1 Naqueles dias, outra vez reuniu-se uma grande multidão. Visto que não tinham nada para comer, Jesus chamou os seus discípulos e disse-lhes: 2 “Tenho compaixão desta multidão; já faz três dias que eles estão comigo e nada têm para comer. 3 Se eu os mandar para casa com fome, vão desfalecer no caminho, porque alguns deles vieram de longe”. 4 Os seus discípulos responderam: “Onde, neste lugar deserto, poderia alguém conseguir pão suficiente para alimentá-los?” 5 “Quantos pães vocês têm?”, perguntou Jesus.“Sete”, responderam eles. 6 Ele ordenou à multidão que se assentasse no chão. Depois de tomar os sete pães e dar graças, partiu-os e os entregou aos seus discípulos, para que os servissem à multidão; e eles o fizeram. 7 Tinham também alguns peixes pequenos; ele deu graças igualmente por eles e disse aos discípulos que os distribuíssem. 8 O povo comeu até se fartar. E ajuntaram sete cestos cheios de pedaços que sobraram. 9 Cerca de quatro mil homens estavam presentes. E, tendo-os despedido, 10 entrou no barco com seus discípulos e foi para a região de Dalmanuta. 11 Os fariseus vieram e começaram a interrogar Jesus. Para pô-lo à prova, pediram-lhe um sinal do céu. 12 Ele suspirou profundamente e disse: “Por que esta geração pede um sinal milagroso? Eu afirmo que nenhum sinal será dado a vocês”. 13 Então se afastou deles, voltou para o barco e foi para o outro lado. 14 Os discípulos haviam se esquecido de levar pão, a não ser um pão que tinham consigo no barco. 15 Advertiu-os Jesus: “Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”. 16 E eles discutiam entre si, dizendo: “É porque não temos pão”. 17 Percebendo a discussão, Jesus lhes perguntou: “Por que vocês estão discutindo sobre não terem pão? Ainda não compreendem nem percebem? O coração de vocês está endurecido? 18 Vocês têm olhos, mas não veem? Têm ouvidos, mas não ouvem? Não se lembram? 19 Quando eu parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram?”“Doze”, responderam eles. 20 “E, quando eu parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram?”“Sete”, responderam eles. 21 Ele lhes disse: “Vocês ainda não entendem?” 22 Eles foram para Betsaida, e algumas pessoas trouxeram um cego a Jesus, suplicando-lhe que tocasse nele. 23 Ele tomou o cego pela mão e o levou para fora do povoado. Depois de cuspir nos olhos do homem e impor-lhe as mãos, Jesus perguntou: “Você está vendo alguma coisa?” 24 Ele levantou os olhos e disse: “Vejo pessoas; elas parecem árvores andando”. 25 Mais uma vez, Jesus colocou as mãos sobre os olhos do homem. Então seus olhos foram abertos, e sua vista lhe foi restaurada, e ele via tudo claramente. 26 Jesus mandou-o para casa, dizendo: “Não entre no povoado!” 27 Jesus e os seus discípulos dirigiram-se para os povoados nas proximidades de Cesareia de Filipe. No caminho, ele lhes perguntou: “Quem o povo diz que eu sou?” 28 Eles responderam: “Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, um dos profetas”. 29 “E vocês?”, perguntou ele. “Quem vocês dizem que eu sou?”Pedro respondeu: “Tu és o Cristo”. 30 Jesus os advertiu que não falassem a ninguém a seu respeito. 31 Então ele começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, fosse morto e três dias depois ressuscitasse. 32 Ele falou claramente a esse respeito. Então Pedro, chamando-o à parte, começou a repreendê-lo. 33 Jesus, porém, voltou-se, olhou para os seus discípulos e repreendeu Pedro, dizendo: “Para trás de mim, Satanás! Você não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens”. 34 Então ele chamou a multidão e os discípulos e disse: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 35 Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa e pelo evangelho a salvará. 36 Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? 37 Ou, o que o homem poderia dar em troca de sua alma? 38 Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos”.
1 “Não façam ídolos, nem imagens, nem colunas sagradas para vocês, e não coloquem nenhuma pedra esculpida em sua terra para curvar-se diante dela. Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês. 2 “Guardem os meus sábados e reverenciem o meu santuário. Eu sou o SENHOR. 3 “Se vocês seguirem os meus decretos, obedecerem aos meus mandamentos e os puserem em prática, 4 eu mandarei a vocês chuva na estação certa, e a terra dará a sua colheita e as árvores do campo darão o seu fruto. 5 A debulha prosseguirá até a colheita das uvas, e a colheita das uvas prosseguirá até a época da plantação, e vocês comerão até ficarem satisfeitos e viverão em segurança em sua terra. 6 “Estabelecerei paz na terra, e vocês se deitarão, e ninguém os amedrontará. Farei desaparecer da terra os animais selvagens, e a espada não passará pela sua terra. 7 Vocês perseguirão os seus inimigos, e estes cairão à espada diante de vocês. 8 Cinco de vocês perseguirão cem, cem de vocês perseguirão dez mil, e os seus inimigos cairão à espada diante de vocês. 9 “Eu me voltarei para vocês e os farei prolíferos; e os multiplicarei e guardarei a minha aliança com vocês. 10 Vocês ainda estarão comendo da colheita armazenada no ano anterior, quando terão que se livrar dela para dar espaço para a nova colheita. 11 Estabelecerei a minha habitação entre vocês e não os rejeitarei. 12 Andarei entre vocês e serei o seu Deus, e vocês serão o meu povo. 13 Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês, que os tirou da terra do Egito para que não mais fossem escravos deles; quebrei as traves do jugo que os prendia e os fiz andar de cabeça erguida. 14 “Mas, se vocês não me ouvirem e não puserem em prática todos esses mandamentos, 15 e desprezarem os meus decretos, rejeitarem as minhas ordenanças, deixarem de pôr em prática todos os meus mandamentos e forem infiéis à minha aliança, 16 então assim os tratarei: eu trarei sobre vocês pavor repentino, doenças e febre que tirarão a sua visão e definharão a sua vida. Vocês semearão inutilmente, porque os seus inimigos comerão as suas sementes. 17 O meu rosto estará contra vocês, e vocês serão derrotados pelos inimigos; os seus adversários os dominarão, e vocês fugirão mesmo quando ninguém os estiver perseguindo. 18 “Se depois disso tudo vocês não me ouvirem, eu os castigarei sete vezes mais pelos seus pecados. 19 Eu quebrarei o seu orgulho rebelde e farei que o céu sobre vocês fique como ferro e a terra de vocês fique como bronze. 20 A força de vocês será gasta em vão, porque a terra não dará a sua colheita nem as árvores da terra darão o seu fruto porque a terra não lhes dará colheita, nem as árvores da terra lhes darão fruto. 21 “Se continuarem se opondo a mim e recusarem ouvir-me, eu os castigarei sete vezes mais, conforme os seus pecados. 22 Mandarei contra vocês animais selvagens que matarão os seus filhos, acabarei com os seus rebanhos e reduzirei vocês a tão poucos que os seus caminhos ficarão desertos. 23 “Se, apesar disso, vocês não aceitarem a minha disciplina, mas continuarem a opor-se a mim, 24 eu mesmo me oporei a vocês e os castigarei sete vezes mais por causa dos seus pecados. 25 E trarei a espada contra vocês para vingar a aliança. Quando se refugiarem em suas cidades, eu lhes mandarei uma praga, e vocês serão entregues em mãos inimigas. 26 Quando eu cortar o suprimento de pão, dez mulheres assarão o pão num único forno e repartirão o pão a peso. Vocês comerão, mas não ficarão satisfeitos. 27 “Se, apesar disso tudo, vocês ainda não me ouvirem, mas continuarem a opor-se a mim, 28 então com furor me oporei a vocês, e eu mesmo os castigarei sete vezes mais por causa dos seus pecados. 29 Vocês comerão a carne dos seus filhos e das suas filhas. 30 Destruirei os seus altares idólatras, despedaçarei os seus altares de incenso e empilharei os seus cadáveres sobre os seus ídolos mortos, e rejeitarei vocês. 31 Deixarei as cidades de vocês em ruínas e arrasarei os seus santuários, e não terei prazer no aroma das suas ofertas. 32 Desolarei a terra a ponto de ficarem perplexos os seus inimigos que vierem ocupá-la. 33 Espalharei vocês entre as nações e empunharei a espada contra vocês. Sua terra ficará desolada; as suas cidades, em ruínas. 34 Então a terra desfrutará os seus anos sabáticos enquanto estiver desolada e enquanto vocês estiverem na terra dos seus inimigos; e a terra descansará e desfrutará os seus sábados. 35 Enquanto estiver desolada, a terra terá o descanso sabático que não teve quando vocês a habitavam. 36 “Quanto aos que sobreviverem, eu lhes encherei o coração de tanto medo na terra do inimigo, que o som de uma folha levada pelo vento os porá em fuga. Correrão como quem foge da espada, e cairão, sem que ninguém os persiga. 37 Tropeçarão uns nos outros, como que fugindo da espada, sem que ninguém os esteja perseguindo. Assim vocês não poderão subsistir diante dos inimigos. 38 Vocês perecerão entre as nações, e a terra dos seus inimigos os devorará. 39 Os que sobreviverem apodrecerão na terra do inimigo por causa dos seus pecados e também por causa dos pecados dos seus antepassados. 40 “Mas, se confessarem os seus pecados e os pecados dos seus antepassados, sua infidelidade e oposição a mim, 41 que me levaram a opor-me a eles e a enviá-los para a terra dos seus inimigos; se o seu coração obstinado se humilhar, e eles aceitarem o castigo do seu pecado, 42 eu me lembrarei da minha aliança com Jacó, da minha aliança com Isaque e da minha aliança com Abraão, e também me lembrarei da terra, 43 que por eles será abandonada e desfrutará os seus sábados enquanto permanecer desolada. Receberão o castigo pelos seus pecados porque desprezaram as minhas ordenanças e rejeitaram os meus decretos. 44 Apesar disso, quando estiverem na terra do inimigo, não os desprezarei, nem os rejeitarei, para destruí-los totalmente, quebrando a minha aliança com eles, pois eu sou o SENHOR, o Deus deles. 45 Mas por amor deles eu me lembrarei da aliança com os seus antepassados que tirei da terra do Egito à vista das nações, para ser o Deus deles. Eu sou o SENHOR”. 46 São esses os decretos, as ordenanças e as leis que o SENHOR estabeleceu no monte Sinai entre ele próprio e os israelitas, por intermédio de Moisés.
1 Visto que nos foi deixada a promessa de entrarmos no descanso de Deus, que nenhum de vocês pense que falhou. 2 Pois as boas-novas foram pregadas também a nós, tanto quanto a eles; mas a mensagem que eles ouviram de nada lhes valeu, pois não foi acompanhada de fé por aqueles que a ouviram. 3 Pois nós, os que cremos, é que entramos naquele descanso, conforme Deus disse:“Assim jurei na minha ira:Jamais entrarão no meu descanso”;embora as suas obras estivessem concluídas desde a criação do mundo. 4 Pois em certo lugar ele falou sobre o sétimo dia, nestas palavras: “No sétimo dia Deus descansou de toda obra que realizara”. 5 E de novo, na passagem citada há pouco, diz: “Jamais entrarão no meu descanso”. 6 Portanto, restam entrar alguns naquele descanso, e aqueles a quem anteriormente as boas-novas foram pregadas não entraram, por causa da desobediência. 7 Por isso Deus estabelece outra vez um determinado dia, chamando-o “hoje”, ao declarar muito tempo depois, por meio de Davi, de acordo com o que fora dito antes:“Se hoje vocês ouvirem a sua voz,não endureçam o coração”. 8 Porque, se Josué lhes tivesse dado descanso, Deus não teria falado posteriormente a respeito de outro dia. 9 Assim, ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus; 10 pois todo aquele que entra no descanso de Deus também descansa das suas obras, como Deus descansou das suas. 11 Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém venha a cair, seguindo aquele exemplo de desobediência. 12 Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e as intenções do coração. 13 Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas. 14 Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, 15 pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. 16 Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade.
1 Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago,aos que foram chamados, amados por Deus Pai e guardados por Jesus Cristo: 2 Misericórdia, paz e amor sejam multiplicados a vocês. 3 Amados, embora estivesse muito ansioso para escrever a vocês acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever insistindo que batalhassem pela fé de uma vez por todas confiada aos santos. 4 Pois certos homens, cuja condenação já estava sentenciada há muito tempo, infiltraram-se dissimuladamente no meio de vocês. Estes são ímpios, transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor. 5 Embora vocês já tenham conhecimento de tudo isso, quero lembrá-los de que o Senhor libertou um povo do Egito mas, posteriormente, destruiu os que não creram. 6 E, quanto aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade mas abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia. 7 De modo semelhante a esses, Sodoma e Gomorra e as cidades em redor se entregaram à imoralidade e a relações sexuais antinaturais. Estando sob o castigo do fogo eterno, elas servem de exemplo. 8 Da mesma forma, esses sonhadores contaminam o próprio corpo, rejeitam as autoridades e difamam os seres celestiais. 9 Contudo, nem mesmo o arcanjo Miguel, quando estava disputando com o Diabo acerca do corpo de Moisés, ousou fazer acusação injuriosa contra ele, mas disse: “O Senhor o repreenda!” 10 Todavia, esses tais difamam tudo o que não entendem; e as coisas que entendem por instinto, como animais irracionais, nessas mesmas coisas se corrompem. 11 Ai deles! Pois seguiram o caminho de Caim; buscando o lucro, caíram no erro de Balaão e foram destruídos na rebelião de Corá. 12 Esses homens são rochas submersas nas festas de fraternidade que vocês fazem, comendo com vocês de maneira desonrosa. São pastores que só cuidam de si mesmos. São nuvens sem água, impelidas pelo vento; árvores de outono, sem frutos, duas vezes mortas, arrancadas pela raiz. 13 São ondas bravias do mar, espumando seus próprios atos vergonhosos; estrelas errantes, para as quais estão reservadas para sempre as mais densas trevas. 14 Enoque, o sétimo a partir de Adão, profetizou acerca deles: “Vejam, o Senhor vem com milhares de milhares de seus santos, 15 para julgar a todos e convencer todos os ímpios a respeito de todos os atos de impiedade que eles cometeram impiamente e acerca de todas as palavras insolentes que os pecadores ímpios falaram contra ele”. 16 Essas pessoas vivem se queixando, descontentes com a sua sorte, e seguem os seus próprios desejos impuros; são cheias de si e adulam os outros por interesse. 17 Todavia, amados, lembrem-se do que foi predito pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo. 18 Eles diziam a vocês: “Nos últimos tempos haverá zombadores que seguirão os seus próprios desejos ímpios”. 19 Estes são os que causam divisões entre vocês, os quais seguem a tendência da sua própria alma e não têm o Espírito. 20 Edifiquem-se, porém, amados, na santíssima fé que vocês têm, orando no Espírito Santo. 21 Mantenham-se no amor de Deus, enquanto esperam que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve para a vida eterna. 22 Tenham compaixão daqueles que duvidam; 23 a outros, salvem, arrebatando-os do fogo; a outros, ainda, mostrem misericórdia com temor, odiando até a roupa contaminada pela carne. 24 Àquele que é poderoso para impedi-los de cair e para apresentá-los diante da sua glória sem mácula e com grande alegria, 25 ao único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre! Amém.
1 Cântico dos Cânticos de Salomão. 2 Ah, se ele me beijasse, se a sua boca me cobrisse de beijos…Sim, as suas carícias são mais agradáveis que o vinho. 3 A fragrância dos seus perfumes é suave;o seu nome é como perfume derramado.Não é à toa que as jovens o amam! 4 Leve-me com você! Vamos depressa!Leve-me o rei para os seus aposentos!Estamos alegres e felizes por sua causa;celebraremos o seu amor mais do que o vinho.Com toda a razão você é amado! 5 Estou escura, mas sou bela,ó mulheres de Jerusalém;escura como as tendas de Quedar,bela como as cortinas de Salomão. 6 Não fiquem me olhando assim porque estou escura;foi o sol que me queimou a pele.Os filhos de minha mãe zangaram-se comigoe fizeram-me tomar conta das vinhas;da minha própria vinha, porém, não pude cuidar. 7 Conte-me, você, a quem amo,onde faz pastar o seu rebanhoe onde faz as suas ovelhas descansarem ao meio-dia?Se eu não o souber, serei como uma mulher coberta com véujunto aos rebanhos dos seus amigos. 8 Se você, a mais linda das mulheres,se você não o sabe, siga a trilha das ovelhase faça as suas cabritas pastaremjunto às tendas dos pastores. 9 Comparo você, minha querida,a uma égua das carruagens do faraó. 10 Como são belas as suas faces entre os brincos,e o seu pescoço com os colares de joias! 11 Faremos para você brincos de ourocom incrustações de prata. 12 Enquanto o rei estava em seus aposentos,o meu nardo espalhou sua fragrância. 13 O meu amado é para mimcomo uma pequenina bolsa de mirraque passa a noite entre os meus seios. 14 O meu amado é para mimum ramalhete de flores de henadas vinhas de En-Gedi. 15 Como você é linda, minha querida!Ah, como é linda!Seus olhos são pombas. 16 Como você é belo, meu amado!Ah, como é encantador!Verdejante é o nosso leito. 17 De cedro são as vigas da nossa casa,e de cipreste os caibros do nosso telhado.
1 SENHOR, muitos são os meus adversários!Muitos se rebelam contra mim! 2 São muitos os que dizem a meu respeito:“Deus nunca o salvará!” 3 Mas tu, SENHOR, és o escudo que me protege;és a minha glória e me fazes andar de cabeça erguida. 4 Ao SENHOR clamo em alta voz,e do seu santo monte ele me responde. 5 Eu me deito e durmo, e torno a acordar,porque é o SENHOR que me sustém. 6 Não me assustam os milhares que me cercam. 7 Levanta-te, SENHOR!Salva-me, Deus meu!Quebra o queixo de todos os meus inimigos;arrebenta os dentes dos ímpios. 8 Do SENHOR vem o livramento.A tua bênção está sobre o teu povo.
1 Não tenha inveja dos ímpios,nem deseje a companhia deles; 2 pois destruição é o que planejam no coração,e só falam de violência. 3 Com sabedoria se constrói a casa,e com discernimento se consolida. 4 Pelo conhecimento os seus cômodos se enchemdo que é precioso e agradável. 5 O homem sábio é poderoso,e quem tem conhecimento aumenta a sua força; 6 quem sai à guerra precisa de orientação,e com muitos conselheiros se obtém a vitória. 7 A sabedoria é elevada demais para o insensato;ele não sabe o que dizer nas assembleias. 8 Quem maquina o malserá conhecido como criador de intrigas. 9 A intriga do insensato é pecado,e o zombador é detestado pelos homens. 10 Se você vacila no dia da dificuldade,como será limitada a sua força! 11 Liberte os que estão sendo levados para a morte;socorra os que caminham trêmulos para a matança! 12 Mesmo que você diga: “Não sabíamos o que estava acontecendo!”Não o perceberia aquele que pesa os corações?Não o saberia aquele que preserva a sua vida?Não retribuirá ele a cada um segundo o seu procedimento? 13 Coma mel, meu filho. É bom.O favo é doce ao paladar. 14 Saiba que a sabedoria também será boa para a sua alma;se você a encontrar, certamente haverá futuro para você,e a sua esperança não vai decepcioná-lo. 15 Não fique de tocaia, como faz o ímpio, contra a casa do justo,e não destrua o seu local de repouso, 16 pois ainda que o justo caia sete vezes, tornará a erguer-se,mas os ímpios são arrastados pela calamidade. 17 Não se alegre quando o seu inimigo cair,nem exulte o seu coração quando ele tropeçar, 18 para que o SENHOR não veja issoe se desagrade e desvie dele a sua ira. 19 Não se aborreça por causa dos maus,nem tenha inveja dos ímpios, 20 pois não há futuro para o mau,e a lâmpada dos ímpios se apagará. 21 Tema o SENHOR e o rei, meu filho,e não se associe aos dissidentes, 22 pois terão repentina destruição,e quem pode imaginar a ruína que o SENHOR e o rei podem causar? 23 Aqui vão outros ditados dos sábios:Agir com parcialidade nos julgamentos não é nada bom. 24 Quem disser ao ímpio: “Você é justo”,será amaldiçoado pelos povos e sofrerá a indignação das nações. 25 Mas os que condenam o culpado terão vida agradável;receberão grandes bênçãos. 26 A resposta sinceraé como beijo nos lábios. 27 Termine primeiro o seu trabalho a céu aberto;deixe pronta a sua lavoura.Depois constitua família. 28 Não testemunhe sem motivo contra o seu próximonem use os seus lábios para enganá-lo. 29 Não diga: “Farei com ele o que fez comigo;ele pagará pelo que fez”. 30 Passei pelo campo do preguiçoso,pela vinha do homem sem juízo; 31 havia espinheiros por toda parte,o chão estava coberto de ervas daninhase o muro de pedra estava em ruínas. 32 Observei aquilo e fiquei pensando;olhei e aprendi esta lição: 33 “Vou dormir um pouco”, você diz. “Vou cochilar um momento;vou cruzar os braços e descansar mais um pouco”, 34 mas a pobreza lhe sobrevirá como um assaltante,e a sua miséria como um homem armado.
1 Depois que os filisteus tomaram a arca de Deus, eles a levaram de Ebenézer para Asdode 2 e a colocaram dentro do templo de Dagom, ao lado de sua estátua. 3 Quando o povo de Asdode se levantou na madrugada do dia seguinte, lá estava Dagom caído com o rosto em terra, diante da arca do SENHOR! Eles levantaram Dagom e o colocaram de volta em seu lugar. 4 Mas, na manhã seguinte, quando se levantaram de madrugada, lá estava Dagom caído com o rosto em terra, diante da arca do SENHOR! Sua cabeça e mãos tinham sido quebradas e estavam sobre a soleira; só o seu corpo ficou no lugar. 5 Por isso, até hoje, os sacerdotes de Dagom e todos os que entram em seu templo, em Asdode, não pisam na soleira. 6 Depois disso a mão do SENHOR pesou sobre o povo de Asdode e dos arredores, trazendo devastação sobre eles e afligindo-os com tumores. 7 Quando os homens de Asdode viram o que estava acontecendo, disseram: “A arca do deus de Israel não deve ficar aqui conosco, pois a mão dele pesa sobre nós e sobre nosso deus Dagom”. 8 Então reuniram todos os governantes dos filisteus e lhes perguntaram: “O que faremos com a arca do deus de Israel?”Eles responderam: “Levem a arca do deus de Israel para Gate”. E então levaram a arca do Deus de Israel. 9 Mas, quando a arca chegou, a mão do SENHOR castigou aquela cidade e lhe trouxe grande pânico. Ele afligiu o povo da cidade, jovens e velhos, com uma epidemia de tumores. 10 Então enviaram a arca de Deus para Ecrom.Quando a arca de Deus estava entrando na cidade de Ecrom, o povo começou a gritar: “Eles trouxeram a arca do deus de Israel para cá a fim de matar a nós e a nosso povo”. 11 Então reuniram todos os governantes dos filisteus e disseram: “Levem embora a arca do deus de Israel; que ela volte ao seu lugar; caso contrário ela matará a nós e a nosso povo”. Pois havia pânico mortal em toda a cidade; a mão de Deus pesava muito sobre ela. 12 Aqueles que não morreram foram afligidos com tumores, e o clamor da cidade subiu até o céu.
1 Quem creu em nossa mensagem?E a quem foi revelado o braço do SENHOR? 2 Ele cresceu diante dele como um broto tenroe como uma raiz saída de uma terra seca.Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse,nada havia em sua aparência para que o desejássemos. 3 Foi desprezado e rejeitado pelos homens,um homem de dores e experimentado no sofrimento.Como alguém de quem os homens escondem o rosto,foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima. 4 Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidadese sobre si levou as nossas doenças;contudo nós o consideramos castigado por Deus,por Deus atingido e afligido. 5 Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões,foi esmagado por causa de nossas iniquidades;o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele,e pelas suas feridas fomos curados. 6 Todos nós, como ovelhas, nos desviamos,cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho;e o SENHOR fez cair sobre elea iniquidade de todos nós. 7 Ele foi oprimido e afligido;e, contudo, não abriu a sua boca;como um cordeiro, foi levado para o matadouro;e, como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada,ele não abriu a sua boca. 8 Com julgamento opressivo ele foi levado.E quem pode falar dos seus descendentes?Pois ele foi eliminado da terra dos viventes;por causa da transgressão do meu povo ele foi golpeado. 9 Foi-lhe dado um túmulo com os ímpiose com os ricos em sua morte,embora não tivesse cometido nenhuma violêncianem houvesse nenhuma mentira em sua boca. 10 Contudo, foi da vontade do SENHOR esmagá-lo e fazê-lo sofrer,e, embora o SENHOR tenha feito da vida dele uma oferta pela culpa,ele verá sua prole e prolongará seus dias,e a vontade do SENHOR prosperará em sua mão. 11 Depois do sofrimento de sua alma,ele verá a luz e ficará satisfeito;pelo seu conhecimento meu servo justo justificará a muitose levará a iniquidade deles. 12 Por isso eu lhe darei uma porção entre os grandes,e ele dividirá os despojos com os fortes,porquanto ele derramou sua vida até a mortee foi contado entre os transgressores.Pois ele levou o pecado de muitose pelos transgressores intercedeu.
1 Paulo, fixando os olhos no Sinédrio, disse: “Meus irmãos, tenho cumprido meu dever para com Deus com toda a boa consciência, até o dia de hoje”. 2 Diante disso o sumo sacerdote Ananias deu ordens aos que estavam perto de Paulo para que lhe batessem na boca. 3 Então Paulo lhe disse: “Deus te ferirá, parede branqueada! Estás aí sentado para me julgar conforme a lei, mas contra a lei me mandas ferir?” 4 Os que estavam perto de Paulo disseram: “Você ousa insultar o sumo sacerdote de Deus?” 5 Paulo respondeu: “Irmãos, eu não sabia que ele era o sumo sacerdote, pois está escrito: ‘Não fale mal de uma autoridade do seu povo’.” 6 Então Paulo, sabendo que alguns deles eram saduceus e os outros fariseus, bradou no Sinédrio: “Irmãos, sou fariseu, filho de fariseu. Estou sendo julgado por causa da minha esperança na ressurreição dos mortos!” 7 Dizendo isso, surgiu uma violenta discussão entre os fariseus e os saduceus, e a assembleia ficou dividida. 8 (Os saduceus dizem que não há ressurreição nem anjos nem espíritos, mas os fariseus admitem todas essas coisas.) 9 Houve um grande alvoroço, e alguns dos mestres da lei que eram fariseus se levantaram e começaram a discutir intensamente, dizendo: “Não encontramos nada de errado neste homem. Quem sabe se algum espírito ou anjo falou com ele?” 10 A discussão tornou-se tão violenta que o comandante teve medo que Paulo fosse despedaçado por eles. Então ordenou que as tropas descessem e o retirassem à força do meio deles, levando-o para a fortaleza. 11 Na noite seguinte o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: “Coragem! Assim como você testemunhou a meu respeito em Jerusalém, deverá testemunhar também em Roma”. 12 Na manhã seguinte os judeus tramaram uma conspiração e juraram solenemente que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem Paulo. 13 Mais de quarenta homens estavam envolvidos nessa conspiração. 14 E, dirigindo-se aos chefes dos sacerdotes e aos líderes dos judeus, disseram: “Juramos solenemente, sob maldição, que não comeremos nada enquanto não matarmos Paulo. 15 Agora, portanto, vocês e o Sinédrio peçam ao comandante que o faça comparecer diante de vocês com o pretexto de obter informações mais exatas sobre o seu caso. Estaremos prontos para matá-lo antes que ele chegue aqui”. 16 Entretanto, o sobrinho de Paulo, filho de sua irmã, teve conhecimento dessa conspiração, foi à fortaleza e contou tudo a Paulo, 17 que, chamando um dos centuriões, disse: “Leve este rapaz ao comandante; ele tem algo para lhe dizer”. 18 Assim ele o levou ao comandante.Então disse o centurião: “Paulo, o prisioneiro, chamou-me, pediu-me que te trouxesse este rapaz, pois ele tem algo para te falar”. 19 O comandante tomou o rapaz pela mão, levou-o à parte e perguntou: “O que você tem para me dizer?” 20 Ele respondeu: “Os judeus planejaram pedir-te que apresentes Paulo ao Sinédrio amanhã, sob pretexto de buscar informações mais exatas a respeito dele. 21 Não te deixes convencer, pois mais de quarenta deles estão preparando uma emboscada contra Paulo. Eles juraram solenemente não comer nem beber enquanto não o matarem. Estão preparados agora, esperando que prometas atender-lhes o pedido”. 22 O comandante despediu o rapaz e recomendou-lhe: “Não diga a ninguém que você me contou isso”. 23 Então ele chamou dois de seus centuriões e ordenou-lhes: “Preparem um destacamento de duzentos soldados, setenta cavaleiros e duzentos lanceiros a fim de irem para Cesareia esta noite, às nove horas. 24 Providenciem montarias para Paulo e levem-no em segurança ao governador Félix”. 25 O comandante escreveu uma carta nestes termos: 26 “Cláudio Lísias,ao Excelentíssimo Governador Félix,Saudações. 27 “Este homem foi preso pelos judeus, que estavam prestes a matá-lo quando eu, chegando com minhas tropas, o resgatei, pois soube que ele é cidadão romano. 28 Querendo saber por que o estavam acusando, levei-o ao Sinédrio deles. 29 Descobri que ele estava sendo acusado em questões acerca da lei deles, mas não havia contra ele nenhuma acusação que merecesse morte ou prisão. 30 Quando fui informado de que estava sendo preparada uma cilada contra ele, enviei-o imediatamente a Vossa Excelência. Também ordenei que os seus acusadores apresentassem a Vossa Excelência aquilo que têm contra ele”. 31 Os soldados, cumprindo o seu dever, levaram Paulo durante a noite e chegaram a Antipátride. 32 No dia seguinte deixaram a cavalaria prosseguir com ele e voltaram para a fortaleza. 33 Quando a cavalaria chegou a Cesareia, deu a carta ao governador e lhe entregou Paulo. 34 O governador leu a carta e perguntou de que província era ele. Informado de que era da Cilícia, 35 disse: “Ouvirei seu caso quando os seus acusadores chegarem aqui”. Então ordenou que Paulo fosse mantido sob custódia no palácio de Herodes.