6
Eu ouvi com atenção,mas eles não dizem o que é certo.Ninguém se arrepende de sua maldadee diz: ‘O que foi que eu fiz?’Cada um se desvia e segue seu próprio curso,como um cavalo que se lança com ímpeto na batalha.
7
Até a cegonha no céuconhece as estações que lhe estão determinadas,e a pomba, a andorinha e o tordoobservam a época de sua migração.Mas o meu povo não conheceas exigências do SENHOR.
8
“Como vocês podem dizer: ‘Somos sábios,pois temos a lei do SENHOR’,quando na verdade a pena mentirosa dos escribasa transformou em mentira?
9
Os sábios serão envergonhados;ficarão amedrontados e serão pegos na armadilha.Visto que rejeitaram a palavra do SENHOR,que sabedoria é essa que eles têm?
10
Por isso, entregarei as suas mulheres a outros homens,e darei os seus campos a outros proprietários.Desde o menor até o maior,todos são gananciosos;tanto os sacerdotes como os profetas,todos praticam a falsidade.
11
Eles tratam da ferida do meu povocomo se ela não fosse grave.‘Paz, paz’, dizem,quando não há paz alguma.
12
Ficaram eles envergonhados de sua conduta detestável?Não, eles não sentem vergonha,nem mesmo sabem corar.Portanto, cairão entre os que caem;serão humilhados quando eu os castigar”,declara o SENHOR.
13
“Eu quis recolher a colheita deles”,declara o SENHOR.“Mas não há uvas na videiranem figos na figueira;as folhas estão secas.O que lhes dei será tomado deles”.
14
Por que estamos sentados aqui?Reúnam-se!Fujamos para as cidades fortificadase pereçamos ali!Pois o SENHOR, o nosso Deus, condenou-nos a perecere nos deu água envenenada para beber,porque temos pecado contra ele.
15
Esperávamos a paz,mas não veio bem algum;esperávamos um tempo de cura,mas há somente terror.
16
O resfolegar dos seus cavalospode-se ouvir desde Dã;ao relinchar dos seus garanhõesa terra toda treme.Vieram para devorar esta terrae tudo o que nela existe,a cidade e todos os que nela habitam.
17
“Vejam, estou enviando contra vocês serpentes venenosas,que ninguém consegue encantar;elas morderão vocês, e não haverá remédio”,diz o SENHOR.
18
A tristeza tomou conta de mim;o meu coração desfalece.
19
Ouça o grito de socorro da minha filha, do meu povo,grito que se estende por toda esta terra:“O SENHOR não está em Sião?Não se acha mais ali o seu rei?”“Por que eles me provocaram à ira com os seus ídolos,com os seus inúteis deuses estrangeiros?”
20
Passou a época da colheita,acabou o verão,e não estamos salvos.
21
Estou arrasado com a devastação sofrida pelo meu povo.Choro muito, e o pavor se apodera de mim.
22
Não há bálsamo em Gileade?Não há médico?Por que será, então, que não há sinal de curapara a ferida do meu povo?