6
Porque assim diz o Senhor dos exércitos: Cortai as suas árvores, e levantai uma tranqueira contra Jerusalém. Esta é a cidade que há de ser castigada; só opressão há no meio dela.
7
Como o poço conserva frescas as suas águas, assim ela conserva fresca a sua maldade; violência e estrago se ouvem nela; enfermidade e feridas há diante de mim continuadamente.
8
Sê avisada, ó Jerusalém, para que não me aparte de ti; para que eu não te faça uma assolação, uma terra não habitada.
9
Assim diz o Senhor dos exércitos: Na verdade respigarão o resto de Israel como uma vinha; torna a tua mão, como o vindimador, aos ramos.
10
A quem falarei e testemunharei, para que ouçam? eis que os seus ouvidos estão incircuncisos, e eles não podem ouvir; eis que a palavra do Senhor se lhes tornou em opróbrio; nela não têm prazer.
11
Pelo que estou cheio de furor do Senhor; estou cansado de o conter; derrama-o sobre os meninos pelas ruas, e sobre a assembléia dos jovens também; porque até o marido com a mulher serão presos, e o velho com o que está cheio de dias.
12
As suas casas passarão a outros, como também os seus campos e as suas mulheres; porque estenderei a minha mão contra os habitantes da terra, diz o Senhor.
13
Porque desde o menor deles até o maior, cada um se dá � avareza; e desde o profeta até o sacerdote, cada um procede perfidamente.
14
Também se ocupam em curar superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.
15
Porventura se envergonharam por terem cometido abominação? Não, de maneira alguma; nem tampouco sabem que coisa é envergonhar- se. Portanto cairão entre os que caem; quando eu os visitar serão derribados, diz o Senhor.
16
Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas. Mas eles disseram: Não andaremos nele.
17
Também pus atalaias sobre vós dizendo: Estai atentos � voz da buzina. Mas disseram: Não escutaremos.
18
Portanto ouvi, vós, nações, e informa-te tu, ó congregação, do que se faz entre eles!
19
Ouve tu, ó terra! Eis que eu trarei o mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos �s minhas palavras; e quanto � minha lei, rejeitaram-na.
20
Para que, pois, me vem o incenso de Sabá, ou a melhor cana aromática de terras remotas? Vossos holocaustos não são aceitáveis, nem me agradam os vossos sacrifícios.
21
Portanto assim diz o Senhor: Eis que armarei tropeços a este povo, e tropeçarão neles pais e filhos juntamente; o vizinho e o seu amigo perecerão.
22
Assim diz o Senhor: Eis que um povo vem da terra do norte, e uma grande nação se levanta das extremidades da terra.
23
Arco e lança trarão; são cruéis, e não usam de misericórdia; a sua voz ruge como o mar, e em cavalos vêm montados, dispostos como homens para a batalha, contra ti, ó filha de Sião.
24
Ao ouvirmos a notícia disso, afrouxam-se as nossas mãos; apoderam-se de nós angústia e dores, como as de parturiente.
25
Não saiais ao campo, nem andeis pelo caminho; porque espada do inimigo e espanto há por todos os lados.
26
ç filha do meu povo, cingi-te de saco, e revolve-te na cinza; pranteia como por um filho único, em pranto de grande amargura; porque de repente virá o destruidor sobre nós.