1 Naquele momento, os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos céus?” 2 Chamando uma criança, colocou-a no meio deles, 3 e disse: “Eu asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. 4 Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus. 5 “Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo. 6 Mas, se alguém fizer cair no pecado um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar. 7 “Ai do mundo, por causa das coisas que fazem cair no pecado! É inevitável que tais coisas aconteçam, mas ai daquele por meio de quem elas acontecem! 8 Se a sua mão ou o seu pé o fizerem tropeçar, corte-os e jogue-os fora. É melhor entrar na vida mutilado ou aleijado do que, tendo as duas mãos ou os dois pés, ser lançado no fogo eterno. 9 E, se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o e jogue-o fora. É melhor entrar na vida com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no fogo do inferno. 10 “Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos! Pois eu digo que os anjos deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celeste. 11 O Filho do homem veio para salvar o que se havia perdido. 12 “O que acham vocês? Se alguém possui cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixará as noventa e nove nos montes, indo procurar a que se perdeu? 13 E, se conseguir encontrá-la, garanto que ele ficará mais contente com aquela ovelha do que com as noventa e nove que não se perderam. 14 Da mesma forma, o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca. 15 “Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. 16 Mas, se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas’. 17 Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e, se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano. 18 “Digo a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu. 19 “Também digo que, se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso será feito a vocês por meu Pai que está nos céus. 20 Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles”. 21 Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” 22 Jesus respondeu: “Eu digo a você: Não até sete, mas até setenta vezes sete. 23 “Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos. 24 Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia uma enorme quantidade de prata. 25 Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida. 26 “O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. 27 O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir. 28 “Mas, quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague-me o que me deve!’ 29 “Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: ‘Tenha paciência comigo, e eu pagarei a você’. 30 “Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. 31 Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. 32 “Então o senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. 33 Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?’ 34 Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. 35 “Assim também fará meu Pai celestial a vocês se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão”.
1 Deus abençoou Noé e seus filhos, dizendo-lhes: “Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra. 2 Todos os animais da terra tremerão de medo diante de vocês: os animais selvagens, as aves do céu, as criaturas que se movem rente ao chão e os peixes do mar; eles estão entregues em suas mãos. 3 Tudo o que vive e se move servirá de alimento para vocês. Assim como dei a vocês os vegetais, agora dou todas as coisas. 4 “Mas não comam carne com sangue, que é vida. 5 A todo aquele que derramar sangue, tanto homem como animal, pedirei contas; a cada um pedirei contas da vida do seu próximo. 6 “Quem derramar sangue do homem,pelo homem seu sangue será derramado;porque à imagem de Deusfoi o homem criado. 7 Mas vocês sejam férteis e multipliquem-se; espalhem-se pela terra e proliferem nela”. 8 Então disse Deus a Noé e a seus filhos, que estavam com ele: 9 “Vou estabelecer a minha aliança com vocês e com os seus futuros descendentes, 10 e com todo ser vivo que está com vocês: as aves, os rebanhos domésticos e os animais selvagens, todos os que saíram da arca com vocês, todos os seres vivos da terra. 11 Estabeleço uma aliança com vocês: Nunca mais será ceifada nenhuma forma de vida pelas águas de um dilúvio; nunca mais haverá dilúvio para destruir a terra”. 12 E Deus prosseguiu: “Este é o sinal da aliança que estou fazendo entre mim e vocês e com todos os seres vivos que estão com vocês, para todas as gerações futuras: 13 o meu arco que coloquei nas nuvens. Será o sinal da minha aliança com a terra. 14 Quando eu trouxer nuvens sobre a terra e nelas aparecer o arco-íris, 15 então me lembrarei da minha aliança com vocês e com os seres vivos de todas as espécies. Nunca mais as águas se tornarão um dilúvio para destruir toda forma de vida. 16 Toda vez que o arco-íris estiver nas nuvens, olharei para ele e me lembrarei da aliança eterna entre Deus e todos os seres vivos de todas as espécies que vivem na terra”. 17 Concluindo, disse Deus a Noé: “Esse é o sinal da aliança que estabeleci entre mim e toda forma de vida que há sobre a terra”. 18 Os filhos de Noé que saíram da arca foram Sem, Cam e Jafé. Cam é o pai de Canaã. 19 Esses foram os três filhos de Noé; a partir deles toda a terra foi povoada. 20 Noé, que era agricultor, foi o primeiro a plantar uma vinha. 21 Bebeu do vinho, embriagou-se e ficou nu dentro da sua tenda. 22 Cam, pai de Canaã, viu a nudez do pai e foi contar aos dois irmãos que estavam do lado de fora. 23 Mas Sem e Jafé pegaram a capa, levantaram-na sobre os ombros e, andando de costas para não verem a nudez do pai, cobriram-no. 24 Quando Noé acordou do efeito do vinho e descobriu o que seu filho caçula lhe havia feito, 25 disse:“Maldito seja Canaã!Escravo de escravosserá para os seus irmãos”. 26 Disse ainda:“Bendito seja o SENHOR, o Deus de Sem!E seja Canaã seu escravo. 27 Amplie Deus o território de Jafé;habite ele nas tendas de Sem,e seja Canaã seu escravo”. 28 Depois do Dilúvio Noé viveu trezentos e cinquenta anos. 29 Viveu ao todo novecentos e cinquenta anos e morreu.
1 Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. 2 No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. 3 Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam e até além do que podiam. Por iniciativa própria 4 eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos. 5 E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus. 6 Assim, recomendamos a Tito que, assim como ele já havia começado, também completasse esse ato de graça da parte de vocês. 7 Todavia, assim como vocês se destacam em tudo: na fé, na palavra, no conhecimento, na dedicação completa e no amor que vocês têm por nós, destaquem-se também neste privilégio de contribuir. 8 Não estou dando uma ordem, mas quero verificar a sinceridade do amor de vocês, comparando-o com a dedicação dos outros. 9 Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos. 10 Este é meu conselho: convém que vocês contribuam, já que desde o ano passado vocês foram os primeiros, não somente a contribuir, mas também a propor esse plano. 11 Agora, completem a obra, para que a forte disposição de realizá-la seja igualada pelo zelo em concluí-la, de acordo com os bens que vocês possuem. 12 Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem. 13 Nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade. 14 No presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês. Então haverá igualdade, 15 como está escrito: “Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco”. 16 Agradeço a Deus ter ele posto no coração de Tito o mesmo cuidado que tenho por vocês, 17 pois Tito não apenas aceitou o nosso pedido, mas está indo até vocês, com muito entusiasmo e por iniciativa própria. 18 Com ele estamos enviando o irmão que é recomendado por todas as igrejas por seu serviço no evangelho. 19 Não só por isso, mas ele também foi escolhido pelas igrejas para nos acompanhar quando formos ministrar esta doação, o que fazemos para honrar o próprio Senhor e mostrar a nossa disposição. 20 Queremos evitar que alguém nos critique quanto ao nosso modo de administrar essa generosa oferta, 21 pois estamos tendo o cuidado de fazer o que é correto, não apenas aos olhos do Senhor, mas também aos olhos dos homens. 22 Além disso, estamos enviando com eles o nosso irmão que muitas vezes e de muitas maneiras já nos provou que é muito dedicado, e agora ainda mais, por causa da grande confiança que ele tem em vocês. 23 Quanto a Tito, ele é meu companheiro e cooperador entre vocês; quanto a nossos irmãos, eles são representantes das igrejas e uma honra para Cristo. 24 Portanto, diante das demais igrejas, demonstrem a esses irmãos a prova do amor que vocês têm e a razão do orgulho que temos de vocês.
1 Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza,auxílio sempre presente na adversidade. 2 Por isso não temeremos, ainda que a terra tremae os montes afundem no coração do mar, 3 ainda que estrondem as suas águas turbulentase os montes sejam sacudidos pela sua fúria. 4 Há um rio cujos canais alegram a cidade de Deus,o Santo Lugar onde habita o Altíssimo. 5 Deus nela está! Não será abalada!Deus vem em seu auxílio desde o romper da manhã. 6 Nações se agitam, reinos se abalam;ele ergue a voz, e a terra se derrete. 7 O SENHOR dos Exércitos está conosco;o Deus de Jacó é a nossa torre segura. 8 Venham! Vejam as obras do SENHOR,seus feitos estarrecedores na terra. 9 Ele dá fim às guerras até os confins da terra;quebra o arco e despedaça a lança;destrói os escudos com fogo. 10 “Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus!Serei exaltado entre as nações,serei exaltado na terra”. 11 O SENHOR dos Exércitos está conosco;o Deus de Jacó é a nossa torre segura.
1 Provérbios de Salomão:O filho sábio dá alegria ao pai;o filho tolo dá tristeza à mãe. 2 Os tesouros de origem desonesta não servem para nada,mas a retidão livra da morte. 3 O SENHOR não deixa o justo passar fome,mas frustra a ambição dos ímpios. 4 As mãos preguiçosas empobrecem o homem,porém as mãos diligentes lhe trazem riqueza. 5 Aquele que faz a colheita no verão é filho sensato,mas aquele que dorme durante a ceifa é filho que causa vergonha. 6 As bênçãos coroam a cabeça dos justos,mas a boca dos ímpios abriga a violência. 7 A memória deixada pelos justos será uma bênção,mas o nome dos ímpios apodrecerá. 8 Os sábios de coração aceitam mandamentos,mas a boca do insensato o leva à ruína. 9 Quem anda com integridade anda com segurança,mas quem segue veredas tortuosas será descoberto. 10 Aquele que pisca maliciosamente causa tristeza,e a boca do insensato o leva à ruína. 11 A boca do justo é fonte de vida,mas a boca dos ímpios abriga a violência. 12 O ódio provoca dissensão,mas o amor cobre todos os pecados. 13 A sabedoria está nos lábios dos que têm discernimento,mas a vara é para as costas daquele que não tem juízo. 14 Os sábios acumulam conhecimento,mas a boca do insensato é um convite à ruína. 15 A riqueza dos ricos é a sua cidade fortificada,mas a pobreza é a ruína dos pobres. 16 O salário do justo lhe traz vida,mas a renda do ímpio lhe traz castigo. 17 Quem acolhe a disciplina mostra o caminho da vida,mas quem ignora a repreensão desencaminha outros. 18 Quem esconde o ódio tem lábios mentirosos,e quem espalha calúnia é tolo. 19 Quando são muitas as palavras, o pecado está presente,mas quem controla a língua é sensato. 20 A língua dos justos é prata escolhida,mas o coração dos ímpios quase não tem valor. 21 As palavras dos justos dão sustento a muitos,mas os insensatos morrem por falta de juízo. 22 A bênção do SENHOR traz riquezae não inclui dor alguma. 23 O tolo encontra prazer na má conduta,mas o homem cheio de entendimento deleita-se na sabedoria. 24 O que o ímpio teme lhe acontecerá;o que os justos desejam lhes será concedido. 25 Passada a tempestade, o ímpio já não existe,mas o justo permanece firme para sempre. 26 Como o vinagre para os dentes e a fumaça para os olhos,assim é o preguiçoso para aqueles que o enviam. 27 O temor do SENHOR prolonga a vida,mas a vida do ímpio é abreviada. 28 O que o justo almeja redunda em alegria,mas as esperanças dos ímpios dão em nada. 29 O caminho do SENHOR é o refúgio dos íntegros,mas é a ruína dos que praticam o mal. 30 Os justos jamais serão desarraigados,mas os ímpios pouco duram na terra. 31 A boca do justo produz sabedoria,mas a língua perversa será extirpada. 32 Os lábios do justo sabem o que é próprio,mas a boca dos ímpios só conhece a perversidade.
1 No trigésimo sexto ano do reinado de Asa, Baasa, rei de Israel, invadiu Judá e fortificou Ramá, para que ninguém pudesse entrar no território de Asa, rei de Judá, nem sair de lá. 2 Então Asa ajuntou a prata e o ouro do tesouro do templo do SENHOR e do seu próprio palácio e os enviou a Ben-Hadade, rei da Síria, que governava em Damasco, com uma mensagem que dizia: 3 “Façamos um tratado, como fizeram meu pai e o teu. Estou te enviando prata e ouro. Agora, rompe o tratado que tens com Baasa, rei de Israel, para que ele saia do meu país”. 4 Ben-Hadade aceitou a proposta do rei Asa e ordenou aos comandantes das suas forças que atacassem as cidades de Israel. Eles conquistaram Ijom, Dã, Abel-Maim e todas as cidades-armazéns de Naftali. 5 Quando Baasa soube disso, abandonou a construção dos muros de Ramá. 6 Então o rei Asa reuniu todos os homens de Judá, e eles retiraram de Ramá as pedras e a madeira que Baasa estivera usando. Com esse material Asa fortificou Geba e Mispá. 7 Naquela época, o vidente Hanani foi dizer a Asa, rei de Judá: “Por você ter pedido ajuda ao rei da Síria e não ao SENHOR, ao seu Deus, o exército do rei da Síria escapou de suas mãos. 8 Por acaso os etíopes? e os líbios não eram um exército poderoso, com uma grande multidão de carros e cavalos Contudo, quando você pediu ajuda ao SENHOR, ele os entregou em suas mãos. 9 Pois os olhos do SENHOR estão atentos sobre toda a terra para fortalecer aqueles que lhe dedicam totalmente o coração. Nisso você cometeu uma loucura. De agora em diante terá que enfrentar guerras”. 10 Asa irritou-se contra o vidente por causa disso; ficou tão indignado que mandou prendê-lo. Nessa época Asa oprimiu brutalmente alguns do povo. 11 Os demais acontecimentos do reinado de Asa, do início ao fim, estão escritos nos registros históricos dos reis de Judá e de Israel. 12 No trigésimo nono ano de seu reinado, Asa foi atacado por uma doença nos pés. Embora a sua doença fosse grave, não buscou ajuda do SENHOR, mas só dos médicos. 13 Então, no quadragésimo primeiro ano do seu reinado, Asa morreu e descansou com os seus antepassados. 14 Sepultaram-no no túmulo que ele havia mandado cavar para si na Cidade de Davi. Deitaram-no num leito coberto de especiarias e de vários perfumes de fina mistura e fizeram uma imensa fogueira em sua honra.
1 Quando Efraim falava, os homens tremiam;ele era exaltado em Israel.Mas tornou-se culpado da adoração a Baal e começou a morrer. 2 Agora eles pecam cada vez mais;com sua prata fazem ídolos de metal para si,imagens modeladas com muita inteligência,todas elas obras de artesãos.Dizem desse povo:“Eles oferecem sacrifício humanoe beijam os ídolos feitos em forma de bezerro”. 3 Por isso serão como a neblina da manhã,como o orvalho que bem cedo evapora,como palha que num redemoinho vai-se de uma eira,como a fumaça que sai pela chaminé. 4 “Mas eu sou o SENHOR, o seu Deus,desde a terra do Egito.Vocês não reconhecerão nenhum outro Deus além de mim,nenhum outro Salvador. 5 Eu cuidei de vocês no deserto,naquela terra de calor ardente. 6 Quando eu os alimentava, ficavam satisfeitos;quando ficavam satisfeitos, eles se orgulhavam,e então me esqueciam. 7 Por isso virei sobre eles como leão,como leopardo, ficarei à espreita junto ao caminho. 8 Como uma ursa de quem roubaram os filhotes,eu os atacarei e os rasgarei.Como leão eu os devorarei;um animal selvagem os despedaçará. 9 “Você foi destruído, ó Israel,porque está contra mim, contra o seu ajudador. 10 E agora? Onde está o seu rei que havia de salvá-loem todas as suas cidades?E os oficiais que você pediu, dizendo:‘Dá-me um rei e líderes’? 11 Dei a você um rei na minha ira,e o tirei na minha indignação. 12 A culpa de Efraim foi anotada;seus pecados são mantidos em registro. 13 Chegam-lhe dores como as da mulher em trabalho de parto,mas é uma criança insensata;quando chega a hora,não sai do ventre que a abrigou. 14 “Eu os redimirei do poder da sepultura;eu os resgatarei da morte.Onde estão, ó morte, as suas pragas?Onde está, ó sepultura, a sua destruição?“Não terei compaixão alguma, 15 embora Efraim floresça entre os seus irmãos.Um vento oriental virá da parte do SENHOR,soprando desde o deserto;sua fonte falhará,e seu poço secará.Todos os seus tesourosserão saqueados dos seus depósitos. 16 O povo de Samaria carregará sua culpa,porque se rebelou contra o seu Deus.Eles serão mortos à espada;seus pequeninos serão pisados e despedaçados,suas mulheres grávidas terão rasgados os seus ventres”.
1 Uma vez em terra, descobrimos que a ilha se chamava Malta. 2 Os habitantes da ilha mostraram extraordinária bondade para conosco. Fizeram uma fogueira e receberam bem a todos nós, pois estava chovendo e fazia frio. 3 Paulo ajuntou um monte de gravetos; quando os colocava no fogo, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se à sua mão. 4 Quando os habitantes da ilha viram a cobra agarrada na mão de Paulo, disseram uns aos outros: “Certamente este homem é assassino, pois, tendo escapado do mar, a Justiça não lhe permite viver”. 5 Mas Paulo, sacudindo a cobra no fogo, não sofreu mal nenhum. 6 Eles, porém, esperavam que ele começasse a inchar ou que caísse morto de repente, mas, tendo esperado muito tempo e vendo que nada de estranho lhe sucedia, mudaram de ideia e passaram a dizer que ele era um deus. 7 Próximo dali havia uma propriedade pertencente a Públio, o homem principal da ilha. Ele nos convidou a ficar em sua casa e, por três dias, bondosamente nos recebeu e nos hospedou. 8 Seu pai estava doente, acamado, sofrendo de febre e disenteria. Paulo entrou para vê-lo e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e o curou. 9 Tendo acontecido isso, os outros doentes da ilha vieram e foram curados. 10 Eles nos prestaram muitas honras e, quando estávamos para embarcar, forneceram-nos os suprimentos de que necessitávamos. 11 Passados três meses, embarcamos num navio que tinha passado o inverno na ilha; era um navio alexandrino, que tinha por emblema os deuses gêmeos Cástor e Pólux. 12 Aportando em Siracusa, ficamos ali três dias. 13 Dali partimos e chegamos a Régio. No dia seguinte, soprando o vento sul, prosseguimos, chegando a Potéoli no segundo dia. 14 Ali encontramos alguns irmãos que nos convidaram a passar uma semana com eles. E depois fomos para Roma. 15 Os irmãos dali tinham ouvido falar que estávamos chegando e vieram até a praça de Ápio e às Três Vendas para nos encontrar. Vendo-os, Paulo deu graças a Deus e sentiu-se encorajado. 16 Quando chegamos a Roma, Paulo recebeu permissão para morar por conta própria, sob a custódia de um soldado. 17 Três dias depois, ele convocou os líderes dos judeus. Quando estes se reuniram, Paulo lhes disse: “Meus irmãos, embora eu não tenha feito nada contra o nosso povo nem contra os costumes dos nossos antepassados, fui preso em Jerusalém e entregue aos romanos. 18 Eles me interrogaram e queriam me soltar, porque eu não era culpado de crime algum que merecesse pena de morte. 19 Todavia, tendo os judeus feito objeção, fui obrigado a apelar para César, não, porém, por ter alguma acusação contra o meu próprio povo. 20 Por essa razão pedi para vê-los e conversar com vocês. Por causa da esperança de Israel é que estou preso com estas algemas”. 21 Eles responderam: “Não recebemos nenhuma carta da Judeia a seu respeito, e nenhum dos irmãos que vieram de lá relatou ou disse qualquer coisa de mal contra você. 22 Todavia, queremos ouvir de sua parte o que você pensa, pois sabemos que por todo lugar há gente falando contra esta seita”. 23 Assim combinaram encontrar-se com Paulo em dia determinado, indo em grupo ainda mais numeroso ao lugar onde ele estava. Desde a manhã até a tarde ele lhes deu explicações e lhes testemunhou do Reino de Deus, procurando convencê-los a respeito de Jesus, com base na Lei de Moisés e nos Profetas. 24 Alguns foram convencidos pelo que ele dizia, mas outros não creram. 25 Discordaram entre si mesmos e começaram a ir embora, depois de Paulo ter feito esta declaração final: “Bem que o Espírito Santo falou aos seus antepassados, por meio do profeta Isaías: 26 “ ‘Vá a este povo e diga:Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão;ainda que estejam sempre vendo, jamais perceberão. 27 Pois o coração deste povo se tornou insensível;de má vontade ouviram com os ouvidose fecharam os olhos.Se assim não fosse, poderiam ver com os olhos,ouvir com os ouvidos,entender com o coraçãoe converter-se, e eu os curaria’. 28 “Portanto, quero que saibam que esta salvação de Deus é enviada aos gentios; eles a ouvirão!” 29 Depois que ele disse isto, os judeus se retiraram, discutindo intensamente entre si. 30 Por dois anos inteiros Paulo permaneceu na casa que havia alugado e recebia a todos os que iam vê-lo. 31 Pregava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, abertamente, sem impedimento algum.