2
E Arão lhes disse: Tirai os pendentes de ouro que estão nas orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e de vossas filhas, e trazei-mos.
3
Então todo o povo, tirando os pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas, os trouxe a Arão;
4
ele os recebeu de suas mãos, e com um buril deu forma ao ouro, e dele fez um bezerro de fundição. Então eles exclamaram: Eis aqui, ó Israel, o teu deus, que te tirou da terra do Egito.
5
E Arão, vendo isto, edificou um altar diante do bezerro e, fazendo uma proclamação, disse: Amanhã haverá festa ao Senhor.
6
No dia seguinte levantaram-se cedo, ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo sentou-se a comer e a beber; depois levantou-se para folgar.
7
Então disse o Senhor a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir da terra do Egito, se corrompeu;
8
depressa se desviou do caminho que eu lhe ordenei; eles fizeram para si um bezerro de fundição, e adoraram-no, e lhe ofereceram sacrifícios, e disseram: Eis aqui, ó Israel, o teu deus, que te tirou da terra do Egito.
9
Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho observado este povo, e eis que é povo de dura cerviz.
10
Agora, pois, deixa-me, para que a minha ira se acenda contra eles, e eu os consuma; e eu farei de ti uma grande nação.
11
Moisés, porém, suplicou ao Senhor seu Deus, e disse: ç Senhor, por que se acende a tua ira contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande força e com forte mão?
12
Por que hão de falar os egípcios, dizendo: Para mal os tirou, para matá-los nos montes, e para destruí-los da face da terra?. Torna-te da tua ardente ira, e arrepende-te deste mal contra o teu povo.
13
Lembra-te de Abraão, de Isaque, e de Israel, teus servos, aos quais por ti mesmo juraste, e lhes disseste: Multiplicarei os vossos descendentes como as estrelas do céu, e lhes darei toda esta terra de que tenho falado, e eles a possuirão por herança para sempre.
14
Então o Senhor se arrependeu do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo.
15
E virou-se Moisés, e desceu do monte com as duas tábuas do testemunho na mão, tábuas escritas de ambos os lados; de um e de outro lado estavam escritas.
16
E aquelas tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas.
17
Ora, ouvindo Josué a voz do povo que jubilava, disse a Moisés: Alarido de guerra há no arraial.
18
Respondeu-lhe Moisés: Não é alarido dos vitoriosos, nem alarido dos vencidos, mas é a voz dos que cantam que eu ouço.
19
Chegando ele ao arraial e vendo o bezerro e as danças, acendeu-se-lhe a ira, e ele arremessou das mãos as tábuas, e as despedaçou ao pé do monte.
20
Então tomou o bezerro que tinham feito, e queimou-o no fogo; e, moendo-o até que se tornou em pó, o espargiu sobre a água, e deu-o a beber aos filhos de Israel.
21
E perguntou Moisés a Arão: Que te fez este povo, que sobre ele trouxeste tamanho pecado?.
22
Ao que respondeu Arão: Não se acenda a ira do meu senhor; tu conheces o povo, como ele é inclinado ao mal.