19
“Havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho fino e vivia no luxo todos os dias.
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Diante do seu portão fora deixado um mendigo chamado Lázaro, coberto de chagas;
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este ansiava comer o que caía da mesa do rico. Até os cães vinham lamber suas feridas.
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“Chegou o dia em que o mendigo morreu, e os anjos o levaram para junto de Abraão. O rico também morreu e foi sepultado.
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No Hades, onde estava sendo atormentado, ele olhou para cima e viu Abraão de longe, com Lázaro ao seu lado.
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Então, chamou-o: ‘Pai Abraão, tem misericórdia de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo na água e refresque a minha língua, porque estou sofrendo muito neste fogo’.
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“Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembre-se de que durante a sua vida você recebeu coisas boas, enquanto que Lázaro recebeu coisas más. Agora, porém, ele está sendo consolado aqui e você está em sofrimento.
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E além disso, entre vocês e nós há um grande abismo, de forma que os que desejam passar do nosso lado para o seu, ou do seu lado para o nosso, não conseguem’.
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“Ele respondeu: ‘Então eu te suplico, pai: manda Lázaro ir à casa de meu pai,
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pois tenho cinco irmãos. Deixa que ele os avise, a fim de que eles não venham também para este lugar de tormento’.
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“Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam’.
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“ ‘Não, pai Abraão’, disse ele, ‘mas se alguém dentre os mortos fosse até eles, eles se arrependeriam’.
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“Abraão respondeu: ‘Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos’.”