1 Com os nossos próprios ouvidos ouvimos, ó Deus;os nossos antepassados nos contaramos feitos que realizaste no tempo deles,nos dias da antiguidade. 2 Com a tua própria mão expulsaste as naçõespara estabelecer os nossos antepassados;arruinaste povos e fizeste prosperaros nossos antepassados. 3 Não foi pela espada que conquistaram a terranem pela força do seu braçoque alcançaram a vitória;foi pela tua mão direita, pelo teu braçoe pela luz do teu rosto,por causa do teu amor para com eles. 4 És tu, meu Rei e meu Deus!És tu que decretas vitórias para Jacó! 5 Contigo pomos em fuga os nossos adversários;pelo teu nome pisoteamos os que nos atacam. 6 Não confio em meu arco,minha espada não me concede a vitória; 7 mas tu nos concedes a vitória sobre os nossos adversáriose humilhas os que nos odeiam. 8 Em Deus nos gloriamos o tempo todo,e louvaremos o teu nome para sempre. 9 Mas agora nos rejeitaste e nos humilhaste;já não sais com os nossos exércitos. 10 Diante dos nossos adversários fizeste-nos bater em retirada,e os que nos odeiam nos saquearam. 11 Tu nos entregaste para sermos devorados como ovelhase nos dispersaste entre as nações. 12 Vendeste o teu povo por uma ninharia,nada lucrando com a sua venda. 13 Tu nos fizeste motivo de vergonha dos nossos vizinhos,objeto de zombaria e menosprezo dos que nos rodeiam. 14 Fizeste de nós um provérbio entre as nações;os povos meneiam a cabeça quando nos veem. 15 Sofro humilhação o tempo todo,e o meu rosto está coberto de vergonha 16 por causa da zombaria dos que me censuram e me provocam,por causa do inimigo, que busca vingança. 17 Tudo isso aconteceu conosco,sem que nos tivéssemos esquecido de tinem tivéssemos traído a tua aliança. 18 Nosso coração não voltou atrásnem os nossos pés se desviaram da tua vereda. 19 Todavia, tu nos esmagaste e fizeste de nós um covil de chacais,e de densas trevas nos cobriste. 20 Se tivéssemos esquecidoo nome do nosso Deuse tivéssemos estendido as nossas mãosa um deus estrangeiro, 21 Deus não o teria descoberto?Pois ele conhece os segredos do coração! 22 Contudo, por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias;somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro. 23 Desperta, Senhor! Por que dormes?Levanta-te! Não nos rejeites para sempre. 24 Por que escondes o teu rostoe esqueces o nosso sofrimento e a nossa aflição? 25 Fomos humilhados até o pó;nossos corpos se apegam ao chão. 26 Levanta-te! Socorre-nos!Resgata-nos por causa da tua fidelidade.
1 Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer. Ele enviou o seu anjo para torná-la conhecida ao seu servo João, 2 que dá testemunho de tudo o que viu, isto é, a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo. 3 Feliz aquele que lê as palavras desta profecia e felizes aqueles que ouvem e guardam o que nela está escrito, porque o tempo está próximo. 4 Joãoàs sete igrejas da província da Ásia:A vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, dos sete espíritos que estão diante do seu trono 5 e de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra.Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue, 6 e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A ele sejam glória e poder para todo o sempre! Amém. 7 Eis que ele vem com as nuvens,e todo olho o verá,até mesmo aqueles que o traspassaram;e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele.Assim será! Amém. 8 “Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus, “o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso”. 9 Eu, João, irmão e companheiro de vocês no sofrimento, no Reino e na perseverança em Jesus, estava na ilha de Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. 10 No dia do Senhor achei-me no Espírito e ouvi por trás de mim uma voz forte, como de trombeta, 11 que dizia: “Escreva num livro o que você vê e envie a estas sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia”. 12 Voltei-me para ver quem falava comigo. Voltando-me, vi sete candelabros de ouro 13 e entre os candelabros alguém “semelhante a um filho de homem”, com uma veste que chegava aos seus pés e um cinturão de ouro ao redor do peito. 14 Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a lã, tão brancos quanto a neve, e seus olhos eram como chama de fogo. 15 Seus pés eram como o bronze numa fornalha ardente e sua voz como o som de muitas águas. 16 Tinha em sua mão direita sete estrelas, e da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes. Sua face era como o sol quando brilha em todo o seu fulgor. 17 Quando o vi, caí aos seus pés como morto. Então ele colocou sua mão direita sobre mim e disse: “Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último. 18 Sou Aquele que Vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades. 19 “Escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que acontecerão. 20 Este é o mistério das sete estrelas que você viu em minha mão direita e dos sete candelabros: as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candelabros são as sete igrejas.
1 Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus. 2 No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro, 3 perguntando umas às outras: “Quem removerá para nós a pedra da entrada do sepulcro?” 4 Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida. 5 Entrando no sepulcro, viram um jovem vestido de roupas brancas assentado à direita e ficaram amedrontadas. 6 “Não tenham medo”, disse ele. “Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Vejam o lugar onde o haviam posto. 7 Vão e digam aos discípulos dele e a Pedro: Ele está indo adiante de vocês para a Galileia. Lá vocês o verão, como ele disse”. 8 Tremendo e assustadas, as mulheres saíram e fugiram do sepulcro. E não disseram nada a ninguém, porque estavam amedrontadas. 9 Quando Jesus ressuscitou, na madrugada do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios. 10 Ela foi e contou aos que com ele tinham estado; eles estavam lamentando e chorando. 11 Quando ouviram que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não creram. 12 Depois Jesus apareceu noutra forma a dois deles, estando eles a caminho do campo. 13 Eles voltaram e relataram isso aos outros; mas também nestes eles não creram. 14 Mais tarde Jesus apareceu aos Onze enquanto eles comiam; censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não acreditaram nos que o tinham visto depois de ressurreto. 15 E disse-lhes: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. 16 Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. 17 Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; 18 pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados”. 19 Depois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi elevado aos céus e assentou-se à direita de Deus. 20 Então, os discípulos saíram e pregaram por toda parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando-lhes a palavra com os sinais que a acompanhavam.
1 O filho sábio acolhe a instrução do pai,mas o zombador não ouve a repreensão. 2 Do fruto de sua boca o homem desfruta coisas boas,mas o que os infiéis desejam é violência. 3 Quem guarda a sua boca guarda a sua vida,mas quem fala demais acaba se arruinando. 4 O preguiçoso deseja e nada consegue,mas os desejos do diligente são amplamente satisfeitos. 5 Os justos odeiam o que é falso,mas os ímpiostrazem vergonha e desgraça. 6 A retidão protege o homem íntegro,mas a impiedade derruba o pecador. 7 Alguns fingem que são ricos e nada têm;outros fingem que são pobres e têm grande riqueza. 8 As riquezas de um homem servem de resgate para a sua vida,mas o pobre nunca recebe ameaças. 9 A luz dos justos resplandece esplendidamente,mas a lâmpada dos ímpios apaga-se. 10 O orgulho só gera discussões,mas a sabedoria está com os que tomam conselho. 11 O dinheiro ganho com desonestidade diminuirá,mas quem o ajunta aos poucos terá cada vez mais. 12 A esperança que se retarda deixa o coração doente,mas o anseio satisfeito é árvore de vida. 13 Quem zomba da instrução pagará por ela,mas aquele que respeita o mandamento será recompensado. 14 O ensino dos sábios é fonte de vidae afasta o homem das armadilhas da morte. 15 O bom entendimento conquista favor,mas o caminho do infiel é áspero. 16 Todo homem prudente age com base no conhecimento,mas o tolo expõe a sua insensatez. 17 O mensageiro ímpio cai em dificuldade,mas o enviado digno de confiança traz a cura. 18 Quem despreza a disciplina cai na pobreza e na vergonha,mas quem acolhe a repreensão recebe tratamento honroso. 19 O anseio satisfeito agrada a alma,mas o tolo detesta afastar-se do mal. 20 Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio,mas o companheiro dos tolos acabará mal. 21 O infortúnio persegue o pecador,mas a prosperidade é a recompensa do justo. 22 O homem bom deixa herança para os filhos de seus filhos,mas a riqueza do pecador é armazenada para os justos. 23 A lavoura do pobre produz alimento com fartura,mas por falta de justiça ele o perde. 24 Quem se nega a castigar seu filho não o ama;quem o ama não hesita em discipliná-lo. 25 O justo come até satisfazer o apetite,mas os ímpios permanecem famintos.
1 Então todos os israelitas, de Dã a Berseba, e de Gileade, saíram como um só homem e se reuniram em assembleia perante o SENHOR, em Mispá. 2 Os líderes de todo o povo das tribos de Israel tomaram seus lugares na assembleia do povo de Deus, quatrocentos mil soldados armados de espada. 3 (Os benjamitas souberam que os israelitas haviam subido a Mispá.) Os israelitas perguntaram: “Como aconteceu essa perversidade?” 4 Então o levita, marido da mulher assassinada, disse: “Eu e a minha concubina chegamos a Gibeá de Benjamim para passar a noite. 5 Durante a noite os homens de Gibeá vieram para atacar-me e cercaram a casa, com a intenção de matar-me. Então violentaram minha concubina, e ela morreu. 6 Peguei minha concubina, cortei-a em pedaços e enviei um pedaço a cada região da herança de Israel, pois eles cometeram essa perversidade e esse ato vergonhoso em Israel. 7 Agora, todos vocês, israelitas, manifestem-se e deem o seu veredicto”. 8 Todo o povo se levantou como se fosse um só homem, dizendo: “Nenhum de nós irá para casa. Nenhum de nós voltará para o seu lar. 9 Mas é isto que faremos agora contra Gibeá: separaremos, por sorteio, de todas as tribos de Israel, 10 de cada cem homens dez, de cada mil homens cem, de cada dez mil homens mil, para conseguirem provisões para o exército poder chegar a Gibeá de Benjamim e dar a eles o que merecem por esse ato vergonhoso cometido em Israel”. 11 E todos os israelitas se ajuntaram e se uniram como um só homem contra a cidade. 12 As tribos de Israel enviaram homens a toda a tribo de Benjamim, dizendo: “O que vocês dizem dessa maldade terrível que foi cometida no meio de vocês? 13 Agora, entreguem esses canalhas de Gibeá, para que os matemos e eliminemos esse mal de Israel”.Mas os benjamitas não quiseram ouvir seus irmãos israelitas. 14 Vindos de suas cidades, reuniram-se em Gibeá para lutar contra os israelitas. 15 Naquele dia, os benjamitas mobilizaram vinte e seis mil homens armados de espada que vieram das suas cidades, além dos setecentos melhores soldados que viviam em Gibeá. 16 Dentre todos esses soldados havia setecentos canhotos, muito hábeis, e cada um deles podia atirar com a funda uma pedra num cabelo sem errar. 17 Israel, sem os de Benjamim, convocou quatrocentos mil homens armados de espada, todos eles homens de guerra. 18 Os israelitas subiram a Betel e consultaram a Deus. “Quem de nós irá lutar primeiro contra os benjamitas?”, perguntaram.O SENHOR respondeu: “Judá irá primeiro”. 19 Na manhã seguinte, os israelitas se levantaram e armaram acampamento perto de Gibeá. 20 Os homens de Israel saíram para lutar contra os benjamitas e tomaram posição de combate contra eles em Gibeá. 21 Os benjamitas saíram de Gibeá e, naquele dia, mataram vinte e dois mil israelitas no campo de batalha. 22 Mas os homens de Israel procuraram animar-se uns aos outros e novamente ocuparam as mesmas posições do primeiro dia. 23 Os israelitas subiram, choraram perante o SENHOR até a tarde e consultaram o SENHOR: “Devemos atacar de novo os nossos irmãos benjamitas?”O SENHOR respondeu: “Vocês devem atacar”. 24 Então os israelitas avançaram contra os benjamitas no segundo dia. 25 Dessa vez, quando os benjamitas saíram de Gibeá para enfrentá-los, derrubaram outros dezoito mil israelitas, todos eles armados de espada. 26 Então todos os israelitas subiram a Betel, e ali se assentaram, chorando perante o SENHOR. Naquele dia, jejuaram até a tarde e apresentaram holocaustos e ofertas de comunhão ao SENHOR. 27 E os israelitas consultaram ao SENHOR. (Naqueles dias, a arca da aliança estava ali, 28 e Fineias, filho de Eleazar, filho de Arão, ministrava perante ela.) Perguntaram: “Sairemos de novo ou não, para lutar contra os nossos irmãos benjamitas?”O SENHOR respondeu: “Vão, pois amanhã eu os entregarei nas suas mãos”. 29 Então os israelitas armaram uma emboscada em torno de Gibeá. 30 Avançaram contra os benjamitas no terceiro dia e tomaram posição contra Gibeá, como tinham feito antes. 31 Os benjamitas saíram para enfrentá-los e foram atraídos para longe da cidade. Começaram a ferir alguns dos israelitas como tinham feito antes, e uns trinta homens foram mortos em campo aberto e nas estradas, uma que vai para Betel e a outra que vai para Gibeá. 32 Enquanto os benjamitas diziam: “Nós os derrotamos como antes”, os israelitas diziam: “Vamos retirar-nos e atraí-los para longe da cidade, para as estradas”. 33 Todos os homens de Israel saíram dos seus lugares e ocuparam posições em Baal-Tamar, e a emboscada israelita atacou da sua posição a oeste de Gibeá. 34 Então dez mil dos melhores soldados de Israel iniciaram um ataque frontal contra Gibeá. O combate foi duro, e os benjamitas não perceberam que a desgraça estava próxima deles. 35 O SENHOR derrotou Benjamim perante Israel, e naquele dia os israelitas feriram vinte e cinco mil e cem benjamitas, todos armados de espada. 36 Então os benjamitas viram que estavam derrotados.Os israelitas bateram em retirada diante de Benjamim, pois confiavam na emboscada que tinham preparado perto de Gibeá. 37 Os da emboscada avançaram repentinamente para dentro de Gibeá, espalharam-se e mataram todos os habitantes da cidade à espada. 38 Os israelitas tinham combinado com os da emboscada que estes fariam subir da cidade uma grande nuvem de fumaça, 39 e então os israelitas voltariam a combater.Os benjamitas tinham começado a ferir os israelitas, matando cerca de trinta deles, e disseram: “Nós os derrotamos como na primeira batalha”. 40 Mas, quando a coluna de fumaça começou a se levantar da cidade, os benjamitas se viraram e viram a fumaça subindo ao céu. 41 Então os israelitas se voltaram contra eles, e os homens de Benjamim ficaram apavorados, pois perceberam que a sua desgraça havia chegado. 42 Assim, fugiram da presença dos israelitas tomando o caminho do deserto, mas não conseguiram escapar do combate. E os homens de Israel que saíram das cidades os mataram ali. 43 Cercaram os benjamitas e os perseguiram, e facilmente os alcançaram nas proximidades de Gibeá, no lado leste. 44 Dezoito mil benjamitas morreram, todos eles soldados valentes. 45 Quando se viraram e fugiram rumo ao deserto, para a rocha de Rimom, os israelitas abateram cinco mil homens ao longo das estradas. Até Gidom eles pressionaram os benjamitas e mataram mais de dois mil homens. 46 Naquele dia, vinte e cinco mil benjamitas que portavam espada morreram, todos eles soldados valentes. 47 Seiscentos homens, porém, viraram as costas e fugiram para o deserto, para a rocha de Rimom, onde ficaram durante quatro meses. 48 Os israelitas voltaram a Benjamim e passaram todas as cidades à espada, matando inclusive os animais e tudo o que encontraram nelas. E incendiaram todas as cidades por onde passaram.
1 “Mas escute agora, Jacó, meu servo,Israel, a quem escolhi. 2 Assim diz o SENHOR,aquele que o fez, que o formou no ventre,e que o ajudará:Não tenha medo, ó Jacó, meu servo,Jesurum, a quem escolhi. 3 Pois derramarei água na terra sedenta,e torrentes na terra seca;derramarei meu Espírito sobre sua prolee minha bênção sobre seus descendentes. 4 Eles brotarão como relva nova,como salgueiros junto a regatos. 5 Um dirá: ‘Pertenço ao SENHOR’;outro chamará a si mesmo pelo nome de Jacó;ainda outro escreverá em sua mão: ‘Do Senhor’,e tomará para si o nome Israel. 6 “Assim diz o SENHOR,o rei de Israel, o seu redentor, o SENHOR dos Exércitos:Eu sou o primeiro e eu sou o último;além de mim não há Deus. 7 Quem então é como eu? Que ele o anuncie,que ele declare e exponha diante de mimo que aconteceu desde que estabeleci meu antigo povoe o que ainda está para vir;que todos eles predigam as coisas futuras e o que irá acontecer. 8 Não tremam, nem tenham medo.Não anunciei isto e não o predisse muito tempo atrás?Vocês são minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim?Não, não existe nenhuma outra Rocha; não conheço nenhuma”. 9 Todos os que fazem imagens nada são,e as coisas que estimam são sem valor.As suas testemunhas nada veeme nada sabem, para que sejam envergonhados. 10 Quem é que modela um deus e funde uma imagem,que de nada lhe serve? 11 Todos os seus companheiros serão envergonhados;pois os artesãos não passam de homens.Que todos eles se ajuntem e declarem sua posição;eles serão lançados ao pavor e à vergonha. 12 O ferreiro apanha uma ferramentae trabalha com ela nas brasas;modela um ídolo com martelos,forja-o com a força do braço.Ele sente fome e perde a força;passa sede e desfalece. 13 O carpinteiro mede a madeira com uma linhae faz um esboço com um traçador;ele o modela toscamente com formõese o marca com compassos.Ele o faz na forma de homem,de um homem em toda a sua beleza,para que habite num santuário. 14 Ele derruba cedros,talvez apanhe um cipreste, ou ainda um carvalho.Ele o deixou crescer entre as árvores da floresta,ou plantou um pinheiro, e a chuva o fez crescer. 15 É combustível usado para queimar;um pouco disso ele apanha e se aquece,acende um fogo e assa um pão.Mas também modela um deus e o adora;faz uma imagem e se curva diante dela. 16 Metade da madeira ele queima no fogo;sobre ela ele prepara sua refeição,assa a carne e come sua porção.Ele também se aquece e diz:“Ah! Estou aquecido; estou vendo o fogo”. 17 Do restante ele faz um deus, seu ídolo;inclina-se diante dele e o adora.Ora a ele e diz: “Salva-me;tu és o meu deus”. 18 Eles nada sabem, nada entendem;seus olhos estão tapados, não conseguem ver,e suas mentes estão fechadas, não conseguem entender. 19 Para pensar ninguém para,ninguém tem o conhecimentoou o entendimento para dizer:“Metade dela usei como combustível;até mesmo assei pão sobre suas brasas, assei carne e comi.Faria eu algo repugnante com o que sobrou?Iria eu ajoelhar-me diante de um pedaço de madeira?” 20 Ele se alimenta de cinzas, um coração iludido o desvia;ele é incapaz de salvar a si mesmo ou de dizer:“Esta coisa na minha mão direita não é uma mentira?” 21 “Lembre-se disso, ó Jacó,pois você é meu servo, ó Israel.Eu o fiz, você é meu servo;ó Israel, eu não o esquecerei. 22 Como se fossem uma nuvem, varri para longe suas ofensas;como se fossem a neblina da manhã,os seus pecados.Volte para mim, pois eu o resgatei”. 23 Cantem de alegria, ó céus, pois o SENHOR fez isto;gritem bem alto, ó profundezas da terra.Irrompam em canção, vocês, montes,vocês, florestas e todas as suas árvores,pois o SENHOR resgatou Jacó;ele mostra sua glória em Israel. 24 “Assim diz o SENHOR,o seu redentor, que o formou no ventre:“Eu sou o SENHOR,que fiz todas as coisas,que sozinho estendi os céus,que espalhei a terra por mim mesmo, 25 “que atrapalha os sinais dos falsos profetase faz de tolos os adivinhadores,que derruba o conhecimento dos sábiose o transforma em loucura, 26 que executa as palavras de seus servose cumpre as predições de seus mensageiros,“que diz acerca de Jerusalém: Ela será habitada,e das cidades de Judá: Elas serão construídas,e de suas ruínas: Eu as restaurarei, 27 que diz às profundezas aquáticas:Sequem-se, e eu secarei seus regatos, 28 que diz acerca de Ciro: Ele é meu pastor,e realizará tudo o que me agrada;ele dirá acerca de Jerusalém: ‘Seja reconstruída’,e do templo: ‘Sejam lançados os seus alicerces’.
1 José deu as seguintes ordens ao administrador de sua casa: “Encha as bagagens desses homens com todo o mantimento que puderem carregar e coloque a prata de cada um na boca de sua bagagem. 2 Depois coloque a minha taça, a taça de prata, na boca da bagagem do caçula, junto com a prata paga pelo trigo”. E ele fez tudo conforme as ordens de José. 3 Assim que despontou a manhã, despediram os homens com os seus jumentos. 4 Ainda não tinham se afastado da cidade, quando José disse ao administrador de sua casa: “Vá atrás daqueles homens e, quando os alcançar, diga-lhes: Por que retribuíram o bem com o mal? 5 Não é esta a taça que o meu senhor usa para beber e para fazer adivinhações? Vocês cometeram grande maldade!” 6 Quando ele os alcançou, repetiu-lhes essas palavras. 7 Mas eles lhe responderam: “Por que o meu senhor diz isso? Longe dos seus servos fazer tal coisa! 8 Nós lhe trouxemos de volta, da terra de Canaã, a prata que encontramos na boca de nossa bagagem. Como roubaríamos prata ou ouro da casa do seu senhor? 9 Se algum dos seus servos for encontrado com ela, morrerá; e nós, os demais, seremos escravos do meu senhor”. 10 E disse ele: “Concordo. Somente quem for encontrado com ela será meu escravo; os demais estarão livres”. 11 Cada um deles descarregou depressa a sua bagagem e abriu-a. 12 O administrador começou então a busca, desde a bagagem do mais velho até a do mais novo. E a taça foi encontrada na bagagem de Benjamim. 13 Diante disso, eles rasgaram as suas vestes. Em seguida, todos puseram a carga de novo em seus jumentos e retornaram à cidade. 14 Quando Judá e seus irmãos chegaram à casa de José, ele ainda estava lá. Então eles se lançaram ao chão perante ele. 15 E José lhes perguntou: “Que foi que vocês fizeram? Vocês não sabem que um homem como eu tem poder para adivinhar?” 16 Respondeu Judá: “O que diremos a meu senhor? Que podemos falar? Como podemos provar nossa inocência? Deus trouxe à luz a culpa dos teus servos. Agora somos escravos do meu senhor, como também aquele que foi encontrado com a taça”. 17 Disse, porém, José: “Longe de mim fazer tal coisa! Somente aquele que foi encontrado com a taça será meu escravo. Os demais podem voltar em paz para a casa do seu pai”. 18 Então Judá dirigiu-se a ele, dizendo: “Por favor, meu senhor, permite-me dizer-te uma palavra. Não se acenda a tua ira contra o teu servo, embora sejas igual ao próprio faraó. 19 Meu senhor perguntou a estes seus servos se ainda tínhamos pai e algum outro irmão. 20 E nós respondemos: Temos um pai já idoso, cujo filho caçula nasceu-lhe em sua velhice. O irmão deste já morreu, e ele é o único filho da mesma mãe que restou, e seu pai o ama muito. 21 “Então disseste a teus servos que o trouxessem a ti para que os teus olhos pudessem vê-lo. 22 E nós respondemos a meu senhor que o jovem não poderia deixar seu pai, pois, caso o fizesse, seu pai morreria. 23 Todavia disseste a teus servos que, se o nosso irmão caçula não viesse conosco, nunca mais veríamos a tua face. 24 Quando voltamos a teu servo, a meu pai, contamos-lhe o que o meu senhor tinha dito. 25 “Quando o nosso pai nos mandou voltar para comprar um pouco mais de comida, 26 nós lhe dissemos: ‘Só poderemos voltar para lá, se o nosso irmão caçula for conosco. Pois não poderemos ver a face daquele homem, a não ser que o nosso irmão caçula esteja conosco’. 27 “Teu servo, meu pai, nos disse então: ‘Vocês sabem que minha mulher me deu apenas dois filhos. 28 Um deles se foi, e eu disse: Com certeza foi despedaçado. E, até hoje, nunca mais o vi. 29 Se agora vocês também levarem este de mim, e algum mal lhe acontecer, a tristeza que me causarão fará com que os meus cabelos brancos desçam à sepultura’. 30 “Agora, pois, se eu voltar a teu servo, a meu pai, sem levar o jovem conosco, logo que meu pai, que é tão apegado a ele, 31 perceber que o jovem não está conosco, morrerá. Teus servos farão seu velho pai descer seus cabelos brancos à sepultura com tristeza. 32 “Além disso, teu servo garantiu a segurança do jovem a seu pai, dizendo-lhe: ‘Se eu não o trouxer de volta, suportarei essa culpa diante de ti pelo resto da minha vida!’ 33 “Por isso agora te peço, por favor, deixa o teu servo ficar como escravo do meu senhor no lugar do jovem e permite que ele volte com os seus irmãos. 34 Como poderei eu voltar a meu pai sem levar o jovem comigo? Não! Não posso ver o mal que sobreviria a meu pai”.
1 Eu disse a mim mesmo: Venha. Experimente a alegria. Descubra as coisas boas da vida! Mas isso também se revelou inútil. 2 Concluí que o rir é loucura, e a alegria de nada vale. 3 Decidi entregar-me ao vinho e à extravagância, mantendo, porém, a mente orientada pela sabedoria. Eu queria saber o que vale a pena, debaixo do céu, nos poucos dias da vida humana. 4 Lancei-me a grandes projetos: construí casas e plantei vinhas para mim. 5 Fiz jardins e pomares e neles plantei todo tipo de árvore frutífera. 6 Construí também reservatórios para irrigar os meus bosques verdejantes. 7 Comprei escravos e escravas e tive escravos que nasceram em minha casa. Além disso, tive também mais bois e ovelhas do que todos os que viveram antes de mim em Jerusalém. 8 Ajuntei para mim prata e ouro, tesouros de reis e de províncias. Servi-me de cantores e cantoras, e também de um harém, as delícias dos homens. 9 Tornei-me mais famoso e poderoso do que todos os que viveram em Jerusalém antes de mim, conservando comigo a minha sabedoria. 10 Não me neguei nada que os meus olhos desejaram;não me recusei a dar prazer algum ao meu coração.Na verdade, eu me alegrei em todo o meu trabalho;essa foi a recompensa de todo o meu esforço. 11 Contudo, quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feitoe o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar,percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento;não há nenhum proveito no que se faz debaixo do sol. 12 Então passei a refletir na sabedoria,na loucura e na insensatez.O que pode fazer o sucessor do rei,a não ser repetir o que já foi feito? 13 Percebi que a sabedoria é melhor que a insensatez,assim como a luz é melhor do que as trevas. 14 O homem sábio tem olhos que enxergam,mas o tolo anda nas trevas;todavia, percebique ambos têm o mesmo destino. 15 Aí fiquei pensando:O que acontece ao tolo também me acontecerá.Que proveito eu tive em ser sábio?Então eu disse a mim mesmo:Isso não faz o menor sentido! 16 Nem o sábio, nem o tolo serão lembrados para sempre;nos dias futuros ambos serão esquecidos.Como pode o sábio morrer como o tolo morre? 17 Por isso desprezei a vida, pois o trabalho que se faz debaixo do sol pareceu-me muito pesado. Tudo era inútil, era correr atrás do vento. 18 Desprezei todas as coisas pelas quais eu tanto me esforçara debaixo do sol, pois terei que deixá-las para aquele que me suceder. 19 E quem pode dizer se ele será sábio ou tolo? Todavia, terá domínio sobre tudo o que realizei com o meu trabalho e com a minha sabedoria debaixo do sol. Isso também não faz sentido. 20 Cheguei ao ponto de me desesperar por todo o trabalho no qual tanto me esforcei debaixo do sol. 21 Pois um homem pode realizar o seu trabalho com sabedoria, conhecimento e habilidade, mas terá que deixar tudo o que possui como herança para alguém que não se esforçou por aquilo. Isso também é um absurdo e uma grande injustiça. 22 Que proveito tem um homem de todo o esforço e de toda a ansiedade com que trabalha debaixo do sol? 23 Durante toda a sua vida, seu trabalho é pura dor e tristeza; mesmo à noite a sua mente não descansa. Isso também é absurdo. 24 Para o homem não existe nada melhor do que comer, beber e encontrar prazer em seu trabalho. E vi que isso também vem da mão de Deus. 25 E quem aproveitou melhor as comidas e os prazeres do que eu? 26 Ao homem que o agrada, Deus dá sabedoria, conhecimento e felicidade. Quanto ao pecador, Deus o encarrega de ajuntar e armazenar riquezas para entregá-las a quem o agrada. Isso também é inútil, é correr atrás do vento.
1 Chegou a Derbe e depois a Listra, onde vivia um discípulo chamado Timóteo. Sua mãe era uma judia convertida e seu pai era grego. 2 Os irmãos de Listra e Icônio davam bom testemunho dele. 3 Paulo, querendo levá-lo na viagem, circuncidou-o por causa dos judeus que viviam naquela região, pois todos sabiam que seu pai era grego. 4 Nas cidades por onde passavam, transmitiam as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros em Jerusalém, para que fossem obedecidas. 5 Assim as igrejas eram fortalecidas na fé e cresciam em número cada dia. 6 Paulo e seus companheiros viajaram pela região da Frígia e da Galácia, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na província da Ásia. 7 Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus os impediu. 8 Então, contornaram a Mísia e desceram a Trôade. 9 Durante a noite Paulo teve uma visão, na qual um homem da Macedônia estava em pé e lhe suplicava: “Passe à Macedônia e ajude-nos”. 10 Depois que Paulo teve essa visão, preparamo-nos imediatamente para partir para a Macedônia, concluindo que Deus nos tinha chamado para lhes pregar o evangelho. 11 Partindo de Trôade, navegamos diretamente para Samotrácia e, no dia seguinte, para Neápolis. 12 Dali partimos para Filipos, na Macedônia, que é colônia romana e a principal cidade daquele distrito. Ali ficamos vários dias. 13 No sábado saímos da cidade e fomos para a beira do rio, onde esperávamos encontrar um lugar de oração. Sentamo-nos e começamos a conversar com as mulheres que haviam se reunido ali. 14 Uma das que ouviam era uma mulher temente a Deus chamada Lídia, vendedora de tecido de púrpura, da cidade de Tiatira. O Senhor abriu seu coração para atender à mensagem de Paulo. 15 Tendo sido batizada, bem como os de sua casa, ela nos convidou, dizendo: “Se os senhores me consideram uma crente no Senhor, venham ficar em minha casa”. E nos convenceu. 16 Certo dia, indo nós para o lugar de oração, encontramos uma escrava que tinha um espírito pelo qual predizia o futuro. Ela ganhava muito dinheiro para os seus senhores com adivinhações. 17 Essa moça seguia Paulo e a nós, gritando: “Estes homens são servos do Deus Altíssimo e anunciam o caminho da salvação”. 18 Ela continuou fazendo isso por muitos dias. Finalmente, Paulo ficou indignado, voltou-se e disse ao espírito: “Em nome de Jesus Cristo eu ordeno que saia dela!” No mesmo instante o espírito a deixou. 19 Percebendo que a sua esperança de lucro tinha se acabado, os donos da escrava agarraram Paulo e Silas e os arrastaram para a praça principal, diante das autoridades. 20 E, levando-os aos magistrados, disseram: “Estes homens são judeus e estão perturbando a nossa cidade, 21 propagando costumes que a nós, romanos, não é permitido aceitar nem praticar”. 22 A multidão ajuntou-se contra Paulo e Silas, e os magistrados ordenaram que se lhes tirassem as roupas e fossem açoitados. 23 Depois de serem severamente açoitados, foram lançados na prisão. O carcereiro recebeu instrução para vigiá-los com cuidado. 24 Tendo recebido tais ordens, ele os lançou no cárcere interior e lhes prendeu os pés no tronco. 25 Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam. 26 De repente, houve um terremoto tão violento que os alicerces da prisão foram abalados. Imediatamente todas as portas se abriram, e as correntes de todos se soltaram. 27 O carcereiro acordou e, vendo abertas as portas da prisão, desembainhou sua espada para se matar, porque pensava que os presos tivessem fugido. 28 Mas Paulo gritou: “Não faça isso! Estamos todos aqui!” 29 O carcereiro pediu luz, entrou correndo e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. 30 Então levou-os para fora e perguntou: “Senhores, que devo fazer para ser salvo?” 31 Eles responderam: “Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa”. 32 E pregaram a palavra de Deus, a ele e a todos os de sua casa. 33 Naquela mesma hora da noite o carcereiro lavou as feridas deles; em seguida, ele e todos os seus foram batizados. 34 Então os levou para a sua casa, serviu-lhes uma refeição e com todos os de sua casa alegrou-se muito por haver crido em Deus. 35 Quando amanheceu, os magistrados mandaram os seus soldados ao carcereiro com esta ordem: “Solte estes homens”. 36 O carcereiro disse a Paulo: “Os magistrados deram ordens para que você e Silas sejam libertados. Agora podem sair. Vão em paz”. 37 Mas Paulo disse aos soldados: “Sendo nós cidadãos romanos, eles nos açoitaram publicamente sem processo formal e nos lançaram na prisão. E agora querem livrar-se de nós secretamente? Não! Venham eles mesmos e nos libertem”. 38 Os soldados relataram isso aos magistrados, os quais, ouvindo que Paulo e Silas eram romanos, ficaram atemorizados. 39 Vieram para se desculpar diante deles e, conduzindo-os para fora da prisão, pediram-lhes que saíssem da cidade. 40 Depois de saírem da prisão, Paulo e Silas foram à casa de Lídia, onde se encontraram com os irmãos e os encorajaram. E então partiram.
1 É necessário que eu continue a gloriar-me com isso. Ainda que eu não ganhe nada com isso, passarei às visões e revelações do Senhor. 2 Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu. Se foi no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe. 3 E sei que esse homem—se no corpo ou fora do corpo, não sei, mas Deus o sabe— 4 foi arrebatado ao paraíso e ouviu coisas indizíveis, coisas que ao homem não é permitido falar. 5 Nesse homem me gloriarei, mas não em mim mesmo, a não ser em minhas fraquezas. 6 Mesmo que eu preferisse gloriar-me não seria insensato, porque estaria falando a verdade. Evito fazer isso para que ninguém pense a meu respeito mais do que em mim vê ou de mim ouve. 7 Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar. 8 Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. 9 Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente a você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. 10 Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco, é que sou forte. 11 Fui insensato, mas vocês me obrigaram a isso. Eu devia ser recomendado por vocês, pois em nada sou inferior aos “superapóstolos”, embora eu nada seja. 12 As marcas de um apóstolo—sinais, maravilhas e milagres—foram demonstradas entre vocês, com grande perseverança. 13 Em que vocês foram inferiores às outras igrejas, exceto no fato de eu nunca ter sido um peso para vocês? Perdoem-me essa ofensa! 14 Agora, estou pronto para visitá-los pela terceira vez e não serei um peso, porque o que desejo não são os seus bens, mas vocês mesmos. Além disso, os filhos não devem ajuntar riquezas para os pais, mas os pais para os filhos. 15 Assim, de boa vontade, por amor de vocês, gastarei tudo o que tenho e também me desgastarei pessoalmente. Visto que os amo tanto, devo ser menos amado? 16 Seja como for, não tenho sido um peso para vocês. No entanto, como sou astuto, eu os prendi com astúcia. 17 Porventura eu os explorei por meio de alguém que enviei a vocês? 18 Recomendei a Tito que os visitasse, acompanhado de outro irmão. Por acaso Tito os explorou? Não agimos nós no mesmo espírito e não seguimos os mesmos passos? 19 Vocês pensam que durante todo este tempo estamos nos defendendo perante vocês? Falamos diante de Deus como alguém que está em Cristo, e tudo o que fazemos, amados irmãos, é para fortalecê-los. 20 Pois temo que, ao visitá-los, não os encontre como eu esperava, e que vocês não me encontrem como esperavam. Temo que haja entre vocês brigas, invejas, manifestações de ira, divisões, calúnias, intrigas, arrogância e desordem. 21 Receio que, ao visitá-los outra vez, o meu Deus me humilhe diante de vocês e eu lamente por causa de muitos que pecaram anteriormente e não se arrependeram da impureza, da imoralidade sexual e da libertinagem que praticaram.