1 Quando o rei cananeu de Arade, que vivia no Neguebe, soube que Israel vinha pela estrada de Atarim, atacou os israelitas e capturou alguns deles. 2 Então Israel fez este voto ao SENHOR: “Se entregares este povo em nossas mãos, destruiremos totalmente as suas cidades”. 3 O SENHOR ouviu o pedido de Israel e lhes entregou os cananeus. Israel os destruiu completamente, a eles e às suas cidades; de modo que o lugar foi chamado Hormá. 4 Partiram eles do monte Hor pelo caminho do mar Vermelho, para contornarem a terra de Edom. Mas o povo ficou impaciente no caminho 5 e falou contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que vocês nos tiraram do Egito para morrermos no deserto? Não há pão! Não há água! E nós detestamos esta comida miserável!” 6 Então o SENHOR enviou serpentes venenosas que morderam o povo, e muitos morreram. 7 O povo foi a Moisés e disse: “Pecamos quando falamos contra o SENHOR e contra você. Ore pedindo ao SENHOR que tire as serpentes do meio de nós”. E Moisés orou pelo povo. 8 O SENHOR disse a Moisés: “Faça uma serpente e coloque-a no alto de um poste; quem for mordido e olhar para ela viverá”. 9 Moisés fez então uma serpente de bronze e a colocou num poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, permanecia vivo. 10 Os israelitas partiram e acamparam em Obote. 11 Depois partiram de Obote e acamparam em Ijé-Abarim, no deserto defronte de Moabe, ao leste. 12 Dali partiram e acamparam no vale de Zerede. 13 Partiram dali e acamparam do outro lado do Arnom, que fica no deserto que se estende até o território amorreu. O Arnom é a fronteira de Moabe, entre Moabe e os amorreus. 14 É por isso que se diz no Livro das Guerras do SENHOR:“…Vaebe, em Sufá, e os vales,o Arnom 15 e as ravinas dos valesque se estendem até a cidade de Are chegam até a fronteira de Moabe”. 16 De lá prosseguiram até Beer, o poço onde o SENHOR disse a Moisés: “Reúna o povo, e eu lhe darei água”. 17 Então Israel cantou esta canção:“Brote água, ó poço!Cantem a seu respeito, 18 a respeito do poço que os líderes cavaram,que os nobres abriramcom cetros e cajados”.Então saíram do deserto para Mataná, 19 de Mataná para Naaliel, de Naaliel para Bamote, 20 e de Bamote para o vale de Moabe, onde o topo do Pisga defronta com o deserto de Jesimom. 21 Israel enviou mensageiros para dizer a Seom, rei dos amorreus: 22 “Deixa-nos atravessar a tua terra. Não entraremos em nenhuma plantação, em nenhuma vinha, nem beberemos água de poço algum. Passaremos pela estrada do rei até que tenhamos atravessado o teu território”. 23 Seom, porém, não deixou Israel atravessar o seu território. Convocou todo o seu exército e atacou Israel no deserto. Quando chegou a Jaza, lutou contra Israel. 24 Porém Israel o destruiu com a espada e tomou-lhe as terras desde o Arnom até o Jaboque, até o território dos amonitas, pois Jazar estava na fronteira dos amonitas. 25 Israel capturou todas as cidades dos amorreus e as ocupou, inclusive Hesbom e todos os seus povoados. 26 Hesbom era a cidade de Seom, rei dos amorreus, que havia lutado contra o antigo rei de Moabe, tendo tomado todas as suas terras até o Arnom. 27 É por isso que os poetas dizem:“Venham a Hesbom! Seja ela reconstruída;seja restaurada a cidade de Seom! 28 “Fogo saiu de Hesbom,uma chama da cidade de Seom;consumiu Ar, de Moabe,os senhores do alto Arnom. 29 Ai de você, Moabe!Você está destruído, ó povo de Camos!Ele fez de seus filhos, fugitivos,e de suas filhas,prisioneiras de Seom, rei dos amorreus. 30 “Mas nós os derrotamos;Hesbom está destruída por todo o caminho até Dibom.Nós os arrasamos até Nofá,e até Medeba”. 31 Assim Israel habitou na terra dos amorreus. 32 Moisés enviou espiões a Jazar, e os israelitas tomaram os povoados ao redor e expulsaram os amorreus que ali estavam. 33 Depois voltaram e subiram pelo caminho de Basã, e Ogue, rei de Basã, com todo o seu exército, marchou para enfrentá-los em Edrei. 34 Mas o SENHOR disse a Moisés: “Não tenha medo dele, pois eu o entreguei a você, juntamente com todo o seu exército e com a sua terra. Você fará com ele o que fez com Seom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom”. 35 Então eles o derrotaram, bem como os seus filhos e todo o seu exército, não lhes deixando sobrevivente algum. E tomaram posse da terra dele.
1 Os israelitas partiram e acamparam nas campinas de Moabe, para além do Jordão, perto de Jericó. 2 Balaque, filho de Zipor, viu tudo o que Israel tinha feito aos amorreus, 3 e Moabe teve muito medo do povo, porque era muita gente. Moabe teve pavor dos israelitas. 4 Então os moabitas disseram aos líderes de Midiã: “Essa multidão devorará tudo o que há ao nosso redor, como o boi devora o capim do pasto”.Balaque, filho de Zipor, rei de Moabe naquela época, 5 enviou mensageiros para chamar Balaão, filho de Beor, que estava em Petor, perto do Eufrates, em sua terra natal. A mensagem de Balaque dizia:“Um povo que saiu do Egito cobre a face da terra e se estabeleceu perto de mim. 6 Venha agora lançar uma maldição contra ele, pois é forte demais para mim. Talvez então eu tenha condições de derrotá-lo e de expulsá-lo da terra. Pois sei que aquele que você abençoa é abençoado, e aquele que você amaldiçoa é amaldiçoado”. 7 Os líderes de Moabe e os de Midiã partiram, levando consigo a quantia necessária para pagar os encantamentos mágicos. Quando chegaram, comunicaram a Balaão o que Balaque tinha dito. 8 Disse-lhes Balaão: “Passem a noite aqui, e eu trarei a vocês a resposta que o SENHOR me der”. E os líderes moabitas ficaram com ele. 9 Deus veio a Balaão e lhe perguntou: “Quem são esses homens que estão com você?” 10 Balaão respondeu a Deus: “Balaque, filho de Zipor, rei de Moabe, enviou-me esta mensagem: 11 ‘Um povo que saiu do Egito cobre a face da terra. Venha agora lançar uma maldição contra ele. Talvez então eu tenha condições de derrotá-lo e de expulsá-lo’.” 12 Mas Deus disse a Balaão: “Não vá com eles. Você não poderá amaldiçoar este povo, porque é povo abençoado”. 13 Na manhã seguinte Balaão se levantou e disse aos líderes de Balaque: “Voltem para a sua terra, pois o SENHOR não permitiu que eu os acompanhe”. 14 Os líderes moabitas voltaram a Balaque e lhe disseram: “Balaão recusou-se a acompanhar-nos”. 15 Balaque enviou outros líderes, em maior número e mais importantes do que os primeiros. 16 Eles foram a Balaão e lhe disseram:“Assim diz Balaque, filho de Zipor: ‘Que nada o impeça de vir a mim, 17 porque o recompensarei generosamente e farei tudo o que você me disser. Venha, por favor, e lance para mim uma maldição contra este povo’.” 18 Balaão, porém, respondeu aos conselheiros de Balaque: “Mesmo que Balaque me desse o seu palácio cheio de prata e de ouro, eu não poderia fazer coisa alguma, grande ou pequena, que vá além da ordem do SENHOR, o meu Deus. 19 Agora, fiquem vocês também aqui esta noite, e eu descobrirei o que mais o SENHOR tem para dizer-me”. 20 Naquela noite, Deus veio a Balaão e lhe disse: “Visto que esses homens vieram chamá-lo, vá com eles, mas faça apenas o que eu disser a você”. 21 Balaão levantou-se pela manhã, pôs a sela sobre a sua jumenta e foi com os líderes de Moabe. 22 Mas acendeu-se a ira de Deus quando ele foi, e o Anjo do SENHOR pôs-se no caminho para impedi-lo de prosseguir. Balaão ia montado em sua jumenta, e seus dois servos o acompanhavam. 23 Quando a jumenta viu o Anjo do SENHOR parado no caminho, empunhando uma espada, saiu do caminho e prosseguiu pelo campo. Balaão bateu nela para fazê-la voltar ao caminho. 24 Então o Anjo do SENHOR se pôs num caminho estreito entre duas vinhas, com muros dos dois lados. 25 Quando a jumenta viu o Anjo do SENHOR, encostou-se no muro, apertando o pé de Balaão contra ele. Por isso ele bateu nela de novo. 26 O Anjo do SENHOR foi adiante e se colocou num lugar estreito, onde não havia espaço para desviar-se, nem para a direita nem para a esquerda. 27 Quando a jumenta viu o Anjo do SENHOR, deitou-se debaixo de Balaão. Acendeu-se a ira de Balaão, que bateu nela com uma vara. 28 Então o SENHOR abriu a boca da jumenta, e ela disse a Balaão: “Que foi que eu fiz para você, para você bater em mim três vezes?” 29 Balaão respondeu à jumenta: “Você me fez de tolo! Quem dera eu tivesse uma espada na mão; eu a mataria agora mesmo”. 30 Mas a jumenta disse a Balaão: “Não sou sua jumenta, que você sempre montou até o dia de hoje? Tenho eu o costume de fazer isso com você?”“Não”, disse ele. 31 Então o SENHOR abriu os olhos de Balaão, e ele viu o Anjo do SENHOR parado no caminho, empunhando a sua espada. Então Balaão inclinou-se e prostrou-se com o rosto em terra. 32 E o Anjo do SENHOR lhe perguntou: “Por que você bateu três vezes em sua jumenta? Eu vim aqui para impedi-lo de prosseguir porque o seu caminho me desagrada. 33 A jumenta me viu e se afastou de mim por três vezes. Se ela não se afastasse, certamente eu já o teria matado; mas a jumenta eu teria poupado”. 34 Balaão disse ao Anjo do SENHOR: “Pequei. Não percebi que estavas parado no caminho para me impedires de prosseguir. Agora, se o que estou fazendo te desagrada, eu voltarei”. 35 Então o Anjo do SENHOR disse a Balaão: “Vá com os homens, mas fale apenas o que eu disser a você”. Assim Balaão foi com os príncipes de Balaque. 36 Quando Balaque soube que Balaão estava chegando, foi ao seu encontro na cidade moabita da fronteira do Arnom, no limite do seu território. 37 E Balaque disse a Balaão: “Não mandei chamá-lo urgentemente? Por que não veio? Acaso não tenho condições de recompensá-lo?” 38 “Aqui estou!”, respondeu Balaão. “Mas seria eu capaz de dizer alguma coisa? Direi somente o que Deus puser em minha boca”. 39 Então Balaão foi com Balaque até Quiriate-Huzote. 40 Balaque sacrificou bois e ovelhas, e deu parte da carne a Balaão e aos líderes que com ele estavam. 41 Na manhã seguinte Balaque levou Balaão até o alto de Bamote-Baal, de onde viu uma parte do povo.
1 Balaão disse a Balaque: “Construa para mim aqui sete altares e prepare-me sete novilhos e sete carneiros”. 2 Balaque fez o que Balaão pediu, e os dois ofereceram um novilho e um carneiro em cada altar. 3 E Balaão disse a Balaque: “Fique aqui junto ao seu holocausto, enquanto eu me retiro. Talvez o SENHOR venha ao meu encontro. O que ele me revelar eu contarei a você”. E foi para um monte. 4 Deus o encontrou, e Balaão disse: “Preparei sete altares, e em cada altar ofereci um novilho e um carneiro”. 5 O SENHOR pôs uma mensagem na boca de Balaão e disse: “Volte a Balaque e dê-lhe essa mensagem”. 6 Ele voltou a Balaque e o encontrou ao lado de seu holocausto, e com ele todos os líderes de Moabe. 7 Então Balaão pronunciou este oráculo:“Balaque trouxe-me de Arã,o rei de Moabe buscou-me nas montanhas do oriente.‘Venha, amaldiçoe a Jacó para mim’, disse ele,‘venha, pronuncie ameaças contra Israel!’ 8 Como posso amaldiçoara quem Deus não amaldiçoou?Como posso pronunciar ameaçascontra quem o SENHOR não quis ameaçar? 9 Dos cumes rochosos eu os vejo,dos montes eu os avisto.Vejo um povo que vive separadoe não se considera como qualquer nação. 10 Quem pode contar o pó de Jacóou o número da quarta parte de Israel?Morra eu a morte dos justos,e seja o meu fim como o deles!” 11 Então Balaque disse a Balaão: “Que foi que você me fez? Eu o chamei para amaldiçoar meus inimigos, mas você nada fez senão abençoá-los!” 12 E ele respondeu: “Será que não devo dizer o que o SENHOR põe em minha boca?” 13 Balaque lhe disse: “Venha comigo a outro lugar de onde você poderá vê-los; você verá só uma parte, mas não todos eles. E dali amaldiçoe este povo para mim”. 14 Então ele o levou para o campo de Zofim, no topo do Pisga, e ali construiu sete altares e ofereceu um novilho e um carneiro em cada altar. 15 Balaão disse a Balaque: “Fique aqui ao lado de seu holocausto enquanto vou me encontrar com ele ali adiante”. 16 Encontrando-se o SENHOR com Balaão, pôs uma mensagem em sua boca e disse: “Volte a Balaque e dê-lhe essa mensagem”. 17 Ele voltou e o encontrou ao lado de seu holocausto, e com ele os líderes de Moabe. Balaque perguntou-lhe: “O que o SENHOR disse?” 18 Então ele pronunciou este oráculo:“Levante-se, Balaque, e ouça-me;escute-me, filho de Zipor. 19 Deus não é homem para que minta,nem filho de homem para que se arrependa.Acaso ele fala e deixa de agir?Acaso promete e deixa de cumprir? 20 Recebi uma ordem para abençoar;ele abençoou, e não o posso mudar. 21 “Nenhuma desgraça se vê em Jacó,nenhum sofrimento em Israel.O SENHOR, o seu Deus, está com eles;o brado de aclamação do Rei está no meio deles. 22 Deus os está trazendo do Egito;eles têm a força do boi selvagem. 23 Não há magia que possa contra Jacó,nem encantamento contra Israel.Agora se dirá de Jacó e de Israel:‘Vejam o que Deus tem feito!’ 24 O povo se levanta como leoa;levanta-se como o leão,que não se deita até que devore a sua presae beba o sangue das suas vítimas”. 25 Balaque disse então a Balaão: “Não os amaldiçoe nem os abençoe!” 26 Balaão respondeu: “Não disse a você que devo fazer tudo o que o SENHOR disser?” 27 Balaque disse a Balaão: “Venha, deixe-me levá-lo a outro lugar. Talvez Deus se agrade que dali você os amaldiçoe para mim”. 28 E Balaque levou Balaão para o topo do Peor, de onde se vê o deserto de Jesimom. 29 Balaão disse a Balaque: “Edifique-me aqui sete altares e prepare-me sete novilhos e sete carneiros”. 30 Balaque fez o que Balaão disse e ofereceu um novilho e um carneiro em cada altar.
1 Quando Balaão viu que agradava ao SENHOR abençoar Israel, não recorreu à magia como nas outras vezes, mas voltou o rosto para o deserto. 2 Então viu Israel acampado, tribo por tribo; e o Espírito de Deus veio sobre ele, 3 e ele pronunciou este oráculo:“Palavra de Balaão, filho de Beor,palavra daquele cujos olhos veem claramente, 4 palavra daquele que ouve as palavras de Deus,daquele que vê a visão que vem do Todo-poderoso,daquele que cai prostrado e vê com clareza: 5 “Quão belas são as suas tendas, ó Jacó,as suas habitações, ó Israel! 6 “Como vales estendem-se,como jardins que margeiam rios,como aloés plantados pelo SENHOR,como cedros junto às águas. 7 Seus reservatórios de água transbordarão;suas lavouras serão bem irrigadas.“O seu rei será maior do que Agague;o seu reino será exaltado. 8 “Deus os está trazendo do Egito;eles têm a força do boi selvagem.Devoram nações inimigase despedaçam seus ossos;com suas flechas os atravessam. 9 Como o leão e a leoa eles se abaixam e se deitam,quem ousará despertá-los?“Sejam abençoados os que os abençoarem,e amaldiçoados os que os amaldiçoarem!” 10 Então acendeu-se a ira de Balaque contra Balaão, e, batendo as palmas das mãos, disse: “Eu o chamei para amaldiçoar meus inimigos, mas você já os abençoou três vezes! 11 Agora, fuja para a sua casa! Eu disse que daria a você generosa recompensa, mas o SENHOR o impediu de recebê-la”. 12 Mas Balaão respondeu a Balaque: “Eu bem que avisei aos mensageiros que você me enviou: 13 ‘Mesmo que Balaque me desse o seu palácio cheio de prata e de ouro, eu não poderia fazer coisa alguma de minha própria vontade, boa ou má, que vá além da ordem do SENHOR, e devo dizer somente o que o SENHOR disser’. 14 Agora estou voltando para o meu povo, mas venha, deixe-me adverti-lo do que este povo fará ao seu povo nos dias futuros”. 15 Então pronunciou este seu oráculo:“Palavra de Balaão, filho de Beor,palavra daquele cujos olhos veem claramente, 16 daquele que ouve as palavras de Deus,que possui o conhecimento do Altíssimo,daquele que vê a visão que vem do Todo-poderoso,daquele que cai prostrado, e vê com clareza: 17 “Eu o vejo, mas não agora;eu o avisto, mas não de perto.Uma estrela surgirá de Jacó;um cetro se levantará de Israel.Ele esmagará as frontes de Moabee o crânio. de todos os descendentes de Sete 18 Edom será dominado;Seir, seu inimigo, também será dominado;mas Israel se fortalecerá. 19 De Jacó sairá o governo;ele destruirá os sobreviventes das cidades”. 20 Balaão viu Amaleque e pronunciou este oráculo:“Amaleque foi o primeiro das nações,mas o seu fim será destruição”. 21 Depois viu os queneus e pronunciou este oráculo:“Sua habitação é segura,seu ninho está firmado na rocha; 22 todavia, vocês, queneus, serão destruídosquando Assur os levar prisioneiros”. 23 Finalmente pronunciou este oráculo:“Ah, quem poderá viver quando Deus fizer isto? 24 Navios virão da costa de Quitime subjugarão Assur e Héber,mas o seu fim também será destruição”. 25 Então Balaão se levantou e voltou para casa, e Balaque seguiu o seu caminho.
1 Enquanto Israel estava em Sitim, o povo começou a entregar-se à imoralidade sexual com mulheres moabitas, 2 que os convidavam aos sacrifícios de seus deuses. O povo comia e se prostrava perante esses deuses. 3 Assim Israel se juntou à adoração a Baal-Peor. E a ira do SENHOR acendeu-se contra Israel. 4 E o SENHOR disse a Moisés: “Prenda todos os chefes desse povo, enforque-os diante do SENHOR, à luz do sol, para que o fogo da ira do SENHOR se afaste de Israel”. 5 Então Moisés disse aos juízes de Israel: “Cada um de vocês terá que matar aqueles que dentre os seus homens se juntaram à adoração a Baal-Peor”. 6 Um israelita trouxe para casa uma mulher midianita, na presença de Moisés e de toda a comunidade de Israel, que choravam à entrada da Tenda do Encontro. 7 Quando Fineias, filho de Eleazar, neto do sacerdote Arão, viu isso, apanhou uma lança, 8 seguiu o israelita até o interior da tenda e atravessou os dois com a lança; atravessou o corpo do israelita e o da mulher. Então cessou a praga contra os israelitas. 9 Mas os que morreram por causa da praga foram vinte e quatro mil. 10 E o SENHOR disse a Moisés: 11 “Fineias, filho de Eleazar, neto do sacerdote Arão, desviou a minha ira de sobre os israelitas, pois foi zeloso, com o mesmo zelo que tenho por eles, para que em meu zelo eu não os consumisse. 12 Diga-lhe, pois, que estabeleço com ele a minha aliança de paz. 13 Dele e dos seus descendentes será a aliança do sacerdócio perpétuo, porque ele foi zeloso pelo seu Deus e fez propiciação pelos israelitas”. 14 O nome do israelita que foi morto com a midianita era Zinri, filho de Salu, líder de uma família simeonita. 15 E o nome da mulher midianita que morreu era Cosbi, filha de Zur, chefe de um clã midianita. 16 O SENHOR disse a Moisés: 17 “Tratem os midianitas como inimigos e matem-nos, 18 porque trataram vocês como inimigos quando os enganaram no caso de Peor e de Cosbi, filha de um líder midianita, mulher do povo deles que foi morta pela praga que enviei por causa de Peor”.
14 Jesus chamou novamente a multidão para junto de si e disse: “Ouçam-me todos e entendam isto: 15 Não há nada fora do homem que, nele entrando, possa torná-lo impuro. Ao contrário, o que sai do homem é que o torna impuro. 16 Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça!” 17 Depois de deixar a multidão e entrar em casa, os discípulos lhe pediram explicação da parábola. 18 “Será que vocês também não conseguem entender?”, perguntou-lhes Jesus. “Não percebem que nada que entre no homem pode torná-lo impuro? 19 Porque não entra em seu coração, mas em seu estômago, sendo depois eliminado”. Ao dizer isso, Jesus declarou puros todos os alimentos. 20 E continuou: “O que sai do homem é que o torna impuro. 21 Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, 22 as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. 23 Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem impuro”. 24 Jesus saiu daquele lugar e foi para os arredores de Tiro e de Sidom. Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse; contudo, não conseguiu manter em segredo a sua presença. 25 De fato, logo que ouviu falar dele, certa mulher, cuja filha estava com um espírito imundo, veio e lançou-se aos seus pés. 26 A mulher era grega, siro-fenícia de origem, e rogava a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. 27 Ele lhe disse: “Deixe que primeiro os filhos comam até se fartar; pois não é correto tirar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. 28 Ela respondeu: “Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas das crianças”. 29 Então ele lhe disse: “Por causa desta resposta, você pode ir; o demônio já saiu da sua filha”. 30 Ela foi para casa e encontrou sua filha deitada na cama, e o demônio já a deixara. 31 A seguir Jesus saiu dos arredores de Tiro e atravessou Sidom, até o mar da Galileia e a região de Decápolis. 32 Ali algumas pessoas lhe trouxeram um homem que era surdo e mal podia falar, suplicando que lhe impusesse as mãos. 33 Depois de levá-lo à parte, longe da multidão, Jesus colocou os dedos nos ouvidos dele. Em seguida, cuspiu e tocou na língua do homem. 34 Então voltou os olhos para o céu e, com um profundo suspiro, disse-lhe: “Efatá!”, que significa “abra-se!” 35 Com isso, os ouvidos do homem se abriram, sua língua ficou livre e ele começou a falar corretamente. 36 Jesus ordenou-lhes que não o contassem a ninguém. Contudo, quanto mais ele os proibia, mais eles falavam. 37 O povo ficava simplesmente maravilhado e dizia: “Ele faz tudo muito bem. Faz até o surdo ouvir e o mudo falar”.
1 Naqueles dias, outra vez reuniu-se uma grande multidão. Visto que não tinham nada para comer, Jesus chamou os seus discípulos e disse-lhes: 2 “Tenho compaixão desta multidão; já faz três dias que eles estão comigo e nada têm para comer. 3 Se eu os mandar para casa com fome, vão desfalecer no caminho, porque alguns deles vieram de longe”. 4 Os seus discípulos responderam: “Onde, neste lugar deserto, poderia alguém conseguir pão suficiente para alimentá-los?” 5 “Quantos pães vocês têm?”, perguntou Jesus.“Sete”, responderam eles. 6 Ele ordenou à multidão que se assentasse no chão. Depois de tomar os sete pães e dar graças, partiu-os e os entregou aos seus discípulos, para que os servissem à multidão; e eles o fizeram. 7 Tinham também alguns peixes pequenos; ele deu graças igualmente por eles e disse aos discípulos que os distribuíssem. 8 O povo comeu até se fartar. E ajuntaram sete cestos cheios de pedaços que sobraram. 9 Cerca de quatro mil homens estavam presentes. E, tendo-os despedido, 10 entrou no barco com seus discípulos e foi para a região de Dalmanuta. 11 Os fariseus vieram e começaram a interrogar Jesus. Para pô-lo à prova, pediram-lhe um sinal do céu. 12 Ele suspirou profundamente e disse: “Por que esta geração pede um sinal milagroso? Eu afirmo que nenhum sinal será dado a vocês”. 13 Então se afastou deles, voltou para o barco e foi para o outro lado. 14 Os discípulos haviam se esquecido de levar pão, a não ser um pão que tinham consigo no barco. 15 Advertiu-os Jesus: “Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”. 16 E eles discutiam entre si, dizendo: “É porque não temos pão”. 17 Percebendo a discussão, Jesus lhes perguntou: “Por que vocês estão discutindo sobre não terem pão? Ainda não compreendem nem percebem? O coração de vocês está endurecido? 18 Vocês têm olhos, mas não veem? Têm ouvidos, mas não ouvem? Não se lembram? 19 Quando eu parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram?”“Doze”, responderam eles. 20 “E, quando eu parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram?”“Sete”, responderam eles. 21 Ele lhes disse: “Vocês ainda não entendem?”