1 Por que nos rejeitaste definitivamente, ó Deus?Por que se acende a tua iracontra as ovelhas da tua pastagem? 2 Lembra-te do povo que adquiriste em tempos passados,da tribo da tua herança, que resgataste,do monte Sião, onde habitaste. 3 Volta os teus passos para aquelas ruínas irreparáveis,para toda a destruiçãoque o inimigo causou em teu santuário. 4 Teus adversários gritaram triunfantesbem no local onde te encontravas conosco,e hastearam suas bandeiras em sinal de vitória. 5 Pareciam homens armados com machadosinvadindo um bosque cerrado. 6 Com seus machados e machadinhasesmigalharam todos os revestimentos de madeira esculpida. 7 Atearam fogo ao teu santuário;profanaram o lugar da habitação do teu nome. 8 Disseram no coração: “Vamos acabar com eles!”Queimaram todos os santuários do país. 9 Já não vemos sinais milagrosos;não há mais profetas,e nenhum de nós sabe até quando isso continuará. 10 Até quando o adversário irá zombar, ó Deus?Será que o inimigo blasfemará o teu nome para sempre? 11 Por que reténs a tua mão, a tua mão direita?Não fiques de braços cruzados! Destrói-os! 12 Mas tu, ó Deus, és o meu rei desde a antiguidade;trazes salvação sobre a terra. 13 Tu dividiste o mar pelo teu poder;quebraste as cabeças das serpentes das águas. 14 Esmagaste as cabeças do Leviatãe o deste por comida às criaturas do deserto. 15 Tu abriste fontes e regatos;secaste rios perenes. 16 O dia é teu, e tua também é a noite;estabeleceste o sol e a lua. 17 Determinaste todas as fronteiras da terra;fizeste o verão e o inverno. 18 Lembra-te de como o inimigo tem zombado de ti, ó SENHOR,como os insensatos têm blasfemado o teu nome. 19 Não entregues a vida da tua pomba aos animais selvagens;não te esqueças para sempre da vida do teu povo indefeso. 20 Dá atenção à tua aliança,porque de antros de violência se enchemos lugares sombrios do país. 21 Não deixes que o oprimido se retire humilhado!Faze que o pobre e o necessitado louvem o teu nome. 22 Levanta-te, ó Deus, e defende a tua causa;lembra-te de como os insensatos zombam de ti sem cessar. 23 Não ignores a gritaria dos teus adversários,o crescente tumulto dos teus inimigos.
1 Meu filho, obedeça às minhas palavrase no íntimo guarde os meus mandamentos. 2 Obedeça aos meus mandamentos, e você terá vida;guarde os meus ensinos como a menina dos seus olhos. 3 Amarre-os aos dedos;escreva-os na tábua do seu coração. 4 Diga à sabedoria: “Você é minha irmã”,e chame ao entendimento seu parente; 5 eles o manterão afastado da mulher imoral,da mulher leviana com suas palavras sedutoras. 6 Da janela de minha casaolhei através da grade 7 e vi entre os inexperientes,no meio dos jovens,um rapaz sem juízo. 8 Ele vinha pela rua, próximo à esquina de certa mulher,andando em direção à casa dela. 9 Era crepúsculo, o entardecer do dia,chegavam as sombras da noite, crescia a escuridão. 10 A mulher veio então ao seu encontro,vestida como prostituta, cheia de astúcia no coração. 11 (Ela é espalhafatosa e provocadora,seus pés nunca param em casa; 12 uma hora na rua, outra nas praças,em cada esquina fica à espreita.) 13 Ela agarrou o rapaz,beijou-o e lhe disse descaradamente: 14 “Tenho em casa a carne dos sacrifícios de comunhão,que hoje fiz para cumprir os meus votos. 15 Por isso saí para encontrá-lo;vim à sua procura e encontrei! 16 Estendi sobre o meu leitocobertas de linho fino do Egito. 17 Perfumei a minha camacom mirra, aloés e canela. 18 Venha, vamos embriagar-nos de carícias até o amanhecer;gozemos as delícias do amor! 19 Pois o meu marido não está em casa;partiu para uma longa viagem. 20 Levou uma bolsa cheia de pratae não voltará antes da lua cheia”. 21 Com a sedução das palavras o persuadiue o atraiu com o dulçor dos lábios. 22 Imediatamente ele a seguiucomo o boi levado ao matadouro,ou como o cervo que vai cair no laço 23 até que uma flecha lhe atravesse o fígado,ou como o pássaro que salta para dentro do alçapão,sem saber que isso lhe custará a vida. 24 Então, meu filho, ouça-me;dê atenção às minhas palavras. 25 Não deixe que o seu coração se volte para os caminhos dela,nem se perca em tais veredas. 26 Muitas foram as suas vítimas;os que matou são uma grande multidão. 27 A casa dela é um caminho que desce para a sepultura,para as moradas da morte.
1 Ai da cidade sanguinária,repleta de fraudes e cheia de roubos,sempre fazendo as suas vítimas! 2 Ah, o estalo dos chicotes,o barulho das rodas,o galope dos cavalose o sacudir dos carros de guerra! 3 Cavaleiros atacando,espadas reluzentese lanças cintilantes!Muitos mortos,montanhas de cadáveres,corpos sem conta,gente tropeçando por cima deles! 4 Tudo por causa do desejo desenfreado de uma prostituta sedutora,mestra de feitiçariasque escravizou nações com a sua prostituiçãoe povos com a sua feitiçaria. 5 “Eu estou contra você”, declara o SENHOR dos Exércitos;“vou levantar o seu vestido até a altura do seu rosto.Mostrarei às nações a sua nudeze aos reinos, as suas vergonhas. 6 Eu jogarei imundície sobre você,e a tratarei com desprezo;farei de você um exemplo. 7 Todos os que a virem fugirão, dizendo:‘Nínive está arrasada! Quem a lamentará?’Onde encontrarei quem a console?” 8 Acaso você é melhor do que Tebas,situada junto ao Nilo,rodeada de águas?O rio era a sua defesa;as águas, o seu muro. 9 A Etiópia e o Egito eram a sua força ilimitada;Fute e a Líbia estavam entre os seus aliados. 10 Apesar disso, ela foi deportada,levada para o exílio.Em todas as esquinasas suas crianças foram massacradas.Lançaram sortes para decidir o destino dos seus nobres;todos os poderosos foram acorrentados. 11 Você também ficará embriagada;irá esconder-se,tentando proteger-se do inimigo. 12 Todas as suas fortalezas são como figueirascarregadas de figos maduros;basta sacudi-las,e os figos caem em bocas vorazes. 13 Olhe bem para as suas tropas:não passam de mulheres!As suas portas estão escancaradaspara os seus inimigos;o fogo devorou as suas trancas. 14 Reserve água para o tempo do cerco!Reforce as suas fortalezas!Entre no barro, pise a argamassa,prepare a forma para os tijolos! 15 Mesmo assim o fogo consumirá você;a espada a eliminará,e, como gafanhotos devastadores, a devorará!Multiplique-se como gafanhotos devastadores,multiplique-se como gafanhotos peregrinos! 16 Você multiplicou os seus comerciantes,tornando-os mais numerosos que as estrelas do céu;mas como gafanhotos devastadores, eles devoram o paíse depois voam para longe. 17 Os seus guardas são como gafanhotos peregrinos;os seus oficiais, como enxames de gafanhotosque se ajuntam sobre os muros em dias frios;mas, quando o sol aparece, eles voam,ninguém sabe para onde. 18 Ó rei da Assíria, os seus pastores dormem;os seus nobres adormecem.O seu povo está espalhado pelos montese não há ninguém para reuni-lo. 19 Não há cura para a sua chaga;a sua ferida é mortal.Quem ouve notícias a seu respeitobate palmas pela sua queda,pois, quem não sofreu porsua crueldade sem limites?
1 Portanto, livrem-se de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência. 2 Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação, 3 agora que provaram que o Senhor é bom. 4 À medida que se aproximam dele, a pedra viva—rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele—, 5 vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo. 6 Pois assim é dito na Escritura:“Eis que ponho em Siãouma pedra angular, escolhida e preciosa,e aquele que nela confiajamais será envergonhado”. 7 Portanto, para vocês, os que creem, esta pedra é preciosa; mas, para os que não creem,“a pedra que os construtores rejeitaramtornou-se a pedra angular” 8 e“pedra de tropeçoe rocha que faz cair”.Os que não creem tropeçam, porque desobedecem à mensagem; para o que também foram destinados. 9 Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. 10 Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam. 11 Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma. 12 Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, mesmo que eles os acusem de praticar o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da intervenção dele. 13 Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens; seja ao rei, como autoridade suprema, 14 seja aos governantes, como por ele enviados para punir os que praticam o mal e honrar os que praticam o bem. 15 Pois é da vontade de Deus que, praticando o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos. 16 Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus. 17 Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus e honrem o rei. 18 Escravos, sujeitem-se a seus senhores com todo o respeito, não apenas aos bons e amáveis, mas também aos maus. 19 Porque é louvável que, por motivo de sua consciência para com Deus, alguém suporte aflições sofrendo injustamente. 20 Pois que vantagem há em suportar açoites recebidos por terem cometido o mal? Mas, se vocês suportam o sofrimento por terem feito o bem, isso é louvável diante de Deus. 21 Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando exemplo, para que sigam os seus passos. 22 “Ele não cometeu pecado algum,e nenhum engano foi encontrado em sua boca”. 23 Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça. 24 Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados. 25 Pois vocês eram como ovelhas desgarradas, mas agora se converteram ao Pastor e Bispo de suas almas.
1 Uma vez em terra, descobrimos que a ilha se chamava Malta. 2 Os habitantes da ilha mostraram extraordinária bondade para conosco. Fizeram uma fogueira e receberam bem a todos nós, pois estava chovendo e fazia frio. 3 Paulo ajuntou um monte de gravetos; quando os colocava no fogo, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se à sua mão. 4 Quando os habitantes da ilha viram a cobra agarrada na mão de Paulo, disseram uns aos outros: “Certamente este homem é assassino, pois, tendo escapado do mar, a Justiça não lhe permite viver”. 5 Mas Paulo, sacudindo a cobra no fogo, não sofreu mal nenhum. 6 Eles, porém, esperavam que ele começasse a inchar ou que caísse morto de repente, mas, tendo esperado muito tempo e vendo que nada de estranho lhe sucedia, mudaram de ideia e passaram a dizer que ele era um deus. 7 Próximo dali havia uma propriedade pertencente a Públio, o homem principal da ilha. Ele nos convidou a ficar em sua casa e, por três dias, bondosamente nos recebeu e nos hospedou. 8 Seu pai estava doente, acamado, sofrendo de febre e disenteria. Paulo entrou para vê-lo e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e o curou. 9 Tendo acontecido isso, os outros doentes da ilha vieram e foram curados. 10 Eles nos prestaram muitas honras e, quando estávamos para embarcar, forneceram-nos os suprimentos de que necessitávamos. 11 Passados três meses, embarcamos num navio que tinha passado o inverno na ilha; era um navio alexandrino, que tinha por emblema os deuses gêmeos Cástor e Pólux. 12 Aportando em Siracusa, ficamos ali três dias. 13 Dali partimos e chegamos a Régio. No dia seguinte, soprando o vento sul, prosseguimos, chegando a Potéoli no segundo dia. 14 Ali encontramos alguns irmãos que nos convidaram a passar uma semana com eles. E depois fomos para Roma. 15 Os irmãos dali tinham ouvido falar que estávamos chegando e vieram até a praça de Ápio e às Três Vendas para nos encontrar. Vendo-os, Paulo deu graças a Deus e sentiu-se encorajado. 16 Quando chegamos a Roma, Paulo recebeu permissão para morar por conta própria, sob a custódia de um soldado. 17 Três dias depois, ele convocou os líderes dos judeus. Quando estes se reuniram, Paulo lhes disse: “Meus irmãos, embora eu não tenha feito nada contra o nosso povo nem contra os costumes dos nossos antepassados, fui preso em Jerusalém e entregue aos romanos. 18 Eles me interrogaram e queriam me soltar, porque eu não era culpado de crime algum que merecesse pena de morte. 19 Todavia, tendo os judeus feito objeção, fui obrigado a apelar para César, não, porém, por ter alguma acusação contra o meu próprio povo. 20 Por essa razão pedi para vê-los e conversar com vocês. Por causa da esperança de Israel é que estou preso com estas algemas”. 21 Eles responderam: “Não recebemos nenhuma carta da Judeia a seu respeito, e nenhum dos irmãos que vieram de lá relatou ou disse qualquer coisa de mal contra você. 22 Todavia, queremos ouvir de sua parte o que você pensa, pois sabemos que por todo lugar há gente falando contra esta seita”. 23 Assim combinaram encontrar-se com Paulo em dia determinado, indo em grupo ainda mais numeroso ao lugar onde ele estava. Desde a manhã até a tarde ele lhes deu explicações e lhes testemunhou do Reino de Deus, procurando convencê-los a respeito de Jesus, com base na Lei de Moisés e nos Profetas. 24 Alguns foram convencidos pelo que ele dizia, mas outros não creram. 25 Discordaram entre si mesmos e começaram a ir embora, depois de Paulo ter feito esta declaração final: “Bem que o Espírito Santo falou aos seus antepassados, por meio do profeta Isaías: 26 “ ‘Vá a este povo e diga:Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão;ainda que estejam sempre vendo, jamais perceberão. 27 Pois o coração deste povo se tornou insensível;de má vontade ouviram com os ouvidose fecharam os olhos.Se assim não fosse, poderiam ver com os olhos,ouvir com os ouvidos,entender com o coraçãoe converter-se, e eu os curaria’. 28 “Portanto, quero que saibam que esta salvação de Deus é enviada aos gentios; eles a ouvirão!” 29 Depois que ele disse isto, os judeus se retiraram, discutindo intensamente entre si. 30 Por dois anos inteiros Paulo permaneceu na casa que havia alugado e recebia a todos os que iam vê-lo. 31 Pregava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, abertamente, sem impedimento algum.
1 Naqueles dias, César Augusto publicou um decreto ordenando o recenseamento de todo o império romano. 2 Este foi o primeiro recenseamento feito quando Quirino era governador da Síria. 3 E todos iam para a sua cidade natal, a fim de alistar-se. 4 Assim, José também foi da cidade de Nazaré da Galileia para a Judeia, para Belém, cidade de Davi, porque pertencia à casa e à linhagem de Davi. 5 Ele foi a fim de alistar-se, com Maria, que lhe estava prometida em casamento e esperava um filho. 6 Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê, 7 e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. 8 Havia pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos. 9 E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados. 10 Mas o anjo lhes disse: “Não tenham medo. Estou trazendo boas-novas de grande alegria para vocês, que são para todo o povo: 11 Hoje, na cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. 12 Isto servirá de sinal para vocês: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura”. 13 De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo: 14 “Glória a Deus nas alturas,e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor”. 15 Quando os anjos os deixaram e foram para os céus, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos a Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos deu a conhecer”. 16 Então correram para lá e encontraram Maria e José e o bebê deitado na manjedoura. 17 Depois de o verem, contaram a todos o que lhes fora dito a respeito daquele menino, 18 e todos os que ouviram o que os pastores diziam ficaram admirados. 19 Maria, porém, guardava todas essas coisas e sobre elas refletia em seu coração. 20 Os pastores voltaram glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, como lhes fora dito. 21 Completando-se os oito dias para a circuncisão do menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, o qual lhe tinha sido dado pelo anjo antes de ele nascer. 22 Completando-se o tempo da purificação deles, de acordo com a Lei de Moisés, José e Maria o levaram a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor 23 (como está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”). 24 e para oferecer um sacrifício, de acordo com o que diz a Lei do Senhor: “duas rolinhas ou dois pombinhos” 25 Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, que era justo e piedoso, e que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. 26 Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor. 27 Movido pelo Espírito, ele foi ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para lhe fazerem o que requeria o costume da Lei, 28 Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: 29 “Ó Soberano, como prometeste,agora podes despedir em paz o teu servo. 30 Pois os meus olhos já viram a tua salvação, 31 que preparaste à vista de todos os povos: 32 luz para revelação aos gentiose para a glória de Israel, teu povo”. 33 O pai e a mãe do menino estavam admirados com o que fora dito a respeito dele. 34 E Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe de Jesus: “Este menino está destinado a causar a queda e o soerguimento de muitos em Israel, e a ser um sinal de contradição, 35 de modo que o pensamento de muitos corações será revelado. Quanto a você, uma espada atravessará a sua alma”. 36 Estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era muito idosa; tinha vivido com seu marido sete anos depois de se casar 37 e então permanecera viúva até a idade de oitenta e quatro anos. Nunca deixava o templo: adorava a Deus jejuando e orando dia e noite. 38 Tendo chegado ali naquele exato momento, deu graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. 39 Depois de terem feito tudo o que era exigido pela Lei do Senhor, voltaram para a sua própria cidade, Nazaré, na Galileia. 40 O menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. 41 Todos os anos seus pais iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. 42 Quando ele completou doze anos de idade, eles subiram à festa, conforme o costume. 43 Terminada a festa, voltando seus pais para casa, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que eles percebessem. 44 Pensando que ele estava entre os companheiros de viagem, caminharam o dia todo. Então começaram a procurá-lo entre seus parentes e conhecidos. 45 Não o encontrando, voltaram a Jerusalém para procurá-lo. 46 Depois de três dias o encontraram no templo, sentado entre os mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas. 47 Todos os que o ouviam ficavam maravilhados com o seu entendimento e com as suas respostas. 48 Quando seus pais o viram, ficaram perplexos. Sua mãe lhe disse: “Filho, por que você nos fez isto? Seu pai e eu estávamos aflitos, à sua procura”. 49 Ele perguntou: “Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa de meu Pai?” 50 Mas eles não compreenderam o que lhes dizia. 51 Então foi com eles para Nazaré e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, guardava todas essas coisas em seu coração. 52 Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.
1 Estes são os chefes das famílias e dos que com eles foram registrados, os quais saíram comigo da Babilônia durante o reinado do rei Artaxerxes: 2 dos descendentes de Fineias, Gérson;dos descendentes de Itamar, Daniel;dos descendentes de Davi, Hatus; 3 dos descendentes de Secanias,dos descendentes de Parós, Zacarias, sendo registrados com ele 150 homens; 4 dos descendentes de Paate-Moabe, Elioenai, filho de Zeraías, e com ele 200 homens; 5 dos descendentes de Zatu, Secanias, filho de Jaaziel, e com ele 300 homens; 6 dos descendentes de Adim, Ebede, filho de Jônatas, e com ele 50 homens; 7 dos descendentes de Elão, Jesaías, filho de Atalias, e com ele 70 homens; 8 dos descendentes de Sefatias, Zebadias, filho de Micael, e com ele 80 homens; 9 dos descendentes de Joabe, Obadias, filho de Jeiel, e com ele 218 homens; 10 dos descendentes de Bani, Selomite, filho de Josifias, e com ele 160 homens; 11 dos descendentes de Bebai, Zacarias, filho de Bebai, e com ele 28 homens; 12 dos descendentes de Azgade, Joanã, filho de Hacatã, e com ele 110 homens; 13 dos descendentes de Adonicão, os últimos que chegaram, Elifelete, Jeiel e Semaías, e com eles 60 homens; 14 dos descendentes de Bigvai, Utai e Zabude, e com eles 70 homens. 15 Eu os reuni junto ao canal que corre para Aava e acampamos ali por três dias. Quando passei em revista o povo e os sacerdotes, não encontrei nenhum levita. 16 Por isso convoquei Eliézer, Ariel, Semaías, Elnatã, Jaribe, Elnatã, Natã, Zacarias e Mesulão, que eram líderes, e Joiaribe e Natã, que eram homens sábios, 17 e os enviei a Ido, o líder de Casifia. Eu lhes falei o que deveriam dizer a Ido e a seus parentes, os servidores do templo, em Casifia, para que nos trouxessem servidores para o templo de nosso Deus. 18 Como a bondosa mão de Deus estava sobre nós, eles nos trouxeram Serebias, homem capaz, dentre os descendentes de Mali, filho de Levi, neto de Israel, e os filhos e irmãos de Serebias, dezoito homens; 19 e também Hasabias, acompanhado de Jesaías, dentre os descendentes de Merari, e seus irmãos e filhos, vinte homens. 20 Trouxeram ainda duzentos e vinte dos servidores do templo, um grupo que Davi e os seus oficiais tinham formado para ajudar os levitas. Todos eles tinham seus nomes registrados. 21 Ali, junto ao canal de Aava, proclamei jejum para que nos humilhássemos diante do nosso Deus e lhe pedíssemos uma viagem segura para nós e nossos filhos, com todos os nossos bens. 22 Tive vergonha de pedir soldados e cavaleiros ao rei para nos protegerem dos inimigos na estrada, pois lhe tínhamos dito: “A mão bondosa de nosso Deus está sobre todos os que o buscam, mas o seu poder e a sua ira são contra todos os que o abandonam”. 23 Por isso jejuamos e suplicamos essa bênção ao nosso Deus, e ele nos atendeu. 24 Depois separei doze dos principais sacerdotes, a saber, Serebias, Hasabias e dez dos seus irmãos, 25 e pesei diante deles a oferta de prata e de ouro e os utensílios que o rei, seus conselheiros, seus oficiais e todo o Israel ali presente tinham doado para a casa de nosso Deus. 26 Pesei e entreguei-lhes vinte e dois mil e setecentos e cinquenta quilos, de prata, três toneladas e meia de utensílios de prata, três toneladas e meia de ouro, 27 vinte tigelas de ouro pesando oito quilos e meio e dois utensílios finos de bronze polido, tão valiosos como se fossem de ouro. 28 E eu lhes disse: Tanto vocês como estes utensílios estão consagrados ao SENHOR. A prata e o ouro são uma oferta voluntária ao SENHOR, o Deus dos seus antepassados. 29 Peço que os guardem bem até que os pesem nas salas do templo do SENHOR em Jerusalém diante dos sacerdotes principais, dos levitas e dos chefes das famílias de Israel. 30 Então os sacerdotes e os levitas receberam a prata, o ouro e os utensílios sagrados, depois de pesados, para levá-los a Jerusalém, ao templo do nosso Deus. 31 No décimo segundo dia do primeiro mês nós partimos do canal de Aava e fomos para Jerusalém. A mão do nosso Deus esteve sobre nós, e ele nos protegeu do ataque de inimigos e assaltantes pelo caminho. 32 Assim chegamos a Jerusalém, e ficamos descansando três dias. 33 No quarto dia, no templo do nosso Deus, pesamos a prata, o ouro e os utensílios sagrados, e os demos a Meremote, filho do sacerdote Urias. Estavam com ele Eleazar, filho de Fineias, e os levitas Jozabade, filho de Jesua, e Noadias, filho de Binui. 34 Tudo foi contado e pesado, e o peso total foi registrado naquela mesma hora. 35 Então os exilados que tinham voltado do cativeiro sacrificaram holocaustos ao Deus de Israel: doze touros em favor de todo o Israel, noventa e seis carneiros, setenta e sete cordeiros e, como oferta pelo pecado, doze bodes—tudo oferecido como holocausto ao SENHOR. 36 Eles também entregaram as ordens do rei aos sátrapas e aos governadores do território a oeste do Eufrates, e ajudaram o povo na obra do templo de Deus.
1 Jacó habitou na terra de Canaã, onde seu pai tinha vivido como estrangeiro. 2 Esta é a história da família de Jacó:Quando José tinha dezessete anos, pastoreava os rebanhos com os seus irmãos. Ajudava os filhos de Bila e os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e contava ao pai a má fama deles. 3 Ora, Israel gostava mais de José do que de qualquer outro filho, porque lhe havia nascido em sua velhice; por isso mandou fazer para ele uma túnica longa. 4 Quando os seus irmãos viram que o pai gostava mais dele do que de qualquer outro filho, odiaram-no e não conseguiam falar com ele amigavelmente. 5 Certa vez, José teve um sonho e, quando o contou a seus irmãos, eles passaram a odiá-lo ainda mais. 6 “Ouçam o sonho que tive”, disse-lhes. 7 “Estávamos amarrando os feixes de trigo no campo, quando o meu feixe se levantou e ficou em pé, e os seus feixes se ajuntaram ao redor do meu e se curvaram diante dele”. 8 Seus irmãos lhe disseram: “Então você vai reinar sobre nós? Quer dizer que você vai nos governar?” E o odiaram ainda mais, por causa do sonho e do que tinha dito. 9 Depois teve outro sonho e o contou aos seus irmãos: “Tive outro sonho, e desta vez o sol, a lua e onze estrelas se curvavam diante de mim”. 10 Quando o contou ao pai e aos irmãos, o pai o repreendeu e lhe disse: “Que sonho foi esse que você teve? Será que eu, sua mãe, e seus irmãos viremos a nos curvar até o chão diante de você?” 11 Assim seus irmãos tiveram ciúmes dele; o pai, no entanto, refletia naquilo. 12 Os irmãos de José tinham ido cuidar dos rebanhos do pai, perto de Siquém, 13 e Israel disse a José: “Como você sabe, seus irmãos estão apascentando os rebanhos perto de Siquém. Quero que você vá até lá”.“Sim, senhor”, respondeu ele. 14 Disse-lhe o pai: “Vá ver se está tudo bem com os seus irmãos e com os rebanhos, e traga-me notícias”. Jacó o enviou quando estava no vale de Hebrom.Mas José se perdeu quando se aproximava de Siquém; 15 um homem o encontrou vagueando pelos campos e lhe perguntou: “Que é que você está procurando?” 16 Ele respondeu: “Procuro meus irmãos. Pode me dizer onde eles estão apascentando os rebanhos?” 17 Respondeu o homem: “Eles já partiram daqui. Eu os ouvi dizer: ‘Vamos para Dotã’.”Assim José foi em busca dos seus irmãos e os encontrou perto de Dotã. 18 Mas eles o viram de longe e, antes que chegasse, planejaram matá-lo. 19 “Lá vem aquele sonhador!”, diziam uns aos outros. 20 “É agora! Vamos matá-lo e jogá-lo num destes poços, e diremos que um animal selvagem o devorou. Veremos então o que será dos seus sonhos”. 21 Quando Rúben ouviu isso, tentou livrá-lo das mãos deles, dizendo: “Não lhe tiremos a vida!” 22 E acrescentou: “Não derramem sangue. Joguem-no naquele poço no deserto, mas não toquem nele”. Rúben propôs isso com a intenção de livrá-lo e levá-lo de volta ao pai. 23 Chegando José, seus irmãos lhe arrancaram a túnica longa, 24 agarraram-no e o jogaram no poço, que estava vazio e sem água. 25 Ao se assentarem para comer, viram ao longe uma caravana de ismaelitas que vinha de Gileade. Seus camelos estavam carregados de especiarias, bálsamo e mirra, que eles levavam para o Egito. 26 Judá disse então a seus irmãos: “Que ganharemos se matarmos o nosso irmão e escondermos o seu sangue? 27 Vamos vendê-lo aos ismaelitas. Não tocaremos nele, afinal é nosso irmão, é nosso próprio sangue”. E seus irmãos concordaram. 28 Quando os mercadores ismaelitas de Midiã se aproximaram, seus irmãos tiraram José do poço e o venderam por vinte peças de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egito. 29 Quando Rúben voltou ao poço e viu que José não estava lá, rasgou suas vestes 30 e, voltando a seus irmãos, disse: “O jovem não está lá! Para onde irei agora?” 31 Então eles mataram um bode, mergulharam no sangue a túnica de José 32 e a mandaram ao pai com este recado: “Achamos isto. Veja se é a túnica de teu filho”. 33 Ele a reconheceu e disse: “É a túnica de meu filho! Um animal selvagem o devorou! José foi despedaçado!” 34 Então Jacó rasgou suas vestes, vestiu-se de pano de saco e chorou muitos dias por seu filho. 35 Todos os seus filhos e filhas vieram consolá-lo, mas ele recusou ser consolado, dizendo: “Não! Chorando descerei à sepultura para junto de meu filho”. E continuou a chorar por ele. 36 Nesse meio-tempo, no Egito, os midianitas venderam José a Potifar, oficial do faraó e capitão da guarda.
1 Portanto, santos irmãos, participantes do chamado celestial, fixem os seus pensamentos em Jesus, apóstolo e sumo sacerdote que confessamos. 2 Ele foi fiel àquele que o havia constituído, assim como Moisés foi fiel em toda a casa de Deus. 3 Jesus foi considerado digno de maior glória do que Moisés, da mesma forma que o construtor de uma casa tem mais honra do que a própria casa. 4 Pois toda casa é construída por alguém, mas Deus é o edificador de tudo. 5 Moisés foi fiel como servo em toda a casa de Deus, dando testemunho do que haveria de ser dito no futuro, 6 mas Cristo é fiel como Filho sobre a casa de Deus; e essa casa somos nós, se é que nos apegamos firmemente à confiança e à esperança da qual nos gloriamos. 7 Assim, como diz o Espírito Santo:“Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, 8 não endureçam o coração,como na rebelião,durante o tempo da provação no deserto, 9 onde os seus antepassados me tentaram, pondo-me à prova,apesar de, durante quarenta anos, terem visto o que eu fiz. 10 Por isso fiquei irado contra aquela geraçãoe disse: O seu curacao está sempre se desviando,e eles não reconheceram os meus caminhos. 11 Assim jurei na minha ira:Jamais entrarão no meu descanso”. 12 Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. 13 Ao contrário, encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama “hoje”, de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado, 14 pois passamos a ser participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à confiança que tivemos no princípio. 15 Por isso é que se diz:“Se hoje vocês ouvirem a sua voz,não endureçam o coração,como na rebelião”. 16 Quem foram os que ouviram e se rebelaram? Não foram todos os que Moisés tirou do Egito? 17 Contra quem Deus esteve irado durante quarenta anos? Não foi contra aqueles que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? 18 E a quem jurou que nunca haveriam de entrar no seu descanso? Não foi àqueles que foram desobedientes? 19 Vemos, assim, que por causa da incredulidade não puderam entrar.