3 Os escudos e os uniformesdos soldados inimigos são vermelhos.Os seus carros de guerra reluzemquando se alinham para a batalha;agitam-se as lanças de pinho. 4 Os carros de guerra percorrem loucamente as ruase se cruzam velozmente pelos quarteirões.Parecem tochas de fogoe se arremessam como relâmpagos. 5 As suas tropas de elite são convocadas,mas elas vêm tropeçando;correm para a muralha da cidadepara formar a linha de proteção. 6 As comportas dos canais são abertas,e o palácio desaba. 7 Está decretado: A cidade irá para o exílio; será deportada.As jovens tomadas como escravasbatem no peito;seu gemer é como o arrulhar das pombas. 8 Nínive é como um açude antigocujas águas estão vazando.“Parem, parem”, eles gritam,mas ninguém sequer olha para trás. 9 Saqueiem a prata! Saqueiem o ouro!Sua riqueza não tem fim;está repleta de objetos de valor! 10 Ah! Devastação! Destruição! Desolação!Os corações se derretem, os joelhos vacilam,todos os corpos tremem e o rosto de todos empalidece! 11 Onde está agora a toca dos leões?O lugar em que alimentavam seus filhotes,para onde iam o leão, a leoae os leõezinhos, sem nada temer? 12 Onde está o leão que caçava o bastante para os seus filhotes,estrangulava animais para as suas leoase enchia as suas covas de presase as suas tocas de vítimas? 13 “Estou contra você”,declara o SENHOR dos Exércitos;“queimarei no fogo os seus carros de guerra,e a espada matará os seus leões.Eliminarei da terra a sua caça,e a voz dos seus mensageirosjamais será ouvida”.
1 Ai da cidade sanguinária,repleta de fraudes e cheia de roubos,sempre fazendo as suas vítimas! 2 Ah, o estalo dos chicotes,o barulho das rodas,o galope dos cavalose o sacudir dos carros de guerra! 3 Cavaleiros atacando,espadas reluzentese lanças cintilantes!Muitos mortos,montanhas de cadáveres,corpos sem conta,gente tropeçando por cima deles! 4 Tudo por causa do desejo desenfreado de uma prostituta sedutora,mestra de feitiçariasque escravizou nações com a sua prostituiçãoe povos com a sua feitiçaria. 5 “Eu estou contra você”, declara o SENHOR dos Exércitos;“vou levantar o seu vestido até a altura do seu rosto.Mostrarei às nações a sua nudeze aos reinos, as suas vergonhas. 6 Eu jogarei imundície sobre você,e a tratarei com desprezo;farei de você um exemplo. 7 Todos os que a virem fugirão, dizendo:‘Nínive está arrasada! Quem a lamentará?’Onde encontrarei quem a console?” 8 Acaso você é melhor do que Tebas,situada junto ao Nilo,rodeada de águas?O rio era a sua defesa;as águas, o seu muro. 9 A Etiópia e o Egito eram a sua força ilimitada;Fute e a Líbia estavam entre os seus aliados. 10 Apesar disso, ela foi deportada,levada para o exílio.Em todas as esquinasas suas crianças foram massacradas.Lançaram sortes para decidir o destino dos seus nobres;todos os poderosos foram acorrentados. 11 Você também ficará embriagada;irá esconder-se,tentando proteger-se do inimigo. 12 Todas as suas fortalezas são como figueirascarregadas de figos maduros;basta sacudi-las,e os figos caem em bocas vorazes. 13 Olhe bem para as suas tropas:não passam de mulheres!As suas portas estão escancaradaspara os seus inimigos;o fogo devorou as suas trancas. 14 Reserve água para o tempo do cerco!Reforce as suas fortalezas!Entre no barro, pise a argamassa,prepare a forma para os tijolos! 15 Mesmo assim o fogo consumirá você;a espada a eliminará,e, como gafanhotos devastadores, a devorará!Multiplique-se como gafanhotos devastadores,multiplique-se como gafanhotos peregrinos! 16 Você multiplicou os seus comerciantes,tornando-os mais numerosos que as estrelas do céu;mas como gafanhotos devastadores, eles devoram o paíse depois voam para longe. 17 Os seus guardas são como gafanhotos peregrinos;os seus oficiais, como enxames de gafanhotosque se ajuntam sobre os muros em dias frios;mas, quando o sol aparece, eles voam,ninguém sabe para onde. 18 Ó rei da Assíria, os seus pastores dormem;os seus nobres adormecem.O seu povo está espalhado pelos montese não há ninguém para reuni-lo. 19 Não há cura para a sua chaga;a sua ferida é mortal.Quem ouve notícias a seu respeitobate palmas pela sua queda,pois, quem não sofreu porsua crueldade sem limites?
1 Advertência revelada ao profeta Habacuque. 2 Até quando, SENHOR, clamarei por socorro,sem que tu ouças?Até quando gritarei a ti: “Violência!”sem que tragas salvação? 3 Por que me fazes ver a injustiça,e contemplar a maldade?A destruição e a violência estão diante de mim;há luta e conflito por todo lado. 4 Por isso a lei se enfraquece,e a justiça nunca prevalece.Os ímpios prejudicam os justos,e assim a justiça é pervertida. 5 “Olhem as nações e contemplem-nas,fiquem atônitos e pasmem;pois nos seus dias farei algoem que não creriamse a vocês fosse contado. 6 Estou trazendo os babilônios,nação cruel e impetuosa,que marcha por toda a extensão da terrapara apoderar-se de moradias que não lhe pertencem. 7 É uma nação apavorante e temível,que cria a sua própria justiçae promove a sua própria honra. 8 Seus cavalos são mais velozes que os leopardos,mais ferozes que os lobos no crepúsculo.Sua cavalaria vem de longe.Seus cavalos vêm a galope;vêm voando como ave de rapina que mergulha para devorar; 9 todos vêm prontos para a violência.Suas hordas avançam como o vento do deserto,e fazem tantos prisioneiros como a areia da praia. 10 Menosprezam os reise zombam dos governantes.Riem de todas as cidades fortificadas,pois constroem rampas de terra e por elas as conquistam. 11 Depois passam como o vento e prosseguem;homens carregados de culpa que têm por deus a sua própria força”. 12 Senhor, tu não és desde a eternidade?Meu Deus, meu Santo, tu não morrerás.SENHOR, tu designaste essa nação para executar juízo;ó Rocha, determinaste que ela aplicasse castigo. 13 Teus olhos são tão puros que não suportam ver o mal;não podes tolerar a maldade.Então, por que toleras os perversos?Por que ficas caladoenquanto os ímpios devoram os que são mais justos que eles? 14 Tornaste os homens como peixes do mar,como animais, que não são governados por ninguém.