1 Tem misericórdia de mim, ó Deus,pois os homens me pressionam;o tempo todo me atacam e me oprimem. 2 Os meus inimigos pressionam-me sem parar;muitos atacam-me arrogantemente. 3 Mas eu, quando estiver com medo, confiarei em ti. 4 Em Deus, cuja palavra eu louvo,em Deus eu confio e não temerei.Que poderá fazer-me o simples mortal? 5 O tempo todo eles distorcem as minhas palavras;estão sempre tramando prejudicar-me. 6 Conspiram, ficam à espreita,vigiam os meus passos,na esperança de tirar-me a vida. 7 Deixarás escapar essa gente tão perversa?Na tua ira, ó Deus, derruba as nações. 8 Registra, tu mesmo, o meu lamento;recolhe as minhas lágrimas em teu odre;acaso não estão anotadas em teu livro? 9 Os meus inimigos retrocederão,quando eu clamar por socorro.Com isso saberei que Deus está a meu favor. 10 Confio em Deus, cuja palavra louvo,no SENHOR, cuja palavra louvo, 11 em Deus eu confio e não temerei.Que poderá fazer-me o homem? 12 Cumprirei os votos que te fiz, ó Deus;a ti apresentarei minhas ofertas de gratidão. 13 Pois me livraste da mortee aos meus pés de tropeçar,para que eu ande diante de Deusna luz que ilumina os vivos.
1 Misericórdia, ó Deus; misericórdia,pois em ti a minha alma se refugia.Eu me refugiarei à sombra das tuas asas,até que passe o perigo. 2 Clamo ao Deus Altíssimo,a Deus, que para comigo cumpre o seu propósito. 3 Dos céus ele me envia a salvação,põe em fuga os que me perseguem de perto;Deus envia o seu amor e a sua fidelidade. 4 Estou em meio a leões,ávidos para devorar;seus dentes são lanças e flechas,sua língua é espada afiada. 5 Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus!Sobre toda a terra esteja a tua glória! 6 Preparam armadilhas para os meus pés;fiquei muito abatido.Abriram uma cova no meu caminho,mas foram eles que nela caíram. 7 Meu coração está firme, ó Deus,meu coração está firme;cantarei ao som de instrumentos! 8 Acorde, minha alma!Acordem, harpa e lira!Vou despertar a alvorada! 9 Eu te louvarei, ó Senhor, entre as nações;cantarei teus louvores entre os povos. 10 Pois o teu amor é tão grande que alcança os céus;a tua fidelidade vai até as nuvens. 11 Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus!Sobre toda a terra esteja a tua glória!
1 Será que vocês, poderosos, falam de fato com justiça?Será que vocês, homens, julgam retamente? 2 Não! No coração vocês tramam a injustiça,e na terra as suas mãos espalham a violência. 3 Os ímpios erram o caminho desde o ventre;desviam-se os mentirosos desde que nascem. 4 Seu veneno é como veneno de serpente;tapam os ouvidos, como a cobra que se faz de surda 5 para não ouvir a música dos encantadores,que fazem encantamentos com tanta habilidade. 6 Quebra os dentes deles, ó Deus;arranca, SENHOR, as presas desses leões! 7 Desapareçam como a água que escorre!Quando empunharem o arco,caiam sem força as suas flechas! 8 Sejam como a lesma que se derrete pelo caminho;como feto abortado, não vejam eles o sol! 9 Os ímpios serão varridos antes que as suas panelassintam o calor da lenha, esteja ela verde ou seca. 10 Os justos se alegrarão quando forem vingados,quando banharem seus pés no sangue dos ímpios. 11 Então os homens comentarão:“De fato os justos têm a sua recompensa;com certeza há um Deus que faz justiça na terra”.
1 Uma vez em terra, descobrimos que a ilha se chamava Malta. 2 Os habitantes da ilha mostraram extraordinária bondade para conosco. Fizeram uma fogueira e receberam bem a todos nós, pois estava chovendo e fazia frio. 3 Paulo ajuntou um monte de gravetos; quando os colocava no fogo, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se à sua mão. 4 Quando os habitantes da ilha viram a cobra agarrada na mão de Paulo, disseram uns aos outros: “Certamente este homem é assassino, pois, tendo escapado do mar, a Justiça não lhe permite viver”. 5 Mas Paulo, sacudindo a cobra no fogo, não sofreu mal nenhum. 6 Eles, porém, esperavam que ele começasse a inchar ou que caísse morto de repente, mas, tendo esperado muito tempo e vendo que nada de estranho lhe sucedia, mudaram de ideia e passaram a dizer que ele era um deus. 7 Próximo dali havia uma propriedade pertencente a Públio, o homem principal da ilha. Ele nos convidou a ficar em sua casa e, por três dias, bondosamente nos recebeu e nos hospedou. 8 Seu pai estava doente, acamado, sofrendo de febre e disenteria. Paulo entrou para vê-lo e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e o curou. 9 Tendo acontecido isso, os outros doentes da ilha vieram e foram curados. 10 Eles nos prestaram muitas honras e, quando estávamos para embarcar, forneceram-nos os suprimentos de que necessitávamos. 11 Passados três meses, embarcamos num navio que tinha passado o inverno na ilha; era um navio alexandrino, que tinha por emblema os deuses gêmeos Cástor e Pólux. 12 Aportando em Siracusa, ficamos ali três dias. 13 Dali partimos e chegamos a Régio. No dia seguinte, soprando o vento sul, prosseguimos, chegando a Potéoli no segundo dia. 14 Ali encontramos alguns irmãos que nos convidaram a passar uma semana com eles. E depois fomos para Roma. 15 Os irmãos dali tinham ouvido falar que estávamos chegando e vieram até a praça de Ápio e às Três Vendas para nos encontrar. Vendo-os, Paulo deu graças a Deus e sentiu-se encorajado.