69
Os soberbos forjam mentiras contra mim; mas eu de todo o coração guardo os teus preceitos.
70
Torna-se-lhes insensível o coração como a gordura; mas eu me deleito na tua lei.
71
Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.
72
Melhor é para mim a lei da tua boca do que milhares de ouro e prata.
73
As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me entendimento para que aprenda os teus mandamentos.
74
Os que te temem me verão e se alegrarão, porque tenho esperado na tua palavra.
75
Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são retos, e que em tua fidelidade me afligiste.
76
Sirva, pois, a tua benignidade para me consolar, segundo a palavra que deste ao teu servo.
77
Venham sobre mim as tuas ternas misericórdias, para que eu viva, pois a tua lei é o meu deleite.
78
Envergonhados sejam os soberbos, por me haverem subvertido sem causa; mas eu meditarei nos teus preceitos.
79
Voltem-se para mim os que te temem, para que conheçam os teus testemunhos.
80
Seja perfeito o meu coração nos teus estatutos, para que eu não seja envergonhado.
81
Desfalece a minha alma, aguardando a tua salvação; espero na tua palavra.
82
Os meus olhos desfalecem, esperando por tua promessa, enquanto eu pergunto: Quando me consolarás tu?
83
Pois tornei-me como odre na fumaça, mas não me esqueci dos teus estatutos.
84
Quantos serão os dias do teu servo? Até quando não julgarás aqueles que me perseguem?
85
Abriram covas para mim os soberbos, que não andam segundo a tua lei.
86
Todos os teus mandamentos são fiéis. Sou perseguido injustamente; ajuda-me!
87
Quase que me consumiram sobre a terra, mas eu não deixei os teus preceitos.
88
Vivifica-me segundo a tua benignidade, para que eu guarde os testemunhos da tua boca.
89
Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada nos céus.