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e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador;
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porque atentou na condição humilde de sua serva. Desde agora, pois, todas as gerações me chamarão bem-aventurada,
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porque o Poderoso me fez grandes coisas; e santo é o seu nome.
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E a sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem.
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Com o seu braço manifestou poder; dissipou os que eram soberbos nos pensamentos de seus corações;
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depôs dos tronos os poderosos, e elevou os humildes.
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Aos famintos encheu de bens, e vazios despediu os ricos.
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Auxiliou a Isabel, seu servo, lembrando-se de misericórdia
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(como falou a nossos pais) para com Abraão e a sua descendência para sempre.
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E Maria ficou com ela cerca de três meses; e depois voltou para sua casa.
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Ora, completou-se para Isabel o tempo de dar � luz, e teve um filho.
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Ouviram seus vizinhos e parentes que o Senhor lhe multiplicara a sua misericórdia, e se alegravam com ela.
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Sucedeu, pois, no oitavo dia, que vieram circuncidar o menino; e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias.
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Respondeu, porém, sua mãe: De modo nenhum, mas será chamado João.
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Ao que lhe disseram: Ninguém há na tua parentela que se chame por este nome.
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E perguntaram por acenos ao pai como queria que se chamasse.
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E pedindo ele uma tabuinha, escreveu: Seu nome é João. E todos se admiraram.
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Imediatamente a boca se lhe abriu, e a língua se lhe soltou; louvando a Deus.
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Então veio temor sobre todos os seus vizinhos; e em toda a região montanhosa da Judéia foram divulgadas todas estas coisas.
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E todos os que delas souberam as guardavam no coração, dizendo: Que virá a ser, então, este menino? Pois a mão do Senhor estava com ele.
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Zacarias, seu pai, ficou cheio do Espírito Santo e profetizou, dizendo:
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Bendito, seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo,
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e para nós fez surgir uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo;
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assim como desde os tempos antigos tem anunciado pela boca dos seus santos profetas;
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para nos livrar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam;
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para usar de misericórdia com nossos pais, e lembrar-se do seu santo pacto
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e do juramento que fez a Abrão, nosso pai,
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de conceder-nos que, libertados da mão de nossos inimigos, o servíssemos sem temor,
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em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida.
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E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos;
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para dar ao seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados,
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graças � entrenhável misericórdia do nosso Deus, pela qual nos há de visitar a aurora lá do alto,
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para alumiar aos que jazem nas trevas e na sombra da morte, a fim de dirigir os nossos pés no caminho da paz.
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Ora, o menino crescia, e se robustecia em espírito; e habitava nos desertos até o dia da sua manifestação a Israel.