1 Portanto, você, que julga os outros é indesculpável; pois está condenando você mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas. 2 Sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas é conforme a verdade. 3 Assim, quando você, um simples homem, os julga, mas pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do juízo de Deus? 4 Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento? 5 Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra você mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento. 6 Deus “retribuirá a cada um conforme o seu procedimento”. 7 Ele dará vida eterna aos que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade. 8 Mas haverá ira e indignação para os que são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça. 9 Haverá tribulação e angústia para todo ser humano que pratica o mal: primeiro para o judeu, depois para o grego; 10 mas glória, honra e paz para todo o que pratica o bem: primeiro para o judeu, depois para o grego. 11 Pois em Deus não há parcialidade. 12 Todo aquele que pecar sem a Lei, sem a Lei também perecerá, e todo aquele que pecar sob a Lei, pela Lei será julgado. 13 Porque não são os que ouvem a Lei que são justos aos olhos de Deus; mas os que obedecem à Lei, estes serão declarados justos. 14 (De fato, quando os gentios, que não têm a Lei, praticam naturalmente o que ela ordena, tornam-se lei para si mesmos, embora não possuam a Lei; 15 pois mostram que as exigências da Lei estão gravadas em seu coração. Disso dão testemunho também a sua consciência e os pensamentos deles, ora acusando-os, ora defendendo-os.) 16 Isso tudo se verá no dia em que Deus julgar os segredos dos homens, mediante Jesus Cristo, conforme o declara o meu evangelho. 17 Ora, você leva o nome de judeu, apoia-se na Lei e orgulha-se de Deus. 18 Você conhece a vontade de Deus e aprova o que é superior, porque é instruído pela Lei. 19 Você está convencido de que é guia de cegos, luz para os que estão em trevas, 20 instrutor de insensatos, mestre de crianças, porque tem na Lei a expressão do conhecimento e da verdade. 21 E então? Você, que ensina os outros, não ensina a você mesmo? Você, que prega contra o furto, furta? 22 Você, que diz que não se deve adulterar, adultera? Você, que detesta ídolos, rouba-lhes os templos? 23 Você, que se orgulha da Lei, desonra a Deus, desobedecendo à Lei? 24 Pois, como está escrito: “O nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vocês”. 25 A circuncisão tem valor se você obedece à Lei; mas, se você desobedece à Lei, a sua circuncisão já se tornou incircuncisão. 26 Se aqueles que não são circuncidados obedecem aos preceitos da Lei, não serão eles considerados circuncidados? 27 Aquele que não é circuncidado fisicamente, mas obedece à Lei, condenará você que, tendo a Lei escrita e a circuncisão, é transgressor da Lei. 28 Não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é meramente exterior e física. 29 Não! Judeu é quem o é interiormente, e circuncisão é a operada no coração, pelo Espírito, e não pela Lei escrita. Para estes o louvor não provém dos homens, mas de Deus.
1 Escuta-nos, Pastor de Israel,tu, que conduzes José como um rebanho;tu, que tens o teu trono sobre os querubins,manifesta o teu esplendor 2 diante de Efraim, Benjamim e Manassés.Desperta o teu poder e vem salvar-nos! 3 Restaura-nos, ó Deus!Faze resplandecer sobre nós o teu rosto,para que sejamos salvos. 4 Ó SENHOR, Deus dos Exércitos,até quando arderá a tua iracontra as orações do teu povo? 5 Tu o alimentaste com pão de lágrimase o fizeste beber copos de lágrimas. 6 Fizeste de nós um motivo de disputas entre as nações vizinhas,e os nossos inimigos caçoam de nós. 7 Restaura-nos, ó Deus dos Exércitos;faze resplandecer sobre nós o teu rosto,para que sejamos salvos. 8 Do Egito trouxeste uma videira;expulsaste as nações e a plantaste. 9 Limpaste o terreno,ela lançou raízes e encheu a terra. 10 Os montes foram cobertos pela sua sombrae os mais altos cedros pelos seus ramos. 11 Seus ramos se estenderam até o Mare os seus brotos até o Rio. 12 Por que derrubaste as suas cercas,permitindo que todos os que passam apanhem as suas uvas? 13 Javalis da floresta a devastame as criaturas do campo dela se alimentam. 14 Volta-te para nós, ó Deus dos Exércitos!Dos altos céus olha e vê!Toma conta desta videira, 15 da raiz que a tua mão direita plantou,do filho que para ti fizeste crescer! 16 Tua videira foi derrubada; como lixo foi consumida pelo fogo.Pela tua repreensão perece o teu povo! 17 Repouse a tua mão sobre aquele que puseste à tua mão direita,o filho do homem que para ti fizeste crescer. 18 Então não nos desviaremos de ti;vivifica-nos, e invocaremos o teu nome. 19 Restaura-nos, ó SENHOR, Deus dos Exércitos;faze resplandecer sobre nós o teu rosto,para que sejamos salvos.
1 Quem se isola busca interesses egoístase se rebela contra a sensatez. 2 O tolo não tem prazer no entendimento,mas sim em expor os seus pensamentos. 3 Com a impiedade vem o desprezo,e com a desonra vem a vergonha. 4 As palavras do homem são águas profundas,mas a fonte da sabedoria é um ribeiro que transborda. 5 Não é bom favorecer os ímpiospara privar da justiça o justo. 6 As palavras do tolo provocam briga,e a sua conversa atrai açoites. 7 A conversa do tolo é a sua desgraça,e seus lábios são uma armadilha para a sua alma. 8 As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos;descem até o íntimo do homem. 9 Quem relaxa em seu trabalhoé irmão do que o destrói. 10 O nome do SENHOR é uma torre forte;os justos correm para ela e estão seguros. 11 A riqueza dos ricos é a sua cidade fortificada,eles a imaginam como um muro que é impossível escalar. 12 Antes da sua queda o coração do homem se envaidece,mas a humildade antecede a honra. 13 Quem responde antes de ouvircomete insensatez e passa vergonha. 14 O espírito do homem o sustenta na doença;mas, o espírito deprimido, quem o levantará? 15 O coração do que tem discernimento adquire conhecimento;os ouvidos dos sábios saem à sua procura. 16 O presente abre o caminho para aquele que o entregae o conduz à presença dos grandes. 17 O primeiro a apresentar a sua causa parece ter razão,até que outro venha à frente e o questione. 18 Lançar sortes resolve contendase decide questões entre poderosos. 19 Um irmão ofendido é mais inacessível do que uma cidade fortificada,e as discussões são como as portas trancadas de uma cidadela. 20 Do fruto da boca enche-se o estômago do homem;o produto dos lábios o satisfaz. 21 A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte;os que gostam de usá-la comerão do seu fruto. 22 Quem encontra uma esposa encontra algo excelente;recebeu uma bênção do SENHOR. 23 O pobre implora misericórdia,mas o rico responde com aspereza. 24 Quem tem muitos amigos pode chegar à ruína,mas existe amigo mais apegado que um irmão.
1 Esta é a palavra que o SENHOR dirigiu a Jeremias acerca da seca: 2 “Judá pranteia,as suas cidades estão definhandoe os seus habitantes se lamentam, prostrados no chão!O grito de Jerusalém sobe. 3 Os nobres mandam os seus servosà procura de água;eles vão às cisternas mas nada encontram.Voltam com os potes vaziose, decepcionados e desesperados,cobrem a cabeça. 4 A terra nada produziu,porque não houve chuva;e os lavradores, decepcionados,cobrem a cabeça. 5 Até mesmo a corça no campoabandona a cria recém-nascida,porque não há capim. 6 Os jumentos selvagens permanecem nos altos,farejando o vento como os chacais,mas a sua visão falha,por falta de pastagem”. 7 Embora os nossos pecados nos acusem,age por amor do teu nome, ó SENHOR!Nossas infidelidades são muitas;temos pecado contra ti. 8 Ó Esperança de Israel,tu que o salvas na hora da adversidade,por que te comportas como um estrangeiro na terra,ou como um viajante que fica somente uma noite? 9 Por que ages como um homem que foi pego de surpresa,como um guerreiro que não pode salvar?Tu estás em nosso meio, ó SENHOR,e nós pertencemos a ti;não nos abandones! 10 Assim diz o SENHOR acerca deste povo:“Eles gostam muito de vaguear;não controlam os pés.Por isso o SENHOR não os aceita;agora ele se lembrará da iniquidade delese os castigará por causa dos seus pecados”. 11 Então o SENHOR me disse: “Não ore pelo bem-estar deste povo. 12 Ainda que jejuem, não escutarei o clamor deles; ainda que ofereçam holocaustos e ofertas de cereal, não os aceitarei. Mas eu os destruirei pela guerra, pela fome e pela peste”. 13 Mas eu disse: Ah, Soberano SENHOR, os profetas estão dizendo a eles: “Vocês não verão a guerra nem a fome; eu lhes darei prosperidade duradoura neste lugar”. 14 Então o SENHOR me disse: “É mentira o que os profetas estão profetizando em meu nome. Eu não os enviei nem lhes dei ordem nenhuma, nem falei com eles. Eles estão profetizando para vocês falsas visões, adivinhações inúteis e ilusões de suas próprias mentes”. 15 Por isso, assim diz o SENHOR: “Quanto aos profetas que estão profetizando em meu nome, embora eu não os tenha enviado, e que dizem: ‘Nem guerra nem fome alcançarão esta terra’, aqueles mesmos profetas perecerão pela guerra e pela fome! 16 E aqueles a quem estão profetizando serão jogados nas ruas de Jerusalém, por causa da fome e da guerra. E não haverá ninguém para sepultá-los, nem para sepultar as suas mulheres, os seus filhos e as suas filhas. Despejarei sobre eles o castigo que merecem. 17 “Diga-lhes isto:“Que os meus olhos derramem lágrimas,noite e dia sem cessar;pois a minha filha virgem, o meu povo,sofreu um ferimento terrível,um golpe fatal. 18 Se vou para o campo,vejo os que morreram à espada;se entro na cidade,vejo a devastação da fome.Tanto o profeta como o sacerdotepercorrem a terra sem nada compreender”. 19 Rejeitaste Judá completamente?Desprezaste Sião?Por que nos feriste a pontode não podermos ser curados?Esperávamos a paz,mas não veio bem algum;esperávamos um tempo de cura,mas há somente terror. 20 SENHOR, reconhecemos a nossa impiedadee a iniquidade dos nossos pais;temos de fato pecado contra ti. 21 Por amor do teu nome não nos desprezes;não desonres o teu trono glorioso.Lembra-te da tua aliança conoscoe não a quebres. 22 Entre os ídolos inúteis das nações, existe algum que possa trazer chuva?Podem os céus, por si mesmos, produzir chuvas copiosas?Somente tu o podes, SENHOR, nosso Deus!Portanto, a nossa esperança está em ti,pois tu fazes todas essas coisas.
1 “Faça um altar de madeira de acácia para queimar incenso. 2 Será quadrado, com quarenta e cinco centímetros de cada lado, e noventa centímetros de altura; suas pontas formarão com ele uma só peça. 3 Revista de ouro puro a parte superior, todos os lados e as pontas, e faça uma moldura de ouro ao seu redor. 4 Faça duas argolas de ouro de cada lado do altar, abaixo da moldura, que sustentem as varas utilizadas para carregá-lo, 5 e use madeira de acácia para fazer as varas e revista-as de ouro. 6 Coloque o altar em frente do véu que se encontra diante da arca da aliança diante da tampa que está sobre ele, onde me encontrarei com você. 7 “Arão queimará incenso aromático sobre o altar todas as manhãs, quando vier cuidar das lâmpadas, 8 e também quando acendê-las ao entardecer. Será queimado incenso continuamente perante o SENHOR, pelas suas gerações. 9 Não ofereçam nesse altar nenhum outro tipo de incenso nem holocausto nem oferta de cereal nem derramem sobre ele ofertas de bebidas. 10 Uma vez por ano, Arão fará propiciação sobre as pontas do altar. Essa propiciação anual será realizada com o sangue da oferta para propiciação pelo pecado, geração após geração. Esse altar é santíssimo ao SENHOR”. 11 Disse então o SENHOR a Moisés: 12 “Quando você fizer o recenseamento dos israelitas, cada um deles terá que pagar ao SENHOR um preço pelo resgate por sua vida ao ser for contado. Dessa forma nenhuma praga virá sobre eles quando você os contar. 13 Cada recenseado contribuirá com seis gramas, com base no peso padrão. do santuário, que tem doze gramas Os seis gramas são uma oferta ao SENHOR. 14 Todos os alistados, da idade de vinte anos para cima, darão ao SENHOR essa oferta. 15 Os ricos não contribuirão com mais, nem os pobres darão menos que seis gramas, quando apresentarem a oferta ao SENHOR como propiciação por sua vida. 16 Receba dos israelitas o preço da propiciação e use-o para o serviço da Tenda do Encontro. Será um memorial perante o SENHOR em favor dos israelitas, para fazerem propiciação por suas vidas”. 17 Disse então o SENHOR a Moisés: 18 “Faça uma bacia de bronze com uma base de bronze, para se lavarem. Coloque-a entre a Tenda do Encontro e o altar, e mande enchê-la de água. 19 Arão e seus filhos lavarão as mãos e os pés com a água da bacia. 20 Toda vez que entrarem na Tenda do Encontro, terão que lavar-se com água, para que não morram. Quando também se aproximarem do altar para ministrar ao SENHOR, apresentando uma oferta preparada no fogo, 21 lavarão as mãos e os pés para que não morram. Esse é um decreto perpétuo, para Arão e os seus descendentes, geração após geração”. 22 Em seguida, o SENHOR disse a Moisés: 23 “Junte as seguintes especiarias: seis quilos de mirra líquida, a metade disso, ou seja, três quilos de canela, três quilos de cana aromática, 24 seis quilos de cássia, com base no peso padrão do santuário, e um galão de azeite de oliva. 25 Faça com eles o óleo sagrado para as unções, uma mistura de aromas—obra de perfumista. Esse será o óleo sagrado para as unções. 26 Use-o para ungir a Tenda do Encontro, a arca da aliança, 27 a mesa e todos os seus utensílios, o candelabro e os seus utensílios, o altar do incenso, 28 o altar do holocausto e todos os seus utensílios, e a bacia com a sua base. 29 Você os consagrará e serão santíssimos, e tudo o que neles tocar se tornará santo. 30 “Unja Arão e seus filhos e consagre-os para que me sirvam como sacerdotes. 31 Diga aos israelitas: Este será o meu óleo sagrado para as unções, geração após geração. 32 Não o derramem sobre nenhum outro homem e não façam nenhum outro óleo com a mesma composição. É óleo sagrado, e assim vocês devem considerá-lo. 33 Quem fizer óleo como esse ou usá-lo em alguém que não seja sacerdote, será eliminado do meio do seu povo”. 34 Disse ainda o SENHOR a Moisés: “Junte as seguintes essências: bálsamo, ônica, gálbano e incenso puro—todos em quantidades iguais—, 35 e faça um incenso de mistura aromática—obra de perfumista. Levará sal e será puro e santo. 36 Moa parte dele, até virar pó, e coloque-o diante das tábuas da aliança, na Tenda do Encontro, onde me encontrarei com você. O incenso lhes será santíssimo. 37 Não façam nenhum outro incenso com a mesma composição para uso pessoal; considerem-no sagrado, reservado para o SENHOR. 38 Quem fizer um incenso semelhante, para usufruir sua fragrância, será eliminado do seu povo”.
1 Seis dias antes da Páscoa Jesus chegou a Betânia, onde vivia Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos. 2 Ali prepararam um jantar para Jesus. Marta servia, enquanto Lázaro estava à mesa com ele. 3 Então Maria pegou um frasco de nardo puro, que era um perfume caro, derramou-o sobre os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos. E a casa encheu-se com a fragrância do perfume. 4 Mas um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, que mais tarde iria traí-lo, fez uma objeção: 5 “Por que este perfume não foi vendido, e o dinheiro dado aos pobres? Seriam trezentos denários”. 6 Ele não falou isso por se interessar pelos pobres, mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de dinheiro, costumava tirar o que nela era colocado. 7 Respondeu Jesus: “Deixe-a em paz; que o guarde para o dia do meu sepultamento. 8 Pois os pobres vocês sempre terão consigo, mas a mim vocês nem sempre terão”. 9 Enquanto isso, uma grande multidão de judeus, ao descobrir que Jesus estava ali, veio, não apenas por causa de Jesus, mas também para ver Lázaro, a quem ele ressuscitara dos mortos. 10 Assim, os chefes dos sacerdotes fizeram planos para matar também Lázaro, 11 pois por causa dele muitos estavam se afastando dos judeus e crendo em Jesus. 12 No dia seguinte, a grande multidão que tinha vindo para a festa ouviu falar que Jesus estava chegando a Jerusalém. 13 Pegaram ramos de palmeiras e saíram ao seu encontro, gritando:“Hosana!”“Bendito é o que vem em nome do Senhor!”“Bendito é o Rei de Israel!” 14 Jesus conseguiu um jumentinho e montou nele, como está escrito: 15 “Não tenha medo, ó cidade de Sião;eis que o seu rei vem,montado num jumentinho”. 16 A princípio seus discípulos não entenderam isso. Só depois que Jesus foi glorificado, eles se lembraram de que essas coisas estavam escritas a respeito dele e lhe foram feitas. 17 A multidão que estava com ele, quando mandara Lázaro sair do sepulcro e o ressuscitara dos mortos, continuou a espalhar o fato. 18 Muitas pessoas, por terem ouvido falar que ele realizara tal sinal milagroso, foram ao seu encontro. 19 E assim os fariseus disseram uns aos outros: “Não conseguimos nada. Olhem como o mundo todo vai atrás dele!” 20 Entre os que tinham ido adorar a Deus na festa da Páscoa, estavam alguns gregos. 21 Eles se aproximaram de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, com um pedido: “Senhor, queremos ver Jesus”. 22 Filipe foi dizê-lo a André, e os dois juntos o disseram a Jesus. 23 Jesus respondeu: “Chegou a hora de ser glorificado o Filho do homem. 24 Digo verdadeiramente que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas, se morrer, dará muito fruto. 25 Aquele que ama a sua vida a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste mundo a conservará para a vida eterna. 26 Quem me serve precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará. 27 “Agora meu coração está perturbado, e o que direi? Pai, salva-me desta hora? Não; eu vim exatamente para isto, para esta hora. 28 Pai, glorifica o teu nome!”Então veio uma voz dos céus: “Eu já o glorifiquei e o glorificarei novamente”. 29 A multidão que ali estava e a ouviu disse que tinha trovejado; outros disseram que um anjo lhe tinha falado. 30 Jesus disse: “Esta voz veio por causa de vocês e não por minha causa. 31 Chegou a hora de ser julgado este mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. 32 Mas eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim”. 33 Ele disse isso para indicar o tipo de morte que haveria de sofrer. 34 A multidão falou: “A Lei nos ensina que o Cristo permanecerá para sempre; como podes dizer: ‘O Filho do homem precisa ser levantado’? Quem é esse ‘Filho do homem’?” 35 Disse-lhes então Jesus: “Por mais um pouco de tempo a luz estará entre vocês. Andem enquanto vocês têm a luz, para que as trevas não os surpreendam, pois aquele que anda nas trevas não sabe para onde está indo. 36 Creiam na luz enquanto vocês a têm, para que se tornem filhos da luz”. Terminando de falar, Jesus saiu e ocultou-se deles. 37 Mesmo depois que Jesus fez todos aqueles sinais milagrosos, não creram nele. 38 Isso aconteceu para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que disse:“Senhor, quem creu em nossa mensagem,e a quem foi revelado o braço do Senhor?” 39 Por esta razão eles não podiam crer, porque, como disse Isaías noutro lugar: 40 “Cegou os seus olhose endureceu-lhes o coração,para que não vejam com os olhosnem entendam com o coração,nem se convertam, e eu os cure”. 41 Isaías disse isso porque viu a glória de Jesus e falou sobre ele. 42 Ainda assim, muitos líderes dos judeus creram nele. Mas, por causa dos fariseus, não confessavam a sua fé, com medo de serem expulsos da sinagoga; 43 pois preferiam a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus. 44 Então Jesus disse em alta voz: “Quem crê em mim, não crê apenas em mim, mas naquele que me enviou. 45 Quem me vê, vê aquele que me enviou. 46 Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. 47 “Se alguém ouve as minhas palavras e não lhes obedece, eu não o julgo. Pois não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. 48 Há um juiz para quem me rejeita e não aceita as minhas palavras; a própria palavra que proferi o condenará no último dia. 49 Pois não falei por mim mesmo, mas o Pai que me enviou me ordenou o que dizer e o que falar. 50 Sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu digo é exatamente o que o Pai me mandou dizer”.
1 Cinco dias depois, o sumo sacerdote Ananias desceu a Cesareia com alguns dos líderes dos judeus e um advogado chamado Tértulo, os quais apresentaram ao governador suas acusações contra Paulo. 2 Quando Paulo foi chamado, Tértulo apresentou sua causa a Félix: “Temos desfrutado de um longo período de paz durante o teu governo, e o teu providente cuidado resultou em reformas nesta nação. 3 Em tudo e em toda parte, excelentíssimo Félix, reconhecemos estes benefícios com profunda gratidão. 4 Todavia, a fim de não tomar-te mais tempo, peço-te o favor de ouvir-nos apenas por um pouco. 5 Verificamos que este homem é um perturbador, que promove tumultos entre os judeus pelo mundo todo. Ele é o principal cabeça da seita dos nazarenos 6 e tentou até mesmo profanar o templo; então o prendemos e quisemos julgá-lo segundo a nossa lei. 7 as o comandante Lísias interveio e com muita força o arrebatou de nossas mãos e ordenou que os seus acusadores se apresentassem. 8 Se tu mesmo o interrogares, poderás verificar a verdade a respeito de todas estas acusações que estamos fazendo contra ele”. 9 Os judeus confirmaram a acusação, garantindo que as afirmações eram verdadeiras. 10 Quando o governador lhe deu sinal para que falasse, Paulo declarou: “Sei que há muitos anos tens sido juiz nesta nação; por isso, de bom grado faço minha defesa. 11 Facilmente poderás verificar que há menos de doze dias subi a Jerusalém para adorar a Deus. 12 Meus acusadores não me encontraram discutindo com ninguém no templo, nem incitando uma multidão nas sinagogas ou em qualquer outro lugar da cidade. 13 Tampouco podem provar-te as acusações que agora estão levantando contra mim. 14 Confesso-te, porém, que adoro o Deus dos nossos antepassados como seguidor do Caminho, a que chamam seita. Creio em tudo o que concorda com a Lei e no que está escrito nos Profetas 15 e tenho em Deus a mesma esperança desses homens: de que haverá ressurreição tanto de justos como de injustos. 16 Por isso procuro sempre conservar minha consciência limpa diante de Deus e dos homens. 17 “Depois de estar ausente por vários anos, vim a Jerusalém para trazer esmolas ao meu povo e apresentar ofertas. 18 Enquanto fazia isso, já cerimonialmente puro, encontraram-me no templo, sem envolver-me em nenhum ajuntamento ou tumulto. 19 Mas há alguns judeus da província da Ásia que deveriam estar aqui diante de ti e apresentar acusações, se é que têm algo contra mim. 20 Ou os que aqui se acham deveriam declarar que crime encontraram em mim quando fui levado perante o Sinédrio, 21 a não ser que tenha sido este: quando me apresentei a eles, bradei: Por causa da ressurreição dos mortos estou sendo julgado hoje diante de vocês”. 22 Então Félix, que tinha bom conhecimento do Caminho, adiou a causa e disse: “Quando chegar o comandante Lísias, decidirei o caso de vocês”. 23 E ordenou ao centurião que mantivesse Paulo sob custódia, mas que lhe desse certa liberdade e permitisse que os seus amigos o servissem. 24 Vários dias depois, Félix veio com Drusila, sua mulher, que era judia, mandou chamar Paulo e o ouviu falar sobre a fé em Cristo Jesus. 25 Quando Paulo se pôs a discorrer acerca da justiça, do domínio próprio e do juízo vindouro, Félix teve medo e disse: “Basta, por enquanto! Pode sair. Quando achar conveniente, mandarei chamá-lo de novo”. 26 Ao mesmo tempo esperava que Paulo lhe oferecesse algum dinheiro, pelo que mandava buscá-lo frequentemente e conversava com ele. 27 Passados dois anos, Félix foi sucedido por Pórcio Festo; todavia, porque desejava manter a simpatia dos judeus, Félix deixou Paulo na prisão.
1 E aconteceu que, em combate com os filisteus, os israelitas foram postos em fuga e muitos caíram mortos no monte Gilboa. 2 Os filisteus perseguiram Saul e seus filhos e mataram Jônatas, Abinadabe e Malquisua, filhos de Saul. 3 O combate foi ficando cada vez mais violento em torno de Saul, até que os flecheiros o alcançaram e o feriram gravemente. 4 Então Saul ordenou ao seu escudeiro: “Tire sua espada e mate-me com ela, senão sofrerei a vergonha de cair nas mãos desses incircuncisos”.Mas seu escudeiro estava apavorado e não quis fazê-lo. Saul, então, pegou sua própria espada e jogou-se sobre ela. 5 Quando o escudeiro viu que Saul estava morto, jogou-se também sobre sua espada e morreu com ele. 6 Assim foi que Saul, seus três filhos, seu escudeiro e todos os seus soldados morreram naquele dia. 7 Quando os israelitas que habitavam do outro lado do vale e a leste do Jordão viram que o exército tinha fugido e que Saul e seus filhos estavam mortos, fugiram, abandonando suas cidades. Depois os filisteus foram ocupá-las. 8 No dia seguinte, quando os filisteus foram saquear os mortos, encontraram Saul e seus três filhos caídos no monte Gilboa. 9 Cortaram a cabeça de Saul, pegaram suas armas e enviaram mensageiros por toda a terra dos filisteus para proclamar a notícia nos templos de seus ídolos e no meio do seu povo. 10 Expuseram as armas de Saul no templo de Astarote e penduraram seu corpo no muro de Bete-Seã. 11 Quando os habitantes de Jabes-Gileade ficaram sabendo o que os filisteus tinham feito com Saul, 12 os mais corajosos dentre eles foram durante a noite a Bete-Seã. Baixaram os corpos de Saul e de seus filhos do muro de Bete-Seã e os levaram para Jabes, onde os queimaram. 13 Depois enterraram seus ossos debaixo de uma tamargueira em Jabes e jejuaram durante sete dias.
1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus, 2 a Timóteo, meu amado filho:Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor. 3 Dou graças a Deus, a quem sirvo com a consciência limpa, como o serviram os meus antepassados, ao lembrar-me constantemente de você, noite e dia, em minhas orações. 4 Lembro-me das suas lágrimas e desejo muito vê-lo, para que a minha alegria seja completa. 5 Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Loide e em sua mãe, Eunice, e estou convencido de que também habita em você. 6 Por essa razão, torno a lembrá-lo de que mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você mediante a imposição das minhas mãos. 7 Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio. 8 Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os meus sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus, 9 que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Essa graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos, 10 sendo agora revelada pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus. Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho. 11 Desse evangelho fui constituído pregador, apóstolo e mestre. 12 Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia. 13 Retenha, com fé e amor em Cristo Jesus, o modelo da sã doutrina que você ouviu de mim. 14 Quanto ao que lhe foi confiado, guarde-o por meio do Espírito Santo que habita em nós. 15 Você sabe que todos os da província da Ásia me abandonaram, inclusive Fígelo e Hermógenes. 16 O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes ele me reanimou e não se envergonhou por eu estar preso; 17 ao contrário, quando chegou a Roma, procurou-me diligentemente até me encontrar. 18 Conceda-lhe o Senhor que, naquele dia, encontre misericórdia da parte do Senhor! Você sabe muito bem quantos serviços ele me prestou em Éfeso.