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Da janela de minha casaolhei através da grade
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e vi entre os inexperientes,no meio dos jovens,um rapaz sem juízo.
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Ele vinha pela rua, próximo à esquina de certa mulher,andando em direção à casa dela.
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Era crepúsculo, o entardecer do dia,chegavam as sombras da noite, crescia a escuridão.
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A mulher veio então ao seu encontro,vestida como prostituta, cheia de astúcia no coração.
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(Ela é espalhafatosa e provocadora,seus pés nunca param em casa;
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uma hora na rua, outra nas praças,em cada esquina fica à espreita.)
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Ela agarrou o rapaz,beijou-o e lhe disse descaradamente:
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“Tenho em casa a carne dos sacrifícios de comunhão,que hoje fiz para cumprir os meus votos.
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Por isso saí para encontrá-lo;vim à sua procura e encontrei!
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Estendi sobre o meu leitocobertas de linho fino do Egito.
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Perfumei a minha camacom mirra, aloés e canela.
18
Venha, vamos embriagar-nos de carícias até o amanhecer;gozemos as delícias do amor!
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Pois o meu marido não está em casa;partiu para uma longa viagem.
20
Levou uma bolsa cheia de pratae não voltará antes da lua cheia”.
21
Com a sedução das palavras o persuadiue o atraiu com o dulçor dos lábios.
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Imediatamente ele a seguiucomo o boi levado ao matadouro,ou como o cervo que vai cair no laço
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até que uma flecha lhe atravesse o fígado,ou como o pássaro que salta para dentro do alçapão,sem saber que isso lhe custará a vida.
24
Então, meu filho, ouça-me;dê atenção às minhas palavras.
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Não deixe que o seu coração se volte para os caminhos dela,nem se perca em tais veredas.
26
Muitas foram as suas vítimas;os que matou são uma grande multidão.
27
A casa dela é um caminho que desce para a sepultura,para as moradas da morte.