6
Mas � meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí-lhe ao encontro!
7
Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas.
8
E as insensatas disseram �s prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando.
9
Mas as prudentes responderam: não; pois de certo não chegaria para nós e para vós; ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
10
E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o noivo; e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
11
Depois vieram também as outras virgens, e disseram: Senhor, Senhor, abre-nos a porta.
12
Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo, não vos conheço.
13
Vigiai pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.
14
Porque é assim como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens:
15
a um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade; e seguiu viagem.
16
O que recebera cinco talentos foi imediatamente negociar com eles, e ganhou outros cinco;
17
da mesma sorte, o que recebera dois ganhou outros dois;
18
mas o que recebera um foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
19
Ora, depois de muito tempo veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.
20
Então chegando o que recebera cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei.
21
Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
22
Chegando também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis aqui outros dois que ganhei.
23
Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
24
Chegando por fim o que recebera um talento, disse: Senhor, eu te conhecia, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste, e recolhes onde não joeiraste;
25
e, atemorizado, fui esconder na terra o teu talento; eis aqui tens o que é teu.
26
Ao que lhe respondeu o seu senhor: Servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei, e recolho onde não joeirei?
27
Devias então entregar o meu dinheiro aos banqueiros e, vindo eu, tê-lo-ia recebido com juros.
28
Tirai-lhe, pois, o talento e dai ao que tem os dez talentos.
29
Porque a todo o que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado.
30
E lançai o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.
31
Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;
32
e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos;
33
e porá as ovelhas � sua direita, mas os cabritos � esquerda.
34
Então dirá o Rei aos que estiverem � sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
35
porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes;
36
estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.