1 Depois que Jesus nasceu em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do oriente chegaram a Jerusalém 2 e perguntaram: “Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo”. 3 Quando o rei Herodes ouviu isso, ficou perturbado, e com ele toda Jerusalém. 4 Tendo reunido todos os chefes dos sacerdotes do povo e os mestres da lei, perguntou-lhes onde deveria nascer o Cristo. 5 E eles responderam: “Em Belém da Judeia; pois assim escreveu o profeta: 6 “ ‘Mas tu, Belém, da terra de Judá,de forma alguma és a menor em meio às principais cidades de Judá;pois de ti virá o líder que, como pastor,conduzirá Israel, o meu povo’.” 7 Então Herodes chamou os magos secretamente e informou-se com eles a respeito do tempo exato em que a estrela tinha aparecido. 8 Enviou-os a Belém e disse: “Vão informar-se com exatidão sobre o menino. Logo que o encontrarem, avisem-me, para que eu também vá adorá-lo”. 9 Depois de ouvirem o rei, eles seguiram o seu caminho, e a estrela que tinham visto no oriente foi adiante deles, até que finalmente parou sobre o lugar onde estava o menino. 10 Quando tornaram a ver a estrela, encheram-se de júbilo. 11 Ao entrarem na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram. Então abriram os seus tesouros e lhe deram presentes: ouro, incenso e mirra. 12 E, tendo sido advertidos em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram a sua terra por outro caminho. 13 Depois que partiram, um anjo do Senhor apareceu a José em sonho e lhe disse: “Levante-se, tome o menino e sua mãe, e fuja para o Egito. Fique lá até que eu diga a você, pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. 14 Então ele se levantou, tomou o menino e sua mãe durante a noite e partiu para o Egito, 15 onde ficou até a morte de Herodes. E assim se cumpriu o que o Senhor tinha dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu filho”. 16 Quando Herodes percebeu que havia sido enganado pelos magos, ficou furioso e ordenou que matassem todos os meninos de dois anos para baixo, em Belém e nas proximidades, de acordo com a informação que havia obtido dos magos. 17 Então se cumpriu o que fora dito pelo profeta Jeremias: 18 “Ouviu-se uma voz em Ramá,choro e grande lamentação;é Raquel que chora por seus filhose recusa ser consolada,porque já não existem”. 19 Depois que Herodes morreu, um anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, 20 e disse: “Levante-se, tome o menino e sua mãe e vá para a terra de Israel, pois estão mortos os que procuravam tirar a vida do menino”. 21 Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe e foi para a terra de Israel. 22 Mas, ao ouvir que Arquelau estava reinando na Judeia em lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Tendo sido avisado em sonho, retirou-se para a região da Galileia 23 e foi viver numa cidade chamada Nazaré. Assim cumpriu-se o que fora dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”.
1 Da Tenda do Encontro o SENHOR chamou Moisés e lhe ordenou: 2 “Diga o seguinte aos israelitas: Quando alguém trouxer um animal como oferta ao SENHOR, que seja do gado ou do rebanho de ovelhas. 3 “Se o holocausto for de gado, oferecerá um macho sem defeito. Ele o apresentará à entrada da Tenda do Encontro, para que seja aceito pelo SENHOR, 4 e porá a mão sobre a cabeça do animal do holocausto para que seja aceito como propiciação em seu lugar. 5 Então o novilho será morto perante o SENHOR, e os sacerdotes, descendentes de Arão, trarão o sangue e o derramarão em todos os lados do altar, que está à entrada da Tenda do Encontro. 6 Depois se tirará a pele do animal, que será cortado em pedaços. 7 Então os descendentes do sacerdote Arão acenderão o fogo do altar e arrumarão a lenha sobre o fogo. 8 Em seguida, arrumarão os pedaços, inclusive a cabeça e a gordura, sobre a lenha que está no fogo do altar. 9 As vísceras e as pernas serão lavadas com água. E o sacerdote queimará tudo isso no altar. É um holocausto; oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao SENHOR. 10 “Se a oferta for um holocausto do rebanho—quer de cordeiros quer de cabritos—, oferecerá um macho sem defeito. 11 O animal será morto no lado norte do altar, perante o SENHOR; os sacerdotes, descendentes de Arão, derramarão o sangue nos lados do altar. 12 Então o animal será cortado em pedaços. O sacerdote arrumará os pedaços, inclusive a cabeça e a gordura, sobre a lenha que está no fogo do altar. 13 As vísceras e as pernas serão lavadas com água. O sacerdote trará tudo isso como oferta e o queimará no altar. É um holocausto; oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao SENHOR. 14 “Se a sua oferta ao SENHOR for um holocausto de aves, traga uma rolinha ou um pombinho. 15 O sacerdote trará a ave ao altar, destroncará o pescoço dela e a queimará, e deixará escorrer o sangue da ave na parede do altar. 16 Ele retirará o papo com o seu conteúdo e o jogará no lado leste do altar, onde ficam as cinzas. 17 Rasgará a ave pelas asas, sem dividi-la totalmente, e então o sacerdote a queimará sobre a lenha acesa no altar. É um holocausto; oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao SENHOR.
1 Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. 2 Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se opondo contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos. 3 Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser por aqueles que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá. 4 Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas, se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal. 5 Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência. 6 É por isso também que vocês pagam imposto, pois as autoridades estão a serviço de Deus, sempre dedicadas a esse trabalho. 7 Deem a cada um o que lhe é devido: se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra. 8 Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a Lei. 9 Pois estes mandamentos: “Não adulterarás”, “Não matarás”, “Não furtarás”, “Não cobiçarás” e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. 10 O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da Lei. 11 Façam isso, compreendendo o tempo em que vivemos. Chegou a hora de vocês despertarem do sono, porque agora a nossa salvação está mais próxima do que quando cremos. 12 A noite está quase acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e revistamo-nos da armadura da luz. 13 Comportemo-nos com decência, como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja. 14 Ao contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne.
1 De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês? 2 Vocês cobiçam coisas, mas não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem. 3 Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres. 4 Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus. 5 Ou vocês acham que é sem razão que a Escritura diz que o Espírito que ele fez habitar em nós tem fortes ciúmes? 6 Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura:“Deus se opõe aos orgulhosos,mas concede graça aos humildes”. 7 Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês. 8 Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração. 9 Entristeçam-se, lamentem-se e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. 10 Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará. 11 Irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala contra o seu irmão ou julga o seu irmão fala contra a Lei e a julga. Quando você julga a Lei, não a está cumprindo, mas está agindo como juiz. 12 Há apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir. Mas quem é você para julgar o seu próximo? 13 Ouçam agora, vocês que dizem: “Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro”. 14 Vocês nem sabem o que acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. 15 Em vez disso, deveriam dizer: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo”. 16 Agora, porém, vocês se vangloriam das suas pretensões. Toda vanglória como essa é maligna. 17 Portanto, pensem nisto: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz comete pecado.
1 Aquele que habita no abrigo do Altíssimoe descansa à sombra do Todo-poderoso 2 pode dizer aoSENHOR: “Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza,o meu Deus, em quem confio”. 3 Ele o livrará do laço do caçadore do veneno mortal. 4 Ele o cobrirá com as suas penas,e sob as suas asas você encontrará refúgio;a fidelidade dele será o seu escudo protetor. 5 Você não temerá o pavor da noitenem a flecha que voa de dia, 6 nem a peste que se move sorrateira nas trevas,nem a praga que devasta ao meio-dia. 7 Mil poderão cair ao seu lado;dez mil, à sua direita,mas nada o atingirá. 8 Você simplesmente olhará,e verá o castigo dos ímpios. 9 Se você fizer do Altíssimo o seu abrigo,do SENHOR o seu refúgio, 10 nenhum mal o atingirá,desgraça alguma chegará à sua tenda. 11 Porque a seus anjos ele dará ordens a seu respeito,para que o protejam em todos os seus caminhos; 12 com as mãos eles o segurarão,para que você não tropece em alguma pedra. 13 Você pisará o leão e a cobra;pisoteará o leão forte e a serpente. 14 “Porque ele me ama, eu o resgatarei;eu o protegerei, pois conhece o meu nome. 15 Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta,e na adversidade estarei com ele;vou livrá-lo e cobri-lo de honra. 16 Vida longa eu lhe darei,e lhe mostrarei a minha salvação”.
1 Quem insiste no erro depois de muita repreensão,será destruído, sem aviso e irremediavelmente. 2 Quando os justos florescem, o povo se alegra;quando os ímpios governam, o povo geme. 3 O homem que ama a sabedoria dá alegria a seu pai,mas quem anda com prostitutas dá fim à sua fortuna. 4 O rei que exerce a justiçadá estabilidade ao país,mas o que gosta de subornos o leva à ruína. 5 Quem adula seu próximoestá armando uma rede para os pés dele. 6 O pecado do homem mau o apanha na sua própria armadilha,mas o justo pode cantar e alegrar-se. 7 Os justos levam em conta os direitos dos pobres,mas os ímpios nem se importam com isso. 8 Os zombadores agitam a cidade,mas os sábios a apaziguam. 9 Se o sábio for ao tribunal contra o insensato,não haverá paz, pois o insensato se enfurecerá e zombará. 10 Os violentos odeiam os honestose procuram matar o homem íntegro. 11 O tolo dá vazão à sua ira,mas o sábio domina-se. 12 Para o governante que dá ouvidos a mentiras,todos os seus oficiais são ímpios. 13 O pobre e o opressor têm algo em comum:o SENHOR dá vista a ambos. 14 Se o rei julga os pobres com justiça,seu trono estará sempre seguro. 15 A vara da correção dá sabedoria,mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe. 16 Quando os ímpios prosperam, prospera o pecado,mas os justos verão a queda deles. 17 Discipline seu filho, e este lhe dará paz;trará grande prazer à sua alma. 18 Onde não há revelação divina, o povo se desvia;mas como é feliz quem obedece à lei! 19 Meras palavras não bastam para corrigir o escravo;mesmo que entenda, não reagirá bem. 20 Você já viu alguém que se precipita no falar?Há mais esperança para o insensato do que para ele. 21 Se alguém mima seu escravo desde jovem,no fim terá tristezas. 22 O homem irado provoca brigas,e o de gênio violento comete muitos pecados. 23 O orgulho do homem o humilha,mas o de espírito humilde obtém honra. 24 O cúmplice do ladrão odeia a si mesmo;posto sob juramento, não ousa testemunhar. 25 Quem teme o homem cai em armadilhas,mas quem confia no SENHOR está seguro. 26 Muitos desejam os favores do governante,mas é do SENHOR que procede a justiça. 27 Os justos detestam os desonestos,já os ímpios detestam os íntegros.
1 Na primavera, época em que os reis saíam para a guerra, Davi enviou para a batalha Joabe com seus oficiais e todo o exército de Israel; e eles derrotaram os amonitas e cercaram Rabá. Mas Davi permaneceu em Jerusalém. 2 Uma tarde Davi levantou-se da cama e foi passear pelo terraço do palácio. Do terraço viu uma mulher muito bonita, tomando banho, 3 e mandou alguém procurar saber quem era. Disseram-lhe: “É Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o hitita”. 4 Davi mandou que a trouxessem e se deitou com ela, que havia acabado de se purificar da impureza da sua menstruação. Depois, voltou para casa. 5 A mulher engravidou e mandou um recado a Davi, dizendo que estava grávida. 6 Em face disso, Davi mandou esta mensagem a Joabe: “Envie-me Urias, o hitita”. E Joabe o enviou. 7 Quando Urias chegou, Davi perguntou-lhe como estavam Joabe e os soldados e como estava indo a guerra; 8 e lhe disse: “Vá descansar um pouco em sua casa”. Urias saiu do palácio e logo lhe foi mandado um presente da parte do rei. 9 Mas Urias dormiu na entrada do palácio, onde dormiam os guardas de seu senhor, e não foi para casa. 10 Quando informaram a Davi que Urias não tinha ido para casa, ele lhe perguntou: “Depois da viagem que você fez, por que não foi para casa?” 11 Urias respondeu: “A arca e os homens de Israel e de Judá repousam em tendas; o meu senhor Joabe e os seus soldados estão acampados ao ar livre. Como poderia eu ir para casa para comer, beber e deitar-me com minha mulher? Juro por teu nome e por tua vida que não farei uma coisa dessas!” 12 Então Davi lhe disse: “Fique aqui mais um dia; amanhã eu o mandarei de volta”. Urias ficou em Jerusalém, mas no dia seguinte 13 Davi o convidou para comer e beber e o embriagou. À tarde, porém, Urias saiu para dormir em sua esteira, onde os guardas de seu senhor dormiam, e não foi para casa. 14 De manhã, Davi enviou uma carta a Joabe por meio de Urias. 15 Nela escreveu: “Ponha Urias na linha de frente e deixe-o onde o combate estiver mais violento, para que seja ferido e morra”. 16 Como Joabe tinha cercado a cidade, colocou Urias no lugar onde sabia que os inimigos eram mais fortes. 17 Quando os homens da cidade saíram e lutaram contra Joabe, alguns dos oficiais da guarda de Davi morreram, e morreu também Urias, o hitita. 18 Joabe enviou a Davi um relatório completo da batalha, 19 dando a seguinte instrução ao mensageiro: “Ao acabar de apresentar ao rei este relatório, 20 pode ser que o rei fique muito indignado e lhe pergunte: ‘Por que vocês se aproximaram tanto da cidade para combater? Não sabiam que eles atirariam flechas da muralha? 21 Em Tebes, quem matou Abimeleque, filho de Jerubesete? Não foi uma mulher que da muralha atirou-lhe uma pedra de moinho, e ele morreu? Por que vocês se aproximaram tanto da muralha?’ Se ele perguntar isso, diga-lhe: E morreu também o teu servo Urias, o hitita”. 22 O mensageiro partiu e, ao chegar, contou a Davi tudo o que Joabe lhe havia mandado falar, 23 dizendo: “Eles nos sobrepujaram e saíram contra nós em campo aberto, mas nós os fizemos retroceder para a porta da cidade. 24 Então os flecheiros atiraram do alto da muralha contra os teus servos e mataram alguns deles. E morreu também o teu servo Urias, o hitita”. 25 Davi mandou o mensageiro dizer a Joabe: “Não fique preocupado com isso, pois a espada não escolhe a quem devorar. Reforce o ataque à cidade até destruí-la”. E ainda insistiu com o mensageiro que encorajasse Joabe. 26 Quando a mulher de Urias soube que o seu marido havia morrido, chorou por ele. 27 Passado o luto, Davi mandou que a trouxessem para o palácio; ela se tornou sua mulher e teve um filho dele. Mas o que Davi fez desagradou ao SENHOR.
1 A palavra veio a Jeremias a respeito de todo o povo de Judá no quarto ano de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, que foi o primeiro ano de Nabucodonosor, rei da Babilônia. 2 O que o profeta Jeremias anunciou a todo o povo de Judá e aos habitantes de Jerusalém foi isto: 3 “Durante vinte e três anos a palavra do SENHOR tem vindo a mim, desde o décimo terceiro ano de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje. E eu a tenho anunciado a vocês, dia após dia, mas vocês não me deram ouvidos. 4 “Embora o SENHOR tenha enviado a vocês os seus servos, os profetas, dia após dia, vocês não os ouviram nem lhes deram atenção 5 quando disseram: ‘Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o SENHOR deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. 6 Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês’. 7 “ ‘Mas vocês não me deram ouvidos e me provocaram à ira com os ídolos que fizeram, trazendo desgraça sobre vocês mesmos’, declara o SENHOR. 8 “Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos: ‘Visto que vocês não ouviram as minhas palavras, 9 convocarei todos os povos do norte e o meu servo Nabucodonosor, rei da Babilônia’, declara o SENHOR, ‘e os trarei para atacar esta terra, os seus habitantes e todas as nações ao redor. Eu os destruirei completamente e os farei um objeto de pavor e de zombaria, e uma ruína permanente. 10 Darei fim às vozes de júbilo e de alegria, às vozes do noivo e da noiva, ao som do moinho e à luz das candeias. 11 Toda esta terra se tornará uma ruína desolada, e essas nações estarão sujeitas ao rei da Babilônia durante setenta anos. 12 “ ‘Quando se completarem os setenta anos, castigarei o rei da Babilônia e a sua nação, a terra dos babilônios, por causa de suas iniquidades’, declara o SENHOR, ‘e a deixarei arrasada para sempre. 13 Cumprirei naquela terra tudo o que falei contra ela, tudo o que está escrito neste livro e que Jeremias profetizou contra todas as nações. 14 Porque os próprios babilônios serão escravizados por muitas nações e grandes reis; eu lhes retribuirei conforme as suas ações e as suas obras’.” 15 Assim me disse o SENHOR, o Deus de Israel: “Pegue de minha mão este cálice com o vinho da minha ira e faça com que bebam dele todas as nações a quem eu o envio. 16 Quando o beberem, ficarão cambaleando, enlouquecidas por causa da espada que enviarei contra elas”. 17 Então peguei o cálice da mão do SENHOR, e fiz com que dele bebessem todas as nações às quais o SENHOR me enviou: 18 Jerusalém e as cidades de Judá, seus reis e seus líderes, para fazer deles uma desolação e um objeto de pavor, zombaria e maldição, como hoje acontece; 19 o faraó, o rei do Egito, seus conselheiros e seus líderes, todo o seu povo 20 e todos os estrangeiros que lá residem; todos os reis de Uz; todos os reis dos filisteus: de Ascalom, Gaza, Ecrom e o povo que restou em Asdode; 21 Edom, Moabe e os amonitas, 22 os reis de Tiro e de Sidom; os reis das ilhas e das terras de além-mar; 23 Dedã, Temá, Buz e todos os que rapam a cabeça; 24 e os reis da Arábia e todos os reis dos estrangeiros que vivem no deserto; 25 todos os reis de Zinri, de Elão e da Média; 26 e todos os reis do norte, próximos ou distantes, um após outro; e todos os reinos da face da terra. Depois de todos eles, o rei de Sesaque também beberá do cálice. 27 “A seguir diga-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Bebam, embriaguem-se, vomitem, caiam e não mais se levantem, por causa da espada que envio no meio de vocês. 28 Mas, se eles se recusarem a beber, diga-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Vocês vão bebê-lo! 29 Começo a trazer desgraça sobre a cidade que leva o meu nome; e vocês sairiam impunes? De maneira alguma ficarão sem castigo! Estou trazendo a espada contra todos os habitantes da terra”, declara o SENHOR dos Exércitos. 30 “E você, profetize todas estas palavras contra eles, dizendo:“O SENHOR ruge do alto;troveja de sua santa morada;ruge poderosamente contra a sua propriedade.Ele grita como os que pisam as uvas;grita contra todos os habitantes da terra. 31 Um tumulto ressoa até os confins da terra,pois o SENHOR faz acusações contra as naçõese julga toda a humanidade:ele entregará os ímpios à espada”,declara o SENHOR. 32 Assim diz o SENHOR:“Vejam! A desgraça está se espalhandode nação em nação;uma terrível tempestade se levantadesde os confins da terra”. 33 Naquele dia, os mortos pelo SENHOR estarão em todo lugar, de um lado ao outro da terra. Ninguém pranteará por eles, e não serão recolhidos e sepultados, mas servirão de esterco sobre o solo. 34 Lamentem-se e gritem, pastores!Rolem no pó, chefes do rebanho!Porque chegou para vocês o dia da matança e da sua dispersão;vocês cairão e serão esmigalhados como vasos finos. 35 Não haverá refúgio para os pastoresnem escapatória para os chefes do rebanho. 36 Ouvem-se os gritos dos pastorese o lamento dos chefes do rebanho,pois o SENHOR está destruindo as pastagens deles. 37 Os pastos tranquilos estão devastadospor causa do fogo da ira do SENHOR. 38 Como um leão, ele saiu de sua toca;a terra deles ficou devastada,por causa da espada do opressore do fogo de sua ira.
1 Então o sumo sacerdote perguntou a Estêvão: “São verdadeiras estas acusações?” 2 A isso ele respondeu: “Irmãos e pais, ouçam-me! O Deus glorioso apareceu a Abraão, nosso pai, estando ele ainda na Mesopotâmia, antes de morar em Harã, e lhe disse: 3 ‘Saia da sua terra e do meio dos seus parentes e vá para a terra que eu lhe mostrarei’. 4 “Então ele saiu da terra dos caldeus e se estabeleceu em Harã. Depois da morte de seu pai, Deus o trouxe a esta terra, onde vocês agora vivem. 5 Deus não lhe deu nenhuma herança aqui, nem mesmo o espaço de um pé. Mas lhe prometeu que ele e, depois dele, seus descendentes, possuiriam a terra, embora, naquele tempo, Abraão não tivesse filhos. 6 Deus lhe falou desta forma: ‘Seus descendentes serão peregrinos numa terra estrangeira, escravizados e maltratados por quatrocentos anos. 7 Mas eu castigarei a nação a quem servirão como escravos, e depois sairão dali e me adorarão neste lugar’. 8 E deu a Abraão a aliança da circuncisão. Por isso, Abraão gerou Isaque e o circuncidou oito dias depois do seu nascimento. Mais tarde, Isaque gerou Jacó, e este os doze patriarcas. 9 “Os patriarcas, tendo inveja de José, venderam-no como escravo para o Egito. Mas Deus estava com ele 10 e o libertou de todas as suas tribulações, dando a José favor e sabedoria diante do faraó, rei do Egito; este o tornou governador do Egito e de todo o seu palácio. 11 “Depois houve fome em todo o Egito e em Canaã, trazendo grande sofrimento, e os nossos antepassados não encontravam alimento. 12 Ouvindo que havia trigo no Egito, Jacó enviou nossos antepassados em sua primeira viagem. 13 Na segunda viagem deles, José fez-se reconhecer por seus irmãos, e o faraó pôde conhecer a família de José. 14 Depois disso, José mandou buscar seu pai, Jacó, e toda a sua família, que eram setenta e cinco pessoas. 15 Então Jacó desceu ao Egito, onde faleceram ele e os nossos antepassados. 16 Seus corpos foram levados de volta a Siquém e colocados no túmulo que Abraão havia comprado ali dos filhos de Hamor, por certa quantia. 17 “Ao se aproximar o tempo em que Deus cumpriria sua promessa a Abraão, aumentou muito o número do nosso povo no Egito. 18 Então outro rei, que nada sabia a respeito de José, passou a governar o Egito. 19 Ele agiu traiçoeiramente para com o nosso povo e oprimiu os nossos antepassados, obrigando-os a abandonar os seus recém-nascidos, para que não sobrevivessem. 20 “Naquele tempo nasceu Moisés, que era um menino extraordinário. Por três meses ele foi criado na casa de seu pai. 21 Quando foi abandonado, a filha do faraó o tomou e o criou como seu próprio filho. 22 Moisés foi educado em toda a sabedoria dos egípcios e veio a ser poderoso em palavras e obras. 23 “Ao completar quarenta anos, Moisés decidiu visitar seus irmãos israelitas. 24 Ao ver um deles sendo maltratado por um egípcio, saiu em defesa do oprimido e o vingou, matando o egípcio. 25 Ele pensava que seus irmãos compreenderiam que Deus o estava usando para salvá-los, mas eles não o compreenderam. 26 No dia seguinte, Moisés dirigiu-se a dois israelitas que estavam brigando, e tentou reconciliá-los, dizendo: ‘Homens, vocês são irmãos; por que ferem um ao outro?’ 27 “Mas o homem que maltratava o outro empurrou Moisés e disse: ‘Quem o nomeou líder e juiz sobre nós? 28 Quer matar-me como matou o egípcio ontem?’ 29 Ouvindo isso, Moisés fugiu para Midiã, onde ficou morando como estrangeiro e teve dois filhos. 30 “Passados quarenta anos, apareceu a Moisés um anjo nas labaredas de uma sarça em chamas no deserto, perto do monte Sinai. 31 Vendo aquilo, ficou atônito. E, aproximando-se para observar, ouviu a voz do Senhor: 32 ‘Eu sou o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó’. Moisés, tremendo de medo, não ousava olhar. 33 “Então o Senhor lhe disse: ‘Tire as sandálias dos pés, porque o lugar em que você está é terra santa. 34 De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito. Ouvi seus gemidos e desci para livrá-lo. Venha agora, e eu o enviarei de volta ao Egito’. 35 “Este é o mesmo Moisés que tinham rejeitado com estas palavras: ‘Quem o nomeou líder e juiz?’ Ele foi enviado pelo próprio Deus para ser líder e libertador deles, por meio do anjo que lhe tinha aparecido na sarça. 36 Ele os tirou de lá, fazendo maravilhas e sinais no Egito, no mar Vermelho e no deserto durante quarenta anos. 37 “Este é aquele Moisés que disse aos israelitas: ‘Deus levantará dentre seus irmãos um profeta como eu’. 38 Ele estava na congregação, no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos antepassados, e recebeu palavras vivas, para transmiti-las a nós. 39 “Mas nossos antepassados se recusaram a obedecer-lhe; ao contrário, rejeitaram-no e em seu coração voltaram para o Egito. 40 Disseram a Arão: ‘Faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu!’ 41 Naquela ocasião fizeram um ídolo em forma de bezerro. Trouxeram-lhe sacrifícios e fizeram uma celebração em honra ao que suas mãos tinham feito. 42 Mas Deus afastou-se deles e os entregou à adoração dos astros, conforme o que foi escrito no livro dos profetas:“ ‘Foi a mim que vocês apresentaram sacrifícios e ofertasdurante os quarenta anos no deserto, ó nação de Israel? 43 Em vez disso, levantaram o santuário de Moloquee a estrela do seu deus Renfã,ídolos que vocês fizeram para adorar!Portanto, eu os enviarei para o exílio, para além da Babilônia’. 44 “No deserto os nossos antepassados tinham o tabernáculo da aliança, que fora feito segundo a ordem de Deus a Moisés, de acordo com o modelo que ele tinha visto. 45 Tendo recebido o tabernáculo, nossos antepassados o levaram, sob a liderança de Josué, quando tomaram a terra das nações que Deus expulsou de diante deles. Esse tabernáculo permaneceu nesta terra até a época de Davi, 46 que encontrou graça diante de Deus e pediu que ele lhe permitisse providenciar uma habitação para o Deus de Jacó. 47 Mas foi Salomão quem lhe construiu a casa. 48 “Todavia, o Altíssimo não habita em casas feitas por homens. Como diz o profeta: 49 “ ‘O céu é o meu trono;a terra, o estrado dos meus pés.Que espécie de casa vocês me edificarão?diz o Senhor,ou, onde seria meu lugar de descanso? 50 Não foram as minhas mãos que fizeram todas estas coisas?’ 51 “Povo rebelde, obstinado de coração e de ouvidos! Vocês são iguais aos seus antepassados: sempre resistem ao Espírito Santo! 52 Qual dos profetas os seus antepassados não perseguiram? Eles mataram aqueles que prediziam a vinda do Justo, de quem agora vocês se tornaram traidores e assassinos— 53 vocês, que receberam a Lei por intermédio de anjos, mas não lhe obedeceram”. 54 Ouvindo isso, ficaram furiosos e rangeram os dentes contra ele. 55 Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé, à direita de Deus, 56 e disse: “Vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé, à direita de Deus”. 57 Mas eles taparam os ouvidos e, dando fortes gritos, lançaram-se todos juntos contra ele, 58 arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram seus mantos aos pés de um jovem chamado Saulo. 59 Enquanto apedrejavam Estêvão, este orava: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito”. 60 Então caiu de joelhos e bradou: “Senhor, não os consideres culpados deste pecado”. E, tendo dito isso, adormeceu.