36
Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer.
37
E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou o de outra qualquer semente.
38
Mas Deus lhe dá um corpo como lhe aprouve, e a cada uma das sementes um corpo próprio.
39
Nem toda carne é uma mesma carne; mas uma é a carne dos homens, outra a carne dos animais, outra a das aves e outra a dos peixes.
40
Também há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres.
41
Uma é a glória do sol, outra a glória da lua e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela.
42
Assim também é a ressurreição, é ressuscitado em incorrupção.
43
Semeia-se em ignomínia, é ressuscitado em glória. Semeia-se em fraqueza, é ressuscitado em poder.
44
Semeia-se corpo animal, é ressuscitado corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual.
45
Assim também está escrito: O primeiro homem, Adão, tornou-se alma vivente; o último Adão, espírito vivificante.
46
Mas não é primeiro o espíritual, senão o animal; depois o espiritual.
47
O primeiro homem, sendo da terra, é terreno; o segundo homem é do céu.
48
Qual o terreno, tais também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os celestiais.
49
E, assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial.
50
Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção.
51
Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados,
52
num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados.
53
Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.
54
Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória.
55
Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
56
O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.