1 Quando acabou de dizer essas coisas, Jesus disse aos seus discípulos: 2 “Como vocês sabem, estamos a dois dias da Páscoa, e o Filho do homem será entregue para ser crucificado”. 3 Naquela ocasião, os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos do povo se reuniram no palácio do sumo sacerdote, cujo nome era Caifás, 4 e juntos planejaram prender Jesus à traição e matá-lo. 5 Mas diziam: “Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo”. 6 Estando Jesus em Betânia, na casa de Simão, o leproso, 7 aproximou-se dele uma mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro. Ela o derramou sobre a cabeça de Jesus quando ele se encontrava reclinado à mesa. 8 Os discípulos, ao verem isso, ficaram indignados e perguntaram: “Por que este desperdício? 9 Este perfume poderia ser vendido por alto preço, e o dinheiro dado aos pobres”. 10 Percebendo isso, Jesus lhes disse: “Por que vocês estão perturbando essa mulher? Ela praticou uma boa ação para comigo. 11 Pois os pobres vocês sempre terão consigo, mas a mim vocês nem sempre terão. 12 Quando derramou este perfume sobre o meu corpo, ela o fez a fim de me preparar para o sepultamento. 13 Eu asseguro que em qualquer lugar do mundo inteiro onde este evangelho for anunciado, também o que ela fez será contado, em sua memória”. 14 Então, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes 15 e lhes perguntou: “O que me darão se eu o entregar a vocês?” E fixaram-lhe o preço: trinta moedas de prata. 16 Desse momento em diante Judas passou a procurar uma oportunidade para entregá-lo. 17 No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, os discípulos dirigiram-se a Jesus e lhe perguntaram: “Onde queres que preparemos a refeição da Páscoa?” 18 Ele respondeu dizendo que entrassem na cidade, procurassem um certo homem e lhe dissessem: “O Mestre diz: O meu tempo está próximo. Vou celebrar a Páscoa com meus discípulos em sua casa”. 19 Os discípulos fizeram como Jesus os havia instruído e prepararam a Páscoa. 20 Ao anoitecer, Jesus estava reclinado à mesa com os Doze. 21 E, enquanto estavam comendo, ele disse: “Digo que certamente um de vocês me trairá”. 22 Eles ficaram muito tristes e começaram a dizer-lhe, um após outro: “Com certeza não sou eu, Senhor!” 23 Afirmou Jesus: “Aquele que comeu comigo do mesmo prato há de me trair. 24 O Filho do homem vai, como está escrito a seu respeito. Mas ai daquele que trai o Filho do homem! Melhor lhe seria não haver nascido”. 25 Então, Judas, que haveria de traí-lo, disse: “Com certeza não sou eu, Mestre!”Jesus afirmou: “Sim, é você”. 26 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomem e comam; isto é o meu corpo”. 27 Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: “Bebam dele todos vocês. 28 Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados. 29 Eu digo que, de agora em diante, não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo com vocês no Reino de meu Pai”. 30 Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. 31 Então Jesus lhes disse: “Ainda esta noite todos vocês me abandonarão. Pois está escrito:“ ‘Ferirei o pastor,e as ovelhas do rebanho serão dispersas’. 32 Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galileia”. 33 Pedro respondeu: “Ainda que todos te abandonem, eu nunca te abandonarei!” 34 Respondeu Jesus: “Asseguro que ainda esta noite, antes que o galo cante, três vezes você me negará”. 35 Mas Pedro declarou: “Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei”. E todos os outros discípulos disseram o mesmo. 36 Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e lhes disse: “Sentem-se aqui enquanto vou ali orar”. 37 Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Disse-lhes então: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo”. 39 Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres”. 40 Depois, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora?”, perguntou ele a Pedro. 41 “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. 42 E retirou-se outra vez para orar: “Meu Pai, se não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade”. 43 Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. 44 Então os deixou novamente e orou pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. 45 Depois voltou aos discípulos e lhes disse: “Vocês ainda dormem e descansam? Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. 46 Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que me trai!” 47 Enquanto ele ainda falava, chegou Judas, um dos Doze. Com ele estava uma grande multidão armada de espadas e varas, enviada pelos chefes dos sacerdotes e líderes religiosos do povo. 48 O traidor havia combinado um sinal com eles, dizendo-lhes: “Aquele a quem eu saudar com um beijo, é ele; prendam-no”. 49 Dirigindo-se imediatamente a Jesus, Judas disse: “Salve, Mestre!”, e o beijou. 50 Jesus perguntou: “Amigo, o que o traz?”Então os homens se aproximaram, agarraram Jesus e o prenderam. 51 Um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou a espada e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha. 52 Disse-lhe Jesus: “Guarde a espada! Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão. 53 Você acha que eu não posso pedir a meu Pai, e ele não colocaria imediatamente à minha disposição mais de doze legiões de anjos? 54 Como então se cumpririam as Escrituras que dizem que as coisas deveriam acontecer desta forma?” 55 Naquela hora, Jesus disse à multidão: “Estou eu chefiando alguma rebelião, para que vocês venham prender-me com espadas e varas? Todos os dias eu estive ensinando no templo, e vocês não me prenderam! 56 Mas tudo isso aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas”. Então todos os discípulos o abandonaram e fugiram. 57 Os que prenderam Jesus o levaram a Caifás, o sumo sacerdote, em cuja casa se haviam reunido os mestres da lei e os líderes religiosos. 58 E Pedro o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote, entrou e sentou-se com os guardas, para ver o que aconteceria. 59 Os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio estavam procurando um depoimento falso contra Jesus, para que pudessem condená-lo à morte. 60 Mas nada encontraram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas.Finalmente se apresentaram duas 61 que declararam: “Este homem disse: ‘Sou capaz de destruir o santuário de Deus e reconstruí-lo em três dias’.” 62 Então o sumo sacerdote levantou-se e disse a Jesus: “Você não vai responder à acusação que estes fazem?” 63 Mas Jesus permaneceu em silêncio.O sumo sacerdote lhe disse: “Exijo que você jure pelo Deus vivo: se você é o Cristo, o Filho de Deus, diga-nos”. 64 “Tu mesmo o disseste”, respondeu Jesus. “Mas eu digo a todos vós: Chegará o dia em que vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu”. 65 Foi quando o sumo sacerdote rasgou as próprias vestes e disse: “Blasfemou! Por que precisamos de mais testemunhas? Vocês acabaram de ouvir a blasfêmia. 66 O que acham?”“É réu de morte!”, responderam eles. 67 Então alguns lhe cuspiram no rosto e lhe deram murros. Outros lhe davam tapas 68 e diziam: “Profetize-nos, Cristo. Quem foi que bateu em você?” 69 Pedro estava sentado no pátio, e uma criada, aproximando-se dele, disse: “Você também estava com Jesus, o galileu”. 70 Mas ele o negou diante de todos, dizendo: “Não sei do que você está falando”. 71 Depois, saiu em direção à porta, onde outra criada o viu e disse aos que estavam ali: “Este homem estava com Jesus, o Nazareno”. 72 E ele, jurando, o negou outra vez: “Não conheço esse homem!” 73 Pouco tempo depois, os que estavam por ali chegaram a Pedro e disseram: “Certamente você é um deles! O seu modo de falar o denuncia”. 74 Aí ele começou a lançar maldições e a jurar: “Não conheço esse homem!”Imediatamente um galo cantou. 75 Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus tinha dito: “Antes que o galo cante, você me negará três vezes”. E, saindo dali, chorou amargamente.
1 Houve fome naquela terra, como tinha acontecido no tempo de Abraão. Por isso Isaque foi para Gerar, onde Abimeleque era o rei dos filisteus. 2 O SENHOR apareceu a Isaque e disse: “Não desça ao Egito; procure estabelecer-se na terra que eu lhe indicar. 3 Permaneça nesta terra mais um pouco, e eu estarei com você e o abençoarei. Porque a você e a seus descendentes darei todas estas terras e confirmarei o juramento que fiz a seu pai, Abraão. 4 Tornarei seus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e lhes darei todas estas terras; e por meio da sua descendência todos os povos da terra serão abençoados, 5 porque Abraão me obedeceu e guardou meus preceitos, meus mandamentos, meus decretos e minhas leis”. 6 Assim Isaque ficou em Gerar. 7 Quando os homens do lugar lhe perguntaram sobre a sua mulher, ele disse: “Ela é minha irmã”. Teve medo de dizer que era sua mulher, pois pensou: “Os homens deste lugar podem matar-me por causa de Rebeca, por ser ela tão bonita”. 8 Isaque estava em Gerar já fazia muito tempo. Certo dia, Abimeleque, rei dos filisteus, estava olhando do alto de uma janela quando viu Isaque acariciando Rebeca, sua mulher. 9 Então Abimeleque chamou Isaque e lhe disse: “Na verdade ela é tua mulher! Por que me disseste que ela era tua irmã?”Isaque respondeu: “Porque pensei que eu poderia ser morto por causa dela”. 10 Então disse Abimeleque: “Tens ideia do que nos fizeste? Qualquer homem bem poderia ter-se deitado com tua mulher, e terias trazido culpa sobre nós”. 11 E Abimeleque advertiu todo o povo: “Quem tocar neste homem ou em sua mulher certamente morrerá!” 12 Isaque formou lavoura naquela terra e no mesmo ano colheu a cem por um, porque o SENHOR o abençoou. 13 O homem enriqueceu, e a sua riqueza continuou a aumentar, até que ficou riquíssimo. 14 Possuía tantos rebanhos e servos que os filisteus o invejavam. 15 Estes taparam todos os poços que os servos de Abraão, pai de Isaque, tinham cavado na sua época, enchendo-os de terra. 16 Então Abimeleque pediu a Isaque: “Sai de nossa terra, pois já és poderoso demais para nós”. 17 Por isso Isaque mudou-se de lá, acampou no vale de Gerar e ali se estabeleceu. 18 Isaque reabriu os poços cavados no tempo de seu pai, Abraão, os quais os filisteus fecharam depois que Abraão morreu, e deu-lhes os mesmos nomes que seu pai lhes tinha dado. 19 Os servos de Isaque cavaram no vale e descobriram um veio d'água. 20 Mas os pastores de Gerar discutiram com os pastores de Isaque, dizendo: “A água é nossa!” Por isso Isaque deu ao poço o nome de Eseque, porque discutiram por causa dele. 21 Então os seus servos cavaram outro poço, mas eles também discutiram por causa dele; por isso o chamou Sitna. 22 Isaque mudou-se dali e cavou outro poço, e ninguém discutiu por causa dele. Deu-lhe o nome de Reobote, dizendo: “Agora o SENHOR nos abriu espaço e prosperaremos na terra”. 23 Dali Isaque foi para Berseba. 24 Naquela noite, o SENHOR lhe apareceu e disse: “Eu sou o Deus de seu pai, Abraão. Não tema, porque estou com você; eu o abençoarei e multiplicarei os seus descendentes por amor ao meu servo Abraão”. 25 Isaque construiu nesse lugar um altar e invocou o nome do SENHOR. Ali armou acampamento, e os seus servos cavaram outro poço. 26 Por aquele tempo, veio a ele Abimeleque, de Gerar, com Auzate, seu conselheiro pessoal, e Ficol, o comandante dos seus exércitos. 27 Isaque lhes perguntou: “Por que me vieram ver, uma vez que foram hostis e me mandaram embora?” 28 Eles responderam: “Vimos claramente que o SENHOR está contigo; por isso dissemos: Façamos um juramento entre nós. Queremos firmar um acordo contigo: 29 Tu não nos farás mal, assim como nada te fizemos, mas sempre te tratamos bem e te despedimos em paz. Agora sabemos que o SENHOR te tem abençoado”. 30 Então Isaque ofereceu-lhes um banquete, e eles comeram e beberam. 31 Na manhã seguinte os dois fizeram juramento. Depois Isaque os despediu e partiram em paz. 32 Naquele mesmo dia, os servos de Isaque vieram falar-lhe sobre o poço que tinham cavado e disseram: “Achamos água!” 33 Isaque deu-lhe o nome de Seba e, por isso, até o dia de hoje aquela cidade é conhecida como Berseba. 34 Tinha Esaú quarenta anos de idade quando escolheu por mulher a Judite, filha de Beeri, o hitita, e também a Basemate, filha de Elom, o hitita. 35 Elas amarguraram a vida de Isaque e de Rebeca.
1 Porque não quero, irmãos, que vocês ignorem o fato de que todos os nossos antepassados estiveram sob a nuvem e todos passaram pelo mar. 2 Em Moisés, todos eles foram batizados na nuvem e no mar. 3 Todos comeram do mesmo alimento espiritual 4 e beberam da mesma bebida espiritual; pois bebiam da rocha espiritual que os acompanhava, e essa rocha era Cristo. 5 Contudo, Deus não se agradou da maioria deles; por isso os seus corpos ficaram espalhados no deserto. 6 Essas coisas ocorreram como exemplos para nós, para que não cobicemos coisas más, como eles fizeram. 7 Não sejam idólatras, como alguns deles foram, conforme está escrito: “O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra”. 8 Não pratiquemos imoralidade, como alguns deles fizeram e num só dia morreram vinte e três mil. 9 Não devemos pôr o Senhor à prova, como alguns deles fizeram e foram mortos por serpentes. 10 E não se queixem, como alguns deles se queixaram e foram mortos pelo anjo destruidor. 11 Essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos. 12 Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia! 13 Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo providenciará um escape, para que o possam suportar. 14 Por isso, meus amados irmãos, fujam da idolatria. 15 Estou falando a pessoas sensatas; julguem vocês mesmos o que estou dizendo. 16 Não é verdade que o cálice da bênção que abençoamos é a participação no sangue de Cristo e que o pão que partimos é a participação no corpo de Cristo? 17 Como há somente um pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participamos de um único pão. 18 Considerem o povo de Israel: os que comem dos sacrifícios não participam do altar? 19 Portanto, que estou querendo dizer? Será que o sacrifício oferecido a um ídolo é alguma coisa? Ou o ídolo é alguma coisa? 20 Não! Quero dizer que o que os pagãos sacrificam é oferecido aos demônios e não a Deus, e não quero que vocês tenham comunhão com os demônios. 21 Vocês não podem beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; não podem participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. 22 Porventura provocaremos o ciúme do Senhor? Somos mais fortes do que ele? 23 “Tudo é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo é permitido”, mas nem tudo edifica. 24 Ninguém deve buscar o seu próprio bem, mas sim o dos outros. 25 Comam de tudo o que se vende no mercado, sem fazer perguntas por causa da consciência, 26 pois “do Senhor é a terra e tudo o que nela existe”. 27 Se algum descrente o convidar para uma refeição e você quiser ir, coma de tudo o que for apresentado, sem nada perguntar por causa da consciência. 28 Mas, se alguém disser: “Isto foi oferecido em sacrifício”, não coma, tanto por causa da pessoa que o comentou, como da consciência, 29 isto é, da consciência o outro, não da sua própria. Pois por que minha liberdade deve ser julgada pela consciência dos outros? 30 Se participo da refeição com ação de graças, por que sou condenado por algo pelo qual dou graças a Deus? 31 Assim, quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. 32 Não se tornem motivo de tropeço, nem para judeus, nem para gregos, nem para a igreja de Deus. 33 Também eu procuro agradar a todos, de todas as formas. Porque não estou procurando o meu próprio bem, mas o bem de muitos, para que sejam salvos.
1 De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês? 2 Vocês cobiçam coisas, mas não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem. 3 Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres. 4 Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus. 5 Ou vocês acham que é sem razão que a Escritura diz que o Espírito que ele fez habitar em nós tem fortes ciúmes? 6 Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura:“Deus se opõe aos orgulhosos,mas concede graça aos humildes”. 7 Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês. 8 Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração. 9 Entristeçam-se, lamentem-se e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. 10 Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará. 11 Irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala contra o seu irmão ou julga o seu irmão fala contra a Lei e a julga. Quando você julga a Lei, não a está cumprindo, mas está agindo como juiz. 12 Há apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir. Mas quem é você para julgar o seu próximo? 13 Ouçam agora, vocês que dizem: “Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro”. 14 Vocês nem sabem o que acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. 15 Em vez disso, deveriam dizer: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo”. 16 Agora, porém, vocês se vangloriam das suas pretensões. Toda vanglória como essa é maligna. 17 Portanto, pensem nisto: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz comete pecado.
1 Faze-me justiça, SENHOR,pois tenho vivido com integridade.Tenho confiado no SENHOR, sem vacilar. 2 Sonda-me, SENHOR, e prova-me,examina o meu coração e a minha mente; 3 pois o teu amor está sempre diante de mim,e continuamente sigo a tua verdade. 4 Não me associo com homens falsosnem ando com hipócritas; 5 detesto o ajuntamento dos malfeitorese não me assento com os ímpios. 6 Lavo as mãos na inocência,e do teu altar, SENHOR, me aproximo 7 cantando hinos de gratidãoe falando de todas as tuas maravilhas. 8 Eu amo, SENHOR, o lugar da tua habitação,onde a tua glória habita. 9 Não me dês o destino dos pecadoresnem o fim dos assassinos; 10 suas mãos executam planos perversos,praticam suborno abertamente. 11 Mas eu vivo com integridade;livra-me e tem misericórdia de mim. 12 Os meus pés estão firmes na retidão;na grande assembleia bendirei o SENHOR.
1 Como neve no verão ou chuva na colheita,assim a honra é imprópria para o tolo. 2 Como o pardal que voa em fuga, e a andorinha que esvoaça veloz,assim a maldição sem motivo justo não pega. 3 O chicote é para o cavalo; o freio, para o jumento;e a vara, para as costas do tolo! 4 Não responda ao insensato com igual insensatez,do contrário você se igualará a ele. 5 Responda ao insensato como a sua insensatez merece,do contrário ele pensará que é mesmo um sábio. 6 Como cortar o próprio pé ou beber veneno,assim é enviar mensagem pelas mãos do tolo. 7 Como pendem inúteis as pernas do coxo,assim é o provérbio na boca do tolo. 8 Como amarrar uma pedra na atiradeira,assim é prestar honra ao insensato. 9 Como ramo de espinhos nas mãos do bêbado,assim é o provérbio na boca do insensato. 10 Como o arqueiro que atira ao acaso,assim é quem contrata o tolo ou o primeiro que passa. 11 Como o cão volta ao seu vômito,assim o insensato repete a sua insensatez. 12 Você conhece alguém que se julga sábio?Há mais esperança para o insensato do que para ele. 13 O preguiçoso diz: “Lá está um leão no caminho,um leão feroz rugindo nas ruas!” 14 Como a porta gira em suas dobradiças,assim o preguiçoso se revira em sua cama. 15 O preguiçoso coloca a mão no prato,mas acha difícil demais levá-la de volta à boca. 16 O preguiçoso considera-se mais sábiodo que sete homens que respondem com bom senso. 17 Como alguém que pega pelas orelhas um cão qualquer,assim é quem se mete em discussão alheia. 18 Como o louco que atirabrasas e flechas mortais, 19 assim é o homem que engana o seu próximoe diz: “Eu estava só brincando!” 20 Sem lenha a fogueira se apaga;sem o caluniador morre a contenda. 21 O que o carvão é para as brasas e a lenha para a fogueira,o amigo de brigas é para atiçar discórdias. 22 As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos;descem saborosos até o íntimo. 23 Como uma camada de esmalte sobre um vaso de barro,os lábios amistosos podem ocultar um coração mau. 24 Quem odeia disfarça as suas intenções com os lábios,mas no coração abriga a falsidade. 25 Embora a sua conversa seja mansa, não acredite nele,pois o seu coração está cheio de maldade. 26 Ele pode fingir e esconder o seu ódio,mas a sua maldade será exposta em público. 27 Quem faz uma cova, nela cairá;se alguém rola uma pedra, esta rolará de volta sobre ele. 28 A língua mentirosa odeia aqueles a quem fere,e a boca lisonjeira provoca a ruína.
1 O Anjo do SENHOR subiu de Gilgal a Boquim e disse: “Tirei vocês do Egito e os trouxe para a terra que prometi com juramento dar a seus antepassados. Eu disse: Jamais quebrarei a minha aliança com vocês. 2 E vocês não farão acordo com o povo desta terra, mas demolirão os seus altares. Por que vocês não me obedeceram? 3 Portanto, agora digo a vocês que não os expulsarei da presença de vocês; eles serão seus adversários, e os deuses deles serão uma armadilha para vocês”. 4 Quando o Anjo do SENHOR acabou de falar a todos os israelitas, o povo chorou em alta voz, 5 e ao lugar chamaram Boquim. Ali ofereceram sacrifícios ao SENHOR. 6 Depois que Josué despediu os israelitas, eles saíram para ocupar a terra, cada um a sua herança. 7 O povo prestou culto ao SENHOR durante toda a vida de Josué e dos líderes que sobreviveram a Josué e que tinham visto todos os grandes feitos do SENHOR em favor de Israel. 8 Josué, filho de Num, servo do SENHOR, morreu com a idade de cento e dez anos. 9 Foi sepultado na terra de sua herança, em Timnate-Heres, nos montes de Efraim, ao norte do monte Gaás. 10 Depois que toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não conhecia o SENHOR e o que ele havia feito por Israel. 11 Então os israelitas fizeram o que o SENHOR reprova e prestaram culto aos baalins. 12 Abandonaram o SENHOR, o Deus dos seus antepassados, que os havia tirado do Egito, e seguiram e adoraram vários deuses dos povos ao seu redor, provocando a ira do SENHOR. 13 Abandonaram o SENHOR e prestaram culto a Baal e a Astarote. 14 A ira do SENHOR se acendeu contra Israel, e ele os entregou nas mãos de invasores que os saquearam. Ele os entregou aos inimigos ao seu redor, aos quais já não conseguiam resistir. 15 Sempre que os israelitas saíam para a batalha, a mão do SENHOR era contra eles para derrotá-los, conforme havia advertido e jurado a vocês. Grande angústia os dominava. 16 Então o SENHOR levantou juízes, que os libertaram das mãos daqueles que os atacavam. 17 Mesmo assim eles não quiseram ouvir os juízes, antes se prostituíram com outros deuses e os adoraram. Ao contrário dos seus antepassados, logo se desviaram do caminho pelo qual os seus antepassados tinham andado, o caminho da obediência aos mandamentos do SENHOR. 18 Sempre que o SENHOR lhes levantava um juiz, ele estava com o juiz e os salvava das mãos de seus inimigos enquanto o juiz vivia; pois o SENHOR tinha misericórdia por causa dos gemidos deles diante daqueles que os oprimiam e os afligiam. 19 Mas, quando o juiz morria, o povo voltava a caminhos ainda piores do que os caminhos dos seus antepassados, seguindo outros deuses, prestando-lhes culto e adorando-os. Recusavam-se a abandonar suas práticas e seu caminho obstinado. 20 Por isso a ira do SENHOR acendeu-se contra Israel, e ele disse: “Como este povo violou a aliança que fiz com os seus antepassados e não tem ouvido a minha voz, 21 não expulsarei de diante dele nenhuma das nações que Josué deixou quando morreu. 22 Eu as usarei para pôr Israel à prova e ver se guardará o caminho do SENHOR e se andará nele como o fizeram os seus antepassados”. 23 O SENHOR havia permitido que essas nações permanecessem; não as expulsou de imediato e não as entregou nas mãos de Josué.
1 Naquele dia, este cântico será entoado em Judá:Temos uma cidade forte;Deus estabelece a salvaçãocomo muros e trincheiras. 2 Abram as portas para que entrea nação justa,a nação que se mantém fiel. 3 Tu, SENHOR, guardarás em perfeita pazaquele cujo propósito está firme,porque em ti confia. 4 Confiem para sempre no SENHOR,pois o SENHOR, somente o SENHOR, é a Rocha eterna. 5 Ele humilha os que habitam nas alturas,rebaixa e arrasa a cidade altivae a lança ao pó. 6 Pés as pisoteiam,os pés dos necessitados,os passos dos pobres. 7 A vereda do justo é plana;tu, que és reto, tornas suave o caminho do justo. 8 Andando pelo caminho das tuas ordenançasesperamos em ti, SENHOR.O teu nome e a tua lembrançasão o desejo do nosso coração. 9 A minha alma suspira por ti durante a noite;e logo cedo o meu espírito por ti anseia,pois, quando se veem na terra as tuas ordenanças,os habitantes do mundo aprendem justiça. 10 Ainda que se tenha compaixão do ímpio,ele não aprenderá a justiça;na terra da retidão ele age perversamentee não vê a majestade do SENHOR. 11 Erguida está a tua mão, SENHOR,mas eles não a veem!Que vejam o teu zelo para com o teu povo e se envergonhem;que o fogo reservado para os teus adversários os consuma. 12 SENHOR, tu estabeleces a paz para nós;tudo o que alcançamos, fizeste-o para nós. 13 Ó SENHOR, ó nosso Deus, outros senhores além de ti nos têm dominado,mas só ao teu nome honramos. 14 Agora eles estão mortos, não viverão;são sombras, não ressuscitarão.Tu os castigaste e os levaste à ruína;apagaste por completo a lembrança deles! 15 Fizeste crescer a nação, SENHOR;sim, fizeste crescer a nação.De glória te revestiste;alargaste todas as fronteiras da nossa terra. 16 SENHOR, no meio da aflição te buscaram;quando os disciplinastesussurraram uma oração. 17 Como a mulher grávida prestes a dar à luzse contorce e grita de dor,assim estamos nós na tua presença, ó Senhor. 18 Nós engravidamos e nos contorcemos de dor,mas demos à luz o vento.Não trouxemos salvação à terra;não demos à luz os habitantes do mundo. 19 Mas os teus mortos viverão;seus corpos ressuscitarão.Vocês, que voltaram ao pó,acordem e cantem de alegria.O teu orvalho é orvalho de luz;a terra dará à luz os seus mortos. 20 Vá, meu povo, entre em seus quartose tranque as portas;esconda-se por um momentoaté que tenha passado a ira dele. 21 Vejam! O SENHOR está saindo da sua habitaçãopara castigar os moradores da terra por suas iniquidades.A terra mostrará o sangue derramado sobre ela;não mais encobrirá os seus mortos.
1 Então Agripa disse a Paulo: “Você tem permissão para falar em sua defesa”.A seguir, Paulo fez sinal com a mão e começou a sua defesa: 2 “Rei Agripa, considero-me feliz por poder estar hoje em tua presença, para fazer a minha defesa contra todas as acusações dos judeus, 3 e especialmente porque estás bem familiarizado com todos os costumes e controvérsias deles. Portanto, peço que me ouças pacientemente. 4 “Todos os judeus sabem como tenho vivido desde pequeno, tanto em minha terra natal como em Jerusalém. 5 Eles me conhecem há muito tempo e podem testemunhar, se quiserem, que, como fariseu, vivi de acordo com a seita mais severa da nossa religião. 6 Agora, estou sendo julgado por causa da minha esperança no que Deus prometeu aos nossos antepassados. 7 Esta é a promessa que as nossas doze tribos esperam que se cumpra, cultuando a Deus com fervor, dia e noite. É por causa desta esperança, ó rei, que estou sendo acusado pelos judeus. 8 Por que os senhores acham impossível que Deus ressuscite os mortos? 9 “Eu também estava convencido de que deveria fazer todo o possível para me opor ao nome de Jesus, o Nazareno. 10 E foi exatamente isso que fiz em Jerusalém. Com autorização dos chefes dos sacerdotes lancei muitos santos na prisão e, quando eles eram condenados à morte, eu dava o meu voto contra eles. 11 Muitas vezes ia de uma sinagoga para outra a fim de castigá-los e tentava forçá-los a blasfemar. Em minha fúria contra eles, cheguei a ir a cidades estrangeiras para persegui-los. 12 “Numa dessas viagens eu estava indo para Damasco, com autorização e permissão dos chefes dos sacerdotes. 13 Por volta do meio-dia, ó rei, estando eu a caminho, vi uma luz do céu, mais resplandecente que o sol, brilhando ao meu redor e ao redor dos que iam comigo. 14 Todos caímos por terra. Então ouvi uma voz que me dizia em aramaico: ‘Saulo, Saulo, por que você está me perseguindo? Resistir ao aguilhão só lhe trará dor!’ 15 “Então perguntei: Quem és tu, Senhor?“Respondeu o Senhor: ‘Sou Jesus, a quem você está perseguindo. 16 Agora, levante-se, fique em pé. Eu apareci para constituí-lo servo e testemunha do que você viu a meu respeito e do que lhe mostrarei. 17 Eu o livrarei do seu próprio povo e dos gentios, aos quais eu o envio 18 para abrir-lhes os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim’. 19 “Assim, rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial. 20 Preguei em primeiro lugar aos que estavam em Damasco, depois aos que estavam em Jerusalém e em toda a Judeia, e também aos gentios, dizendo que se arrependessem e se voltassem para Deus, praticando obras que mostrassem o seu arrependimento. 21 Por isso os judeus me prenderam no pátio do templo e tentaram matar-me. 22 Mas tenho contado com a ajuda de Deus até o dia de hoje, e, por este motivo, estou aqui e dou testemunho tanto a gente simples como a gente importante. Não estou dizendo nada além do que os profetas e Moisés disseram que haveria de acontecer: 23 que o Cristo haveria de sofrer e, sendo o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, proclamaria luz para o seu próprio povo e para os gentios”. 24 A esta altura Festo interrompeu a defesa de Paulo e disse em alta voz: “Você está louco, Paulo! As muitas letras o estão levando à loucura!” 25 Respondeu Paulo: “Não estou louco, excelentíssimo Festo. O que estou dizendo é verdadeiro e de bom senso. 26 O rei está familiarizado com essas coisas, e lhe posso falar abertamente. Estou certo de que nada disso escapou do seu conhecimento, pois nada se passou num lugar qualquer. 27 Rei Agripa, crês nos profetas? Eu sei que sim”. 28 Então Agripa disse a Paulo: “Você acha que em tão pouco tempo pode convencer-me a tornar-me cristão?” 29 Paulo respondeu: “Em pouco ou em muito tempo, peço a Deus que não apenas tu, mas todos os que hoje me ouvem se tornem como eu, porém sem estas algemas”. 30 O rei se levantou, e com ele o governador e Berenice, como também os que estavam assentados com eles. 31 Saindo do salão, comentavam entre si: “Este homem não fez nada que mereça morte ou prisão”. 32 Agripa disse a Festo: “Ele poderia ser posto em liberdade, se não tivesse apelado para César”.