1 Jesus saiu dali e foi para a sua cidade, acompanhado dos seus discípulos. 2 Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga, e muitos dos que o ouviam ficavam admirados.“De onde lhe vêm estas coisas?”, perguntavam eles. “Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E estes milagres que ele faz? 3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Não estão aqui conosco as suas irmãs?” E ficavam escandalizados por causa dele. 4 Jesus lhes disse: “Só em sua própria terra, entre seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra”. 5 E não pôde fazer ali nenhum milagre, exceto impor as mãos sobre alguns doentes e curá-los. 6 E ficou admirado com a incredulidade deles.Então Jesus passou a percorrer os povoados, ensinando. 7 Chamando os Doze para junto de si, enviou-os de dois em dois e deu-lhes autoridade sobre os espíritos imundos. 8 Estas foram as suas instruções: “Não levem nada pelo caminho, a não ser um bordão. Não levem pão, nem saco de viagem, nem dinheiro em seus cintos; 9 calcem sandálias, mas não levem túnica extra; 10 sempre que entrarem numa casa, fiquem ali até partirem; 11 e, se algum povoado não os receber nem os ouvir, sacudam a poeira dos seus pés quando saírem de lá, como testemunho contra eles”. 12 Eles saíram e pregaram ao povo que se arrependesse. 13 Expulsavam muitos demônios e ungiam muitos doentes com óleo e os curavam. 14 O rei Herodes ouviu falar dessas coisas, pois o nome de Jesus havia se tornado bem conhecido. Algumas pessoas estavam dizendo: “João Batista ressuscitou dos mortos! Por isso estão operando nele poderes milagrosos”. 15 Outros diziam: “Ele é Elias”.E ainda outros afirmavam: “Ele é um profeta, como um dos antigos profetas”. 16 Mas, quando Herodes ouviu essas coisas, disse: “João, o homem a quem decapitei, ressuscitou dos mortos!” 17 Pois o próprio Herodes tinha dado ordens para que prendessem João, o amarrassem e o colocassem na prisão, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual se casara. 18 Porquanto João dizia a Herodes: “Não te é permitido viver com a mulher do teu irmão”. 19 Assim, Herodias o odiava e queria matá-lo. Mas não podia fazê-lo, 20 porque Herodes temia João e o protegia, sabendo que ele era um homem justo e santo; e, quando o ouvia, ficava perplexo. Mesmo assim gostava de ouvi-lo. 21 Finalmente Herodias teve uma ocasião oportuna. No seu aniversário, Herodes ofereceu um banquete aos seus líderes mais importantes, aos comandantes militares e às principais personalidades da Galileia. 22 Quando a filha de Herodias entrou e dançou, agradou a Herodes e aos convidados.O rei disse à jovem: “Peça-me qualquer coisa que você quiser, e eu darei”. 23 E prometeu-lhe sob juramento: “Seja o que for que me pedir, eu darei, até a metade do meu reino”. 24 Ela saiu e disse à sua mãe: “Que pedirei?”“A cabeça de João Batista”, respondeu ela. 25 Imediatamente a jovem apressou-se em apresentar-se ao rei com o pedido: “Desejo que me dês agora mesmo a cabeça de João Batista num prato”. 26 O rei ficou aflito, mas, por causa do seu juramento e dos convidados, não quis negar o pedido à jovem. 27 Enviou, pois, imediatamente um carrasco com ordens para trazer a cabeça de João. O homem foi, decapitou João na prisão 28 e trouxe sua cabeça num prato. Ele a entregou à jovem, e esta a deu à sua mãe. 29 Tendo ouvido isso, os discípulos de João vieram, levaram o seu corpo e o colocaram num túmulo. 30 Os apóstolos reuniram-se a Jesus e lhe relataram tudo o que tinham feito e ensinado. 31 Havia muita gente indo e vindo, ao ponto de eles não terem tempo para comer. Jesus lhes disse: “Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco”. 32 Então eles se afastaram num barco para um lugar deserto. 33 Mas muitos dos que os viram retirar-se, tendo-os reconhecido, correram a pé de todas as cidades e chegaram lá antes deles. 34 Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar-lhes muitas coisas. 35 Já era tarde e, por isso, os seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Este é um lugar deserto, e já é tarde. 36 Manda embora o povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar algo para comer”. 37 Ele, porém, respondeu: “Deem-lhes vocês algo para comer”.Eles lhe disseram: “Isto exigiria duzentos denários! Devemos gastar tanto dinheiro em pão e dar-lhes de comer?” 38 Perguntou ele: “Quantos pães vocês têm? Verifiquem”.Quando ficaram sabendo, disseram: “Cinco pães e dois peixes”. 39 Então Jesus ordenou que fizessem todo o povo assentar-se em grupos na grama verde. 40 Assim, eles se assentaram em grupos de cem e de cinquenta. 41 Tomando os cinco pães e os dois peixes e, olhando para o céu, deu graças e partiu os pães. Em seguida, entregou-os aos seus discípulos para que os servissem ao povo. E também dividiu os dois peixes entre todos eles. 42 Todos comeram e ficaram satisfeitos, 43 e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. 44 Os que comeram foram cinco mil homens. 45 Logo em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e fossem adiante dele para Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. 46 Tendo-a despedido, subiu a um monte para orar. 47 Ao anoitecer, o barco estava no meio do mar, e Jesus se achava sozinho em terra. 48 Ele viu os discípulos remando com dificuldade, porque o vento soprava contra eles. Alta madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar; e estava já a ponto de passar por eles. 49 Quando o viram andando sobre o mar, pensaram que fosse um fantasma. Então gritaram, 50 pois todos o tinham visto e ficaram aterrorizados.Mas Jesus imediatamente lhes disse: “Coragem! Sou eu! Não tenham medo!” 51 Então subiu no barco para junto deles, e o vento se acalmou; e eles ficaram atônitos, 52 pois não tinham entendido o milagre dos pães. O coração deles estava endurecido. 53 Depois de atravessarem o mar, chegaram a Genesaré e ali amarraram o barco. 54 Logo que desembarcaram, o povo reconheceu Jesus. 55 Eles percorriam toda aquela região e levavam os doentes em macas para onde ouviam que ele estava. 56 E aonde quer que ele fosse, povoados, cidades ou campos, levavam os doentes para as praças. Suplicavam-lhe que pudessem pelo menos tocar na borda do seu manto; e todos os que nele tocavam eram curados.
1 O SENHOR disse ainda a Moisés: 2 “Diga o seguinte aos israelitas: Se um homem ou uma mulher fizer um voto especial, um voto de separação para o SENHOR como nazireu, 3 terá que se abster de vinho e de outras bebidas fermentadas e não poderá beber vinagre feito de vinho ou de outra bebida fermentada. Não poderá beber suco de uva nem comer uvas nem passas. 4 Enquanto for nazireu, não poderá comer nada que venha da videira, nem mesmo as sementes ou as cascas. 5 “Durante todo o período de seu voto de separação, nenhuma lâmina será usada em sua cabeça. Até que termine o período de sua separação para o SENHOR ele estará consagrado e deixará crescer o cabelo de sua cabeça. 6 Durante todo o período de sua separação para o SENHOR, não poderá aproximar-se de um cadáver. 7 Mesmo que o seu próprio pai ou mãe ou irmã ou irmão morra, ele não poderá tornar-se impuro por causa deles, pois traz sobre a cabeça o símbolo de sua separação para Deus. 8 Durante todo o período de sua separação, estará consagrado ao SENHOR. 9 “Se alguém morrer repentinamente perto dele, contaminando assim o cabelo que consagrou, ele terá que rapar a cabeça sete dias depois, dia da sua purificação. 10 No oitavo dia, trará duas rolinhas ou dois pombinhos ao sacerdote, à entrada da Tenda do Encontro. 11 O sacerdote oferecerá um como oferta pelo pecado e o outro como holocausto, para fazer propiciação por ele, pois pecou ao se aproximar de um cadáver. Naquele mesmo dia, o nazireu reconsagrará a sua cabeça. 12 Ele se dedicará ao SENHOR pelo período de sua separação e trará um cordeiro de um ano de idade como oferta de reparação. Não se contarão os dias anteriores porque ficou contaminado durante a sua separação. 13 “Este é o ritual do nazireu quando terminar o período de sua separação: ele será trazido à entrada da Tenda do Encontro. 14 Ali apresentará a sua oferta ao SENHOR: um cordeiro de um ano e sem defeito como holocausto, uma cordeira de um ano e sem defeito como oferta pelo pecado, um carneiro sem defeito como oferta de comunhão, 15 juntamente com a sua oferta de cereal, com a oferta derramada e com um cesto de pães sem fermento, bolos feitos da melhor farinha amassada com azeite e pães finos untados com azeite. 16 “O sacerdote os apresentará ao SENHOR e oferecerá o sacrifício pelo pecado e o holocausto. 17 Apresentará o cesto de pães sem fermento e oferecerá o cordeiro como sacrifício de comunhão ao SENHOR, juntamente com a oferta de cereal e a oferta derramada. 18 “Em seguida, à entrada da Tenda do Encontro, o nazireu rapará o cabelo que consagrou e o jogará no fogo que está embaixo do sacrifício da oferta de comunhão. 19 “Depois que o nazireu rapar o cabelo da sua consagração, o sacerdote lhe colocará nas mãos um ombro cozido do carneiro, um bolo e um pão fino tirados do cesto, ambos sem fermento. 20 O sacerdote os moverá perante o SENHOR como gesto ritual de apresentação; são santos e pertencem ao sacerdote, bem como o peito que foi movido e a coxa. Depois disso o nazireu poderá beber vinho. 21 “Esse é o ritual do voto de nazireu e da oferta dedicada ao SENHOR de acordo com a sua separação, sem contar qualquer outra coisa que ele possa dedicar. Cumprirá o voto que tiver feito de acordo com o ritual do nazireu”. 22 O SENHOR disse a Moisés: 23 “Diga a Arão e aos seus filhos: Assim vocês abençoarão os israelitas: 24 “O SENHOR te abençoee te guarde; 25 o SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre tie te conceda graça; 26 o SENHOR volte para ti o seu rostoe te dê paz. 27 “Assim eles invocarão o meu nome sobre os israelitas, e eu os abençoarei”.
1 Esta será minha terceira visita a vocês. “Toda questão precisa ser confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas”. 2 Já os adverti quando estive com vocês pela segunda vez. Agora, estando ausente, escrevo aos que antes pecaram e aos demais: quando voltar, não os pouparei, 3 visto que vocês estão exigindo uma prova de que Cristo fala por meu intermédio. Ele não é fraco ao tratar com vocês, mas poderoso entre vocês. 4 Pois, na verdade, foi crucificado em fraqueza, mas vive pelo poder de Deus. Da mesma forma, somos fracos nele, mas, pelo poder de Deus, viveremos com ele para servir vocês. 5 Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem a vocês mesmos. Não percebem que Cristo Jesus está em vocês? A não ser que tenham sido reprovados! 6 E espero que saibam que nós não fomos reprovados. 7 Agora, oramos a Deus para que vocês não pratiquem mal algum. Não para que os outros vejam que temos sido aprovados, mas para que vocês façam o que é certo, embora pareça que tenhamos falhado. 8 Pois nada podemos contra a verdade, mas somente em favor da verdade. 9 Ficamos alegres sempre que estamos fracos e vocês estão fortes; nossa oração é que vocês sejam aperfeiçoados. 10 Por isso escrevo estas coisas estando ausente, para que, quando eu for, não precise ser rigoroso no uso da autoridade que o Senhor me deu para edificá-los, e não para destruí-los. 11 Sem mais, irmãos, despeço-me de vocês! Procurem aperfeiçoar-se, exortem-se mutuamente, tenham um só pensamento, vivam em paz. E o Deus de amor e paz estará com vocês. 12 Saúdem uns aos outros com beijo santo. 13 Todos os santos enviam saudações. 14 A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês.
1 Vi no céu outro sinal, grande e maravilhoso: sete anjos com as sete últimas pragas, pois com elas se completa a ira de Deus. 2 Vi algo semelhante a um mar de vidro misturado com fogo, e, em pé, junto ao mar, os que tinham vencido a besta, a sua imagem e o número do seu nome. Eles seguravam harpas que lhes haviam sido dadas por Deus, 3 e cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro:“Grandes e maravilhosas são as tuas obras,Senhor Deus todo-poderoso.Justos e verdadeiros são os teus caminhos,ó Rei das nações. 4 Quem não te temerá, ó Senhor?Quem não glorificará o teu nome?Pois tu somente és santo.Todas as nações virão à tua presençae te adorarão,pois os teus atos de justice se tornaram manifestos”. 5 Depois disso olhei e vi que se abriu nos céus o santuário, o tabernáculo da aliança. 6 Saíram do santuário os sete anjos com as sete pragas. Eles estavam vestidos de linho puro e resplandecente e tinham cinturões de ouro ao redor do peito. 7 E um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre. 8 O santuário ficou cheio da fumaça da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia entrar no santuário enquanto não se completassem as sete pragas dos sete anjos.
1 Como são lindos os seus pés calçados com sandálias,ó filha do príncipe!As curvas das suas coxas são como joias,obra das mãos de um artífice. 2 Seu umbigo é uma taça redondaonde nunca falta o vinho de boa mistura.Sua cintura é um monte de trigocercado de lírios. 3 Seus seios são como dois filhotes de corça,gêmeos de uma gazela. 4 Seu pescoço é como uma torre de marfim.Seus olhos são como os açudes de Hesbom,junto à porta de Bate-Rabim.Seu nariz é como a torre do Líbano voltada para Damasco. 5 Sua cabeça eleva-se como o monte Carmelo.Seus cabelos soltos têm reflexos de púrpura;o rei caiu prisioneiro das suas ondas. 6 Como você é linda! Como você me agrada!Oh, o amor e suas delícias! 7 Seu porte é como o da palmeira;os seus seios, como cachos de frutos. 8 Eu disse: Subirei a palmeirae me apossarei dos seus frutos.Sejam os seus seios como os cachos da videira,o aroma da sua respiração como maçãs 9 e a sua boca como o melhor vinho……vinho que flui suavemente para o meu amado,escorrendo suavemente sobre os lábios de quem já vai adormecendo. 10 Eu pertenço ao meu amado,e ele me deseja. 11 Venha, meu amado, vamos fugir para o campo,passemos a noite nos povoados. 12 Vamos cedo para as vinhaspara ver se as videiras brotaram,se as suas flores se abrirame se as romãs estão em flor;ali eu darei a você o meu amor. 13 As mandrágoras exalam o seu perfume,e à nossa porta há todo tipo de frutos finos,secos e frescos,que reservei para você, meu amado.
1 A ti levanto os meus olhos,a ti, que ocupas o teu trono nos céus. 2 Assim como os olhos dos servos estão atentos à mão de seu senhore como os olhos das servas estão atentos à mão de sua senhora,também os nossos olhos estão atentos ao SENHOR, ao nosso Deus,esperando que ele tenha misericórdia de nós. 3 Misericórdia, SENHOR! Tem misericórdia de nós!Já estamos cansados de tanto desprezo. 4 Estamos cansados de tanta zombariados orgulhosose do desprezo dos arrogantes.
1 Ditados de Agur, filho de Jaque; oráculo:Este homem declarou a Itiel;a Itiel e a Ucal: 2 “Sou o mais tolo dos homens;não tenho o entendimento de um ser humano. 3 Não aprendi sabedoria,nem tenho conhecimento do Santo. 4 Quem subiu aos céus e desceu?Quem ajuntou nas mãos os ventos?Quem embrulhou as águas em sua capa?Quem fixou todos os limites da terra?Qual é o seu nome e o nome do seu filho?Conte-me, se você sabe! 5 “Cada palavra de Deus é comprovadamente pura;ele é um escudo para quem nele se refugia. 6 Nada acrescente às palavras dele,do contrário, ele o repreenderá e mostrará que você é mentiroso. 7 “Duas coisas peço que me dêsantes que eu morra: 8 Mantém longe de mim a falsidade e a mentira;não me dês nem pobreza nem riqueza;dá-me apenas o alimento necessário. 9 Se não, tendo demais, eu te negaria e te deixaria,e diria: ‘Quem é o SENHOR?’Se eu ficasse pobre, poderia vir a roubar,desonrando assim o nome do meu Deus. 10 “Não fale mal do servo ao seu senhor;do contrário, o servo o amaldiçoará, e você levará a culpa. 11 “Existem os que amaldiçoam seu paie não abençoam sua mãe; 12 os que são puros aos seus próprios olhose que ainda não foram purificados da sua impureza; 13 os que têm olhos altivose olhar desdenhoso; 14 pessoas cujos dentes são espadase cujas mandíbulas estão armadas de facaspara devorarem os necessitados desta terrae os pobres da humanidade. 15 “Duas filhas tem a sanguessuga.‘Dê! Dê!’, gritam elas.“Há três coisas que nunca estão satisfeitas,quatro que nunca dizem: ‘É o bastante!’: 16 o Sheol, o ventre estéril,a terra, cuja sede nunca se aplaca,e o fogo, que nunca diz: ‘É o bastante!’ 17 “Os olhos de quem zomba do pai,e, zombando, nega obediência à mãe,serão arrancados pelos corvos do vale,e serão devorados pelos filhotes do abutre. 18 “Há três coisas misteriosas demais para mim,quatro que não consigo entender: 19 o caminho do abutre no céu,o caminho da serpente sobre a rocha,o caminho do navio em alto-mar,e o caminho do homem com uma moça. 20 “Este é o caminho da adúltera:ela come e limpa a boca, e diz:‘Não fiz nada de errado’. 21 “Três coisas fazem tremer a terra,e quatro ela não pode suportar: 22 o escravo que se torna rei,o insensato farto de comida, 23 a mulher desprezada que por fim se casa,e a escrava que toma o lugar de sua senhora. 24 “Quatro seres da terra são pequenos,e, no entanto, muito sábios: 25 as formigas, criaturas de pouca força,contudo, armazenam sua comida no verão; 26 os coelhos, criaturas sem nenhum poder,contudo, habitam nos penhascos; 27 os gafanhotos, que não têm rei,contudo, avançam juntos em fileiras; 28 a lagartixa, que se pode apanhar com as mãos,contudo, encontra-se nos palácios dos reis. 29 “Há três seres de andar elegante,quatro que se movem com passo garboso: 30 o leão, que é poderoso entre os animaise não foge de ninguém; 31 o galo de andar altivo; o bode;e o rei à frente do seu exército. 32 “Se você agiu como tolo e exaltou-se a si mesmo,ou se planejou o mal,tape a boca com a mão! 33 Pois assim como bater o leite produz manteiga,e assim como torcer o nariz produz sangue,também suscitar a raiva produz contenda”.
1 Lembra-te, SENHOR, do que tem acontecido conosco;olha e vê a nossa desgraça. 2 Nossa herança foi entregue aos estranhos,nossas casas, aos estrangeiros. 3 Somos órfãos de pai,nossas mães são como viúvas. 4 Temos que comprar a água que bebemos;nossa lenha, só conseguimos pagando. 5 Aqueles que nos perseguem estão bem próximos;estamos exaustos e não temos como descansar. 6 Submetemo-nos ao Egito e à Assíriapara conseguir pão. 7 Nossos pais pecaram e já não existem,e nós recebemos o castigo pelos seus pecados. 8 Escravos dominam sobre nós,e não há quem possa livrar-nos das suas mãos. 9 Conseguimos pão arriscando a vida,enfrentando a espada do deserto. 10 Nossa pele está quente como um forno,febril de tanta fome. 11 As mulheres têm sido violentadas em Sião,e as virgens, nas cidades de Judá. 12 Os líderes foram pendurados por suas mãos;aos idosos não se mostra nenhum respeito. 13 Os jovens trabalham nos moinhos;os meninos cambaleiam sob o fardo de lenha. 14 Os líderes já não se reúnem junto às portas da cidade;os jovens cessaram a sua música. 15 Dos nossos corações fugiu a alegria;nossas danças se transformaram em lamentos. 16 A coroa caiu da nossa cabeça.Ai de nós, porque temos pecado! 17 E por esse motivo o nosso coração desfalece,e os nossos olhos perdem o brilho. 18 Tudo porque o monte Sião está deserto,e os chacais perambulam por ele. 19 Tu, SENHOR, reinas para sempre;teu trono permanece de geração em geração. 20 Por que motivo então te esquecerias de nós?Por que haverias de desamparar-nos por tanto tempo? 21 Restaura-nos para ti, SENHOR, para que voltemos;renova os nossos dias como os de antigamente, 22 a não ser que já nos tenhas rejeitado completamentee a tua ira contra nós não tenha limite!
1 Os apóstolos e os irmãos de toda a Judeia ouviram falar que os gentios também haviam recebido a palavra de Deus. 2 Assim, quando Pedro subiu a Jerusalém, os que eram do partido dos circuncisos o criticavam, dizendo: 3 “Você entrou na casa de homens incircuncisos e comeu com eles”. 4 Pedro, então, começou a explicar-lhes exatamente como tudo havia acontecido: 5 “Eu estava na cidade de Jope, orando; caindo em êxtase, tive uma visão. Vi algo parecido com um grande lençol sendo baixado do céu, preso pelas quatro pontas, e que vinha até o lugar onde eu estava. 6 Olhei para dentro dele e notei que havia ali quadrúpedes da terra, animais selvagens, répteis e aves do céu. 7 Então ouvi uma voz que me dizia: ‘Levante-se, Pedro; mate e coma’. 8 “Eu respondi: De modo nenhum, Senhor! Nunca entrou em minha boca algo impuro ou imundo. 9 “A voz falou do céu segunda vez: ‘Não chame impuro ao que Deus purificou’. 10 Isso aconteceu três vezes, e então tudo foi recolhido ao céu. 11 “Na mesma hora chegaram à casa em que eu estava hospedado três homens que me haviam sido enviados de Cesareia. 12 O Espírito me disse que não hesitasse em ir com eles. Estes seis irmãos também foram comigo, e entramos na casa de um certo homem. 13 Ele nos contou como um anjo lhe tinha aparecido em sua casa e dissera: ‘Mande buscar, em Jope, Simão, chamado Pedro. 14 Ele trará uma mensagem por meio da qual serão salvos você e todos os da sua casa’. 15 “Quando comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles como sobre nós no princípio. 16 Então me lembrei do que o Senhor tinha dito: ‘João batizou com água, mas vocês serão batizados com o Espírito Santo’. 17 Se, pois, Deus lhes deu o mesmo dom que nos tinha dado quando cremos no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para pensar em opor-me a Deus?” 18 Ouvindo isso, não apresentaram mais objeções e louvaram a Deus, dizendo: “Então, Deus concedeu arrependimento para a vida até mesmo aos gentios!” 19 Os que tinham sido dispersos por causa da perseguição desencadeada com a morte de Estêvão chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia, anunciando a mensagem apenas aos judeus. 20 Alguns deles, todavia, cipriotas e cireneus, foram a Antioquia e começaram a falar também aos gregos, contando-lhes as boas-novas a respeito do Senhor Jesus. 21 A mão do Senhor estava com eles, e muitos creram e se converteram ao Senhor. 22 Notícias desse fato chegaram aos ouvidos da igreja em Jerusalém, e eles enviaram Barnabé a Antioquia. 23 Este, ali chegando e vendo a graça de Deus, ficou alegre e os animou a permanecer fiéis ao Senhor, de todo o coração. 24 Ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé; e muitas pessoas foram acrescentadas ao Senhor. 25 Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo 26 e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim, durante um ano inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos. 27 Naqueles dias alguns profetas desceram de Jerusalém para Antioquia. 28 Um deles, Ágabo, levantou-se e pelo Espírito predisse que uma grande fome sobreviria a todo o mundo romano, o que aconteceu durante o reinado de Cláudio. 29 Os discípulos, cada um segundo as suas possibilidades, decidiram providenciar ajuda para os irmãos que viviam na Judeia. 30 E o fizeram, enviando suas ofertas aos presbíteros pelas mãos de Barnabé e Saulo.