1 Olhei, em seguida, e vi um homem segurando uma corda de medir. 2 Eu lhe perguntei: Aonde você vai?Ele me respondeu: “Vou medir Jerusalém para saber o seu comprimento e a sua largura”. 3 Então o anjo que falava comigo retirou-se, e outro anjo foi ao seu encontro 4 e lhe disse: “Corra e diga àquele jovem: Jerusalém será habitada como uma cidade sem muros por causa dos seus muitos habitantes e rebanhos. 5 E eu mesmo serei para ela um muro de fogo ao seu redor, declara o SENHOR, e dentro dela serei a sua glória”. 6 “Atenção! Atenção! Fujam da terra do norte”, declara o SENHOR, “porque eu os espalhei aos quatro ventos da terra”, diz o SENHOR. 7 “Atenção, ó Sião! Escapem, vocês que vivem na cidade da Babilônia! 8 Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: ‘Ele me enviou para buscar a sua glória entre as nações que saquearam vocês, porque todo o que tocar em vocês, toca na menina dos olhos dele’. 9 Certamente levantarei a minha mão contra as nações de forma que serão um espólio para os seus servos. Então vocês saberão que foi o SENHOR dos Exércitos que me enviou. 10 “Cante e alegre-se, ó cidade de Sião! Porque venho fazer de você a minha habitação”, declara o SENHOR. 11 “Muitas nações se unirão ao SENHOR naquele dia e se tornarão meu povo. Então você será a minha habitação e reconhecerá que o SENHOR dos Exércitos me enviou a você. 12 O SENHOR herdará Judá como sua propriedade na terra santa e escolherá de novo Jerusalém. 13 Aquietem-se todos perante o SENHOR, porque ele se levantou de sua santa habitação”.
1 Quando chegou o sétimo mês e os israelitas tinham se instalado em suas cidades, todo o povo juntou-se como se fosse um só homem na praça, em frente da porta das Águas. Pediram ao escriba Esdras que trouxesse o Livro da Lei de Moisés, que o SENHOR dera a Israel. 2 Assim, no primeiro dia do sétimo mês, o sacerdote Esdras trouxe a Lei diante da assembleia, que era constituída de homens e mulheres e de todos os que podiam entender. 3 Ele a leu em alta voz desde o raiar da manhã até o meio-dia, de frente para a praça, em frente da porta das Águas, na presença dos homens, mulheres e de outros que podiam entender. E todo o povo ouvia com atenção a leitura do Livro da Lei. 4 O escriba Esdras estava numa plataforma elevada, de madeira, construída para a ocasião. Ao seu lado, à direita, estavam Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaseias; e à esquerda estavam Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão. 5 Esdras abriu o Livro diante de todo o povo, e este podia vê-lo, pois ele estava num lugar mais alto. E, quando abriu o Livro, o povo todo se levantou. 6 Esdras louvou o SENHOR, o grande Deus, e todo o povo ergueu as mãos e respondeu: “Amém! Amém!” Então eles adoraram o SENHOR, prostrados com o rosto em terra. 7 Os levitas Jesua, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaseias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã e Pelaías, instruíram o povo na Lei, e todos permaneciam ali. 8 Leram o Livro da Lei de Deus, interpretando-o e explicando-o, a fim de que o povo entendesse o que estava sendo lido. 9 Então Neemias, o governador, Esdras, o sacerdote e escriba, e os levitas que estavam instruindo o povo disseram a todos: “Este dia é consagrado ao SENHOR, o nosso Deus. Nada de tristeza e de choro!” Pois todo o povo estava chorando enquanto ouvia as palavras da Lei. 10 E Neemias acrescentou: “Podem sair, e comam e bebam do melhor que tiverem, e repartam com os que nada têm preparado. Este dia é consagrado ao nosso Senhor. Não se entristeçam, porque a alegria do SENHOR os fortalecerá”. 11 Os levitas tranquilizaram todo o povo, dizendo: “Acalmem-se, porque este é um dia santo. Não fiquem tristes!” 12 Então todo o povo saiu para comer, beber, repartir com os que nada tinham preparado e para celebrar com grande alegria, pois agora compreendiam as palavras que lhes foram explicadas. 13 No segundo dia do mês, os chefes de todas as famílias, os sacerdotes e os levitas reuniram-se com o escriba Esdras para estudarem as palavras da Lei. 14 Descobriram na Lei que o SENHOR tinha ordenado, por meio de Moisés, que os israelitas deveriam morar em tendas durante a festa do sétimo mês. 15 Por isso anunciaram em todas as suas cidades e em Jerusalém: “Saiam às montanhas e tragam ramos de oliveiras cultivadas, de oliveiras silvestres, de murtas, de tamareiras e de árvores frondosas, para fazerem tendas, conforme está escrito”. 16 Então o povo saiu e trouxe os ramos, e eles mesmos construíram tendas nos seus terraços, nos seus pátios, nos pátios do templo de Deus e na praça junto à porta das Águas e na que fica junto à porta de Efraim. 17 Todos os que tinham voltado do exílio construíram tendas e moraram nelas. Desde os dias de Josué, filho de Num, até aquele dia, os israelitas não tinham celebrado a festa dessa maneira. E grande foi a alegria deles. 18 Dia após dia, desde o primeiro até o último dia da festa, Esdras leu o Livro da Lei de Deus. Eles celebraram a festa durante sete dias, e no oitavo dia, conforme o ritual, houve uma reunião solene.
1 Como é agradável o lugar da tua habitação,SENHOR dos Exércitos! 2 A minha alma anela, e até desfalece,pelos átrios do SENHOR;o meu coração e o meu corpocantam de alegria ao Deus vivo. 3 Até o pardal achou um lare a andorinha um ninho para si,para abrigar os seus filhotes,um lugar perto do teu altar,ó SENHOR dos Exércitos, meu Rei e meu Deus. 4 Como são felizes os que habitam em tua casa;louvam-te sem cessar! 5 Como são felizes os que em ti encontram forçae os que são peregrinos de coração! 6 Ao passarem pelo vale de Baca,fazem dele um lugar de fontes;as chuvas de outono também o enchem de cisternas. 7 Prosseguem o caminho de força em força,até que cada um se apresente a Deus em Sião. 8 Ouve a minha oração, ó SENHOR Deus dos Exércitos;escuta-me, ó Deus de Jacó. 9 Olha, ó Deus, que és nosso escudo;trata com bondade o teu ungido. 10 Melhor é um dia nos teus átriosdo que mil noutro lugar;prefiro ficar à porta da casa do meu Deusa habitar nas tendas dos ímpios. 11 O SENHOR Deus é sol e escudo;o SENHOR concede favor e honra;não recusa nenhum bemaos que vivem com integridade. 12 Ó SENHOR dos Exércitos,como é feliz aquele que em ti confia!
1 Melhor é um pedaço de pão seco com paz e tranquilidadedo que uma casa onde há banquetes e muitas brigas. 2 O servo sábio dominará sobre o filho de conduta vergonhosae participará da herança como um dos irmãos. 3 O crisol é para a prata e o forno é para o ouro,mas o SENHOR prova o coração. 4 O ímpio dá atenção aos lábios maus;o mentiroso dá ouvidos à língua destruidora. 5 Quem zomba dos pobres mostra desprezo pelo Criador deles;quem se alegra com a desgraça não ficará sem castigo. 6 Os filhos dos filhos são uma coroa para os idosos,e os pais são o orgulho dos seus filhos. 7 Os lábios arrogantes não ficam bem ao insensato;muito menos os lábios mentirosos ao governante! 8 O suborno é um recurso fascinante para aquele que o oferece;aonde quer que vá, ele tem sucesso. 9 Aquele que cobre uma ofensa promove amor,mas quem a lança em rosto separa bons amigos. 10 A repreensão faz marca mais profunda no homem de entendimentodo que cem açoites no tolo. 11 O homem mau só pende para a rebeldia;por isso um oficial impiedoso será enviado contra ele. 12 Melhor é encontrar uma ursa da qual roubaram os filhotesdo que um tolo em sua insensatez. 13 Quem retribui o bem com o maljamais deixará de ter mal no seu lar. 14 Começar uma discussão é como abrir brecha num dique;por isso resolva a questão antes que surja a contenda. 15 Absolver o ímpio e condenar o justosão coisas que o SENHOR odeia. 16 De que serve o dinheiro na mão do tolo,já que ele não quer obter sabedoria? 17 O amigo ama em todos os momentos;é um irmão na adversidade. 18 O homem sem juízo com um aperto de mãos se comprometee se torna fiador do seu próximo. 19 Quem ama a discussão ama o pecado;quem constrói portas altas está procurando a sua ruína. 20 O homem de coração perverso não prospera,e o de língua enganosa cai na desgraça. 21 O filho tolo só dá tristeza,e nenhuma alegria tem o pai do insensato. 22 O coração bem disposto é remédio eficiente,mas o espírito oprimido resseca os ossos. 23 O ímpio aceita às escondidas o subornopara desviar o curso da justiça. 24 O homem de discernimento mantém a sabedoria em vista,mas os olhos do tolo vagueiam até os confins da terra. 25 O filho tolo é a tristeza do seu paie a amargura daquela que o deu à luz. 26 Não é bom castigar o inocente,nem açoitar quem merece ser honrado. 27 Quem tem conhecimento é comedido no falar,e quem tem entendimento é de espírito sereno. 28 Até o insensato passará por sábio se ficar quietoe, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento.
1 Vi ainda outro mal debaixo do sol, que pesa bastante sobre a humanidade: 2 Deus dá riquezas, bens e honra ao homem, de modo que não lhe falta nada que os seus olhos desejam; mas Deus não lhe permite desfrutar tais coisas, e outro as desfruta em seu lugar. Isso não faz sentido; é um mal terrível. 3 Um homem pode ter cem filhos e viver muitos anos. No entanto, se não desfrutar as coisas boas da vida, digo que uma criança que nasce morta e nem ao menos recebe um enterro digno tem melhor sorte que ele. 4 Ela nasce em vão e parte em trevas, e nas trevas o seu nome fica escondido. 5 Embora jamais tenha visto o sol ou conhecido qualquer coisa, ela tem mais descanso do que tal homem. 6 Pois, de que lhe valeria viver dois mil anos, sem desfrutar a sua prosperidade? Afinal, não vão todos para o mesmo lugar? 7 Todo o esforço do homem é feito para a sua boca;contudo, o seu apetite jamais se satisfaz. 8 Que vantagem tem o sábio em relação ao tolo?Que vantagem tem o pobre em sabercomo se portar diante dos outros? 9 Melhor é contentar-se com o que os olhos veemdo que sonhar com o que se deseja.Isso também não faz sentido;é correr atrás do vento. 10 Tudo o que existe já recebeu nome,e já se sabe o que o homem é;não se pode lutarcontra alguém mais forte. 11 Quanto mais palavras,mais tolices,e sem nenhum proveito. 12 Na verdade, quem sabe o que é bom para o homem, nos poucos dias de sua vida vazia, em que ele passa como uma sombra? Quem poderá contar-lhe o que acontecerá debaixo do sol depois que ele partir?
1 Havia em Cesareia um homem chamado Cornélio, centurião do regimento conhecido como Italiano. 2 Ele e toda a sua família eram religiosos e tementes, a Deus; dava muitas esmolas ao povo e orava continuamente a Deus. 3 Certo dia, por volta das três horas da tarde ele teve uma visão. Viu claramente um anjo de Deus que se aproximava dele e dizia: “Cornélio!” 4 Atemorizado, Cornélio olhou para ele e perguntou: “Que é, Senhor?”O anjo respondeu: “Suas orações e esmolas subiram como oferta memorial diante de Deus. 5 Agora, mande alguns homens a Jope para trazerem um certo Simão, também conhecido como Pedro, 6 que está hospedado na casa de Simão, o curtidor de couro, que fica perto do mar”. 7 Depois que o anjo que lhe falou se foi, Cornélio chamou dois dos seus servos e um soldado religioso dentre os seus auxiliares 8 e, contando-lhes tudo o que tinha acontecido, enviou-os a Jope. 9 No dia seguinte, por volta do meio-dia, enquanto eles viajavam e se aproximavam da cidade, Pedro subiu ao terraço para orar. 10 Tendo fome, queria comer; enquanto a refeição estava sendo preparada, caiu em êxtase. 11 Viu o céu aberto e algo semelhante a um grande lençol que descia à terra, preso pelas quatro pontas, 12 contendo toda espécie de quadrúpedes, bem como de répteis da terra e aves do céu. 13 Então uma voz lhe disse: “Levante-se, Pedro; mate e coma”. 14 Mas Pedro respondeu: “De modo nenhum, Senhor! Jamais comi algo impuro ou imundo!” 15 A voz lhe falou segunda vez: “Não chame impuro ao que Deus purificou”. 16 Isso aconteceu três vezes, e em seguida o lençol foi recolhido ao céu. 17 Enquanto Pedro estava refletindo no significado da visão, os homens enviados por Cornélio descobriram onde era a casa de Simão e chegaram à porta. 18 Chamando, perguntaram se ali estava hospedado Simão, conhecido como Pedro. 19 Enquanto Pedro ainda estava pensando na visão, o Espírito lhe disse: “Simão, três homens estão procurando por você. 20 Portanto, levante-se e desça. Não hesite em ir com eles, pois eu os enviei”. 21 Pedro desceu e disse aos homens: “Eu sou quem vocês estão procurando. Por que motivo vieram?” 22 Os homens responderam: “Viemos da parte do centurião Cornélio. Ele é um homem justo e temente a Deus, respeitado por todo o povo judeu. Um santo anjo lhe disse que o chamasse à sua casa, para que ele ouça o que você tem para dizer”. 23 Pedro os convidou a entrar e os hospedou.No dia seguinte Pedro partiu com eles, e alguns dos irmãos de Jope o acompanharam. 24 No outro dia chegaram a Cesareia. Cornélio os esperava com seus parentes e amigos mais íntimos que tinha convidado. 25 Quando Pedro ia entrando na casa, Cornélio dirigiu-se a ele e prostrou-se aos seus pés, adorando-o. 26 Mas Pedro o fez levantar-se, dizendo: “Levante-se, eu sou homem como você”. 27 Conversando com ele, Pedro entrou e encontrou ali reunidas muitas pessoas 28 e lhes disse: “Vocês sabem muito bem que é contra a nossa lei um judeu associar-se a um gentio ou mesmo visitá-lo. Mas Deus me mostrou que eu não deveria chamar impuro ou imundo a homem nenhum. 29 Por isso, quando fui procurado, vim sem qualquer objeção. Posso perguntar por que vocês me mandaram buscar?” 30 Cornélio respondeu: “Há quatro dias eu estava em minha casa orando a esta hora, às três horas da tarde. De repente, apresentou-se diante de mim um homem com roupas resplandecentes 31 que disse: ‘Cornélio, Deus ouviu sua oração e lembrou-se de suas esmolas. 32 Mande buscar em Jope a Simão, chamado Pedro. Ele está hospedado na casa de Simão, o curtidor de couro, que mora perto do mar’. 33 Assim, mandei buscar-te imediatamente, e foi bom que tenhas vindo. Agora estamos todos aqui na presença de Deus, para ouvir tudo que o Senhor te mandou dizer-nos”. 34 Então Pedro começou a falar: “Agora percebo verdadeiramente que Deus não trata as pessoas com parcialidade, 35 mas de todas as nações aceita todo aquele que o teme e faz o que é justo. 36 Vocês conhecem a mensagem enviada por Deus ao povo de Israel, que fala das boas-novas de paz por meio de Jesus Cristo, Senhor de todos. 37 Sabem o que aconteceu em toda a Judeia, começando na Galileia, depois do batismo que João pregou, 38 como Deus ungiu Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, e como ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava com ele. 39 “Nós somos testemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém, onde o mataram, suspendendo-o num madeiro. 40 Deus, porém, o ressuscitou no terceiro dia e fez que ele fosse visto, 41 não por todo o povo, mas por testemunhas que designara de antemão, por nós que comemos e bebemos com ele depois que ressuscitou dos mortos. 42 Ele nos mandou pregar ao povo e testemunhar que foi a ele que Deus constituiu juiz de vivos e de mortos. 43 Todos os profetas dão testemunho dele, de que todo o que nele crê recebe o perdão dos pecados mediante o seu nome”. 44 Enquanto Pedro ainda estava falando estas palavras, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a mensagem. 45 Os judeus convertidos que vieram com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo fosse derramado até sobre os gentios, 46 pois os ouviam falando em línguas e exaltando a Deus.A seguir Pedro disse: 47 “Pode alguém negar a água, impedindo que estes sejam batizados? Eles receberam o Espírito Santo como nós!” 48 Então ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Depois pediram a Pedro que ficasse com eles alguns dias.
1 Nesse meio tempo, tendo-se juntado uma multidão de milhares de pessoas, ao ponto de atropelarem umas às outras, Jesus começou a falar primeiramente aos seus discípulos, dizendo: “Tenham cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. 2 Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido. 3 O que vocês disseram nas trevas será ouvido à luz do dia, e o que vocês sussurraram aos ouvidos dentro de casa, será proclamado dos telhados. 4 “Eu digo a vocês, meus amigos: Não tenham medo dos que matam o corpo e depois nada mais podem fazer. 5 Mas eu mostrarei a quem vocês devem temer: temam àquele que, depois de matar o corpo, tem poder para lançar no inferno. Sim, eu digo a vocês, a esse vocês devem temer. 6 Não se vendem cinco pardais por duas moedinhas? Contudo, nenhum deles é esquecido por Deus. 7 Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados. Não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais! 8 “Eu digo a vocês: Quem me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus. 9 Mas aquele que me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus. 10 Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado. 11 “Quando vocês forem levados às sinagogas e diante dos governantes e das autoridades, não se preocupem com a forma pela qual se defenderão, ou com o que dirão, 12 pois naquela hora o Espírito Santo ensinará o que deverão dizer”. 13 Alguém da multidão lhe disse: “Mestre, dize a meu irmão que divida a herança comigo”. 14 Respondeu Jesus: “Homem, quem me designou juiz ou árbitro entre vocês?” 15 Então lhes disse: “Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens”. 16 Então lhes contou esta parábola: “A terra de certo homem rico produziu muito. 17 Ele pensou consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde armazenar minha colheita’. 18 “Então disse: ‘Já sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens. 19 E direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se’. 20 “Contudo, Deus lhe disse: ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?’ 21 “Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus”. 22 Dirigindo-se aos seus discípulos, Jesus acrescentou: “Portanto eu digo a vocês: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. 23 A vida é mais importante do que a comida, e o corpo, mais do que as roupas. 24 Observem os corvos: não semeiam nem colhem, não têm armazéns nem celeiros; contudo, Deus os alimenta. E vocês têm muito mais valor do que as aves! 25 Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida? 26 Visto que vocês não podem sequer fazer uma coisa tão pequena, por que se preocupar com o restante? 27 “Observem como crescem os lírios. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu digo a vocês que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. 28 Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, quanto mais vestirá vocês, homens de pequena fé! 29 Não busquem ansiosamente o que comer ou beber; não se preocupem com isso. 30 Pois o mundo pagão é que corre atrás dessas coisas; mas o Pai sabe que vocês precisam delas. 31 Busquem, pois, o Reino de Deus, e essas coisas serão acrescentadas a vocês. 32 “Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar o Reino a vocês. 33 Vendam o que têm e deem esmolas. Façam para vocês bolsas que não se gastem com o tempo, um tesouro nos céus que não se acabe, onde ladrão algum chega perto e nenhuma traça destrói. 34 Pois, onde estiver o seu tesouro, ali também estará o seu coração. 35 “Estejam prontos para servir e conservem acesas as suas candeias, 36 como aqueles que esperam seu senhor voltar de um banquete de casamento; para que, quando ele chegar e bater, possam abrir-lhe a porta imediatamente. 37 Felizes os servos cujo senhor os encontrar vigiando, quando voltar. Eu afirmo que ele se vestirá para servir, fará que se reclinem à mesa, e virá servi-los. 38 Mesmo que ele chegue de noite ou de madrugada, felizes os servos que o senhor encontrar preparados. 39 Entendam, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não permitiria que a sua casa fosse arrombada. 40 Estejam também vocês preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que não o esperam”. 41 Pedro perguntou: “Senhor, estás contando esta parábola para nós ou para todos?” 42 O Senhor respondeu: “Quem é, pois, o administrador fiel e sensato, a quem seu senhor encarrega dos seus servos, para lhes dar sua porção de alimento no tempo devido? 43 Feliz o servo a quem o seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar. 44 Garanto que ele o encarregará de todos os seus bens. 45 Mas suponham que esse servo diga a si mesmo: ‘Meu senhor se demora a voltar’, e então comece a bater nos servos e nas servas, a comer, a beber e a embriagar-se. 46 O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe e o punirá severamente e lhe dará um lugar com os infiéis. 47 “Aquele servo que conhece a vontade de seu senhor e não prepara o que ele deseja, nem o realiza, receberá muitos açoites. 48 Mas aquele que não a conhece e pratica coisas merecedoras de castigo, receberá poucos açoites. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido. 49 “Vim trazer fogo à terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50 Mas tenho que passar por um batismo, e como estou angustiado até que ele se realize! 51 Vocês pensam que vim trazer paz à terra? Não, eu digo a vocês. Ao contrário, vim trazer divisão! 52 De agora em diante haverá cinco numa família divididos uns contra os outros: três contra dois e dois contra três. 53 Estarão divididos pai contra filho e filho contra pai, mãe contra filha e filha contra mãe, sogra contra nora e nora contra sogra”. 54 Dizia ele à multidão: “Quando vocês veem uma nuvem se levantando no ocidente, logo dizem: ‘Vai chover’, e assim acontece. 55 E quando sopra o vento sul, vocês dizem: ‘Vai fazer calor’, e assim ocorre. 56 Hipócritas! Vocês sabem interpretar o aspecto da terra e do céu. Como não sabem interpretar o tempo presente? 57 “Por que vocês não julgam por si mesmos o que é justo? 58 Quando algum de vocês estiver indo com seu adversário para o magistrado, faça tudo para se reconciliar com ele no caminho; para que ele não o arraste ao juiz, o juiz o entregue ao oficial de justiça, e o oficial de justiça o jogue na prisão. 59 Eu digo que você não sairá de lá enquanto não pagar o último centavo”.
1 Seja constante o amor fraternal. 2 Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber, alguns acolheram anjos. 3 Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles; dos que estão sendo maltratados, como se vocês mesmos estivessem sendo maltratados. 4 O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros. 5 Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse:“Nunca o deixarei,nunca o abandonarei”. 6 Podemos, pois, dizer com confiança:“O Senhor é o meu ajudador, não temerei.O que me podem fazer os homens?” 7 Lembrem-se dos seus líderes, que transmitiram a palavra de Deus a vocês. Observem bem o resultado da vida que tiveram e imitem a sua fé. 8 Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre. 9 Não se deixem levar pelos diversos ensinos estranhos. É bom que o nosso coração seja fortalecido pela graça, e não por alimentos cerimoniais, os quais não têm valor para aqueles que os comem. 10 Nós temos um altar do qual não têm direito de comer os que ministram no tabernáculo. 11 O sumo sacerdote leva sangue de animais até o Lugar Santíssimo como oferta pelo pecado, mas os corpos dos animais são queimados fora do acampamento. 12 Assim, Jesus também sofreu fora das portas da cidade, para santificar o povo por meio do seu próprio sangue. 13 Portanto, saiamos até ele, fora do acampamento, suportando a desonra que ele suportou. 14 Pois não temos aqui nenhuma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir. 15 Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome. 16 Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que vocês têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada. 17 Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria, não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês. 18 Orem por nós. Estamos certos de que temos consciência limpa e desejamos viver de maneira honrosa em tudo. 19 Particularmente, recomendo que orem para que eu lhes seja restituído em breve. 20 O Deus da paz, que pelo sangue da aliança eterna trouxe de volta dentre os mortos o nosso Senhor Jesus, o grande Pastor das ovelhas, 21 os aperfeiçoe em todo o bem para fazerem a vontade dele e opere em nós o que lhe é agradável, mediante Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém. 22 Irmãos, peço que suportem a minha palavra de exortação; na verdade o que eu escrevi é pouco. 23 Quero que saibam que o nosso irmão Timóteo foi posto em liberdade. Se ele chegar logo, irei vê-los com ele. 24 Saúdem a todos os seus líderes e a todos os santos. Os da Itália enviam saudações. 25 A graça seja com todos vocês.
1 José foi dar as notícias ao faraó: “Meu pai e meus irmãos chegaram de Canaã com suas ovelhas, seus bois e tudo o que lhes pertence, e estão agora em Gósen”. 2 Depois escolheu cinco de seus irmãos e os apresentou ao faraó. 3 Perguntou-lhes o faraó: “Em que vocês trabalham?”Eles lhe responderam: “Teus servos são pastores, como os nossos antepassados”. 4 Disseram-lhe ainda: “Viemos morar aqui por uns tempos, porque a fome é rigorosa em Canaã, e os rebanhos de teus servos não têm pastagem. Agora, por favor, permite que teus servos se estabeleçam em Gósen”. 5 Então o faraó disse a José: “Seu pai e seus irmãos vieram a você, 6 e a terra do Egito está a sua disposição; faça com que seu pai e seus irmãos habitem na melhor parte da terra. Deixe-os morar em Gósen. E, se você vê que alguns deles são competentes, ponha-os como responsáveis por meu rebanho”. 7 Então José levou seu pai Jacó ao faraó e o apresentou a ele. Depois Jacó abençoou o faraó, 8 e este lhe perguntou: “Quantos anos o senhor tem?” 9 Jacó respondeu ao faraó: “São cento e trinta os anos da minha peregrinação. Foram poucos e difíceis e não chegam aos anos da peregrinação dos meus antepassados”. 10 Então, Jacó abençoou o faraó e retirou-se. 11 José instalou seu pai e seus irmãos e deu-lhes propriedade na melhor parte das terras do Egito, na região de Ramessés, conforme a ordem do faraó. 12 Providenciou também sustento para seu pai, para seus irmãos e para toda a sua família, de acordo com o número de filhos de cada um. 13 Não havia mantimento em toda a região, pois a fome era rigorosa; tanto o Egito como Canaã desfaleciam por causa da fome. 14 José recolheu toda a prata que circulava no Egito e em Canaã, dada como pagamento do trigo que o povo comprava, e levou-a ao palácio do faraó. 15 Quando toda a prata do Egito e de Canaã se esgotou, todos os egípcios foram suplicar a José: “Dá-nos comida! Não nos deixes morrer só porque a nossa prata acabou”. 16 E José lhes disse: “Tragam então os seus rebanhos, e em troca lhes darei trigo, uma vez que a prata de vocês acabou”. 17 E trouxeram a José os rebanhos, e ele deu-lhes trigo em troca de cavalos, ovelhas, bois e jumentos. Durante aquele ano inteiro ele os sustentou em troca de todos os seus rebanhos. 18 O ano passou, e no ano seguinte voltaram a José, dizendo: “Não temos como esconder de ti, meu senhor, que uma vez que a nossa prata acabou e os nossos rebanhos lhe pertencem, nada mais nos resta para oferecer, a não ser os nossos próprios corpos e as nossas terras. 19 Não deixes que morramos e que as nossas terras pereçam diante dos teus olhos! Compra-nos, e compra as nossas terras, em troca de trigo, e nós, com as nossas terras, seremos escravos do faraó. Dá-nos sementes para que sobrevivamos e não morramos de fome, a fim de que a terra não fique desolada”. 20 Assim, José comprou todas as terras do Egito para o faraó. Todos os egípcios tiveram que vender os seus campos, pois a fome os obrigou a isso. A terra tornou-se propriedade do faraó. 21 Quanto ao povo, José o reduziu à servidão, de uma à outra extremidade do Egito. 22 Somente as terras dos sacerdotes não foram compradas, porque, por lei, esses recebiam sustento regular do faraó, e disso viviam. Por isso não tiveram que vender as suas terras. 23 Então José disse ao povo: “Ouçam! Hoje comprei vocês e suas terras para o faraó; aqui estão as sementes para que cultivem a terra. 24 Mas vocês darão a quinta parte das suas colheitas ao faraó. Os outros quatro quintos ficarão para vocês como sementes para os campos e como alimento para vocês, seus filhos e os que vivem em suas casas”. 25 Eles disseram: “Meu senhor, tu nos salvaste a vida. Visto que nos favoreceste, seremos escravos do faraó”. 26 Assim, quanto à terra, José estabeleceu o seguinte decreto no Egito, que permanece até hoje: um quinto da produção pertence ao faraó. Somente as terras dos sacerdotes não se tornaram propriedade do faraó. 27 Os israelitas se estabeleceram no Egito, na região de Gósen. Lá adquiriram propriedades, foram prolíferos e multiplicaram-se muito. 28 Jacó viveu dezessete anos no Egito, e os anos da sua vida chegaram a cento e quarenta e sete. 29 Aproximando-se a hora da sua morte, Israel chamou seu filho José e lhe disse: “Se quer agradar-me, ponha a mão debaixo da minha coxa e prometa que será bondoso e fiel comigo: Não me sepulte no Egito. 30 Quando eu descansar com meus pais, leve-me daqui do Egito e sepulte-me junto a eles”.José respondeu: “Farei como o senhor me pede”. 31 Mas Jacó insistiu: “Jure-me”. E José lhe jurou, e Israel curvou-se apoiado em seu bordão.