8
Aquele que abrir uma cova, nela cairá; e quem romper um muro, uma cobra o morderá.
9
Aquele que tira pedras é maltratado por elas, e o que racha lenha corre perigo nisso.
10
Se estiver embotado o ferro, e não se afiar o corte, então se deve pôr mais força; mas a sabedoria é proveitosa para dar prosperidade.
11
Se a cobra morder antes de estar encantada, não há vantagem no encantador.
12
As palavras da boca do sábio são cheias de graça, mas os lábios do tolo o devoram.
13
O princípio das palavras da sua boca é estultícia, e o fim do seu discurso é loucura perversa.
14
O tolo multiplica as palavras, todavia nenhum homem sabe o que há de ser; e quem lhe poderá declarar o que será depois dele?
15
O trabalho do tolo o fatiga, de sorte que não sabe ir � cidade.
16
Ai de ti, ó terra, quando o teu rei é criança, e quando os teus príncipes banqueteiam de manhã!
17
Bem-aventurada tu, ó terra, quando o teu rei é filho de nobres, e quando os teus príncipes comem a tempo, para refazerem as forças, e não para bebedice!
18
Pela preguiça se enfraquece o teto, e pela frouxidão das mãos a casa tem goteiras.
19
Para rir é que se dá banquete, e o vinho alegra a vida; e por tudo o dinheiro responde.
20
Nem ainda no teu pensamento amaldições o rei; nem tampouco na tua recâmara amaldiçoes o rico; porque as aves dos céus levarão a voz, e uma criatura alada dará notícia da palavra.