo.
1 A noite toda procurei em meu leitoaquele a quem o meu coração ama,mas não o encontrei. 2 Vou levantar-me agora e percorrer a cidade,irei por suas ruas e praças;buscarei aquele a quem o meu coração ama.Eu o procurei, mas não o encontrei. 3 As sentinelas me encontraramquando faziam as suas rondas na cidade.“Vocês viram aquele a quem o meu coração ama?”, perguntei. 4 Mal havia passado por elas,quando encontrei aquele a quem o meu coração ama.Eu o segurei e não o deixei ir,até que o trouxe para a casa de minha mãe,para o quarto daquela que me concebeu. 5 Mulheres de Jerusalém, eu as faço jurarpelas gazelas e pelas corças do campo:Não despertem nem incomodem o amorenquanto ele não o quiser. 6 O que vem subindo do deserto,como uma coluna de fumaça,perfumado com mirra e incensocom extrato de todas as especiarias dos mercadores? 7 Vejam! É a liteira de Salomão,escoltada por sessenta guerreiros,os mais nobres de Israel; 8 todos eles trazem espada,todos são experientes na guerra,cada um com a sua espada,preparado para enfrentar os pavores da noite. 9 O rei Salomão fez para si uma liteira;ele a fez com madeira do Líbano. 10 Suas traves, ele fez de prata;seu teto, de ouro.Seu banco foi estofado em púrpura;seu interior foi cuidadosamente preparadopelas mulheres de Jerusalém. 11 Mulheres de Sião, saiam!Venham ver o rei Salomão!Ele está usando a coroa,a coroa que sua mãe lhe colocouno dia do seu casamento,no dia em que o seu coração se alegrou.
1 Como são felizes os que andam em caminhos irrepreensíveis,que vivem conforme a lei do SENHOR! 2 Como são felizes os que obedecem aos seus estatutose de todo o coração o buscam! 3 Não praticam o male andam nos caminhos do SENHOR. 4 Tu mesmo ordenaste os teus preceitospara que sejam fielmente obedecidos. 5 Quem dera fossem firmados os meus caminhosna obediência aos teus decretos. 6 Então não ficaria decepcionadoao considerar todos os teus mandamentos. 7 Eu te louvarei de coração sinceroquando aprender as tuas justas ordenanças. 8 Obedecerei aos teus decretos;nunca me abandones. 9 Como pode o jovem manter pura a sua conduta?Vivendo de acordo com a tua palavra. 10 Eu te busco de todo o coração;não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos. 11 Guardei no coração a tua palavrapara não pecar contra ti. 12 Bendito sejas, SENHOR!Ensina-me os teus decretos. 13 Com os lábios repitotodas as leis que promulgaste. 14 Regozijo-me em seguir os teus testemunhoscomo o que se regozija com grandes riquezas. 15 Meditarei nos teus preceitose darei atenção às tuas veredas. 16 Tenho prazer nos teus decretos;não me esqueço da tua palavra. 17 Trata com bondade o teu servopara que eu viva e obedeça à tua palavra. 18 Abre os meus olhospara que eu veja as maravilhas da tua lei. 19 Sou peregrino na terra;não escondas de mim os teus mandamentos. 20 A minha alma consome-se de perene desejodas tuas ordenanças. 21 Tu repreendes os arrogantes; malditos os que se desviamdos teus mandamentos! 22 Tira de mim a afronta e o desprezo,pois obedeço aos teus estatutos. 23 Mesmo que os poderosos se reúnam para conspirar contra mim,ainda assim o teu servo meditará nos teus decretos. 24 Sim, os teus testemunhos são o meu prazer;eles são os meus conselheiros. 25 Agora estou prostrado no pó;preserva a minha vida conforme a tua promessa. 26 A ti relatei os meus caminhos e tu me respondeste;ensina-me os teus decretos. 27 Faze-me discernir o propósito dos teus preceitos;então meditarei nas tuas maravilhas. 28 A minha alma se consome de tristeza;fortalece-me conforme a tua promessa. 29 Desvia-me dos caminhos enganosos;por tua graça, ensina-me a tua lei. 30 Escolhi o caminho da fidelidade;decidi seguir as tuas ordenanças. 31 Apego-me aos teus testemunhos, ó Senhor;não permitas que eu fique decepcionado. 32 Corro pelo caminho que os teus mandamentos apontam,pois me deste maior entendimento. 33 Ensina-me, SENHOR, o caminho dos teus decretos,e a eles obedecerei até o fim. 34 Dá-me entendimento, para que eu guarde a tua leie a ela obedeça de todo o coração. 35 Dirige-me pelo caminho dos teus mandamentos,pois nele encontro satisfação. 36 Inclina o meu coração para os teus estatutos,e não para a ganância. 37 Desvia os meus olhos das coisas inúteis;faze-me viver nos caminhos que traçaste. 38 Cumpre a tua promessa para com o teu servo,para que sejas temido. 39 Livra-me da afronta que me apavora,pois as tuas ordenanças são boas. 40 Como anseio pelos teus preceitos!Preserva a minha vida por tua justiça! 41 Que o teu amor alcance-me, SENHOR,e a tua salvação, segundo a tua promessa; 42 então responderei aos que me afrontam,pois confio na tua palavra. 43 Jamais tires da minha boca a palavra da verdade,pois nas tuas ordenanças depositei a minha esperança. 44 Obedecerei constantemente à tua lei,para todo o sempre. 45 Andarei em verdadeira liberdade,pois tenho buscado os teus preceitos. 46 Falarei dos teus testemunhos diante de reis,sem ficar envergonhado. 47 Tenho prazer nos teus mandamentos;eu os amo. 48 A ti levanto minhas mãose medito nos teus decretos. 49 Lembra-te da tua palavra ao teu servo,pela qual me deste esperança. 50 Este é o meu consolo no meu sofrimento:A tua promessa dá-me vida. 51 Os arrogantes zombam de mim o tempo todo,mas eu não me desvio da tua lei. 52 Lembro-me, SENHOR, das tuas ordenanças do passadoe nelas acho consolo. 53 Fui tomado de ira tremenda por causa dos ímpiosque rejeitaram a tua lei. 54 Os teus decretos são o temada minha canção em minha peregrinação. 55 De noite lembro-me do teu nome, SENHOR!Vou obedecer à tua lei. 56 Esta tem sido a minha prática:Obedecer aos teus preceitos. 57 Tu és a minha herança, SENHOR;prometi obedecer às tuas palavras. 58 De todo o coração suplico a tua graça;tem misericórdia de mim, conforme a tua promessa. 59 Refleti em meus caminhose voltei os meus passos para os teus testemunhos. 60 Eu me apressarei e não hesitareiem obedecer aos teus mandamentos. 61 Embora as cordas dos ímpios queiram prender-me,eu não me esqueço da tua lei. 62 À meia-noite me levanto para dar-te graçaspelas tuas justas ordenanças. 63 Sou amigo de todos os que te tememe obedecem aos teus preceitos. 64 A terra está cheia do teu amor, SENHOR;ensina-me os teus decretos. 65 Trata com bondade o teu servo, SENHOR,conforme a tua promessa. 66 Ensina-me o bom senso e o conhecimento,pois confio em teus mandamentos. 67 Antes de ser castigado, eu andava desviado,mas agora obedeço à tua palavra. 68 Tu és bom, e o que fazes é bom;ensina-me os teus decretos. 69 Os arrogantes mancharam o meu nome com mentiras,mas eu obedeço aos teus preceitos de todo o coração. 70 O coração deles é insensível;eu, porém, tenho prazer na tua lei. 71 Foi bom para mim ter sido castigado,para que aprendesse os teus decretos. 72 Para mim vale mais a lei que decretastedo que milhares de peças de prata e ouro. 73 As tuas mãos me fizeram e me formaram;dá-me entendimento para aprender os teus mandamentos. 74 Quando os que têm temor de ti me virem, se alegrarão,pois na tua palavra depositei a minha esperança. 75 Sei, SENHOR, que as tuas ordenanças são justas,e que por tua fidelidade me castigaste. 76 Seja o teu amor o meu consolo,conforme a tua promessa ao teu servo. 77 Alcance-me a tua misericórdia para que eu tenha vida,porque a tua lei é o meu prazer. 78 Sejam humilhados os arrogantes,pois me prejudicaram sem motivo;mas eu meditarei nos teus preceitos. 79 Venham apoiar-me aqueles que te temem,aqueles que entendem os teus estatutos. 80 Seja o meu coração íntegro para com os teus decretos,para que eu não seja humilhado. 81 Estou quase desfalecido, aguardando a tua salvação,mas na tua palavra depositei a minha esperança. 82 Os meus olhos fraquejam de tanto esperar pela tua promessa,e pergunto: “Quando me consolarás?” 83 Embora eu seja como uma vasilha inútil,não me esqueço dos teus decretos. 84 Até quando o teu servo deverá esperarpara que castigues os meus perseguidores? 85 Cavaram uma armadilha contra mim os arrogantes,os que não seguem a tua lei. 86 Todos os teus mandamentos merecem confiança;ajuda-me, pois sou perseguido com mentiras. 87 Quase acabaram com a minha vida na terra,mas não abandonei os teus preceitos. 88 Preserva a minha vida pelo teu amor,e obedecerei aos estatutos que decretaste. 89 A tua palavra, SENHOR,para sempre está firmada nos céus. 90 A tua fidelidade é constante por todas as gerações;estabeleceste a terra, que firme subsiste. 91 Conforme as tuas ordens, tudo permanece até hoje,pois tudo está a teu serviço. 92 Se a tua lei não fosse o meu prazer,o sofrimento já me teria destruído. 93 Jamais me esquecerei dos teus preceitos,pois é por meio deles que preservas a minha vida. 94 Salva-me, pois a ti pertençoe busco os teus preceitos! 95 Os ímpios estão à espera para destruir-me,mas eu considero os teus testemunhos. 96 Tenho constatado que toda perfeição tem limite;mas não há limite para o teu mandamento. 97 Como eu amo a tua lei!Medito nela o dia inteiro. 98 Os teus mandamentos me tornammais sábio que os meus inimigos,porquanto estão sempre comigo. 99 Tenho mais discernimento que todos os meus mestres,pois medito nos teus testemunhos. 100 Tenho mais entendimento que os anciãos,pois obedeço aos teus preceitos. 101 Afasto os pés de todo caminho maupara obedecer à tua palavra. 102 Não me afasto das tuas ordenanças,pois tu mesmo me ensinas. 103 Como são doces para o meu paladar as tuas palavras!Mais que o mel para a minha boca! 104 Ganho entendimento por meio dos teus preceitos;por isso odeio todo caminho de falsidade. 105 A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passose luz que clareia o meu caminho. 106 Prometi sob juramento e o cumprirei:vou obedecer às tuas justas ordenanças. 107 Passei por muito sofrimento;preserva, SENHOR, a minha vida, conforme a tua promessa. 108 Aceita, SENHOR, a oferta de louvor dos meus lábios,e ensina-me as tuas ordenanças. 109 A minha vida está sempre em perigo,mas não me esqueço da tua lei. 110 Os ímpios prepararam uma armadilha contra mim,mas não me desviei dos teus preceitos. 111 Os teus testemunhos são a minha herança permanente;são a alegria do meu coração. 112 Dispus o meu coração para cumpriros teus decretos até o fim. 113 Odeio os que são inconstantes,mas amo a tua lei. 114 Tu és o meu abrigo e o meu escudo;e na tua palavra depositei a minha esperança. 115 Afastem-se de mim os que praticam o mal!Quero obedecer aos mandamentos do meu Deus! 116 Sustenta-me, segundo a tua promessa, e eu viverei;não permitas que se frustrem as minhas esperanças. 117 Ampara-me, e estarei seguro;sempre estarei atento aos teus decretos. 118 Tu rejeitas todos os que se desviam dos teus decretos,pois os seus planos enganosos são inúteis. 119 Tu destróis como refugo todos os ímpios da terra;por isso amo os teus testemunhos. 120 O meu corpo estremece diante de ti;as tuas ordenanças enchem-me de temor. 121 Tenho vivido com justiça e retidão;não me abandones nas mãos dos meus opressores. 122 Garante o bem-estar do teu servo;não permitas que os arrogantes me oprimam. 123 Os meus olhos fraquejam, aguardando a tua salvaçãoe o cumprimento da tua justiça. 124 Trata o teu servo conforme o teu amor leale ensina-me os teus decretos. 125 Sou teu servo; dá-me discernimentopara compreender os teus testemunhos. 126 Já é tempo de agires, SENHOR,pois a tua lei está sendo desrespeitada. 127 Eu amo os teus mandamentosmais do que o ouro, mais do que o ouro puro. 128 Por isso considero justos os teus preceitose odeio todo caminho de falsidade. 129 Os teus testemunhos são maravilhosos;por isso lhes obedeço. 130 A explicação das tuas palavras iluminae dá discernimento aos inexperientes. 131 Abro a boca e suspiro,ansiando por teus mandamentos. 132 Volta-te para mim e tem misericórdia de mim,como sempre fazes aos que amam o teu nome. 133 Dirige os meus passos, conforme a tua palavra;não permitas que nenhum pecado me domine. 134 Resgata-me da opressão dos homens,para que eu obedeça aos teus preceitos. 135 Faze o teu rosto resplandecer sobre o teu servoe ensina-me os teus decretos. 136 Rios de lágrimas correm dos meus olhos,porque a tua lei não é obedecida. 137 Justo és, SENHOR,e retas são as tuas ordenanças. 138 Ordenaste os teus testemunhos com justiça;dignos são de inteira confiança! 139 O meu zelo me consome,pois os meus adversários se esquecem das tuas palavras. 140 A tua promessa foi plenamente comprovada,e, por isso, o teu servo a ama. 141 Sou pequeno e desprezado,mas não esqueço os teus preceitos. 142 A tua justiça é eterna,e a tua lei é a verdade. 143 Tribulação e angústia me atingiram,mas os teus mandamentos são o meu prazer. 144 Os teus testemunhos são eternamente justos,dá-me discernimento para que eu tenha vida. 145 Eu clamo de todo o coração; responde-me, SENHOR,e obedecerei aos teus testemunhos! 146 Clamo a ti; salva-me,e obedecerei aos teus estatutos! 147 Antes do amanhecer me levanto e suplico o teu socorro;na tua palavra depositei a minha esperança. 148 Fico acordado nas vigílias da noite,para meditar nas tuas promessas. 149 Ouve a minha voz pelo teu amor leal;faze-me viver, SENHOR, conforme as tuas ordenanças. 150 Os meus perseguidores aproximam-se com más intenções,mas estão distantes da tua lei. 151 Tu, porém, SENHOR, estás perto,e todos os teus mandamentos são verdadeiros. 152 Há muito aprendi dos teus testemunhosque tu os estabeleceste para sempre. 153 Olha para o meu sofrimento e livra-me,pois não me esqueço da tua lei. 154 Defende a minha causa e resgata-me;preserva a minha vida conforme a tua promessa. 155 A salvação está longe dos ímpios,pois eles não buscam os teus decretos. 156 Grande é a tua compaixão, SENHOR;preserva a minha vida conforme as tuas leis. 157 Muitos são os meus adversários e os meus perseguidores,mas eu não me desvio dos teus estatutos. 158 Com grande desgosto vejo os infiéis,que não obedecem à tua palavra. 159 Vê como amo os teus preceitos!Dá-me vida, SENHOR, conforme o teu amor leal. 160 A verdade é a essência da tua palavra,e todas as tuas justas ordenanças são eternas. 161 Os poderosos perseguem-me sem motivo,mas é diante da tua palavra que o meu coração treme. 162 Eu me regozijo na tua promessa como alguémque encontra grandes despojos. 163 Odeio e detesto a falsidade,mas amo a tua lei. 164 Sete vezes por dia eu te louvopor causa das tuas justas ordenanças. 165 Os que amam a tua lei desfrutam paz,e nada há que os faça tropeçar. 166 Aguardo a tua salvação, SENHOR,e pratico os teus mandamentos. 167 Obedeço aos teus testemunhos;amo-os infinitamente! 168 Obedeço a todos os teus preceitos e testemunhos,pois conheces todos os meus caminhos. 169 Chegue à tua presença o meu clamor, SENHOR!Dá-me entendimento conforme a tua palavra. 170 Chegue a ti a minha súplica.Livra-me, conforme a tua promessa. 171 Meus lábios transbordarão de louvor,pois me ensinas os teus decretos. 172 A minha língua cantará a tua palavra,pois todos os teus mandamentos são justos. 173 Com tua mão vem ajudar-me,pois escolhi os teus preceitos. 174 Anseio pela tua salvação, SENHOR,e a tua lei é o meu prazer. 175 Permite-me viver para que eu te louve;e que as tuas ordenanças me sustentem. 176 Andei vagando como ovelha perdida;vem em busca do teu servo,pois não me esqueci dos teus mandamentos.
1 Como neve no verão ou chuva na colheita,assim a honra é imprópria para o tolo. 2 Como o pardal que voa em fuga, e a andorinha que esvoaça veloz,assim a maldição sem motivo justo não pega. 3 O chicote é para o cavalo; o freio, para o jumento;e a vara, para as costas do tolo! 4 Não responda ao insensato com igual insensatez,do contrário você se igualará a ele. 5 Responda ao insensato como a sua insensatez merece,do contrário ele pensará que é mesmo um sábio. 6 Como cortar o próprio pé ou beber veneno,assim é enviar mensagem pelas mãos do tolo. 7 Como pendem inúteis as pernas do coxo,assim é o provérbio na boca do tolo. 8 Como amarrar uma pedra na atiradeira,assim é prestar honra ao insensato. 9 Como ramo de espinhos nas mãos do bêbado,assim é o provérbio na boca do insensato. 10 Como o arqueiro que atira ao acaso,assim é quem contrata o tolo ou o primeiro que passa. 11 Como o cão volta ao seu vômito,assim o insensato repete a sua insensatez. 12 Você conhece alguém que se julga sábio?Há mais esperança para o insensato do que para ele. 13 O preguiçoso diz: “Lá está um leão no caminho,um leão feroz rugindo nas ruas!” 14 Como a porta gira em suas dobradiças,assim o preguiçoso se revira em sua cama. 15 O preguiçoso coloca a mão no prato,mas acha difícil demais levá-la de volta à boca. 16 O preguiçoso considera-se mais sábiodo que sete homens que respondem com bom senso. 17 Como alguém que pega pelas orelhas um cão qualquer,assim é quem se mete em discussão alheia. 18 Como o louco que atirabrasas e flechas mortais, 19 assim é o homem que engana o seu próximoe diz: “Eu estava só brincando!” 20 Sem lenha a fogueira se apaga;sem o caluniador morre a contenda. 21 O que o carvão é para as brasas e a lenha para a fogueira,o amigo de brigas é para atiçar discórdias. 22 As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos;descem saborosos até o íntimo. 23 Como uma camada de esmalte sobre um vaso de barro,os lábios amistosos podem ocultar um coração mau. 24 Quem odeia disfarça as suas intenções com os lábios,mas no coração abriga a falsidade. 25 Embora a sua conversa seja mansa, não acredite nele,pois o seu coração está cheio de maldade. 26 Ele pode fingir e esconder o seu ódio,mas a sua maldade será exposta em público. 27 Quem faz uma cova, nela cairá;se alguém rola uma pedra, esta rolará de volta sobre ele. 28 A língua mentirosa odeia aqueles a quem fere,e a boca lisonjeira provoca a ruína.
1 Como está deserta a cidade,antes tão cheia de gente!Como se parece com uma viúva,a que antes era grandiosa entre as nações!A que era a princesa das provínciasagora tornou-se uma escrava. 2 Chora amargamente à noite,as lágrimas rolam por seu rosto.De todos os seus amantesnenhum a consola.Todos os seus amigos a traíram;tornaram-se seus inimigos. 3 Em aflição e sob trabalhos forçados,Judá foi levado ao exílio.Vive entre as naçõessem encontrar repouso.Todos os que a perseguiram a capturaramem meio ao seu desespero. 4 Os caminhos para Sião pranteiam,porque ninguém comparece às suas festas fixas.Todas as suas portas estão desertas,seus sacerdotes gemem,suas moças se entristecem,e ela se encontra em angústia profunda. 5 Seus adversários são os seus chefes;seus inimigos estão tranquilos.O SENHOR lhe trouxe tristezapor causa dos seus muitos pecados.Seus filhos foram levados ao exílio,prisioneiros dos adversários. 6 Todo o esplendor fugiuda cidade de Sião.Seus líderes são como corçasque não encontram pastagem;sem forças fugiramdiante do perseguidor. 7 Nos dias da sua aflição e do seu desnorteio,Jerusalém se lembra de todos os tesourosque lhe pertenciam nos tempos passados.Quando o seu povo caiu nas mãos do inimigo,ninguém veio ajudá-la.Seus inimigos olharam para elae zombaram da sua queda. 8 Jerusalém cometeu graves pecados;por isso tornou-se impura.Todos os que a honravam agora a desprezam,porque viram a sua nudez;ela mesma gemee se desvia deles. 9 Sua impureza prende-se às suas saias;ela não esperava que chegaria o seu fim.Sua queda foi surpreendente;ninguém veio consolá-la.“Olha, SENHOR, para a minha aflição,pois o inimigo triunfou”. 10 O adversário saqueiatodos os seus tesouros;ela viu nações pagãs entraremem seu santuário,sendo que tu as tinhas proibidode participar das tuas assembleias. 11 Todo o seu povo se lamentaenquanto vai em busca de pão;e, para sobreviverem,trocam tesouros por comida.“Olha, SENHOR, e considera,pois tenho sido desprezada”. 12 Vocês não se comovem, todos vocês que passam por aqui?Olhem ao redor e vejamse há sofrimento maior do queo que me foi imposto,e que o SENHOR trouxe sobre mimno dia em que se acendeu a sua ira. 13 Do alto ele fez cair fogosobre os meus ossos.Armou uma rede para os meus pése me derrubou de costas.Deixou-me desolada,e desfalecida o dia todo. 14 Os meus pecados foram amarrados num jugo;suas mãos os ataram todos juntose os colocaram em meu pescoço;o Senhor abateu a minha força.Ele me entregou àquelesque não consigo vencer. 15 O Senhor dispersou todos os guerreirosque me apoiavam;convocou um exército contra mimpara destruir os meus jovens.O Senhor pisou no seu lagara virgem, a cidade de Judá. 16 “É por isso que eu choro;as lágrimas inundam os meus olhos.Ninguém está por perto para consolar-me,não há ninguém que restaure o meu espírito.Meus filhos estão desamparadosporque o inimigo prevaleceu”. 17 Suplicante, Sião estende as mãos,mas não há quem a console.O SENHOR decretou que os vizinhos de Jacóse tornem seus adversários;Jerusalém tornou-se coisa imunda entre eles. 18 “O SENHOR é justo,mas eu me rebelei contra a sua ordem.Ouçam, todos os povos;olhem para o meu sofrimento.Meus jovens e minhas moçasforam para o exílio. 19 “Chamei os meus aliados,mas eles me traíram.Meus sacerdotes e meus líderespereceram na cidade,enquanto procuravam comidapara poderem sobreviver. 20 “Veja, SENHOR, como estou angustiada!Estou atormentada no íntimoe no meu coração me perturbo,pois tenho sido muito rebelde.Lá fora, a espada a todos consome;dentro, impera a morte. 21 “Os meus lamentos têm sido ouvidos,mas não há ninguém que me console.Todos os meus inimigos sabem da minha agonia;eles se alegram com o que fizeste.Quem dera trouxesses o dia que anunciastepara que eles ficassem como eu! 22 “Que toda a maldade delesseja conhecida diante de ti;faze com eles o que fizeste comigopor causa de todos os meus pecados.Os meus gemidos são muitose o meu coração desfalece”.
1 Então o sumo sacerdote perguntou a Estêvão: “São verdadeiras estas acusações?” 2 A isso ele respondeu: “Irmãos e pais, ouçam-me! O Deus glorioso apareceu a Abraão, nosso pai, estando ele ainda na Mesopotâmia, antes de morar em Harã, e lhe disse: 3 ‘Saia da sua terra e do meio dos seus parentes e vá para a terra que eu lhe mostrarei’. 4 “Então ele saiu da terra dos caldeus e se estabeleceu em Harã. Depois da morte de seu pai, Deus o trouxe a esta terra, onde vocês agora vivem. 5 Deus não lhe deu nenhuma herança aqui, nem mesmo o espaço de um pé. Mas lhe prometeu que ele e, depois dele, seus descendentes, possuiriam a terra, embora, naquele tempo, Abraão não tivesse filhos. 6 Deus lhe falou desta forma: ‘Seus descendentes serão peregrinos numa terra estrangeira, escravizados e maltratados por quatrocentos anos. 7 Mas eu castigarei a nação a quem servirão como escravos, e depois sairão dali e me adorarão neste lugar’. 8 E deu a Abraão a aliança da circuncisão. Por isso, Abraão gerou Isaque e o circuncidou oito dias depois do seu nascimento. Mais tarde, Isaque gerou Jacó, e este os doze patriarcas. 9 “Os patriarcas, tendo inveja de José, venderam-no como escravo para o Egito. Mas Deus estava com ele 10 e o libertou de todas as suas tribulações, dando a José favor e sabedoria diante do faraó, rei do Egito; este o tornou governador do Egito e de todo o seu palácio. 11 “Depois houve fome em todo o Egito e em Canaã, trazendo grande sofrimento, e os nossos antepassados não encontravam alimento. 12 Ouvindo que havia trigo no Egito, Jacó enviou nossos antepassados em sua primeira viagem. 13 Na segunda viagem deles, José fez-se reconhecer por seus irmãos, e o faraó pôde conhecer a família de José. 14 Depois disso, José mandou buscar seu pai, Jacó, e toda a sua família, que eram setenta e cinco pessoas. 15 Então Jacó desceu ao Egito, onde faleceram ele e os nossos antepassados. 16 Seus corpos foram levados de volta a Siquém e colocados no túmulo que Abraão havia comprado ali dos filhos de Hamor, por certa quantia. 17 “Ao se aproximar o tempo em que Deus cumpriria sua promessa a Abraão, aumentou muito o número do nosso povo no Egito. 18 Então outro rei, que nada sabia a respeito de José, passou a governar o Egito. 19 Ele agiu traiçoeiramente para com o nosso povo e oprimiu os nossos antepassados, obrigando-os a abandonar os seus recém-nascidos, para que não sobrevivessem. 20 “Naquele tempo nasceu Moisés, que era um menino extraordinário. Por três meses ele foi criado na casa de seu pai. 21 Quando foi abandonado, a filha do faraó o tomou e o criou como seu próprio filho. 22 Moisés foi educado em toda a sabedoria dos egípcios e veio a ser poderoso em palavras e obras. 23 “Ao completar quarenta anos, Moisés decidiu visitar seus irmãos israelitas. 24 Ao ver um deles sendo maltratado por um egípcio, saiu em defesa do oprimido e o vingou, matando o egípcio. 25 Ele pensava que seus irmãos compreenderiam que Deus o estava usando para salvá-los, mas eles não o compreenderam. 26 No dia seguinte, Moisés dirigiu-se a dois israelitas que estavam brigando, e tentou reconciliá-los, dizendo: ‘Homens, vocês são irmãos; por que ferem um ao outro?’ 27 “Mas o homem que maltratava o outro empurrou Moisés e disse: ‘Quem o nomeou líder e juiz sobre nós? 28 Quer matar-me como matou o egípcio ontem?’ 29 Ouvindo isso, Moisés fugiu para Midiã, onde ficou morando como estrangeiro e teve dois filhos. 30 “Passados quarenta anos, apareceu a Moisés um anjo nas labaredas de uma sarça em chamas no deserto, perto do monte Sinai. 31 Vendo aquilo, ficou atônito. E, aproximando-se para observar, ouviu a voz do Senhor: 32 ‘Eu sou o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó’. Moisés, tremendo de medo, não ousava olhar. 33 “Então o Senhor lhe disse: ‘Tire as sandálias dos pés, porque o lugar em que você está é terra santa. 34 De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito. Ouvi seus gemidos e desci para livrá-lo. Venha agora, e eu o enviarei de volta ao Egito’. 35 “Este é o mesmo Moisés que tinham rejeitado com estas palavras: ‘Quem o nomeou líder e juiz?’ Ele foi enviado pelo próprio Deus para ser líder e libertador deles, por meio do anjo que lhe tinha aparecido na sarça. 36 Ele os tirou de lá, fazendo maravilhas e sinais no Egito, no mar Vermelho e no deserto durante quarenta anos. 37 “Este é aquele Moisés que disse aos israelitas: ‘Deus levantará dentre seus irmãos um profeta como eu’. 38 Ele estava na congregação, no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos antepassados, e recebeu palavras vivas, para transmiti-las a nós. 39 “Mas nossos antepassados se recusaram a obedecer-lhe; ao contrário, rejeitaram-no e em seu coração voltaram para o Egito. 40 Disseram a Arão: ‘Faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu!’ 41 Naquela ocasião fizeram um ídolo em forma de bezerro. Trouxeram-lhe sacrifícios e fizeram uma celebração em honra ao que suas mãos tinham feito. 42 Mas Deus afastou-se deles e os entregou à adoração dos astros, conforme o que foi escrito no livro dos profetas:“ ‘Foi a mim que vocês apresentaram sacrifícios e ofertasdurante os quarenta anos no deserto, ó nação de Israel? 43 Em vez disso, levantaram o santuário de Moloquee a estrela do seu deus Renfã,ídolos que vocês fizeram para adorar!Portanto, eu os enviarei para o exílio, para além da Babilônia’. 44 “No deserto os nossos antepassados tinham o tabernáculo da aliança, que fora feito segundo a ordem de Deus a Moisés, de acordo com o modelo que ele tinha visto. 45 Tendo recebido o tabernáculo, nossos antepassados o levaram, sob a liderança de Josué, quando tomaram a terra das nações que Deus expulsou de diante deles. Esse tabernáculo permaneceu nesta terra até a época de Davi, 46 que encontrou graça diante de Deus e pediu que ele lhe permitisse providenciar uma habitação para o Deus de Jacó. 47 Mas foi Salomão quem lhe construiu a casa. 48 “Todavia, o Altíssimo não habita em casas feitas por homens. Como diz o profeta: 49 “ ‘O céu é o meu trono;a terra, o estrado dos meus pés.Que espécie de casa vocês me edificarão?diz o Senhor,ou, onde seria meu lugar de descanso? 50 Não foram as minhas mãos que fizeram todas estas coisas?’ 51 “Povo rebelde, obstinado de coração e de ouvidos! Vocês são iguais aos seus antepassados: sempre resistem ao Espírito Santo! 52 Qual dos profetas os seus antepassados não perseguiram? Eles mataram aqueles que prediziam a vinda do Justo, de quem agora vocês se tornaram traidores e assassinos— 53 vocês, que receberam a Lei por intermédio de anjos, mas não lhe obedeceram”. 54 Ouvindo isso, ficaram furiosos e rangeram os dentes contra ele. 55 Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé, à direita de Deus, 56 e disse: “Vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé, à direita de Deus”. 57 Mas eles taparam os ouvidos e, dando fortes gritos, lançaram-se todos juntos contra ele, 58 arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram seus mantos aos pés de um jovem chamado Saulo. 59 Enquanto apedrejavam Estêvão, este orava: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito”. 60 Então caiu de joelhos e bradou: “Senhor, não os consideres culpados deste pecado”. E, tendo dito isso, adormeceu.